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ABRALIMP enfatizou a importância da higienização na Feira Plástico Brasil 2025

O tema foi discutido durante a Feira Plástico Brasil por representantes da Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional

A indústria plástica vem crescendo no Brasil e é parte do cotidiano de consumidores de todo o país. Para evitar riscos à saúde de trabalhadores e clientes é essencial que a higienização das embalagens retornáveis e dos processos industriais envolvidos na confecção das embalagens seja feita da forma correta.

Existem também benefícios socioambientais na destinação correta de embalagens retornáveis. A possibilidade de fomentar economias circulares ao redor do setor de captação, transporte e higienização das embalagens e a redução de danos ambientais causados pelo descarte irregular e uso incorreto de produtos químicos que diminuam a vida útil da embalagem em questão.

A ABRALIMP (Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional) esteve presente de forma inédita na principal feira da indústria de plástico da América Latina, a Feira Plástico Brasil, para ressaltar a importância da higienização nesta indústria e expandir o horizonte de operação da associação para novos mercados de consumo.

As executivas Susi Ane Fiorelli e Erica Scchiroli participaram do painel “Higienização de Embalagens Plásticas de Bebidas Retornáveis: Qualidade, Segurança e Sustentabilidade”, destacando a importância do correto processo de higienização dessas embalagens e os benefícios ambientais da reutilização de materiais ainda aptos para uso. “Higienizar de forma correta uma embalagem colabora para a preservação do meio-ambiente. Se submetida a um procedimento correto de higienização, uma garrafa pet retornável pode ser reutilizada entre 20 e 30 vezes. Já as garrafas de vidro podem ser reutilizadas eternamente se higienizadas de maneira correta. Embalagens feitas de metais e madeira também são consideradas neste processo e podem ter sua vida útil prolongada com uma higienização correta”, afirmou Susi Ane Fiorelli. 

Durante o painel “Higienização Industrial: garantindo a segurança na indústria de alto controle de qualidade”, Satoshi Yadoya enfatizou a importância do processo de higienização em todas as pontas da operação produtiva na indústria. E reforçou que processos corretos de higienização colaboram para a qualidade dos produtos. “A limpeza industrial desempenha um papel crucial em todas as etapas do processo produtivo, desde a chegada da matéria-prima até a limpeza das linhas de produção antes e após as operações. Garantir uma higienização eficaz é essencial para evitar contaminantes e produtos químicos indesejados, especialmente nas indústrias alimentícia e farmacêutica. Nesse contexto, a higienização industrial se consolida como um pilar fundamental para assegurar a qualidade dos produtos finais, a segurança dos consumidores e o bem-estar dos trabalhadores, reforçando os padrões de conformidade e excelência exigidos pelo mercado”, disse Satoshi Yadoya. 

“Foi a primeira participação da ABRALIMP na Plástico Brasil, e destacar a relevância da higienização na indústria para o público foi muito importante. O plástico está presente em nosso dia a dia, e garantir padrões adequados de higienização proporciona mais segurança para todos, além de minimizar riscos à saúde de consumidores e trabalhadores. Falar sobre higienização de embalagens e de processos também é falar de sustentabilidade e economia circular, pois a destinação correta destas embalagens ajuda a preservar o meio ambiente, fazendo com que não tenhamos plásticos na natureza ou uso incorreto de produtos químicos. Além disso, conseguimos criar novas oportunidades de emprego quando pensamos na coleta correta das embalagens, transporte e higienização delas”, afirmou Patrícia Oliveira, Diretora Executiva da ABRALIMP.  


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Por Gino Paulucci Jr.*

O Brasil tem uma longa história industrial, mas também uma tradição de desafios que comprometem sua competitividade global. A ausência de uma política industrial sólida ao longo das décadas resultou em um setor produtivo que oscila entre ciclos de crescimento e retração, sem a previsibilidade necessária para investimentos de longo prazo. Agora, com a “Nova Indústria Brasil” (NIB) e outras iniciativas, surge uma oportunidade de fortalecer a base produtiva nacional e criar um ambiente mais favorável para a inovação e a sustentabilidade.

Uma política industrial eficiente precisa atuar em frentes complementares. Primeiramente, é imprescindível garantir um ambiente de negócios estável, com segurança jurídica e regulação adequada. A recente aprovação da Reforma Tributária é um avanço, pois reduz distorções que encarecem a produção industrial e dificultam a competitividade internacional das empresas brasileiras.

Ao eliminar a cumulatividade de impostos e desonerar investimentos e exportações, o setor produtivo ganha mais eficiência e competitividade.

Dentro da agenda de política industrial, temos ainda a depreciação acelerada, que permite que as empresas amortizem seus investimentos em maquinário e tecnologia de forma mais rápida. Essa medida incentiva a renovação do parque industrial brasileiro, estimulando a produtividade e reduzindo o tempo de retorno sobre o capital investido.

Com essa política, é possível modernizar o setor e impulsionar a eficiência operacional, tornando as indústrias brasileiras mais competitivas no mercado global.

O acesso ao financiamento também é um fator crítico para o fortalecimento da indústria nacional. A nova Letra de Crédito de Desenvolvimento (LCD), recentemente aprovada, amplia o funding para investimentos produtivos e reduz parcialmente os custos do crédito para a modernização industrial e em infraestrutura. Da mesma forma, iniciativas como o Fundo Clima e o Plano Mais Produção são importantes, pois, garantem que as empresas possam acessar capital a custos mais baixos para investir em soluções sustentáveis. E programas como o BNDES Mais Inovação e o Brasil Mais Produtivo têm um papel fundamental ao viabilizar algum financiamento para a adoção de tecnologias 4.0.

Mas o Brasil ainda enfrenta dificuldades em oferecer crédito competitivo para suas indústrias, especialmente quando comparado a países desenvolvidos que contam taxas básicas baixas, neste sentido entendemos serem imprescindíveis ações que permitam a redução consistente da taxa básica de juros.

