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constructionSummit_2016O Construction Summit 2016, que ocorre entre os dias 15 e 16 de junho, em São Paulo, vai promover uma iniciativa inédita no setor da construção. É o Encontro das Startups da Construção, que irá reunir, em um único local, sete startups, com novas ideias e tecnologias inovadoras, com o objetivo de proporcionar ao mercado mais produtividade, sustentabilidade, competitividade e inovação.
De acordo com Marcos Almeida, coordenador do Encontro, o espaço foi idealizado para demonstrar como boas ideias podem se transformar em negócios escaláveis e sustentáveis e para fomentar o desenvolvimento dessa inovação, a fim de proporcionar maior valor agregado às empresas da construção.
“Realizamos pesquisas com essas startups e percebemos que, apesar de terem ótimos produtos e tecnologias inovadoras, eles não tinham uma comunicação direta e ampla com seu público de interesse, que são os profissionais das construtoras, os gestores públicos e os representantes de entidades setoriais. E, assim, decidimos criar o Encontro das Startups, no Construction Summit, que será uma oportunidade ímpar para relacionamento, conhecimento e informação”, explica.
No Encontro das Startups, os participantes do evento poderão ver as seguintes inovações:
Bom Pedreiro: Maior plataforma de pedreiros especialistas de São Paulo, é a primeira comunidade local que trabalha junto com pessoas já atendidas, para melhorar o curso de uma obra, informando futuros clientes quais as vantagens de cada profissional. Com isso, há uma melhoria significativa na prestação de serviços a cada obra, pois o cliente informa ao próximo como foi o atendimento, obra, comprometimento, experiência do profissional no serviço contratado, deixando um testemunho e nota sobre seu profissionalismo
Bom Bloco: Tijolo feito de isopor internamente e já revestido com argamassa. Ele é termoacústivo, ipermeável, resistente e muito mais econômico.
Construct: Software específico e de fácil utilização para melhorar a sincronia entre o canteiro de obras e o escritório de engenharia e arquitetura. Ele faz uma comunicação instantânea para acompanhamento da obra em tempo real e auxilia para resolver problemas antes que afetem o orçamento. Além disso, gerencia os projetos, gera relatórios para compartilhar com a equipe e armazena todos os dados na nuvem com muita segurança.
Inova House:  Oferece uma solução tecnológica inovadora para a construção civil, a fim de automatizar o processo construtivo, por meio da tecnologia de impressão 3D, eliminando o desperdício de material nos canteiros de obra, aumentando a segurança para o trabalhador da construção civil e diminuir o tempo gasto para a conclusão das obras.
eStoks: Especializada em gerenciamento de estoques e sobras da construção civil. Eles mapeiam, vendem e dão a destinação correta dos excedentes.
LIGA: Primeira rede social destinada ao setor da construção civil. Profissionais, estudantes e empresas podem se conectar tirando dúvidas técnicas, compartilhando experiências, conhecendo as novidades do mercado e ampliando o networking.
Urban 3D: A proposta é criar um novo método de produção para infraestrutura e habitação que permite não só para construir áreas urbanas habitáveis, produtivas e sustentáveis, mas também para construí-los mais rápido, acessíveis e mais bem executados, por meio da integração de planejamento urbano em longo prazo e suas comunidades. A previsão é que esse processo irá permitir a construção com um décimo do custo, dez vezes mais rápido, utilizando materiais sustentáveis e sem produzir resíduos.
A diversidade dos produtos apresentados pelas startups, segundo Almeida, demonstra como na área da construção há um amplo campo de atuação para empreendedores. “Por esse motivo, essa iniciativa do Construction Summit torna-se ainda mais importante para disseminação de ideias que tragam melhoria para nosso setor”, finaliza.
Além do Encontro das Startups, o Construction Summit 2016 terá ainda a Mostra VivaCidade, Exposição Cidades em Movimento, Mostra Light Steel Frame, Mostra da Sustentabilidade e Mostra Produtividade e Industrialização.
Para participar do Construction Summit, basta realizar sua inscrição no site oficial: http://www.constructionsummit.com.br/.
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brasilO Brasil ficou na 39ª posição em uma lista com 43 países em um ranking que avalia os países de acordo com as condições sistêmicas de concorrência internacional. Os dados foram apurados na pesquisa Índice de Competitividade das Nações, desenvolvida anualmente pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O resultado, de acordo com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, é um sinal de que o Brasil não vem fazendo a lição de casa. “Nós podemos ter até melhorado, mas os outros melhoraram muito mais. Em 13 anos, por exemplo, a China subiu 11 posições e a Coreia 10posições. O Brasil se manteve numa posição muito ruim. Isso significa que estamos sem competitividade com relação a outros países do mundo.”

