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Com o intuito de reduzir tempo na tramitação de entrada e saída de mercadorias do País, diminuir custos para importadores e exportadores e aumentar a segurança na logística do comércio exterior, o Brasil deve adotar, em breve, o programa Operador Econômico Autorizado (OEA). Trata-se de uma recomendação da Organização Mundial das Aduanas (OMA) e, para entender como o programa funciona e quais os benefícios para as empresas e o Pais, o Procomex – Aliança Pró-Modernização Logística de Comércio Exterior promoverá, no dia 25 de agosto próximo, em São Paulo, o Seminário Procomex – Impactos do Programa Operador Econômico Autorizado (OEA) – A Experiência Internacional.

O evento contará com a participação do sueco Lars Karlsson, maior especialista mundial no tema da modernização aduaneira. Ele fará a palestra “A Experiência Internacional do Programa Operador Econômico Autorizado – OEA”, que abre o evento. Karlsson atuou em diversas áreas da administração aduaneira da Suécia e também na Organização Mundial das Aduanas, onde exerceu durante cinco anos o cargo de diretor de Capacity Building. Autor de livros sobre o tema, Karlsson criou o primeiro programa de Operador Econômico Autorizado do mundo, adotado na Suécia. Esse programa pioneiro delineou os princípios e serviu de modelo para o padrão utilizado pela OMA, C-TPAT (Customs-Trade Partnership Against Terrorism), dos Estados Unidos, e pelo AEO europeu.

Na sequência haverá a palestra “A Certificação de Empresas em Segurança no Comércio Exterior”, que será proferida por Firmin Cusa, presidente da BASC Business Alliance for Secure Commerce, organização privada que é pioneira na área de certificação de empresas em segurança. Por fim, o seminário do Procomex receberá como palestrante José Carlos de Araújo, coordenador-geral de Administração Aduaneira da Receita Federal do Brasil. Ele detalhará os preparativos para a entrada em funcionamento do programa OEA no Brasil, cuja previsão é no início do próximo ano.

Adotado já em 54 países, o programa possibilitará maior previsibilidade nos trâmites do comércio exterior, além de garantir confiabilidade ao fluxo logístico nas fronteiras, portos e aeroportos, assim como contribuirá para redução de custos para as empresas brasileiras importadoras e exportadoras. O Programa OEA é de adesão voluntária e é concedido pelas Aduanas a importadores, portos, aeroportos, terminais, companhias marítimas e demais agentes envolvidos com a cadeia de comércio exterior.

Para as autoridades aduaneiras, a principal vantagem das empresas ou órgãos com o Programa OEA é que elas conseguirão obedecer previamente aos padrões mínimos de segurança estabelecidos dentro dos programas específicos de cada país. Tais empresas, segundo análise das autoridades, comprovaram a confiabilidade e a previsibilidade de suas movimentações de cargas, fato que facilita e agiliza os trâmites de fiscalização.

Serviço

Seminário Internacional Procomex

Impactos do Programa Operador Econômico Autorizado (OEA) – a Experiência Internacional

Data – 25 de agosto de 2014

Horário – das 8h às 18h

Local – auditório da Confederação Nacional da Indústria (CNI) – Rua Surubim, 504, 9º andar – Brooklin Novo – São Paulo

Mais informações: (11) 3812-4566 ou e-mail eprocomex@procomex.org.br

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As deficiências na educação básica brasileira, especialmente em matemática e português, têm influído na qualificação da mão de obra e, em conseqüência, na ampliação e modernização de projetos industriais. A conclusão é de empresários em debateram nesta quinta-feira,  27.10, sobre a educação, no último dia do  6º Encontro Nacional da Indústria (ENAI), promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no Transamérica Expo Center, em São Paulo.

O diretor Global de Recursos Humanos da Vale, Luciano Pires, um dos participantes do debate, revelou que, recentemente, a segunda maior mineradora do mundo abriu 600 vagas para aprendizes no Pará e conseguiu selecionar apenas 200 candidatos. “ Existe muito o que fazer na base da pirâmide da educação, sobretudo em matemática e português”, declarou Pires.

Para o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, a matriz da educação básica tem de ser mudada porque a indústria apresenta novos desafios que exigem capacidade de inovação. “O Brasil não prepara a juventude para o trabalho, para a inserção competitiva. Temos problemas também na escolaridade e isso prejudica a entrada de alunos na educação profissional, porque falta conteúdo básico”, diagnosticou.

Segundo Lucchesi, o país tem 6 milhões de estudantes universitários e 9 milhões no ensino  médio, dos quais apenas 1 milhão são do ensino profissionalizante. “No Brasil o jovem tem em média 12 anos de frequência à escola, sem uma hora sequer de educação profissional, e só 10% dessa juventude vai para universidade. Não há preparação dos outros 90%”, destacou o diretor da CNI.

Citou como uma das alternativas para alinhar a educação do ensino médio com a educação profissional a execução do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), cuja lei foi sancionada quarta-feira, 26.10, pela presidente Dilma Rousseff, e do qual o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço Social da Indústria (SESI) são parceiros. “No outro período escolar o estudante do segundo e terceiro ano do ensino médio terá educação profissional, um link para inserção no trabalho”, explicou.

Lucchesi confirmou que o SENAI vai investir, até 2014, R$ 1,5 bilhão na construção de 100 novas escolas, 100 novas unidades de ensino móveis, 22 institutos de inovação e 40 institutos de tecnologia, de modo a ampliar o ensino profissionalizante e atender a demanda do Pronatec.    

Desafio – O presidente do Grupo Metanor, da área petroquímica, João Bezerra, disse que o ensino básico no país tem de ser encarado como um desafio para que a indústria seja mais competitiva. “Temos de usar uma visão de longo prazo porque competitividade não é apenas preparar o trabalhador para operar uma máquina, e sim, ter a capacidade de, a cada dia, inovar e decidir”, enfatizou

De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Vieira, outro participante do debate, pesquisa com mais de 200 empresários revela que o trabalhador tem dificuldade de interpretar dados e de agir rapidamente diante de problemas imediatos.  “Isso é resultado de deficiências na matemática, que é fundamental para o raciocínio”, completou.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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