O Brasil precisa urgentemente modernizar e aumentar seu estoque de capital produtivo, precisa melhorar a sua produtividade para evitar os chamados “voos de galinhas” e para competir globalmente. Somente com investimentos robustos o país terá condições atingir a esses objetivos crescendo de forma sustentada.

Precisa também de mão de obra qualificada. Iniciativas que aproximam o setor produtivo de instituições de ensino, como as parcerias com SENAI e institutos federais, são importantes para preparar profissionais para um mercado em constante transformação. Mas é necessário expandir essas políticas para garantir que as empresas tenham acesso a trabalhadores capacitados, impulsionando a inovação e a competitividade.

Por fim, a sustentabilidade deve estar no centro das decisões estratégicas do país. O incentivo ao uso de tecnologias limpas deve ser tratado como prioridade. O mundo precisa urgentemente caminhar para uma economia de baixo carbono, e o Brasil tem todas as condições de liderar essa transição.

A história nos mostra que os países que investiram de forma consistente em sua indústria são os que mais prosperaram. Para alcançar esse futuro promissor, precisamos de continuidade e comprometimento na execução de políticas públicas, com trabalho em conjunto do governo, setor produtivo e sociedade.

O Brasil não pode mais perder tempo com soluções paliativas. A hora de agir é agora.

* Gino Paulucci Jr. – Engenheiro mecânico, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ

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Anna Alencar é Customer Success Manager da Wolters Kluwer Health no Brasil.

Por Anna Alencar

O Índice Global de Saúde da Mulher de 2021, que avalia aspectos como prevenção, bem-estar emocional, segurança, necessidades básicas e condições individuais, classificou o Brasil como 104º colocado entre os 142 países analisados na pesquisa. Esse dado revela uma realidade em que, embora o debate sobre a saúde feminina tenha avançado, os desafios na oferta de cuidados adequados ainda são expressivos e persistem como um entrave significativo no Brasil.

Enquanto o setor busca equilibrar essa balança, a tecnologia vem se consolidando como um dos principais meios para acelerar mudanças. Para isto, ferramentas digitais têm sido incorporadas à rotina médica a fim de melhorar diagnósticos, tornar o atendimento mais eficiente e reduzir desigualdades históricas no cuidado com as mulheres. Mas, para que essa transformação ocorra de maneira efetiva, é preciso ir além da adoção de novas tecnologias, elas precisam ser aplicadas com estratégia, direcionadas para solucionar as lacunas reais no atendimento e na prevenção.

Um olhar atento à saúde cardiovascular das mulheres

As doenças cardiovasculares continuam liderando o ranking de causas de morte no Brasil, segundo o estudo Global Burden of Disease de 2020. O problema é ainda mais grave para as mulheres. A pesquisa “Estatística Cardiovascular – Brasil 2021”, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, aponta que as queixas de dores no peito, que podem estar associadas a problemas cardiovasculares e obstrução das artérias coronárias, são mais prevalentes em mulheres do que em homens em todos os estudos analisados. Apesar disso, o risco cardiovascular feminino ainda é frequentemente subestimado, o que pode retardar diagnósticos e comprometer a efetividade dos tratamentos.

Diante desse cenário, profissionais de saúde têm buscado estratégias para qualificar a assistência e ampliar a conscientização sobre a saúde cardíaca das mulheres. Com isto, as ferramentas de suporte à decisão clínica vêm desempenhando um papel significativo nesse avanço, permitindo que médicos acessem rapidamente informações baseadas em evidências e diretrizes clínicas atualizadas, neutralizando vieses que, historicamente, impactam o atendimento às mulheres.

Além disso, à medida que cresce a triagem de determinantes sociais da saúde, soluções digitais têm se mostrado fundamentais para transformar esses dados em intervenções mais eficazes. Com isso, torna-se possível personalizar condutas médicas, otimizar o tempo de atendimento e elevar a segurança das pacientes, promovendo uma abordagem mais equitativa na cardiologia.

Uma pesquisa realizada pela Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), em parceria com a Wolters Kluwer, revelou um crescimento de 14% na adoção de soluções de suporte à decisão clínica nos hospitais associados à entidade em 2023. Esse avanço reforça a tendência de um cuidado mais orientado por dados, reduzindo lacunas no atendimento.

Avanço na qualidade do cuidado

O impacto da tecnologia vai além do suporte direto aos médicos. Ele se estende a todo o ecossistema de saúde, facilitando a tomada de decisões e aprimorando a experiência do paciente. No contexto da saúde feminina, o acesso dos profissionais a ferramentas tecnológicas permite um atendimento mais ágil, preciso e embasado, contribuindo para melhorar desfechos clínicos.

Vale ressaltar, no entanto, que as decisões finais continuam sendo prerrogativa dos profissionais de saúde, cuja atuação, fortalecida por novas tecnologias, se torna ainda mais estratégica. Com um suporte adequado, os médicos podem superar desafios históricos e promover uma assistência equitativa, garantindo que as mulheres recebam o cuidado que realmente necessitam.

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Enrico Milani, CEO da Vapza

A indústria de alimentos passa por uma transformação significativa diante das mudanças no perfil do consumidor. Cada vez mais exigente e bem informado, ele busca produtos que combinem conveniência, saudabilidade e menor impacto ambiental, postura que reflete tendências globais de consumo e exige das empresas inovação constante para se manterem competitivas.

As quatro principais tendências de consumo alimentar para 2025

Diante desse cenário, o relatório Top Global Consumer Trends 2025, da Euromonitor, apontou quatro grandes tendências que devem moldar a indústria de alimentos neste e nos próximos anos.

