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A indústria de transformação começou o ano com avanço da maioria dos Indicadores Industriais. De acordo com a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na passagem de janeiro para fevereiro, os indicadores de faturamento (+2,4%), horas trabalhadas (+2,3%) e emprego (+0,5%) mantiveram o avanço também registrado na transição de dezembro de 2023 para 2024.

“Alguns pontos que podem estar proporcionando um ambiente econômico mais favorável para indústria de transformação são a inflação moderada, a Taxa Selic em queda, a expectativa de melhora nas concessões de crédito em 2024 e o caráter aquecido no qual o mercado de trabalho se encontra”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Dois indicadores da pesquisa apresentaram estabilidade em fevereiro de 2024. A massa salarial registrou -0,1% de janeiro para fevereiro e a utilização da capacidade instalada (UCI) ficou com 78,7% no segundo mês deste ano.

O único indicador que apresentou recuo na transição do primeiro para o segundo mês do ano foi o que mede o rendimento médio dos trabalhadores: -0,5% na série livre de efeitos sazonais. Ainda assim, o indicador também apresentou aumento (+3,2%) quando comparado com fevereiro de 2023.

Nesta edição da pesquisa, foram consultadas 1.034 indústrias de transformação, entre 1º e 26 de março.

Indicadores tem novo método de apuração dos dados

Em fevereiro de 2024, a pesquisa Indicadores Industriais passou por uma modernização na plataforma utilizada para coleta e cálculo dos dados e, com isso, as séries históricas foram recalculadas.

Entre as razões para esse recálculo, destacam-se as revisões de valores previamente informados pelas empresas e o tratamento dispensado a identificação e correção de valores discrepantes (outliers).

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Por um Brasil Eficiente

Icone Sem categoria | Por em 7 de abril de 2024

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Por Carlos Rodolfo Schneider – empresário

A comemorar a aprovação no Congresso Nacional, ao apagar das luzes de 2023, de uma etapa da reforma tributária, aquela que trata dos impostos sobre o consumo. Foram décadas de discussões, de idas e vindas, para tentar alguma simplificação na caótica estrutura de impostos do país, certamente a mais confusa do planeta. Mas o resultado não foi nota dez. Conseguimos uma nota sete, deu para passar de ano.  A quantidade de exceções à alíquota padrão acolhidas nas duas casas do Congresso, garantindo privilégios a grupos de pressão, permitem prever desdobramentos: comprometimento parcial da simplificação que se buscava; aumento da alíquota para os demais setores, não beneficiados com regimes especiais (considerando que por pressuposto o governo não quer perder arrecadação), provavelmente para a alíquota mais alta do mundo; e criação de inúmeras oportunidades para questionamentos judiciais de atividades buscando enquadramentos favoráveis.

A dificuldade de se fazerem reformas no país, ressalvados alguns importantes avanços nos últimos anos, vem de dois fatores principais: dificuldade da sociedade brasileira de fazer escolhas e a defesa do status quo, de interesses, de privilégios, por grupos, segmentos, regiões. Todos são a favor das reformas desde que não mexam com os seus “direitos”, às vezes até transformados em “direitos adquiridos”, garantidos constitucionalmente. Isso tem retardado as mudanças e levado a nos conformarmos com o politicamente possível, abrindo mão do necessário. Logicamente num regime democrático as mudanças devem ser negociadas, mas temos nos conformado com avanços modestos, que emperram o crescimento do país.

Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado, pelas necessárias amarras e controles que precisa haver no setor público, e pelas variáveis políticas frequentemente presentes na alocação dos recursos. Então, quanto maiores as transferências da sociedade para o Estado, via impostos, maior a ineficiência na alocação de recursos do país. Como o Brasil tem a maior carga tributária entre os países em desenvolvimento, potencializamos a ineficiência. Além do que, estudos têm demonstrado que nós temos a pior relação do planeta entre impostos cobrados e retorno à sociedade. Lembrando que tributos foram criados para que o governo preste serviços, mas são hoje dispendidos majoritariamente para manter a máquina pública. Algo como 20% do PIB. E a discussão não é sobre escolha entre Estado grande ou pequeno, e sim entre Estado forte e ágil versus obeso e ineficiente. Sem desmerecer os muitos bons servidores, que na realidade não são reconhecidos, por receberem o mesmo tratamento dos de baixo desempenho, por falta de uma verdadeira meritocracia.

