Rede de distribuição de energia ganha inteligência e beneficia empresas e consumidor
Economia,Iniciativa,Oportunidade | Por em 3 de novembro de 2010
O Brasil caminha para uma grande mudança na distribuição de energia elétrica. A transformação da atual estrutura numa rede inteligente, ou Smart Grid, é progressiva e beneficiará simultaneamente tanto as distribuidoras quanto o consumidor. Esse é um dos principais temas do 19º SENDI (Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica), de 22 a 25 de novembro no Transamérica Expo Center, em São Paulo. A plenária terá a presença de consultores da IBM, da Kema e da McKinsey. “A grande vantagem de trazer esses especialistas é ouvir deles as soluções para problemas encontrados na Europa e na América do Norte”, explica Ricardo Van Erven, diretor de Tecnologia e Serviços da AES Eletropaulo, mediador da sessão.
Embora o Brasil não tenha sido pioneiro nessa transformação, diz Van Erven, leva a vantagem de contar com o conhecimento e aprendizagem obtidos nos outros países. A implantação do conceito de “smart grid” no sistema de distribuição vai trazer melhorias em três dimensões: na eficiência da operação, na redução de custos em toda a cadeia de valor da distribuição de energia elétrica, e, consequentemente, na satisfação do cliente. “Será possível reduzir o tempo para o restabelecimento de energia quando houver interrupções, por exemplo. Isso beneficiará diretamente o consumidor”, diz o diretor da AES Eletropaulo.
Ações para a evolução da rede estão sendo tomadas em vários setores, incluindo o governamental: dia 28 de setembro, a diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou a abertura de audiência pública para discutir o modelo de medidor inteligente para residências, indústria e comércio. A expectativa dos técnicos do setor é de que os medidores comecem a ser instalados no último trimestre de 2012. Entre outras funções, eles permitirão a leitura à distância e registrarão a carga consumida nos diferentes horários. “Com isso, o consumidor poderá optar, por exemplo, por consumir energia elétrica em horários de energia mais barata”, finaliza Van Erven.
Fonte: Grupo TV1 – Assessoria de Imprensa da XIX SENDI