  • Wiser Wallets (orçamentos mais inteligentes): os consumidores estão avaliando com mais critério o custo-benefício dos produtos, priorizando qualidade e durabilidade em suas escolhas. A pandemia da Covid-19 acelerou a busca por praticidade na alimentação em casa, mas sem abrir mão do alto valor nutricional. Assim, o crescimento da demanda por produtos prontos para consumo vem acompanhado da necessidade de manter uma alimentação equilibrada e saudável;
  • Healthspan Plans (planos para uma vida saudável): em paralelo, a procura por alimentos alinhados a dietas específicas, como vegana, low carb e sem glúten, continua em ascensão. Entre 2015 e 2020, o setor de alimentos saudáveis cresceu 33%, alcançando um faturamento de R$ 100,2 bilhões. Essa tendência seguirá em alta, com consumidores cada vez mais focados em longevidade e bem-estar;
  • Filtered Focus (foco filtrado): aliada a essa ideia de saúde, a transparência na cadeia produtiva também transformou-se em um fator extremamente relevante na escolha do cliente, tornando necessária a implementação de rótulos acessíveis. Isso porque, diante do excesso de informações, os consumidores priorizam marcas que oferecem uma comunicação clara e objetiva, proporcionando uma experiência de compra simplificada;
  • Eco Logical (sustentabilidade com propósito): o impacto ambiental e social dos produtos influencia cada vez mais as decisões de compra. Além de comunicação transparente, os consumidores esperam que as marcas adotem práticas sustentáveis genuínas, desde a origem dos ingredientes até as embalagens e processos produtivos.

Estratégias para as empresas do setor alimentício

Para atender às novas demandas da sociedade, empresas do setor alimentício estão adotando estratégias que garantem competitividade e relevância no mercado. A expansão do e-commerce, por exemplo, está diretamente ligada à tendência Filtered Focus, já que plataformas digitais permitem uma comunicação mais clara, com informações detalhadas sobre ingredientes, rastreabilidade e impacto ambiental. 

Além disso, a personalização da experiência de compra e a recomendação de produtos adequados a diferentes perfis nutricionais atendem à crescente preocupação com a saúde e o custo-benefício (Healthspan Plans e Wiser Wallets). Parcerias estratégicas com marketplaces e serviços de entrega garantem maior capilaridade e acesso a esses produtos saudáveis e sustentáveis, permitindo que um público mais amplo faça escolhas alinhadas ao seu estilo de vida. 

Nesse sentido, a otimização logística também desempenha um papel fundamental, assegurando que produtos frescos e de qualidade cheguem ao consumidor final no menor tempo possível, reduzindo desperdícios e promovendo eficiência – atores fundamentais dentro do conceito Eco Logical

Dentro desse cenário, outro fator essencial é o investimento contínuo em inovação e sustentabilidade. Empresas que desenvolvem processos produtivos otimizados, adotam embalagens ecológicas e garantem certificações de impacto positivo, como o selo B, têm conquistado um público mais fiel e engajado. 

Diante dessas transformações, o grande desafio da indústria de alimentos em 2025 será equilibrar praticidade, saudabilidade e sabor, garantindo ao mesmo tempo uma cadeia produtiva sustentável e uma comunicação eficaz 

E essas mudanças no comportamento do consumidor representam não apenas desafios, mas também oportunidades para inovação, expansão digital e fortalecimento das marcas. Neste cenário, transparência, qualidade e compromisso ambiental serão fatores decisivos para o sucesso.

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Por Alexandre Pierro

Inovar não é mais um diferencial do mercado, mas algo essencial para garantir a sobrevivência e prosperidade no segmento atuado – o que torna os incentivos fiscais para a inovação no país aliados estratégicos para um maior fomento nesse sentido. No setor industrial, o qual representa um grande peso para a economia brasileira, investir nesses recursos será de extrema importância para alavancar seu desempenho, principalmente, no caso da Lei do Bem.

Diante de um mercado cada vez mais automatizado e conectado, já está mais do que comprovado a relevância da inovação para assegurar a continuidade das operações, contribuindo também para seu destaque competitivo frente dos empreendimentos internacionais. E, para impulsioná-la internamente, existe uma extensa gama de tecnologias robustas que vêm sendo fortemente investidas pelos negócios, tais como a inteligência artificial, Big Data, blockchain, BI e Internet das Coisas (IoT).

No caso específico do setor industrial, investir nessas tecnologias e acompanhar demais tendências que despontam no mercado é, certamente, algo importante para que tenham em mãos recursos robustos que permitam a otimização, automação e maior produtividade de suas operações, favorecendo a redução de custos e maior retorno sobre o investimento (ROI). Em conjunto a isso, os mecanismos de fomento à inovação também vêm ganhando maior destaque e conhecimento como ferramentas economicamente valiosas a fim de viabilizar investimentos constantes nesse sentido.

Apenas em 2024, como prova dessa relevância e maior procura, o financiamento para a inovação na indústria atingiu seu recorde histórico de R$ 34 bilhões, total equivalente aos recursos aprovados pelo BNDES, FINEP e Embrapii no contexto da Nova Indústria Brasil (NIB). Quanto maior for este apoio, maior será a aderência a outros mecanismos também benéficos para financiar as atividades deste setor, como pode ser permitido através da Lei do Bem – a qual, que, desde 2005, vem oferecendo incentivos fiscais a empresas que investem em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica (PD&I).

Com essa Lei, as empresas conseguem restituir impostos do ano anterior através da comprovação do respectivo investimento, caso atendam alguns requisitos para gerar inovações. Na prática, ao restituir parte dessas quantias direcionadas ao processo, as companhias conseguem maximizar seus investimentos neste projeto e nas ações futuras de inovação no negócio, tendo verbas para buscar estratégias cada vez melhores para seu desempenho e destaque.

