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Jose Folha  Gerente da Divisao de Negocios Eixos Eletricos da Festo Brasil*Por José Folha

 

Pode até parecer absurdo pensar que o ser humano pode ser substituído em suas funções diárias nas empresas, mas isso acontece desde que houve a primeira revolução industrial. Muitos jovens ainda se lembram das garrafas térmicas nas empresas que hoje geram conversas nostálgicas que remetem aos “bons velhos tempos” e comparam os processos antes e depois dos PCs e SmartPhones. Isso só para falar de alguns itens que na maioria das empresas já são completamente diferentes de 15 anos atrás.

Estamos tão entretidos com nosso dia a dia que não nos damos conta da revolução que estamos passando. Estudos da universidade de Oxford mostram que em 20 anos muitas atividades hoje consideradas essencialmente humanas serão substituídas por máquinas autônomas, a maioria delas na área de serviço, porém, inclusive funções de gestão e de altas gerências têm probabilidade de serem automatizadas.

Nesse contexto tão turbulento, todas as mudanças existentes não param de alterar as condições do ambiente que, por sua vez, alteram muitas das “verdades” de ontem e as transformam em fatos passados. Nos últimos 200 anos ocorreram as maiores mudanças conhecidas e documentadas da humanidade e isso aconteceu também na indústria: as chamadas revoluções industriais.

1ª Revolução Industrial (Indústria 1.0) – Em 1784, máquinas movidas a vapor começaram a substituir o ser humano em atividades que exigiam muito esforço ou grande frequência de repetições.

2ª Revolução Industrial (Indústria 2.0) – O primeiro relato de esteiras transportadoras é de 1870, época em que as máquinas elétricas começaram a ser utilizadas juntamente com a separação de operações, o que resultou nas fabricações em massa.

3ª Revolução Industrial (Indústria 3.0) – Essa fase foi conhecida como a era da eletrônica, na qual as máquinas passaram a utilizar controladores lógicos programáveis (CLPs) para comandar máquinas que poderiam ser reprogramadas para novas funções de acordo com uma nova demanda. Essa fase teve início no final da década de 1960 e durante esse período também foi introduzida a tecnologia da informação nos processos de fabricação.

4ª Revolução Industrial (indústria 4.0) – Época atual chamada “era do conhecimento”. Na indústria 4.0 a integração dos equipamentos é muito mais “natural”. Linhas de produção cibernéticas se adaptam aos produtos que foram pedidos por clientes diretamente via internet sem interferência humana. Todos os equipamentos têm autonomia para tomarem “decisões” e pedirem ajuda por meio de redes sem fio gerando um organismo autossuficiente e sem planejamento detalhado, o que permite maior flexibilidade e adaptabilidade às demandas dos mercados.

Com tanta tecnologia à disposição do ser humano e com tanto capital intelectual disponível, a pergunta que ainda não consegue ser respondida é: Qual será a próxima revolução a ser feita pelo ser humano?

* José Folha é Gerente de Divisão de Negócios Eixos Elétricos da Festo Brasil

Fontes:

http://www.engineersjournal.ie

http://www.oxfordmartin.ox.ac.uk/downloads/academic/The_Future_of_Employment.pdf 

*José Folha – Gerente da Divisão de Negócios Eixos Elétricos da Festo Brasil

 

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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