Como bem destacou a agência de rating S&P Global Ratings Brasil na recente elevação da nota soberana do Brasil, reconhecendo alguns avanços como a reforma tributária: “o componente ausente tem sido a falta de progresso para lidar com os gastos grandes, rígidos e ineficientes do governo”. E sabemos que o novo arcabouço fiscal não pretende cuidar do crescimento do gasto, pelo contrário, permite a expansão das despesas acima da inflação, o que exige, de outro lado, um crescimento contínuo da arrecadação. E o Ministro da Fazenda, que deveria estar preocupado com a eficiência do gasto e a sustentabilidade do crescimento econômico, não tem feito outra coisa senão buscar mais impostos para cobrir o crescimento do gasto público. Tanto que o Ministério da Fazenda já vem sendo chamado de Ministério da Arrecadação. Com isso o aumento da carga tributária está sacramentado e o crescimento do Custo Brasil é certo, diante de uma sociedade que não reage, e de um setor financeiro que se preocupa com o equilíbrio das contas públicas, o que é importante, mas não se preocupa com o nível de extração de riquezas da sociedade para cobrir ineficiências públicas, o que é pelo menos igualmente importante.

O Estado precisa aprender a gastar com mais eficiência o enorme volume de recursos que já arrecada. Temos que entender que o avanço vem de gastar melhor e não de gastar mais. Como na educação, onde gastamos perto de 6% do PIB, mais do que países que são referência e têm as melhores colocações no teste PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), em que estamos entre os últimos colocados. Gastar mais significa consumir hoje, gastar melhor significa pensar no amanhã. Os países só evoluem quando investem no futuro, quando conseguem transformar o seu potencial em PIB potencial.

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À medida que o número de habitantes no planeta aumenta, os desafios do setor de alimentos e bebidas também crescem. Estima-se que a população global deve ultrapassar a marca de 10 bilhões de pessoas por volta de 2060, e a quantidade de comida necessária para alimentá-la até o final do século pode precisar aumentar em quase 80%, de acordo com um estudo feito pela Our World in Data.

Responsável por abastecer cerca de 10% da população mundial (ou 800 milhões de pessoas), de acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), o Brasil destaca-se significativamente nesse cenário. Com a visibilidade, vêm também o ímpeto de tornar o setor mais eficiente e encontrar formas inovadoras de desenvolvê-lo. Afinal, com o aumento da população e a crescente demanda do segmento, garantir a qualidade e a entrega tornou-se mais complexo. Diante das mudanças de comportamento ao longo das gerações, manter a competitividade e lidar com as novas exigências tornou-se uma árdua missão. 

“Na adequação da indústria de bebidas e alimentos para as próximas gerações, precisamos considerar o envelhecimento da população; os hábitos da geração Z, que contemplam práticas de sustentabilidade; e a urbanização, que engloba os tão falados e atuais serviços de delivery. Nunca é só um fator, a inovação precisa considerar o cenário macro e atuar em todas as frentes que ele exige”, afirma Rodrigo Bürgers, partner director da Play Studio, empresa da multinacional brasileira FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios.

Os serviços de delivery, por exemplo, têm crescido expressivamente com o passar dos anos; aliás, o Brasil figura em primeiro lugar no ranking dos países da América Latina que mais utilizam o serviço de entrega, segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Esse aumento na demanda está diretamente ligado à busca constante por maior conveniência no momento do pedido, impulsionando os usuários a procurarem métodos de pagamento mais rápidos e seguros.