Portanto, a adoção de inovações por parte das empresas, além de melhorar sua eficiência e eficácia, também ajuda na gestão financeira, uma vez que passam a ter a oportunidade de restituir valores significativos por causa da inovação, cujo budget adicional pode ser utilizado para gerar mais inovação, fazendo com que, a cada ano, melhorem seus resultados e se tornem cada vez mais competitivas no mercado nacional e internacional.

Àquelas que desejarem recorrer a este incentivo, poderão buscar por agências e entidades de fomento que ofereçam subsídios, bolsas de pesquisa e financiamentos para projetos de pesquisa e desenvolvimento que se enquadrem nos critérios da Lei do Bem. Considerar, também, investidores-anjo, venture capitalists e fundos de private equity é algo vantajoso, uma vez que são fontes importantes de capital para startups e empresas inovadoras – além desses investidores, frequentemente, oferecerem mentoria e rede de contatos.

Muitos estados e municípios também oferecem programas específicos para estimular a inovação, junto a agências de desenvolvimento regional e secretarias de ciência e tecnologia que costumam lançar editais e linhas de crédito específicas para esse sentido. Todos esses caminhos podem contribuir para que as empresas do setor consigam usufruir dos benefícios da Lei do Bem e adquirir uma melhor gestão financeira para reinvestir em ações estratégicas para seu crescimento.

E, para garantir a máxima assertividade nisso, é de extrema importância também considerar a orientação de uma consultoria de inovação, com um time capacitado que se mantenha atualizado às tendências da área e direcione a empresa no melhor caminho para transformar ideias inovadoras em geração de valor. A soma desses cuidados, certamente, transformará a indústria em uma referência inovadora, obtendo incentivos fiscais estratégicos para fomentar, constantemente, suas operações perante um desempenho e produtividade cada vez maiores e melhores.

Alexandre Pierro é mestre em gestão e engenharia da inovação, bacharel em engenharia mecânica, física nuclear e especialista de gestão da PALAS, consultoria pioneira na ISO de inovação na América Latina.

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Por Luiz Wey, Diretor de Novos Negócios da Sealed Air

A embalagem evoluiu muito ao longo dos anos. No passado, sua função era basicamente proteger os produtos durante o transporte e o armazenamento. Porém, conforme as preferências do consumidor foram se transformando, o papel da embalagem também mudou. Hoje, esse invólucro não apenas protege, mas também reflete a identidade e os valores de uma marca.

E o mercado de embalagem agora está investindo fortemente na personalização e interatividade, garantindo que ela não apenas proteja os produtos, mas também engaje o consumidor e agregue valor ao produto.

A personalização, estratégia desenvolvida pela empresa com base no seu conhecimento sobre o consumidor, é essencial no mercado atual. A embalagem personalizada permite que as marcas se conectem com os consumidores em um nível mais profundo, criando experiências de unboxing convenientes e práticas, ajudando a promover a fidelidade à marca.

Tecnologia impulsiona a personalização

As marcas agora estão usando tecnologia de embalagens inteligentes e até mesmo interativas para se conectar com os clientes de novas maneiras.

Elementos de embalagem interativos, como QR codes inteligentes, estão revolucionando o engajamento do consumidor na indústria de Alimentos e Bebidas.  

Os QR codes inteligentes fornecem acesso instantâneo a conteúdo personalizado, promoções e informações nutricionais diretamente nos smartphones dos consumidores.  

Essas tecnologias inovadoras criam oportunidades dinâmicas para interações personalizadas entre marcas e clientes, levando a experiências de marca aprimoradas, maior fidelidade e insights valiosos para estratégias de marketing direcionadas.

Para as empresas, a análise dos dados capturados pelas interações com os QR codes permite entender melhor o comportamento do consumidor, identificando tendências e preferências que podem ser traduzidas em soluções completas de embalagem ou aprimoramentos nos produtos que vão ampliar o seu market share.

Além disso, a impressão digital possibilita a criação de embalagens em menor escala, permitindo que marcas experimentem diferentes designs e formatos sem comprometer grandes estoques.

Sustentabilidade também está no radar

E, finalmente, a personalização pode ser um poderoso drive da inovação sustentável. À medida que os consumidores se tornam mais conscientes das questões ambientais, a personalização permite que as empresas adotem soluções de embalagem que reduzem o desperdício de recursos e de alimentos, adaptando-se às necessidades de diferentes segmentos de mercado. Isso não só contribui para a redução do impacto ambiental, mas também reforça a imagem da marca como responsável e inovadora.

Investir na personalização das embalagens é um elemento essencial para a inovação no setor de Alimentos e Bebidas, oferecendo às empresas a oportunidade de atenderem com mais agilidade as novas necessidades dos consumidores, ao mesmo tempo em que promovem práticas sustentáveis e fortalecem a conexão emocional com suas marcas.  

Podemos afirmar, sem dúvida, que em um cenário onde a experiência do cliente está em alta, independentemente do setor, investir na personalização da embalagem, que comunica histórias e valores da marca de maneira mais eficaz, assim como atende a novos hábitos de consumo, pode ser o diferencial que impulsiona o sucesso e a relevância no mercado.

Sobre a Sealed Air

A Sealed Air Corporation (NYSE: SEE) é líder global em soluções de embalagens que integram materiais, automação, equipamentos e serviços sustentáveis ​​e de alto desempenho. A empresa fornece soluções para uma ampla gama de mercados incluindo proteínas frescas, alimentos, fluídos e líquidos, medicina e ciências biológicas, indústrias, e-commerce, logística e operações de atendimento omnichannel. A Sealed Air é detentora de soluções reconhecidas mundialmente como a marca de embalagens para alimentos CRYOVAC®, sistemas para líquidos LIQUIBOX®, embalagens de proteção SEALED AIR®, sistemas de embalagem automatizados AUTOBAG® e soluções infláveis BUBBLE WRAP®.  

