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Enquanto o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) divulgou os resultados da balança comercial brasileira que fechou 2013 com superávit de US$ 2,5 bilhões; o setor de equipamentos e produtos de saúde apresentou um déficit de US$ 4,1 bilhões. Representado pelos segmentos de materiais de consumo, equipamentos médico-hospitalares, implantes, laboratórios, odontologia e radiologia, o mercado brasileiro continua tendo dificuldades em competir com produtos importados.

O balanço acrescenta mais um ano de resultados negativos para o setor que, desde 2011, vem sofrendo com sua corrente de comércio. Nos últimos três anos registrou-se crescimento de 14% no total de importações paralelamente à queda de 10% no montante de exportações de produtos médicos e odontológicos.

Dentre os subsetores da indústria, aquele que mais se destacou com melhores resultados foi o odontológico com déficit comercial de apenas US$ 14 milhões em 2013. Em contrapartida, a área de laboratórios busca melhorias para reverter o mau desempenho e o saldo negativo que atinge a casa do bilhão de dólares.

Exportações – Balanço de 2013

Analisando os resultados nacionais do comércio exterior dos artigos e equipamentos médico-hospitalares, podemos identificar que o principal destino dos produtos brasileiros foram os Estados Unidos da América, que comprou mais de US$ 180 milhões das nossas empresas. Na sequência, temos a Argentina com US$ 76 milhões, o México com US$ 35 milhões, a Colômbia com US$ 33 milhões e a Venezuela com US$ 28 milhões. Juntos, estes cinco países do continente americano somam 48% do total de exportações brasileiras.

Eles têm sido parceiros do Brasil recebendo nossos produtos de forma constante, visto que a variação de exportações a estes mercados não ultrapassa 10% positivos ou negativos desde 2009.

De todos os seis subsetores que englobam o estudo, apenas dois conseguiram resultado positivo entre 2012 e 2013: o de implantes que aumentou em 3% suas exportações e o de radiologia que cresceu 15%. Mesmo tímido, este crescimento é bastante significativo, principalmente se comparado aos resultados das exportações de materiais de laboratórios (-49%), equipamentos médicos (-13%) e odontologia (-5%).

Considerado um dos setores vitais da economia mundial, a indústria de produtos para a saúde deve crescer nos próximos anos, gerando, assim, boas possibilidades de expansão para o mercado nacional. Porém, o que os números de 2013 refletem são a baixa competitividade da indústria brasileira que supre boa parte de sua demanda interna com importações diretas, principalmente dos itens de maior complexidade técnica.

Tendo em vista que o país conta com uma estrutura produtiva e tecnológica bastante heterogênea, o governo vem lançando iniciativas que estimulam a produção nacional. Além de mecanismos de compras públicas, regulação, incentivos fiscais ou de financiamento oferecidos pelo setor público, outras entidades criam propostas para estimular a produção e a exportação.

Fonte: Dehlicom

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Entenda um pouco mais sobre o MDIC para este ano,no artigo a seguir, cujas ações  mexem diretamente com a economia brasileira.Por Juan Quirós*

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) é estratégico para a remoção dos empecilhos às atividades produtivas, fomento da iniciativa privada, modernização crescente da economia e competitividade do Brasil e suas empresas no comércio exterior. Trata-se, portanto, de um organismo articulador da interação entre os setores público e privado e de ações e políticas voltadas àqueles objetivos, perante pastas como a da Fazenda, Planejamento e Ciência e Tecnologia, bem como autarquias, empresas de economia mista e bancos oficiais.

Definem-se, assim, as vocações do MDIC. Mais do que nunca, dada a afinidade política e pessoal do ministro Fernando Pimentel com a presidente Dilma Rousseff, o órgão tem condições de cumprir seu importante papel, como ocorreu no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando foi um dos principais responsáveis por uma série de medidas de estímulo ao crescimento e pelo grande salto das exportações no período.

Na presente conjuntura econômica nacional e mundial, são duas as prioridades: defesa comercial e apoio à indústria. Atendê-las é um intrincado desafio para o Ministério, a começar pelo fortalecimento de seu Departamento de Defesa Comercial. O Brasil não pode continuar exposto à verdadeira guerra cambial “declarada” pela China e, de modo mais discreto, encampada pelos Estados Unidos e outros países. Ademais, a subvalorização de algumas moedas soma-se, em algumas nações, a práticas pouco civilizadas e estranhas às leis de mercado, como salários abaixo da linha da dignidade, despreocupação ambiental, subsídios estatais exacerbados e descuido com o controle de qualidade. Tudo isso estabelece concorrência desigual com os produtos brasileiros.