Uma das saídas, afirma Skaf, é a redução de impostos e dos gastos públicos. “Os impostos no Brasil precisam ser reduzidos. E, em hipótese nenhuma, serem aumentados porque já há uma grande carga tributária. No atual cenário, de baixo crescimento econômico, somente a redução dos gastos públicos, principalmente as despesas de custeio, possibilitaria a folga necessária no lado fiscal para a redução da carga tributária.”

De acordo com José Ricardo Roriz Coelho, diretor titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp, o persistente arrefecimento da economia brasileira em 2014 é um agravante que pode influenciar em uma piora da colocação brasileira.

“Não são animadoras as perspectivas para melhora do índice em 2014. Até porque não há uma agenda e um conjunto de ações que indiquem um aumento da competitividade brasileira na comparação com a desses outros países. No ano de 2014, provavelmente, nossa situação vai piorar diante dos dados de 2013. Mas isso é uma avaliação preliminar”, esclarece Roriz.

Elaborado anualmente pelo Decomtec/Fiesp, o Índice de Competitividade das Nações identifica os principais avanços e restrições ao crescimento da competitividade brasileira. A pesquisa separa 43 países em quatro quadrantes: competitividade elevada, satisfatória, média e baixa. O Brasil se encontra no grupo de baixa competitividade.

“Quando se mede, percebe-se que os outros estão andando numa velocidade maior que a nossa”, complementa Roriz.

Em 2013, os Estados Unidos permaneceram no topo do grupo de competitividade elevada com a primeira colocação e 86,6 pontos, seguido pela Suíça com 78 pontos, Coreia do Sul com 77,1 pontos e Cingapura com 72,9 pontos.

A nota do Brasil em 2013 – 21,5 pontos – só não foi pior que a de quatro dos 43 países avaliados: Turquia (20 pontos, 40º lugar), Colômbia (19 pontos, 41º lugar), Indonésia (17,4 pontos, 42º lugar) e Índia (10,3 pontos, 43º lugar).

Roriz acredita que comparações como a do Índice de Competitividade são uma boa referência. “Podem nos nortear até para saber se o Brasil está evoluindo de uma maneira positiva com relação a competitividade e também ver o que os outros estão fazendo, principalmente aqueles estão evoluindo numa velocidade maior. E através dessa análise ajudar o país a ficar cada vez mais competitivo.”

Embora os Estados Unidos permaneçam na liderança, Cingapura, Áustria, Hungria e Israel foram os países que, segundo o levantamento, ganharam mais competitividade entre 2012 e 2013.

Cingapura avançou três posições no ranking, chegando ao 4º lugar, com 72,9 pontos, no quadrante de competitividade elevada. A Áustria também subiu três posições, passando a 60,7 pontos, na 14ª colocação, ficando no grupo de competitividade satisfatória.

Israel e Hungria ascenderam duas posições. A nação do Oriente Médio passou a 66,5 pontos, no 11º lugar, na faixa da competitividade elevada. Já o país da Europa Central ficou com 45,6 pontos, na 26ª colocação, no grupo médio.

“Se a gente olhar a maioria dos países que avançaram com velocidade grande com relação a sua competitividade, todos esses países tiveram um plano e disciplina de execução para fazer isso. Não foi por acaso que isso aconteceu”, analisa Roriz.


Urgência

O estudo da Fiesp identifica seis prioridades na agenda de políticas públicas para que o país retome a rota de crescimento. Como urgência, o departamento da Fiesp aponta a simplificação e a redução da carga tributária para o setor produtivo, a redução no custo do financiamento e o alinhamento cambial.

Outras condicionantes que merecem atenção são os investimentos em infraestrutura, Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e educação.

No entanto, Roriz pondera que o efeito positivo dessas medidas – mesmo se tomadas de imediato – leva algum tempo para ser percebido. “Dificilmente uma decisão começa a ser implementada no dia seguinte. E mesmo que seja implementada, suas consequências na economia demoram um tempo. Agora, mais do que a urgência de implementar, nós precisamos de uma política, de uma estratégia, de uma agenda e daí partirmos rapidamente para a sua execução”, reivindica o diretor.

Se o Brasil fizer as várias reformas que precisa, argumenta Roriz, os indicadores de 2015 podem até ser ruins, mas a tendência é que o Índice de Competitividade melhore nos anos seguintes.

Inflação

No combate à inflação, a indústria brasileira precisa de condições para poder aumentar a oferta de produtos. Segundo Roriz, a última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa básica de juros Selic em 0,25 ponto percentual para 11,25% ao ano “foi uma decisão absurda e improvisada”.