Por meio do SEE Net Positive Circular Ecosystem, a empresa lidera a indústria de embalagens na criação de um futuro mais ambiental, social e economicamente sustentável. A Sealed Air tem a meta de zerar as emissões de carbono de suas operações globais até 2040. A empresa tem mais de 17 mil funcionários globalmente, atende clientes em 120 países/territórios e em 2023, faturou US$ 5,5 bilhões em vendas globais.

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Por Mariano Iocco, diretor de Marketing para América Latina da Sealed Air

Com uma produção robusta e dinâmica, o Brasil se destaca no cenário global como um dos principais produtores de proteínas. Este reconhecimento não é apenas fruto de números impressionantes, mas também de um compromisso contínuo com a inovação e a qualidade. Somente em carne bovina, entre 2023 e 2024, o país alcançou a marca de 10,7 bilhões de toneladas produzidas, representando 18% da produção mundial. Além de ter se posicionado como o maior produtor de carne de frango no mundo e estar em 4º lugar no ranking de produção de carne suína.

Além dos números relativos à produção, o país também impressiona em consumo: segundo a Abiec – Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes – em 2024, os brasileiros consumiram 7,78 toneladas de carne bovina, a proteína de maior valor agregado no país. Do total produzido, 3,02 milhões de toneladas foram destinadas à exportação, reforçando a relevância do Brasil tanto como consumidor quanto como fornecedor global.

Com um mercado tão desenvolvido internamente e sendo um dos maiores produtores do mundo, é natural que os hábitos de consumo no Brasil evoluam constantemente, acompanhando novas demandas e tendências. Esse movimento tem impulsionado a popularização de tecnologias inovadoras, como as embalagens case ready (prontas para as prateleiras). Um exemplo disso são as embalagens que utilizam sistemas de atmosfera de proteção (ATP), que evitam a oxidação e potencializam a maturação natural da carne, garantindo maior qualidade e frescor para o consumidor final.

Essas embalagens vêm ganhando espaço não apenas no segmento de carne bovina, mas também entre produtores de aves, suínos, pescados e até na indústria de laticínios, que buscam agregar valor aos seus produtos, destacando-se nos pontos de venda enquanto mantêm as propriedades de conservação que os sistemas tradicionais, como os sacos a vácuo, já oferecem para porções maiores. O diferencial dessas embalagens está na combinação de praticidade e apelo visual, alinhando-se às expectativas de um consumidor cada vez mais exigente.

Praticidade e conveniência: atendendo a novas configurações familiares

Um fator que ilustra bem as mudanças nas expectativas e necessidades do consumidor e suas demandas para este e os próximos anos é a rápida transformação na configuração familiar no Brasil. Segundo o Censo de 2022, o percentual de domicílios com apenas uma pessoa subiu de 12,2% em 2010 para 18,9% em 2022. Já a proporção de casais sem filhos também aumentou, passando de 16,1% para 20,2% no mesmo período. O que reflete diretamente na busca crescente por praticidade no consumo, com maior demanda por produtos que se adaptem a rotinas mais dinâmicas e necessidades individuais ou de pequenos núcleos familiares.

Nesse contexto, outra embalagem do tipo case ready que vem se consolidando como uma tendência em expansão no mercado nacional são as embalagens termoformadas. Essa tecnologia oferece uma solução eficiente e visualmente atrativa tanto para produtores quanto para consumidores. Para os produtores, especialmente aqueles que trabalham com cortes personalizados, as embalagens termoformadas permitem grande flexibilidade de aplicação, com a possibilidade de utilização de diferentes tipos e espessuras de filmes, com ou sem barreira ao oxigênio e sendo compatíveis com diferentes fundos – flexíveis, rígidos ou semirrígidos – atendendo as particularidades de múltiplos mercados.

Além disso, o apelo visual dessas embalagens é um grande diferencial. Elas podem ser projetadas com áreas transparentes que preservam a visibilidade do produto, enquanto oferecem a possibilidade de impressão de alta qualidade, destacando informações importantes e melhorando a apresentação nas prateleiras. Isso não apenas facilita a escolha do consumidor, mas também agrega valor ao produto no ponto de venda.

Automação: eficiência para agregar valor e minimizar perdas

Outro fator essencial quando falamos do futuro das embalagens é a automatização de processos. Para assegurar que toda a tecnologia embarcada em soluções robustas de embalagem, como as termoformadas, cheguem ao varejo e posteriormente ao consumidor final íntegras, padronizadas e com boa apresentação, garantir um processo eficiente dentro da indústria é fundamental.

Com isso, a automação nas operações de embalagens de alimentos ganha o protagonismo. Sistemas automatizados não apenas aumentam a eficiência e são capazes de reduzir custos relacionados a falhas operacionais, como também garantem uma maior uniformidade e qualidade no produto final. Empresas líderes no setor têm adotado equipamentos que automatizam todo o processo de envase, o que tem resultado em uma redução significativa de reprocesso e incremento na produtividade.

Além disso, quando unimos embalagens eficientes com sistemas de automação avançados, criamos soluções integradas que além colaborar com a manutenção do alto padrão de qualidade que as indústrias de proteínas exigem, também minimizam a incidência de perdas de alimentos – um desafio significativo que afeta cerca de 14% da produção global, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Essa abordagem integrada reforça a competitividade das empresas ao otimizar processos e promover um uso mais eficiente de recursos, pontos cada vez mais valorizados pelo mercado.

Em resumo, o ano de 2025 marca um período de grande inovação e avanço para a indústria de embalagens no Brasil e no mundo. Avanços como os elencados não são apenas uma tendência, mas um passo estratégico para empresas que desejam se posicionar como líderes no setor e responder às exigências do mercado global.