“A velocidade é um aspecto de grande destaque. Com a explosão do serviço de delivery, os usuários estão cada vez mais exigentes quanto à praticidade no momento do pagamento, integrada diretamente no aplicativo utilizado. É com este intuito que a FCamara desenvolveu os Iniciadores de Pagamentos, uma solução implementada na terceira fase do Open Banking, que possibilita o uso do Pix em qualquer plataforma online, proporcionando aos consumidores uma jornada de compra mais simplificada”, explica Bürgers.

Podemos observar, ainda, uma mudança de comportamento da população com relação à alimentação. Além do delivery, muitas pessoas passaram a substituir a comida tradicional por formas mais rápidas e práticas, como congelados e refeições prontas. Segundo dados da GrandView Research, até 2027, o setor global de alimentos congelados terá crescido 13,5% ao ano e movimentado pelo menos US$ 380 bilhões.

A adaptação para satisfazer a geração Z emergiu como uma tendência marcante, gerando novas oportunidades para diversos setores, mas principalmente para a indústria e para o varejo. Isso porque esse grupo tem demonstrado uma clara predileção por alimentos naturais e orgânicos, aderindo ao vegetarianismo e mostrando menor propensão ao consumo de bebidas alcoólicas. Ao considerar isso, torna-se evidente que tais mudanças de comportamento possuem o potencial de influenciar o mercado e prever as futuras demandas dos consumidores, criando a uma necessidade iminente do setor pela adoção de estratégias que estejam alinhadas às expectativas desse público em ascensão.

“É crucial que as empresas priorizem ações estratégicas e pontuais quando falamos em sustentabilidade, além de inserir esse discurso à cultura da instituição. O ideal é que essas ações sejam eficazes e assertivas na preservação dos recursos. Boa reputação e economia de custos são consequências naturais desse movimento”, afirma.

 Assim como a geração Z tem influenciado o setor, o envelhecimento da população também merece destaque. Segundo o IBGE, a projeção para 2050 é de que o número de brasileiros com mais de 60 anos ultrapasse os 60 milhões. Essa realidade está diretamente relacionada aos avanços tecnológicos e a busca por um estilo de vida mais saudável, incluindo uma alimentação balanceada.
 

Esta tendência não apenas impacta os setores antes mencionados, como também na indústria farmacêutica, que necessita se preparar para disponibilizar recursos cada vez mais apropriados a esse público. “Com o envelhecimento da população e a busca por um estilo de vida saudável, as empresas deste setor precisarão se adaptar às demandas do consumidor ao oferecer produtos alinhados à promoção de saúde e prevenção de doenças. Com isso, fica evidente a grande oportunidade de inovação na indústria farmacêutica, incluindo formas diferenciadas de atender a uma população envelhecida e em crescimento”, conclui.

Foto: Helena Lopes

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A Delfia, curadoria de jornadas digitais, anuncia os resultados que a Messer, subsidiária brasileira da empresa alemã de gases industriais, medicinais e especiais, conquistou com a solução de segurança Zero Trust Network Access da Zscaler. A extrema complexidade dos processos de fabricação de gases para áreas como saúde, metalurgia, alimentos/bebidas, solda, corte, química e engenharia faz com que segurança seja algo inerente ao DNA da Messer Gases. Um dos pilares da organização é o respeito aos dados pessoais de clientes, fornecedores e colaboradores, algo concretizado na busca constante de conformidade à LGPD. Para reforçar o valor de segurança da organização, os profissionais de TI e cybersecurity da Messer consideravam necessário, num primeiro momento, intensificar os controles aplicados ao acesso remoto ou presencial de colaboradores. Esse grupo inclui profissionais de todas as regiões do Brasil e de fora do país. “Temos segurança como valor fundamental, e por mais que esses acessos estivessem equacionados, acontecendo por meio de VPNs, desejávamos elevar a postura de segurança tanto dos usuários como de seus dispositivos. A meta era ganhar um controle granular sobre cada log, cada acesso, cada configuração de máquina. Com ajuda dos curadores Delfia, identificamos que o conceito ZTNA nos ajudaria a resolver essas demandas”, define Lucas Ferrão, analista de Infraestrutura da Messer Gases Brasil.

