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Segundo Cledorvino Bellini, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) as vendas de máquinas agrícolas no mercado interno não têm previsão de crescimento este ano em comparação com 2010. Porém, esta situação pode ser considerado um resultado positivo. “O ano de 2010 já foi um ano muito robusto, o melhor deste 1976 para o setor. Já é muito bom manter o nível de 2010.”

No ano passado, as vendas de máquinas agrícolas cresceram 23,8% na comparação a 2009. Foram comercializadas 68,5 mil unidades. O crescimento das vendas de máquinas nacionais foi de 26,1% na comparação com 2009. Já as vendas de máquinas importadas recuaram 49,5%.

O resultado de 2009 ficou acima das expectativas por conta do encerramento do programa de incentivo PSI-Finame do BNDES, fato que não se concretizou. Por isso, explicou Milton Rego, diretor da entidade ao jornal DCI, as vendas foram mais elevadas e não houve o recuo natural do setor que ocorre entre outubro a fevereiro.

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A Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas, CSMIA, da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Abimaq, importará aço por meio de um pool formado pelas associadas. O motivo: a indústria brasileira de máquinas agrícolas está perdendo competitividade devido à valorização excessiva do real em comparação ao dólar e ao alto preço do aço no mercado interno, principal insumo para a cadeia produtiva.

Após ver o faturamento do setor retrair 28,2% em 2009 e as exportações 52,6%, a câmara pensou em um meio de tornar seus produtos mais competitivos. A iniciativa é um dos principais focos de atuação da CSMIA neste início de ano.

Com o esperado crescimento da demanda para este ano a tendência que já se observa é o aumento de preços pelas indústrias de aço para recuperar margens. “O aço aqui é muito mais caro que na Europa, China e Estados Unidos. E isso não é devido somente à alta carga de impostos no país”, afirma Celso Casale, presidente da CSMIA.

Em outros mercados, é possível encontrar chapas de aço com qualidade semelhante ao produto brasileiro até 50 % mais barato, chegando aqui com valor pelo menos 20% inferior ao produzido no Brasil, mesmo incluindo os custos com transporte, impostos e demais despesas com importação.

Em 2009, o governo brasileiro impôs uma barreira alfandegária de 12% para a maioria dos tipos de aço comercializados aqui. A medida ainda vigora sob alegação de garantia dos empregos do setor durante a crise econômica sem considerar os efeitos adversos nos setores dependentes do aço para produzir bens com alto valor agregado.

“O aço no mercado externo continua sendo mais barato que no Brasil o que não deveria acontecer já que somos o maior produtor de minério de ferro no mundo. Não podemos ficar reféns das siderúrgicas nacionais e devemos buscar alternativas para acelerar a recuperação do setor no pós-crise.”

Até o momento cerca de 30 empresas se cadastraram para fazer parte do pool para importação em conjunto. O setor de máquinas e implementos agrícolas, excluído o segmento de tratores e colheitadeiras, usa aproximadamente 60 mil toneladas de aço/mês.

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Mesmo diante de números tímidos, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos – Abimaq – incentiva seus associados a investir. A sugestão veio do presidente da entidade, Luiz Aubert Neto, durante encontro com jornalistas, nesta tarde, para apresentar o desempenho dos diversos segmentos da nossa indústria em julho.

Aubert Neto argumentou que a capacidade produtiva está voltando aos poucos e que “2010 será um ano bem melhor, com demanda crescente”. Para o presidente, “é necessário que as empresas – mesmo as em recessão – se preparem agora para sair na frente da concorrência quando o mercado retomar os pedidos.”

De volta aos números mencionados no começo, a Abimaq apresentou o desempenho da indústria nos primeiros sete meses de 2009. Em julho, o faturamento do setor registrou queda de 9,8% quando comparado ao mês anterior. Na comparação com julho de 2008, a retração foi de – 26,3%.

No período de janeiro e julho de 2009, o faturamento real acumulado foi de R$ 34,3 bilhões, 24,3% menor que o valor acumulado no mesmo período de 2008. “Este resultado é reflexo do comportamento negativo da maioria dos setores fabricantes de máquinas e equipamentos”, disse Luiz Aubert Neto.

Então vamos aos números por setor do acumulado do ano (janeiro a julho de 2009) em comparação ao mesmo período de 2008:

Máquinas para Madeira: -71%
Máquinas-ferramenta: – 52,9%
Máquinas têxteis: – 42,2%
Máquinas agrícolas: – 41,4%
Máquinas gráficas: – 36,9%
Hidráulica e pneumática: – 35,1%
Máquinas para plástico: – 28%
Outras máquinas: – 24,6%
Válvulas: – 7,7%

A média Abimaq foi de retração de 24,3%. De acordo com a entidade, dois setores apresentaram crescimento no período: bombas e motobombas com 11,6% e bens sob encomenda com 10,1%. “Os setores positivos estão ganhado força por conta da Petrobrás”, justificou o presidente.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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