Como se não bastasse, nossas empresas ainda enfrentam as agruras do “Custo Brasil”, composto principalmente pelos juros e tributos muito altos, os encargos incidentes sobre os salários e a deficiência da infraestrutura de transportes. Há, ainda, a crescente e insensata guerra fiscal entre os Estados, travada à revelia do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária). Acrescentam-se ao “pacote” de nossas desvantagens competitivas as amarras da burocracia.

Cabe ao MDIC atuar com firmeza no sentido de mitigar esses obstáculos. Para isso, são imprescindíveis articulações no sentido de que se realizem as reformas tributária/fiscal e trabalhista, desonerando-se a produção, bem como o fomento de uma eficiente política de exportações, para uma nova arrancada das empresas no mercado internacional. Neste particular, é premente o fortalecimento da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Outra ação urgente é tirar do papel e colocar em prática a política industrial que contabiliza poucos resultados práticos até hoje, pois ela é importante para a estratégia de atração de novos investimentos produtivos.

Como se percebe, é substantiva a agenda da Pasta, que precisa posicionar-se como ombudsman do governo para auscultar os setores produtivos e funcionar como um facilitador do mundo corporativo na emaranhada estrutura da máquina estatal. Caso o MDIC não responda a essas expectativas inerentes ao seu “DNA”, os empresários procurarão outros interlocutores na Esplanada dos Ministérios, como ocorreu em passado recente. Isto seria péssimo, pois segmentaria sobremaneira o diálogo entre os setores público e privado, dificultando a implementação de medidas primordiais para o País.

*Juan Quirós é empresário e presidente, do Grupo Advento e vice-presidente da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e da ABDIB (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base)

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) é estratégico para a remoção dos empecilhos às atividades produtivas, fomento da iniciativa privada, modernização crescente da economia e competitividade do Brasil e suas empresas no comércio exterior. Trata-se, portanto, de um organismo articulador da interação entre os setores público e privado e de ações e políticas voltadas àqueles objetivos, perante pastas como a da Fazenda, Planejamento e Ciência e Tecnologia, bem como autarquias, empresas de economia mista e bancos oficiais.

Definem-se, assim, as vocações do MDIC. Mais do que nunca, dada a afinidade política e pessoal do ministro Fernando Pimentel com a presidente Dilma Rousseff, o órgão tem condições de cumprir seu importante papel, como ocorreu no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando foi um dos principais responsáveis por uma série de medidas de estímulo ao crescimento e pelo grande salto das exportações no período.

Na presente conjuntura econômica nacional e mundial, são duas as prioridades: defesa comercial e apoio à indústria. Atendê-las é um intrincado desafio para o Ministério, a começar pelo fortalecimento de seu Departamento de Defesa Comercial. O Brasil não pode continuar exposto à verdadeira guerra cambial “declarada” pela China e, de modo mais discreto, encampada pelos Estados Unidos e outros países. Ademais, a subvalorização de algumas moedas soma-se, em algumas nações, a práticas pouco civilizadas e estranhas às leis de mercado, como salários abaixo da linha da dignidade, despreocupação ambiental, subsídios estatais exacerbados e descuido com o controle de qualidade. Tudo isso estabelece concorrência desigual com os produtos brasileiros.

Como se não bastasse, nossas empresas ainda enfrentam as agruras do “Custo Brasil”, composto principalmente pelos juros e tributos muito altos, os encargos incidentes sobre os salários e a deficiência da infraestrutura de transportes. Há, ainda, a crescente e insensata guerra fiscal entre os Estados, travada à revelia do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária). Acrescentam-se ao “pacote” de nossas desvantagens competitivas as amarras da burocracia.

Cabe ao MDIC atuar com firmeza no sentido de mitigar esses obstáculos. Para isso, são imprescindíveis articulações no sentido de que se realizem as reformas tributária/fiscal e trabalhista, desonerando-se a produção, bem como o fomento de uma eficiente política de exportações, para uma nova arrancada das empresas no mercado internacional. Neste particular, é premente o fortalecimento da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Outra ação urgente é tirar do papel e colocar em prática a política industrial que contabiliza poucos resultados práticos até hoje, pois ela é importante para a estratégia de atração de novos investimentos produtivos.

Como se percebe, é substantiva a agenda da Pasta, que precisa posicionar-se como ombudsman do governo para auscultar os setores produtivos e funcionar como um facilitador do mundo corporativo na emaranhada estrutura da máquina estatal. Caso o MDIC não responda a essas expectativas inerentes ao seu “DNA”, os empresários procurarão outros interlocutores na Esplanada dos Ministérios, como ocorreu em passado recente. Isto seria péssimo, pois segmentaria sobremaneira o diálogo entre os setores público e privado, dificultando a implementação de medidas primordiais para o País.

*Juan Quirós é empresário e presidente, do Grupo Advento e vice-presidente da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e da ABDIB (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base).

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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