“Para frear a inflação, que foi o objetivo anunciado, é totalmente absurdo, até porque o país já está parado e com baixa demanda. O país precisa ter mais concorrência, principalmente em insumos e matérias primas. Não é aumentando juros que a gente vai frear a inflação hoje”, avalia Roriz.

Fonte: FIESP

 

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Por Levi Ceregato*

Foi importante o fato de a Câmara dos Deputados ter aprovado o texto básico do Plano Nacional da Educação (PNE). Item relevante do projeto é o que prevê investimento gradativo de 10% do PIB na rede pública nos próximos dez anos. No âmbito das entidades de classe, essa proposta de aporte mínimo de recursos foi pioneiramente feita no Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, em outubro de 2011, na cidade de Foz do Iguaçu, Paraná, em documento da Abigraf Nacional, associação representativa do setor.

A melhoria da qualidade do ensino, além da questão intrínseca à justiça social e democratização das oportunidades, é decisiva para a economia brasileira. Precisamos formar novas gerações muito capacitadas para atender às exigências crescentes da evolução tecnológica e às transformações do mercado de trabalho.

Infelizmente, contudo, estamos retrocedendo, conforme demonstra recente relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A instituição pondera que o Brasil está perdendo a corrida da produtividade no universo dos emergentes. A China, por exemplo, da qual tanto reclamamos quanto à concorrência desleal, já está preparando melhor os seus recursos humanos. Segundo o estudo, as taxas de crescimento econômico não poderão ser mantidas apenas pela presença dos dois grandes fatores de produção, o trabalho e o capital. Mais do que isso, o desafio é utilizá-los de maneira mais eficaz e em segmentos de maior valor agregado, e o grande alicerce de tudo isso é a educação.

Para entendermos melhor o significado do ensino público de excelência nesse contexto, basta analisar os números do último Censo Escolar: na soma dos dados, 42,22 milhões de crianças e adolescentes matriculados na Educação Básica em nosso país dependem exclusivamente do Estado para estudar. Portanto, não podemos pré-estabelecer-lhes, bem como à Nação, um destino, inerente à precariedade do conhecimento, de mais dificuldades competitivas e de progresso.

Vejamos os números em mais detalhes: a Educação Básica tem 50,54 milhões de alunos. São 42,22 milhões (83,5%) matriculados em escolas públicas e 8,32 milhões (16,5%) em instituições privadas. As redes municipais acolhem quase metade das matrículas (45,9%), o equivalente a 23,22 milhões, seguidas pelas estaduais (37% do total, com 18,72 milhões). As escolas federais mantêm 276,43 mil matrículas, o que significa participação de apenas 0,5% do total.

Portanto, ampliar o volume de recursos para atender à prioridade do ensino é algo muito pertinente à meta do desenvolvimento brasileiro, na qual o Estado não pode omitir-se. Daí, a relevância do projeto que destina 10% do PIB à educação, partindo-se, assim que tenha a sanção presidencial, de um patamar mínimo de 7%.

A indústria gráfica sugeriu a medida em 2011 e a apoia por razões que transcendem ao seu legítimo anseio capitalista pelo maior mercado de livros, cadernos, jornais, revistas e outros impressos: como integrante da cadeia produtiva da comunicação, o setor entende que tem parcela de responsabilidade na difusão de conceitos politicamente corretos, no debate dos grandes temas nacionais e na solução dos problemas brasileiros. Por isso, seguimos atentos ao trâmite do Plano Nacional da Educação. Esperamos que seja rapidamente aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pela presidente Dilma Rousseff.

*Levi Ceregato, empresário, bacharel em Direito e Administração, é o presidente da da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional).

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Segundo o presidente da Abinee, Humberto Barbato, a desvalorização do real frente ao dólar que vem ocorrendo nos últimos meses pode contribuir para a retomada da competitividade da indústria eletroeletrônica. Para ele, apesar de o momento ser de grande volatilidade, o patamar atual do câmbio possibilita que os produtos fabricados no país fiquem mais competitivos diante dos importados. “Isto ocorre em relação ao mercado interno, e também abre espaço para as nossas exportações”, diz. Ele acrescenta que, quanto maior a agregação de valor local, maior o benefício, como é o caso nas áreas de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Equipamentos Industriais.

Barbato afirma, também, que, num primeiro momento, há uma fase de adaptação e ajustes no caso de produtos fabricados no país, com parcela significativa de componentes importados, notadamente, os voltados à área de TICs. “No entanto, em um segundo momento, estes bens também poderão ganhar competitividade”. O presidente da Abinee ressalta, ainda, que o novo cenário abre espaço para que o governo possa implementar uma política de exportações para o setor elétrico e eletrônico, como já proposto pela entidade, com o objetivo de reduzir o desequilíbrio da balança comercial através da ampliação das exportações. No médio e longo prazo, Barbato destaca que o câmbio mais equilibrado pode contribuir para atração de fabricantes no país e permitir que bens que tiveram a produção desnacionalizada voltem a ser fabricados.

