À medida que a população mundial aumenta e as pessoas buscam padrões de vida mais elevados, mais água é necessária para uso pessoal e para produção de bens de consumo. No entanto, a água potável não é facilmente reposta. Segundo dados da ONU, em 2050 haverá um aumento de 55% na demanda de água para abastecer a população mundial, o que é bastante preocupante, uma vez que, atualmente, cerca de 50% da água fresca utilizada é consumida muito mais rapidamente do que é reposta pelas fontes subterrâneas de água potável. A ONU também estima que 8% da energia gerada no mundo são utilizadas para água e instalações de águas residuais, o que também resulta no aumento do consumo de energia e interfere nas mudanças climáticas.Muitos países optam por tecnologias que reduzam os impactos ambientais e diminuam os gastos de energia durante o processo de tratamento de água e efluentes. Um exemplo disso é a Dinamarca, que diminuiu o consumo de água em aproximadamente 40% e permanece crescendo economicamente. Nos municípios, as instalações de água representam o maior consumo de eletricidade, normalmente de 25% a 40% do consumo total de energia. Na cidade dinamarquesa de Aarhus, a companhia de água local conseguiu modificar a instalação de águas residuais para também funcionar como planta de cogeração, que produz 90% mais energia do que consome.
A preocupação mundial com o alto consumo de energia em água e em efluentes também está aumentando e as normas de cada localidade estão começando a promover a utilização de soluções energeticamente eficientes. A ONU destaca que as taxas de desperdício de 50% não são incomuns em sistemas de distribuição urbana. Porém, as fugas podem ser reduzidas de 30% a 40% com o uso de tecnologias, como os conversores de frequência que controlam a pressão nos canos de modo que a água não vaze pelos buracos. Ao mesmo tempo, os drives geralmente poupam de 20% a 50% de energia.
No início deste ano, o Fórum Econômico Mundial classificou a crise de água e a falha na adaptação às alterações climáticas entre os cinco maiores riscos globais e incentivou os tomadores de decisão em todo o mundo à ação coletiva para resolvê-los. E não há nenhuma razão para esperar. Soluções que respondam aos desafios hídricos e climáticos estão prontas e seu payback é rápido.
* Julio Molinari é Presidente da Danfoss na América Latina |
TAGS: Danfoss, desafios hídricos e climáticos, soluções