Otimismo também entre economistas
Divulgue esta notícia!,Economia,Pesquisa | Por em 25 de setembro de 2009
Material divulgado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo, Fecomercio, nesta sexta-feira, 25 de setembro, aponta que o Índice de Sentimento dos Especialistas em Economia, ISE, voltou a crescer: alcançou 108,1 pontos, incremento de 10,1% sobre o realizado em agosto e de 9,5% perante o de igual mês de 2008. De julho para agosto houve queda de 6,8%. O ISE é calculado pela Fecomercio em parceria com a Ordem dos Economistas do Brasil.
“Além de ter voltado para o patamar de otimismo que já havíamos visto em julho, o índice deste mês superou o nível dos meses que antecederam a crise e mostra, junto com a confiança do consumidor, que o cenário negativo já passou”, analisa Guilherme Dietze, economista da Fecomercio.
Nove itens compõem o ISE, dos quais sete ficaram acima dos 100 pontos em setembro (a variação é comparada a agosto):
• Nível de Atividade Interna – PIB: 164,5 pontos (+1,2%)
• Cenário Internacional: 155,4 (-3,05%)
• Nível de Emprego: 123,8 (+ 7,5%)
• Oferta de Crédito ao Consumidor: 121,5 (+11,5%)
• Taxa de Câmbio: 105,5 (+6,13%)
• Salários Reais: 104 (+18,9%)
• Taxa de Inflação: 100,3 (+19,7%)
Os quatros últimos já estavam no patamar otimista no mês passado.
Os indicadores vêm mostrando sinais de recuperação rápida da economia e alguns setores até decretando o final da crise. Os destaques vão para: melhora no emprego e renda, comprovados pelo IBGE, recuperação mais acentuada nas concessões de crédito e arrefecimento nos preços gerais (IPCA), o que dá um maior poder de compra a população.
Além destes destaques, o Nível de Atividade Interna e o Cenário Internacional que já estavam com as avaliações mais otimistas do ISE ficaram praticamente estáveis em setembro. “A economia mundial não apresenta grandes mudanças e sinaliza para uma recuperação gradual lenta, principalmente em relação aos EUA, Europa e Japão. Já a atividade interna vem apresentando resultados cada vez melhores”, explica Dietze.
Como exemplo dessa melhoria estão as vendas no varejo no Brasil que, em julho, tiveram elevação de 5,9% e já acumulam no ano alta de 4,7%. Resultado este que seria difícil de imaginar no início do ano.
Fonte: Fecomercio