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“Há necessidade de políticas públicas emergenciais estruturantes e permanentes, que tragam condições isonômicas de competição para o setor produtivo doméstico ante a produção estrangeira”, afirmou o diretor do Decomtec, José Ricardo Roriz Coelho.

Com o objetivo de discutir políticas para reindustrializar o Brasil e dinamizar a economia, o Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), promove o Seminário Reindustrialização do Brasil: chave para um projeto nacional de desenvolvimento, no dia 26 de agosto. O evento terá quatro painéis e contará com a presença de 33 renomados especialistas.
Em 2012 o PIB do Brasil cresceu somente 0,9%, muito pouco em comparação com o PIB mundial (crescimento de 3,2%) e da América Latina (3,0%), e, principalmente, ante as economias em desenvolvimento, que cresceram 5,1%.
“Um dos determinantes do baixo crescimento econômico brasileiro tem sido a estagnação da indústria de transformação, culminando com a retração de 2,5% do PIB do setor em 2012”, explica o diretor titular do Decomtec, José Ricardo Roriz Coelho.
Por sua vez, o fraco desempenho da indústria de transformação brasileira pode ser atribuído fundamentalmente ao Custo Brasil e à valorização do real. Estudo do Decomtec apontou que, em função do Custo Brasil e valorização do real, um bem manufaturado nacional é, em média, 34,2% mais caro que similar importado dos principais parceiros comerciais. Esse percentual se refere à comercialização de produtos importados e nacionais no mercado brasileiro, inclusos todos os tributos aplicáveis, o que, no caso de importados, compreende alíquotas de importação, além dos demais custos de internalização.
Todavia, como salientou Roriz “o Custo Brasil e a valorização cambial têm determinantes sistêmicos, portanto, sua redução exige políticas de Estado, que proporcionem um ambiente de negócios com previsibilidade ao longo prazo, e condições isonômicas de competição para o setor produtivo doméstico ante a produção estrangeira”.

Serviço:
Seminário Reindustrialização do Brasil: chave para um projeto nacional de desenvolvimento
Data: 26 de agosto
Horário: 8h30 às 18h30
Local: Edifício-sede da Fiesp, em São Paulo – Av. Paulista, 1313 (Teatro do SESI)

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*Por Regina Celi Venâncio

É sabido que o resultado da produção industrial tem apresentado quedas maiores do que as previstas proporcionando o baixo desempenho da indústria no Brasil. Os indicadores mais recentes já conhecidos também continuam apontando nessa direção. A indústria ainda enfrenta dificuldades para aumentar a sua competitividade, principalmente devido ao elevado custo de produção no mercado brasileiro.

Há uma conjuntura de grande complexidade, com diferentes fatores impactando e prejudicando a competitividade do setor. Fora o elevado custo da mão de obra e os encargos trabalhistas exorbitantes, o tratamento tributário que pode ser desigual até entre empresas de um mesmo setor torna-se um complicador adicional. As consequências das políticas de atração fiscal entre os estados, por exemplo, podem configurar-se altamente perniciosas para a indústria brasileira.

Embora existam medidas criadas no sentido de favorecer a produção nacional, elas são deficientes e até mesmo contraditórias. No caso da desoneração salarial, por exemplo, determinou-se que ela seria setorial e não optativa. O problema é que dentro de um determinado setor existem empresas com características de folha de salários, empregabilidade, faturamento e estrutura societária, totalmente diferentes. Esses fatores acabam influenciando positivamente para algumas e prejudicando a competitividade de outras. Isto porque, ao impor que a desoneração seja aplicada igualmente aos desiguais, o Governo acaba por onerar algumas empresas e desonerar outras dentro de um mesmo setor, ou seja, empresas concorrentes. O que tem inclusive provocado discussões judiciais contra a norma.

O caso da indústria de transformação, que tem grande importância na cadeia econômica devido a características inerentes como potencial para investir, empregabilidade e retorno social, é um bom exemplo. Recentemente sua associação de classe solicitou formalmente ao Governo a sua exclusão da lista de favorecidas pela medida. Isso ocorreu, pois a maioria e não a totalidade destas empresas sentiu-se prejudicadas pela alteração.

No entanto, para uma empresa como a Termomecanica, que representa aproximadamente 50% da produção de Semi-Elaborados de cobre no Brasil e que emprega quase a metade dos trabalhadores do setor, a sistemática da desoneração da folha seria extremamente positiva. Os encargos da folha de pagamento versus o faturamento contribuem significativamente para a redução de custo. Porém isso ocorre somente para as empresas que empregam mais e terceirizam menos, como é o caso. E também para as empresas que praticamente não importam os produtos acabados, questão que também a inclui.