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Alan Souza Sales*

O mercado de energia está em franca expansão no Brasil. O País tem a vantagem de gerar energia de múltiplas formas como, por exemplo, a hidroelétrica, eólica e solar. Há bastante tempo as usinas que transformam a energia hidráulica de um curso de água em eletricidade renovável têm sido a matriz energética, mas nas últimas décadas houve boa expansão dos segmentos de usinas solares e parques eólicos. Afinal, os players dos novos setores já entenderam a necessidade de ter uma segurança perimetral mais eficiente e preventiva? 

Um grande entrave no segmento ainda é que muitas vezes no início da construção do canteiro de obras de uma usina solar, por exemplo, não se pensa na proteção do perímetro, pois o cronograma do projeto original, muitas vezes é um simplesmente uma ‘copia’ de outro país mais desenvolvido, que tem uma realidade bem diferente da nossa.

Há diversas empresas que seguem uma linha de construção de países europeus, onde não há necessidade de preocupação com a segurança do perímetro como no Brasil. Na verdade, em nosso país situação é bem outra. Temos um grande potencial energético extraordinário o que tem atraído muitos investidores, mas o problema é que há projetistas aqui que não se atentaram para o fato de que a segurança perimetral de uma usina solar, por exemplo, no Brasil é na verdade a parte mais importante do seu projeto. 

O que não deixa dúvida hoje é que o desenvolvimento expressivo nessas novas tecnologias (solar e eólica) foi bastante facilitado pela geografia e condições propícias para receber aportes. No passado foram investidos US$ 34,8 bilhões em fontes de energias renováveis, além de captura de carbono, hidrogênio verde e veículos elétricos. Até 2028, a projeção de investimentos para esses segmentos é de cerca de US$ 200 bilhões. E como essas alternativas de energia têm custo mais baixo, elas têm atraído outras empresas interessadas em fontes mais baratas. 

O fato concreto é que o setor elétrico está extremamente aquecido para construção de infraestrutura na geração, transmissão e distribuição de energia. São recursos fundamentais para a vida moderna por causa da infinidade de gadgets em uso como eletrodomésticos, celulares, computadores, além do sistema metroviário e ferroviário e agora os veículos automotivos que usam a eletricidade como fonte motriz. 

Muitas vezes quando algumas empresas investem no setor de energia e constroem uma usina fotovoltaica ou eólica, ou amplia subestações, priorizam a maior eficiência em geração, mas tradicionalmente fazem suas escolhas pelo preço, mesmo que ele tenha apenas uma pequena margem. O pensamento mais comum no investimento em eficiência enérgica é a sempre opção com menor custo e ponto final. 

O foco é a geração máxima de energia pelo mínimo em dinheiro. A grande complicação baseada neste conceito simples de retorno pelo menor valor é que o mercado não tem observado o setor de segurança perimetral como prioridade e há sempre a falsa ideia de que um ‘carro destrancado não vai ser roubado em locais desabitados ou isolados’. 

Na verdade, o roubo na infraestrutura energética abrange alguns aspectos singulares no Brasil. O primeiro é o prejuízo direto das instalações elétricas com os roubos de fios e cabos elétricos de cobre. Há o registro de uma companhia que perdeu cerca de 8 km de cabos num ataque a sua usina e convém ressaltar que estes tipos de produtos não são comprados no mercado usual. Então, vale refletir como seria o processo de receptação e quem ganha e perde neste comércio ilegal. Pela experiência no setor eletroeletrônico também se constatou que roubos de painéis fotovoltaicos costumam virar notícia na imprensa e o de fio não. 

De acordo com a consultoria Mordor Intelligence o tamanho do mercado de fios e cabos de distribuição de energia dos diversos tipos no Brasil é estimado em US$ 228,42 bilhões para este ano, e deverá atingir US$ 298,53 bilhões até 2029, expandindo 5,5%, de acordo com a Taxa Composta de Crescimento (CAGR) durante o período previsto (2024-2029).

É sabido no setor que o fio de cobre não é tão complicado de ser retirado das instalações e por outro lado existem bobinas que chegam a valer R$ 300 mil nas compras oficiais. Já houve uma outra ocorrência marcante com outros dispositivos de geração em que 160 painéis foram levados de uma vez de uma usina solar. Relatos que circulam no setor alertam que em algumas usinas fotovoltaicas de menor porte foram levados todos os seus cabos e placas solares. E inclusive houve uma usina que sofreu dois roubos significativos e acabou tendo que se retirar do negócio. 

O custo direto com o roubo da infraestrutura seria a primeira parte dessa situação crítica. A perda de equipamentos, assim sendo, pode produzir a interrupção total do fornecimento de energia ou parte dela. No caso da retirada dos cabos de cobre a interrupção geralmente é total. E cada dia parado significa uma perda expressiva no investimento de geração, porque simplesmente não se está produzindo o valor correspondente contratado. Enquanto o parque fotovoltaico não funciona, ele fatalmente está perdendo dinheiro. 

Uma perspectiva importante ainda é que o prejuízo no âmbito das subestações é muito grave, porque essas distribuidoras estão sob um contrato de fornecimento no qual a métrica é a continuidade do serviço. O descumprimento gera multas já que o acordado não foi entregue no período determinado. Além disso, é preocupante pensar que comunidades com 50 mil ou 100 mil pessoas no interior, precisam de energia para suas atividades e compromissos, e ter sua expectativa frustrada por um tempo mais longo. As subestações são, por consequência, grandes vítimas em roubos em razão dessa característica da sua operação. 

Existe ainda mais um inconveniente. Se a companhia de energia não investir em segurança ela pode ser roubada mais de uma vez. Os fios apanhados quase sempre estão no aterramento da fiação, porque são mais fáceis de serem arrancados ou estão mais visíveis. Depois do roubo, a falta de aterramento na subestação também pode provocar explosões e consequentemente gerar ainda mais prejuízos às vítimas. 

