Alacero faz alerta sobre as mudanças estruturais da indústria do aço
Análise,Competição,Opinião | Por em 23 de maio de 2018
A atividade siderúrgica está numa encruzilhada na qual: por um lado convive com o excesso de capacidade de produção, particularmente da China, que põe em risco a estabilidade do mercado e as operações das empresas; e por outro, com a aplicação de medidas protecionistas (Seção 232 dos EUA, salvaguardas da União Européia e da Turquia) que distorcem os fluxos comerciais, causando grandes impactos no comercio regional.
Diante desse cenário de alto risco, a Alacero faz um apelo para que os governos latino-americanos trabalhem de forma coordenada em medidas preventivas que evitem efeitos adversos sobre a geração de renda e de empregos na região e assegurem condições de competição leal e comercio justo no mercado regional.
A problemática da indústria do aço:
A estrutura da indústria está sendo modificada por uma crescente estatização, enquanto as empresas latino-americanas operam em condições de mercado e sem apoio financeiro dos Governos.
O excesso de capacidade de produção de aço, estimado em 600 milhões de toneladas pela OCDE, e liderado pela China, segue sem solução e o problema se agrava diante do anúncio de novos investimentos para capacidades adicionais.
As principais economias do mundo estão aplicando medidas para defender os seus mercados dos efeitos provocados pelo excesso de capacidade existente no mundo.
Ademais do excesso de capacidade, persistem práticas de comércio desleal de aço, como dumping e subsídios.
A aplicação dos instrumentos de defesa comercial da Organização Mundial do Comercio (OMC) não tem sido suficientemente efetivas.
Desta forma, a Alacero solicita aos governos da América Latina que:
Atuem junto ao G-20 para ratificação do compromisso político de resolver a crise da indústria do aço na próxima Reunião de Líderes 2018 que será na Argentina.
Sejam aplicados, de forma efetiva e imediata, os 6 princípios acordados na Reunião do G-20 de novembro de 2017.
A curto prazo, realizem, em tempo real, o monitoramento aduaneiro das importações e exportações para evitar desvios de comércio.
Reforcem a aplicação dos instrumentos de defesa comercial preconizado pela OMC.
Se desenvolva um sistema de acompanhamento permanente da situação da indústria nos principais países e blocos econômicos.