Por esta razão o ideal seria uma sistemática em que cada empresa, considerando as suas peculiaridades, pudesse fazer as contas e optar por um caminho que realmente lhe permitisse a desoneração tributária.  Além disso, medidas como o fim da guerra fiscal  ou adoção imediata da redução de 4% ou  0% nas operações interestaduais de produtos de cobre; revisão dos produtos importados, com a aplicação do anti-dumping; elevação da Tarifa Externa Comum do Mercosul para os principais produtos do setor e incentivos fiscais, precisam ser criadas e aplicadas urgentemente.

Seria injusto dizer que os projetos planejados pela indústria não apresentem nenhum avanço, porém o receio está no futuro, caso o Governo não proporcione para a indústria brasileira incentivos igualitários ou não barre as importações predatórias. Quem deixa de ganhar com tudo isso é a economia, que perde novos investimentos, criação de empregos e na obtenção de uma contribuição maior de renda tanto estadual como federal. Com o recuo, a indústria deixa de contribuir com o crescimento da economia e a melhora considerável no superávit primário (aumento da riqueza interna) e dos investimentos. Em resumo, somente com a implementação de políticas articuladas e medidas flexíveis será possível favorecer o crescimento da Indústria e retomar com consistência o crescimento da economia.

*Por Regina Celi Venâncio é presidente da Termomecanica, líder nacional na transformação de cobre e suas ligas em produtos semielaborados


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A competitividade do Brasil em 2011 apresentou nível baixo e ocupou a 37ª colocação em um ranking com 43 países, que representam 90% do PIB mundial, informou nesta segunda-feira (26/11) o Departamento de Competitividade (Decomtec) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ao divulgar um levantamento anual de performances econômicas de países.

O Índice de Competitividade da Fiesp (IC-Fiesp) reuniu mais de 50 mil informações sobre oito fatores determinantes para a competitividade de um país: economia doméstica, abertura, governo, capital, infraestrutura, tecnologia, produtividade e capital humano.

A pesquisa do Decomtec identificou quatro grupos com níveis de competitividade diferentes entre os 43 países em 2011.  No primeiro grupo, com competitividade elevada, se encontram países como os Estados Unidos, em primeiro lugar no ranking com 91,8 pontos, Hong Kong, segunda colocada com 75,3 pontos, Coreia do Sul, na quinta colocação com 74,2 pontos, e Irlanda, no oitavo lugar com 70 pontos.

Países com competitividade satisfatória, como a Suécia, em 12º lugar com 67,4 pontos, Alemanha, em 13º lugar com 66,4 pontos, e Finlândia, em 14º lugar com 62,6 pontos, ocupam o segundo grupo, enquanto a Espanha, Rússia e Itália compõem um terceiro grupo de países que apresentam competitividade média, ocupando as 23ª, 24ª e 25ª colocações, respectivamente. A China, com 52,9 pontos, ficou com a 22ª colocação.

O Brasil figura no grupo de competitividade baixa, com 22,5 pontos. Ocupando a 37ª colocação, ainda está abaixo de países como México, que aparece no ranking em 34º lugar, com 28,3 pontos, e a Tailândia, em 35º lugar com 26,3 pontos.

Futuro em jogo

O estudo mostra também que a participação da indústria brasileira no Produto Interno Bruto (PIB) caiu pela metade em menos de 30 anos e pode diminuir ainda mais, chegando a 9,3% do PIB em 2029, se a competitividade da indústria doméstica continuar baixa, avaliou nesta segunda-feira (26/11) o diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Ricardo Roriz.

“Se não for feito nada, a participação no PIB vai chegar a isso”, acrescentou Roriz ao divulgar o ranking elaborado pelo Departamento de Competitividade (Decomtec) da entidade.

Segundo ele, medidas do governo, como a redução dos juros para níveis históricos e a aplicação de incentivos fiscais, a exemplo da diminuição do IPI para diversos setores, são ações “corajosas” e importantes para retomar a competitividade da indústria brasileira.

O diretor-titular do Decomtec/Fiesp considera, no entanto, que o câmbio e a alta carga tributária para a indústria são fatores que ainda travam a competitividade.

“A direção [das medidas] está certa. Agora, eu acredito que o câmbio está numa posição ainda muito elevada”, afirmou Roriz. “O governo tem de atrair investimento, e a melhor maneira de atrair investimento é melhorar juros e carga tributária”, concluiu.

O Índice de Competitividade Fiesp 2012 calcula que, para alcançar um crescimento econômico consistente, o investimento precisa chegar a 25% do PIB em 2025.