Em resumo, para se evitar essas dificuldades o investimento correto na segurança perimetral não tem alternativa e é o que irá impedir a interrupção total ou parcial da operação da empresa por roubo. Um sistema de resposta inteligente já inibe facilmente a maioria dos intrusos. As soluções de alta tecnologia perimetral por fibra óptica, por exemplo, detectam intrusões antes que elas ocorram com 100% de eficiência. Portanto, o modelo de segurança perimetral com fibra óptica garante total proteção e confiabilidade nas estruturas de geração, transmissão e distribuição de energia. 

Hoje, essas soluções avançadas com tecnologias de sensoriamento óptico para a proteção de perímetro e ativos do setor energético têm sido discutidas e atestadas como as mais inovadoras para o setor, inclusive em eventos técnicos que reúnem autoridades e grandes especialistas como o reconhecido Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica (SNPTEE).   

*Alan Souza é Sales Enablement Specialist da Alfa Sense, deep tech especializada em desenvolvimento e fabricação de soluções avançadas em sensoriamento óptico no Brasil. ( https://www.alfasense.com.br/  ).

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Professor Ives Gandra: Andreia Tarelow

O professor e jurista Ives Gandra da Silva Martins completa, em 12 de fevereiro, 90 anos. É uma carreira longeva dedicada ao direito, à vida acadêmica e à análise dos principais temas que impactam o cenário político, econômico e social do Brasil. Sua trajetória é relevante em várias áreas, mas especialmente em direito tributário e constitucional. Autor de 87 livros individuais, Ives Gandra é membro da Academia Brasileira de Filosofia, da Academia Paulista de Letras e de outras instituições. Também é professor emérito da Universidade Mackenzie.

Sempre presente em inúmeros debates nacionais (reforma tributária, insegurança jurídica, aborto etc…), é reconhecido pela sua trajetória profissional, por suas várias obras jurídicas, especialmente nas áreas do direito tributário e constitucional, bem como por suas análises e reflexões, amplamente divulgadas na imprensa tradicional, em sites e blogs, por meio de diversos artigos.

Seu currículo é extenso. Advogado, jurista,  escritor (autor de 87 livros individuais – veja em https://gandramartins.adv.br/ives-gandra-da-silva-martins-livros-individuais/), professor, membro da Academia Brasileira de Filosofia, da Academia Paulista de Letras e de outras várias instituições, é professor emérito da Universidade Mackenzie. Formou-se em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP), em 1958, onde também concluiu especialização em direito trib utário, em 1970, e em ciências das finanças, em 1971, no tempo em que não havia mestrado no Brasil. Tornou-se doutor em direito pela Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, em 1982. Integra 36 Academias, algumas das quais presidiu e é detentor de dezenas de títulos de “doutor honoris causa”. Tem livros e artigos publicados em 21 países em várias áreas.

Vale destacar sua contribuição como consultor em reformas legislativas e parecerista, influenciando marcos jurídicos relevantes no Brasil. Em 1987, participou de audiências públicas na Assembleia Nacional Constituinte, mantendo permanente contato com Ulisses Guimarães, Bernardo Cabral e notáveis constituintes que redigiram a nossa Carta Magna (1988). Elaborou pareceres decisivos sobre os Planos Collor I e II e sobre o impeachment dos ex-presidentes Collor e Dilma e comentou com Celso Bastos a Constituição brasileira em 15 volumes (em torno de 10.000 páginas).

Rotina profissional diária

Há mais de meio século, inicia seu dia participando de uma missa. Posteriormente, dedica-se a compromissos em uma das entidades que integra: Fecomercio, Fiesp, Associação Comercial de São Paulo, entre outras, onde participa, como palestrante ou debatedor, de eventos, seminários e congressos que avaliam a atual conjuntura nacional, sempre ao lado de renomados juristas.

É comum receber para almoço em sua residência políticos, autoridades e jornalistas.

À tarde, segue para o escritório, onde encontra colegas advogados, professores e autoridades. Faz sustentações orais nos tribunais superiores, participa de audiências públicas no Congresso Nacional, de bancas de doutorado e mestrado, concede entrevistas, despacha com suas secretárias, grava seu post diário para o Instagram Ives Gandra da Silva Martins (@ivesgandradasilvamartins) e, quinzenalmente, há 13 anos, grava o programa Anatomia do Poder, transmitido pela Rede Vida de Televisão.

Reflexões sobre o Brasil em 2025

Em um dos recentes textos que publicou, Ives Gandra Gandra debate a crescente polarização política e aponta uma insegurança jurídica que na visão dele é causada pelo protagonismo excessivo do Supremo Tribunal Federal (STF).”Há um protagonismo maior do Pretório Excelso a favor do presidente Lula, com invasões de competência do Poder Legislativo e hospedando pautas presidenciais, como de regulação das redes sociais, marco temporal, narrativas golpistas, etc. o que gera uma insegurança jurídica que intranquiliza parte considerável da população”. Mas ele não ataca os ministros e tampouco coloca em dúvida a competência dos ministros, a quem diz admira como juristas, mas diverge como magist rados.

O jurista aponta, ainda, em outro texto, a política econômica como um dos principais desafios do atual governo, destacando: “Entramos no denominado fenômeno econômico da ‘dominância fiscal’, em que nem mesmo uma rígida política monetária é capaz de sustar a inflação.”

Em outro  artigo, “O poder e as narrativas”, no qual menciona o seu livro “Uma breve teoria do poder” (4ª edição – prefaciada por Michel Temer), afirma: “…infelizmente, há uma escassez monumental de estadistas no mundo e um espantoso excesso de políticos cujo único objetivo é ter o poder e, quando atingem seu objetivo, terminam servindo-se mais do que servindo ao povo, pois servir ao povo é apenas um efeito colateral e não obrigatoriamente necessário.”