Nessa jornada, a Messer somou os serviços de curadoria, POC, projeto e implementação da Delfia à solução Zscaler. O resultado é uma experiência de usuário sem atritos e segura. “O número de chamados realizados ao nosso Service Desk por incidentes de acesso baixou a zero. É uma realidade em que a segurança acontece sem causar enroscos, facilitando o trabalho de todos”, resume Ferrão. Para o time de segurança e TI, esse processo também foi suave: em apenas duas semanas o Zscaler tornou-se parte das operações da empresa. 

Para Rodrigo Bocchi, CEO da Delfia, a Messer Gases é um exemplo de uma implementação bem-sucedida do conceito ZTNA. “Sabemos que algumas organizações lutam para realizar esse salto, que demanda um novo mindset de todos os envolvidos. De forma direta e simples, a solução Delfia/Zscaler na Messer reuniu o melhor de vários mundos: a maturidade da cultura digital da Messer Gases, o rigor e a metodologia dos curadores Delfia e, finalmente, a agilidade da plataforma Zscaler. A complexidade é inimiga da segurança”.

A busca por excelência em segurança na Messer Gases Brasil fará com que, no futuro, a empresa passe a utilizar o Zscaler nos smartphones dos times de manutenção de plantas industriais e centros de distribuição da Messer.

Confiança zero, privilégio mínimo  

O modelo Zero Trust assume que a violação já aconteceu – isso é parte fundamental da mentalidade de confiança zero. As soluções ZTNA são baseadas no conceito de privilégio mínimo: nunca confie, sempre verifique. A meta é oferecer acesso mínimo a recursos e a usuários. Deixa de ser importante se o profissional está dentro ou fora do perímetro da Messer Gases– seja uma planta industrial, uma filial, um centro de distribuição, a sede nacional em Alphaville. Independentemente de onde esteja localizado, o usuário é desafiado, por várias funções automáticas de autenticação e checagem de contexto, a provar que possui as credenciais necessárias. O modelo ZTNA não confia em usuário ou dispositivo algum por default. Essa abordagem aumenta a postura de segurança da organização, detectando inconsistências, ameaças e bloqueando acessos indevidos.

Ao definir que algumas das VPNs da Messer Gases seriam substituídas por VPNs inseridas dentro do conceito ZTNA, Ferrão determinou, também, que a solução deveria ser na nuvem, leve e com menor demanda sobre a infraestrutura de rede da empresa. Buscava-se contratar a solução como serviço. Era necessário, ainda, checar a performance e a usabilidade da plataforma ZTNA dentro de um quadro com múltiplos perfis de usuários e de dispositivos de acesso. “A granularidade da plataforma era algo crítico para nós – queríamos uma solução que facilmente nos ajudasse a definir, por exemplo, que o usuário X poderia ter acesso ao recurso A, mas não ao B e ao C”, detalha Ferrão.

Inventário de perfis de usuários e de dispositivos de acesso

Para suportar o processo de seleção da solução, POCs foram realizadas com alguns fornecedores do mercado. Ao final do dia, a escolha ficou com a solução Delfia/Zscaler. Para não sobrecarregar o ambiente digital da Messer Gases, a POC foi realizada na nuvem, no ambiente Zscaler NFR (Not for Resale) da Delfia. “Neste teste, feito com o apoio dos curadores Delfia, chegamos a simular a interação de alguns colaboradores com a plataforma. Os usuários gostaram da solução. Para a TI, foi importante, também, verificar a aderência da solução ao Azure AD”, explica Ferrão.

A solução está em operação desde 2022 na Messer Gases, e o time de TI e segurança já fez uma avaliação dos resultados entregues. Há, agora, um inventário dinâmico e variado dos perfis de usuários, chegando a mapear detalhes da configuração e atualização de patches dos devices usados pelos colaboradores. Ficou mais fácil, também, ter um controle granular sobre o quanto cada usuário está consumindo em volume de informações.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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