Em 2011, o investimento do Brasil era de 19,28% do PIB, ante taxas de 45,63% na China, 32% na Indonésia, 29,52% na Índia e 27,44% na Coreia do Sul, apurou o ranking mundial da Fiesp. No mesmo ano, os Estados Unidos investiram 15,59% do seu PIB, enquanto a Alemanha investiu 18,16%.

Em 11 anos, Brasil avança

Entre 2000 e 2011, o índice de competitividade do Brasil passou de 17,4 pontos para 22,5 pontos, um ganho de 5,1 pontos, apontou o IC-Fiesp.

Por outro lado, conforme o estudo, a Coreia do Sul apresentou um crescimento de nove posições no mesmo período, enquanto a China mostrou um aumento de competitividade de oito colocações, seguida pela Irlanda, com ganho de sete posições entre 2000 e 2011.

O Índice de Competitividade Fiesp (IC-Fiesp 2012) apurou que o aumento da produtividade da indústria, do gasto com pesquisa e desenvolvimento, do registro de patentes e do investimento em educação foram vetores do crescimento nesses países que lideraram o desempenho competitivo entre 2000 e 2011.

De acordo com o ranking, a Suécia, a Finlândia e o Japão foram os países que mais perderam competitividade entre 2000 e 2011, com um decréscimo de nove, oito e sete posições, respectivamente.

Importação é gargalo

“Se um novo modelo econômico de crescimento não privilegiar a competitividade da indústria, o setor manufatureiro não será capaz de aproveitar o aumento da renda no Brasil”, avaliou.

“Quando aumenta a renda, o brasileiro quer comprar um carro, uma casa, um celular, uma roupa de melhor qualidade. Se nós não tivermos condição de produzir isso de maneira competitiva, quem vai capturar esse crescimento da nossa renda serão os produtos importados. Então, esse é um grande nó que temos de desatar.”

De acordo com apurações do Índice de Competitividade da Fiesp (IC-Fiesp 2012), o Brasil subiu uma posição em 2011 para a 37ª colocação em um ranking com 43 países, os quais representam mais de 90% do PIB mundial.

“Em um balanço geral da nossa situação competitiva, nós melhoramos, mas não de uma maneira tão acelerada como a de outros países que concorrem com a gente”, ponderou Roriz sobre países como a China e a Coreia do Sul.

Crise Internacional

Apesar de reconhecer que o cenário internacional não ajuda o Brasil a escoar suas exportações, Roriz acredita que o maior problema é a grande disparidade entre as modestas exportações brasileiras de produto com valor agregado e a robusta importação de produtos manufaturados.

“O problema que aconteceu é que nós aumentamos muito as importações e diminuímos as exportações. Além disso, dentro da nossa matriz de exportações há produtos de baixo valor agregado, e isso pesa desfavoravelmente para o Brasil”, afirmou.

“Alguns países que melhoraram o ranking, embora estejam exportando menos em volume, estão exportando em produtos de maior valor agregado. A China passou a ser o maior exportador de produtos de alta tecnologia. Há dez anos, você nunca imaginaria isso”, analisou o diretor do Decomtec/Fiesp.

Fonte:Fiesp

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Por Paulo Skaf*

A Medida Provisória 579 do Governo Federal, que estabelece redução média de 20,2% das contas de energia elétrica dos brasileiros, é uma luz no buraco negro da competitividade do País, somando-se a outros avanços recentes como a queda dos juros, a revisão do câmbio, as desonerações tributárias e o pacote de obras de logística e transporte em regime de parceria público-privada. A eletricidade mais barata terá impacto positivo em toda a economia, contribuindo para a queda da inflação e redistribuindo renda.

Foi exatamente pela consciência sobre o amplo significado dessa medida que a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) lançou, no ano passado, a campanha “Energia a Preço Justo”. Mobilizamo-nos na mídia, participamos de audiências públicas sobre o tema, sensibilizamos o Poder Legislativo, dialogamos com o governo e ingressamos com representação no Tribunal de Contas da União – TCU, no qual questionamos asrazões que mantinham o preço alto.

Os motivos de termos 80% de nossa matriz energética em hidrelétricas, a forma mais barata de produzir energia, e a terceira conta de luz mais cara do mundo eram absolutamente equivocados e inaceitáveis. Os brasileiros estavam bancando indevidamente, todos os meses, a parcela relativa aos investimentos feitos na construção das usinas. Isso, contudo, já havia sido pago há muitos anos. Hoje, as geradoras vendem o megawatt-hora por 90 reais, mas segundo os estudos da Fiesp, pelo menos 70 reais representam amortizações já pagas há muito tempo.