Legado de uma vida dedicada à família, ao Direito e à Academia

Em sua vida pessoal, o professor é também admirado. Viúvo de Ruth Vidal Gandra Martins, com quem foi casado por quase sete décadas, é pai de seis filhos e avô dedicado. Seus seis filhos, todos bem-sucedidos, incluem Ives Gandra da Silva Martins Filho, ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Angela Vidal Gandra Martins, ex-secretária da Família no governo Bolsonaro e atual secretária municipal de Relações Internacionais (São Paulo), Rogério Vidal Gandra da Silva Martins, advogado tributarista, atual titular do escritório Advocacia Gandra Martins, Regina Vidal  Gandra da Silva Martins Couto, jornalista, Roberto Vidal Gandra da Silva Martins autor do livro &ldq uo;Perestroika”, pela Resenha Universitária e “O Aborto no Direito Comparado” pela CEJUP, e Renato Vidal Gandra da Silva Martins, professor titular de matemática pura da Universidade Federal de Minas Gerais.

Ives Gandra é um torcedor apaixonado pelo São Paulo Futebol Clube. É conselheiro e um dos atuais 14 “cardeais” do Tricolor Paulista. É sócio do clube há 80 anos.

Ativo nas redes sociais, especialmente no Instagram, onde possui mais de 500 mil seguidores, posta diariamente análises e comentários sobre o momento político e econômico nacional e internacional, além de fotos que revisitam passagens marcantes de sua vida e de sua carreira.

Às segundas-feiras, faz uma exceção em sua rotina no Instagram para declamar sonetos dedicados à sua esposa, Ruth Vidal Gandra Martins, que faleceu em 2021, aos 86 anos, em decorrência de complicações da Covid-19. Todos os 21 livros de poesia que publicou foram dedicados a ela.

A comemoração de seus 90 anos é uma oportunidade de revisitar seu legado e olhar para o futuro com as reflexões de um dos grandes pensadores do Brasil contemporâneo.

Ives Gandra da Silva Martins – Professor Emérito das Universidades Mackenzie, UNIP, UNIFIEO, UNIFMU, do CIEE/O ESTADO DE SÃO PAULO, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército – ECEME, Superior de Guerra – ESG e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região; Professor Honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia); Doutor Honoris Causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs-Paraná e RS, e Catedrático da Universidade do Minho (Portugal); Presidente do Conselho Superior de Direito da FECOMERCI O – SP; ex-Presidente da Academia Paulista de Letras-APL e do Instituto dos Advogados de São Paulo-IASP.

Informações para a imprensa e entrevistas – Gabriela Romão (11) 97530-0029

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Ricardo Citrangulo, VP Comercial de Varejo Alimentar da Rock Encantech

A Inteligência Artificial (IA) está deixando de ser uma tendência para se consolidar como uma força transformadora nas operações empresariais. Na NRF 2025, o impacto da automação baseada em IA foi amplamente discutido, revelando seu potencial para aumentar a eficiência, reduzir custos e melhorar a experiência do usuário. 

Participei de diversas conversas enriquecedoras que destacaram como a automação está moldando o futuro dos negócios, trazendo inovação para processos que antes dependiam exclusivamente de intervenção humana. 

Saindo da teoria

Entre os exemplos apresentados no evento, alguns se destacam pela aplicação direta e os resultados significativos: 

  1. Finanças e reconciliação: a automação de processos financeiros está ajudando empresas a minimizar erros e liberar equipes para tarefas estratégicas. Um sistema automatizado pode validar transações e gerar relatórios precisos em um ritmo que seria impossível manualmente.
  2. Integração de colaboradores: grandes empresas como PepsiCo estão utilizando automação para agilizar a integração de novos funcionários, eliminando barreiras burocráticas e garantindo produtividade desde o início.
  3. Cadeia de suprimentos: com a automação, processos como o upload de dados de pedidos são otimizados, reduzindo atrasos e melhorando a eficiência operacional.
  4. Gestão de conhecimento: sistemas de IA generativa permitem criar bases de conhecimento inteligentes, organizando informações de forma acessível e respondendo a dúvidas de forma contextual, o que melhora o fluxo de informações internas.

Desvendando o futuro

A implementação da automação com IA, embora promissora, apresenta desafios consideráveis. Modelos precisam ser ajustados para as necessidades específicas de cada organização, exigindo esforços em treinamento e governança de dados.  

Além disso, a qualidade dos dados é fundamental. Dados inconsistentes ou incompletos podem comprometer a eficácia dos sistemas automatizados, subestimando seu verdadeiro potencial. 

Uma abordagem recomendada é começar pequeno. Projetos-piloto de alto impacto, mas simples, ajudam a demonstrar o valor da automação. Ao analisar os resultados e propor melhorias, é possível criar confiança e expandir a escala dos esforços. 

A combinação da IA generativa com gestão de dados estruturados e não estruturados representa o próximo salto evolutivo. Imagine sistemas capazes de responder a perguntas complexas, como análises de desempenho de vendas em regiões específicas, em segundos. Esse futuro já está sendo moldado por empresas que priorizam governança, segurança e design centrado no usuário. 

A automação não é apenas uma ferramenta tecnológica, mas um catalisador de mudanças estruturais que reconfiguram processos e abrem caminho para inovações ainda maiores. Investir na integração dessas soluções significa, acima de tudo, preparar sua organização para os desafios e oportunidades do amanhã. 

Ao adotar essa tecnologia de forma estratégica e ética, as empresas podem não apenas otimizar processos, mas também alcançar um nível de excelência operacional que define os líderes de mercado.

*Ricardo Citrangulo, VP Comercial de Varejo Alimentar da Rock Encantech, primeira encantech do varejo brasileiro e referência em soluções para engajamento de clientes na América Latina.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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