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Foi prorrogado até dezembro de 2010 o prazo da linha Finame-PSI (Programa de Sustentação do Investimento) para o setor de máquinas e equipamentos, divulgou a Associação Brasileira da Industria de Máquinas e Equipamentos, Abimaq. Tão comentado durante o anúncio dos resultados do primeiro bimestre do segmento, o programa, de acordo com o presidente da entidade, Luiz Aubert Neto, se não fosse prorrogado traria grandes complicações para o desempenho do setor este ano.

Informações do departamento de financiamentos da Abimaq dão conta de que os recursos disponibilizados para os 6 meses adicionais do programa (de jul./10 até dez./10) são da ordem de R$ 80 bilhões. A partir de julho/10 os juros passarão de 4,5% para 5,5% (fixos ao ano), o que ainda é extremamente competitivo, pois se descontada a inflação representa taxa de juros praticamente negativa.

A renovação do Finame-PSI atende um importante pleito da Abimaq, que vinha alertando o governo sobre a importância da renovação, como fator fundamental para manter a retomada do nível de atividades da indústria de máquinas e equipamentos. 

“Sabemos que ainda há muito a ser feito e continuaremos lutando e implementando outras ações no sentido de resgatar a competitividade da indústria nacional de máquinas e temos a certeza de que a renovação do PSI é uma importante conquista neste sentido, pois a expectativa é de que 2010 seja um ano de investimentos e a manutenção do Finame-PSI será fundamental para a recuperação da indústria neste ano”, afirma Aubert.

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O balanço do primeiro bimestre do ano divulgado ontem, 24 de março, pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Abimaq, embora positivo, não agradou muito o presidente da entidade, Luiz Aubert Neto. No período, o faturamento bruto cresceu 21,6%, para R$ 10 bilhões, sobre o realizado em janeiro-fevereiro de 2009. “Não podemos falar que foi um desempenho ruim, mas a base de comparação é fraca por conta da crise economica no ano passado. Diante de 2008, que foi um ano bom para nossa indútria, teve queda de 13,9%.”

Analisando fevereiro isoladamente, a receita de R$ 5,29 bilhões representou expansão de 24% na comparação com o mesmo mês de 2009, e de 11,5% perante janeiro. O consumo aparente de máquinas e equipamentos – soma da produção e das importações menos as exportações – também cresceu no primeiro bimestre deste ano contra o anterior 10,4%, para R$ 13,8 bilhões.

A balança comercial também preocupa Aubert, que teme pelo avanço da China, que já aparece na terceira colocação na tabela dos países que exportam máquinas e equipamentos para o Brasil. Quem também amedronta é a Índia ná décima posição. “Não se assustem se a China daqui três, quatro meses passar a tradicional Alemanha. Nem a India que dentro de, no máximo, três anos figurará como um dos principais forcedores para o país.”

As exportações do setor em fevereiro somaram US$ 567 milhões, avanço de 21,9% com relação a janeiro e retração de 5% sobre fevereiro de 2009. Nos mesmo comparativo as importações atingiram US$ 1,548 bilhão, queda de 3,5% e alta de 11,3%, respectivamente.

No bimestre, o déficit da balança comercial do setor de máquinas e equipamentos atingiu US$ 2,1 bilhões, resultado de importações de US$ 3,152 bilhões e exportações de US$ 1,032 bilhão. Em relação ao primeiro bimestre de 2009, o déficit foi 15% maior. As exportações caíram 19% e as importações subiram 1,1%.

PSI – A renovação do Programa de Sustentação do Investimento, PSI, de acordo com Luiz Aubert Neto, é condição para que o setor reaja e consiga retomar o caminho do crescimento, verificado em 2008. Com data de vencimento marcada para junho próximo, o programa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, financia bens de capital com juros de 4,5% ao ano. “Só conseguiremos crescer de 15% a 20% este ano se o PSI for prorrogado. Por isso, todos os dias ligo para cobrar o governo!.”

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Pelo que mostram os números, o setor de máquinas e equipamentos começa a se levantar do tombo que sofreu por conta da crise econômica mundial durante o ano passado. No comparativo dos meses de dezembro de 2008 e 2009 os ganhos somaram R$ 6,26 bilhões, alta de 7,3%. Sobre novembro último houve aumento de 0,6%, o que indica o movimento de retomada. Os dados foram divulgados na quarta-feira, 3 de fevereiro, pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Abimaq.

Para este ano, a entidade já aposta em expansão de 15% a 18% — contra índices de 10% a 15% estimados pelo presidente Luiz Aubert Neto em dezembro do ano passado (veja aqui entrevista com Aubert Neto) –, podendo chegar a faturamento da ordem de R$ 75 bilhões, semelhante ao alcançando em 2008.

O presidente ressalta que, dentre os fatores que impulsionaram o crescimento no setor, o Programa de Sustentação do Investimento, PSI (financiamentos a juros de 4,5% ao ano), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, tem desempenhado papel muito importante: “Caso este benefício, que deve terminar em junho deste ano, perdurasse até dezembro, juntamente com a desoneração dos investimentos e outros incentivos que ainda devem ser concedidos, o setor ganharia muito”.

Por outro lado, apenas o cenário apresentado acima não será capaz para garantir a recuperação de todas as perdas sofridas desde o inicio da crise. Uma recuperação “real”, nas contas da entidade, vislumbra crescimento de, no mínimo, 25%. Fatores que podem prejudicar o setor de máquinas e equipamentos estão ligados à medida do governo que concede isenção total para refinarias importarem equipamentos, mesmo que existam produtos similares no Brasil.

2009 – No ano passado, o faturamento do segmento foi de R$ 64,26 bilhões, redução de 17,9% perante o consolidado em 2008. As exportações responderam por boa parte da queda, com retração de 40,5% no mesmo período. O segmento bombas e motobombas foi o único a registrar crescimento expressivo: 18,1% em 2009. A explicação para tal desempenho vem do aumento da demanda do setor de petróleo e gás. Já o setor com maior queda foi o de máquinas para madeira, com recuo de 53%.

Emprego – A elevação no nível de emprego é outro fator considerado na caminhada para a retomada do setor. No ano passado, apresentou retração de 3,7% diante 2008. Mas, em dezembro, houve pequena elevação de 0,1%. Aubert Neto afirma que a entidade aposta na tendência de ascensão.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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