As concessionárias que decidirem manter o preço atual terão de disputar os leilões a partir de 2015; as que quiserem antecipar para 2013 a redução farão uma espécie de contrato de prestação de serviços. O mais importante é que o barateamento das contas de luz seja efetivado, e para todos os brasileiros, já no próximo ano. E que, nesse barateamento, se atinja o preço justo.

Por isso é que nós continuaremos acompanhando a medida e o modelo adotado, que tem que ser realizado com transparência. Mesmo que algumas empresas queiram manter os preços até 2015, o barateamento seráviável, pois o Sistema Eletrobrás já aderiu, e ele representa 60% da geração e 80% da transmissão da energia elétrica no País. Outras companhias estão avaliando a medida, e não escondem seu descontentamento com ela. Contudo, é melhor desagradar alguns poucos para beneficiar 190 milhões de pessoas. Ainda nas contas da Fiesp, o preço justo da energia injetará R$ 24 bilhões ao ano na economia, ou R$ 720 bilhões no bolso de todos os brasileiros em 30 anos, prazo médio de uma concessão elétrica.

Por todas essas razões, a MP 579 foi uma conquista da sociedade, capitaneada pela Fiesp. Em nossa campanha, colhemos milhares de assinaturas, dando visibilidade a uma questão que passaria despercebida. Parecia haver um acordo tácito para se prorrogar novamente as concessões, à revelia de nossa Constituição, sem redução de preços. Fizemos a nossa parte, chamando a atenção para algo que seria muito danoso ao País. A presidenta Dilma Rousseff, uma profunda conhecedora da matéria, acabou fazendo o que é certo. Agora, é efetivar os descontos na conta de luz de todos os brasileiros a partir de janeiro de 2013.

*Paulo Skaf é o presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp).

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‘O novo modelo coloca o Governo no seu papel correto, que é o de planejar, regular e fiscalizar’, afirma Paulo Skaf, presidente da entidade

Para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), mais importante que o pacote de obras anunciado no último dia 15 de agosto, pelo Governo Federal, foi a adoção de um modelo de planejamento estratégico para integração dos modais ferroviário, rodoviário, aeroviário e aquaviário.

A necessidade da criação de uma empresa de planejamento logístico vem sendo defendida pela Fiesp desde o início deste Governo.

A Fiesp lançou este desafio durante a abertura do 6º Encontro de Logística e Transportes, em maio de 2011: “Criar, o mais urgentemente possível, uma empresa de planejamento logístico, seguindo o exemplo de sucesso da Empresa de Pesquisa Energética (EPE)”.

No 7º Encontro de Logística e Transportes, realizado em maio deste ano, a Fiesp reiterou: “É fundamental que as instituições trabalhem integradas e que ocorra a implantação efetiva de um Sistema de Planejamento Estratégico de longo prazo, estruturado de maneira a proporcionar racionalidade nos investimentos e na operação integrada dos diversos modais”.

Neste mês, na abertura do 13º Encontro Internacional de Energia, a Fiesp voltou a alertar que “a expansão dos modais ferroviário e rodoviário não obedece a qualquer lógica de planejamento estratégico”. E ainda que: “O setor de transportes precisa da integração racional da utilização dos seus diversos modais. Ele precisa de lógica, isto é, logística”.

“O novo modelo coloca o Governo no seu papel correto, que é o de planejar, regular e fiscalizar, e chama a iniciativa privada para aquilo que ela comprovadamente faz melhor: investir e fazer gestão eficaz da ampliação e da prestação dos serviços de infraestrutura”, afirma o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

O cumprimento do plano de investimentos é de responsabilidade do Governo Federal, que tem obrigação de coordenar os diversos ministérios e órgãos da administração para que não haja conflito entre políticas setoriais, particularmente nos prazos do licenciamento ambiental.

A decisão de não utilizar as concessões como instrumento de arrecadação do Estado vai ao encontro da necessidade de reduzir o custo logístico para a indústria e de reestabelecer a competitividade da economia brasileira.

“A manutenção do critério de menor tarifa para contratação dos investimentos em rodovias e no frete ferroviário é uma decisão correta, que garante o investimento ao mesmo tempo em que reduz custos”, comentou Skaf. A segregação da operação do tráfego ferroviário, da expansão, manutenção e operação da malha é importante avanço regulatório, ambas defendidas pela Fiesp.

