Brasil atrai US$ 8,4 bi em investimento estrangeiro
balanço,Economia,Gestão&Empreendedorismo,Iniciativa,Investimento | Por em 27 de agosto de 2012
Resultado de julho é o maior da série histórica
O setor produtivo da economia brasileira atraiu US$ 8,421 bilhões, em julho, de acordo com dados divulgados nessa quinta-feira (23) pelo Banco Central (BC). O resultado é o maior para meses de julho, segundo a série histórica do BC, iniciada em 1995; e superou a expectativa do órgão que era de US$ 7 bilhões. Em julho de 2011, o Investimento Estrangeiro Direto (IED) ficou em US$ 5,982 bilhões.
Os fluxos de IED são um indicador da confiança do mercado na economia brasileira. De acordo com pesquisa das Nações Unidas (veja gráfico), pela primeira vez, as quatro principais economias emergentes estão entre as cinco mais citadas como destinos atrativos de investimento pelas principais empresas transnacionais no período 2010-2012.
De janeiro a julho, o IED acumula US$ 38,141 bilhões, ante US$ 38,484 bilhões de igual período do ano passado. Para o ano, a projeção do BC é que sejam investidos no País US$ 50 bilhões. Nos últimos doze meses (encerrados em julho), os ingressos líquidos de IED somaram US$66,3 bilhões, equivalentes 2,77% do PIB.
Mercado financeiro – Os investimentos estrangeiros em carteira apresentaram ingressos líquidos de US$1,7 bilhão em julho, alocados em títulos de renda fixa. No mercado doméstico, os títulos de renda fixa proporcionaram ingressos líquidos de US$657 milhões, acumulando US$2,8 bilhões no ano, até julho. O estoque de reservas internacionais atingiu US$376,2 bilhões em julho, aumento de US$2,2 bilhões em relação à posição do mês anterior. Em julho, a remuneração das reservas somou US$366 milhões, enquanto as demais operações externas elevaram o estoque em US$1,9 bilhão.
Resgate da dívida pública atinge R$ 145,79 bilhões
Os resgates da Dívida Pública Federal (DPF) alcançaram R$ 145,79 bilhões em julho, maior volume da série iniciada em 2006. As emissões atingiram o montante de R$ 36,34 bilhões, maior volume de emissões em ofertas públicas desde igual mês de 2011.
Com isso, a DPF apresentou redução, em termos nominais, de 4,76% , passando de R$ 1,970 trilhão em junho para R$ 1,876 trilhão em julho. O valor está abaixo da banda prevista para dezembro no Plano Anual de Financiamento (PAF), mas a expectativa da Secretaria do Tesouro Nacional é de que, até o final do ano, o estoque esteja dentro das bandas (mínimo de R$ 1,950 trilhão e máximo de R$ 2,050 trilhões).
Tesouro Direto – As emissões do programa Tesouro Direto atingiram R$ 225,92 milhões em julho, sendo que os títulos mais demandados foram aqueles indexados a índice de preços (61,4% do total vendido). A participação dos títulos prefixados foi de 32,90%, enquanto os indexados à Selic representaram 5,36% do total.
Cerca de 4 mil participantes se cadastraram no mês passado, um incremento de 22,5% nos últimos doze meses. O estoque do Tesouro Direto atingiu R$ 8,8 bilhões em julho. “O desempenho confirma o ritmo de crescimento bastante acentuado, indicando mais uma vez que é uma opção de investimento seguro e rentável”, diz o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido.
Fonte:Secom Presidência da República