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A Sondagem Industrial foi feita entre 2 e 13 de julho com 1.957 empresas industriais, das quais 711 de pequeno porte, 751 médias e 495 grandes

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) viu “um semestre perdido” para a indústria em junho, quando houve redução da produção, do número de empregados, do uso da capacidade instalada (UCI) e aumento dos estoques. A informação é da pesquisa Sondagem Industrial, divulgada pela CNI. A Sondagem Industrial foi feita entre 2 e 13 de julho com 1.957 empresas industriais, das quais 711 de pequeno porte, 751 médias e 495 grandes

A produção em junho ficou em 45,5 pontos, mostra o indicador de evolução da produção. Este dado, abaixo de 50 pontos, representa queda na produção na comparação com maio. O número de empregados também recuou, com indicador de evolução de 47,2 pontos. A UCI efetiva em relação à usual se reduziu em 2,2 pontos, ficando em 41,8 pontos, quando registrara 44 pontos no mês anterior. Como continua abaixo de 50 pontos, indica que a indústria permanece desaquecida.

Segundo a pesquisa, embora o índice dos estoques efetivos em relação aos planejados tenha caído 0,6 ponto percentual na comparação entre os dois meses, ficou em 52,5 pontos em junho, permanecendo acima da linha dos 50 pontos, comprovando, assim, estoques em excesso. A indústria operou, em média, com 72% da capacidade instalada em junho, um ponto percentual abaixo de maio.

Modelo esgotado – “Mesmo tendo em vista o aumento dos gastos públicos, a queda nas taxas de juros e a entrada em vigor de algumas das medidas do Plano Brasil Maior não trouxeram a esperada reação da atividade industrial ao longo do semestre”, diagnostica a Sondagem Industrial. O gerente-executivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, diz que a perspectiva para o restante do ano não é boa. “Se nada for feito para aumentar a competitividade da indústria, teremos mais um semestre perdido”, prevê.

A análise dos números da pesquisa assinala que “a estratégia de crescimento via estímulos ao consumo dá claros sinais de esgotamento”. Acentua que a manutenção dos estoques elevados há mais de um ano demonstra que a indústria não enfrenta apenas um problema de demanda, mas também de falta de competitividade. “É urgente uma reorientação da política industrial para, de um lado, buscar um aumento na produtividade e, de outro, reduzir o Custo Brasil. Caso contrário, a indústria – e a economia brasileira- perderão muito mais que um semestre”, adverte a CNI na Sondagem Industrial.

Quando indagadas pela pesquisa sobre os principais problemas que enfrentaram no segundo trimestre do ano, as empresas apontaram em terceiro lugar a falta de demanda, listada por 31,8% das pequenas, por 35,6% das médias e por 34,5% das empresas de grande porte. Tal preocupação confirma, de acordo com a CNI, os “sinais de esgotamento” da política governamental de tentativa de recuperação da atividade econômica pelo incentivo ao consumo.

“Como prova disso, a falta de demanda ganhou importância, no último trimestre, entre os principais problemas enfrentados pela indústria, mesmo com a adoção das recentes medidas de estímulo. Reflexo, em grande parte, do elevado nível de inadimplência – problema que também ganhou importância para a indústria -, que limita os efeitos de tais políticas”, avalia a análise da Sondagem Industrial.

Automotiva cai, Petróleo sobe – Por setores, o segmento de veículos automotores foi o que registrou a maior queda na produção e no emprego de maio para junho, com indicadores de evolução de 36,8 e 40,7 pontos, respectivamente, os menores índices entre os 30 setores pesquisados pela CNI, bem abaixo da linha dos 50 pontos. A UCI efetiva em relação à usual do segmento foi também a mais baixa, com 35 pontos. E os estoques efetivos em relação aos planejados aumentaram consideravelmente, de 55,8 pontos em maio para 59,7 pontos.

No polo oposto, o segmento de derivados de petróleo foi um dos três que não reduziram a produção em junho comparativamente a maio, com 51,8 pontos, acima da linha dos 50 pontos, portanto. Os outros dois segmentos que apresentaram igualmente evolução positiva na atividade foram o de máquinas e materiais elétricos, com 51,2 pontos, e alimentos, com 50,2 pontos. A produção caiu em todos os 27 segmentos restantes alcançados pelo levantamento.

Pelo país – Por regiões, a produção industrial e o número de empregados declinaram em todas, mas no Nordeste tais quedas foram menos intensas em junho. A atividade na região nordestina registrou 48, 5 pontos (contra 45,5 pontos para a média do país) e o número de empregados ficou próximo da estabilidade, com 49,5 pontos (ante 47,2 pontos da média brasileira).

As expectativas da indústria para os próximos seis meses, outro indicador levantado pela pesquisa, continuaram otimistas em julho, quando ela foi realizada, com 58,4 pontos sobre a evolução da demanda e 53,9 pontos sobre as exportações. O otimismo, porém, caiu, em 0,7 ponto em relação a junho e 3,4 pontos sobre julho de 2011 na avaliação da demanda e de 55,3 pontos em junho para 53,9 pontos em julho na avaliação do volume a ser exportado.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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