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Áureo Bordignon, CEO da Golden IT

As projeções divulgadas no último relatório Focus, do Banco Central, no fim do ano passado, elevaram as expectativas da inflação para 2023 e 2024. Isso significa que o preço dos alimentos — dentro e fora do lar — deve subir igual ou até mais do que nos últimos quatro anos, quando foi possível sentir na pele (e no bolso) um percentual de 57%, do café da manhã às demais refeições diárias, bem acima, até mesmo, dos 30% da inflação geral do período.

Então, com o custo de alimentos ascendente e inibindo a quantidade de produtos na mesa das famílias, a tendência é que as pessoas poupem recursos e comprem somente o indispensável. Ademais, a crise internacional, a guerra da Rússia contra a Ucrânia e os altos custos de produção são fatores que acendem um sinal amarelo para a indústria de alimentos não operar com prejuízo.

Neste sentido, há quem pense que funcionar no vermelho é uma exclusividade das pequenas empresas no setor, mas infelizmente grandes estabelecimentos são frequentemente afetados por falta de atenção ou prudência, essencialmente quando o assunto diz respeito aos procedimentos internos. A perda de matéria-prima é um dos principais obstáculos aqui. Uma vez que estamos falando de produtos perecíveis e de alto nível de destrutibilidade em transportes e manuseio, esse erro é um dos que mais causam desperdícios e danos nas indústrias.

Áureo Bordignon, CEO da Golden IT, especialista em sistemas ERP para a indústria alimentícia, chama atenção para estoques sem planejamento, vencimento das datas de validades e até mesmo superprodução de produtos, muitos dos quais não serão consumíveis. A saída, segundo ele, para reverter esse cenário está na automação de processos, em que não há necessidade de interação humana ou de automatização (a qual necessita desse tipo de relação). “Felizmente, após a pandemia, os negócios estão voltando à normalidade, e as empresas necessitam recuperar os prejuízos, é claro, mas é importante evitar novos. Com isto, muitos estabelecimentos estão investindo em máquinas e equipamentos mais eficientes e autônomos”.

O problema é que, com a evolução da tecnologia, quando uma nova ideia é implementada, dentro de pouco tempo o que era inovação já está obsoleto. “Isso não quer dizer que a solução esteja ultrapassada, mas que é necessário estar sempre investindo em tecnologia. E as empresas do segmento de alimentos devem sempre contar com profissionais preparados para aprender novas tecnologias. Na maioria dos casos, as pequenas empresas não conseguem manter estes profissionais no quadro de funcionários. Então, a solução é ter parcerias com empresas que forneçam estes profissionais”, comenta Áureo.

Para o processo de automação, são necessários diversos recursos que necessitam de várias empresas para colocá-lo em prática. E, sabendo disso, a Golden IT fechou parcerias com distintas empresas, desde fabricantes de equipamentos a importadores e consultores especializados em OEE (Overall Equipment Effectiveness, ou Eficiência Global do Equipamento). “Uma empresa que investe em automação consegue produzir mais com menos operadores. Isto se traduz em redução de custos e aumento de produtividade”, explica Áureo, salientando que, se uma empresa não investir em automação, vai chegar um tempo que não terá preço competitivo para se manter no mercado.

A automação em uma indústria de alimentos ainda supre a carência da mão de obra básica, não especializada. Porque, em um processo industrial em que há dez operadores, com a automação, são necessários somente dois. Outra vantagem, neste sentido, é a facilidade em treinar os profissionais em um processo automatizado em relação a um processo manual.

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etienne-girardet-nxI4JyYosNY-unsplashA Schneider Electric lançou um apelo urgente para governos e empresas de todo o mundo para acelerarem suas ações de sustentabilidade que intensifiquem os investimentos em tecnologias que os ajudarão a reduzir suas emissões de carbono e reforçar sua segurança energética.

A chamada ocorre em meio ao aumento dos preços da energia, uma crise de fornecimento de energia e uma rápida aceleração das mudanças climáticas, que juntos representam grandes desafios para empresas, economias e sociedades em todo o mundo. Esses desafios formaram o pano de fundo da reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, de 16 a 20 de janeiro, da qual participaram executivos seniores da Schneider Electric.

“As crises climáticas e energéticas de hoje são uma realidade econômica para um número cada vez maior de pessoas. À medida que líderes empresariais e formuladores de políticas se reúnem em Davos, devemos agir de acordo com nossos próprios interesses de longo prazo, não de curto prazo”, afirmou Jean- Pascal Tricoire, presidente e CEO da Schneider Electric. “Não devemos evitar as decisões difíceis. Não há prosperidade de longo prazo sem uma transição energética completa. Na Schneider, nossa abordagem é ‘Digitalizar, Criar estratégias, Descarbonizar’ — empresas, governos e sociedades devem fazer isso agora, para cumprir os compromissos que assumiram.”

Com 38% das emissões globais de CO2 provenientes do ambiente construído e outros 32% da indústria, os produtos, softwares e serviços da Schneider Electric nas áreas de automação industrial e gerenciamento de energia ajudam empresas, indústrias, gerentes de edifícios e residências a descarbonizar e digitalizar seu uso de energia.

A Schneider Electric também oferece insights profundos sobre tendências e soluções de descarbonização, por meio de pesquisas e relatórios detalhados compilados pelo Schneider Electric Sustainability Research Institute.

Uma pesquisa independente com mais de 500 executivos de alto escalão encomendada pela Schneider no ano passado descobriu que os compromissos e investimentos em sustentabilidade corporativa são frequentemente prejudicados pela complexidade da descarbonização. Em média, o compromisso financeiro com iniciativas de sustentabilidade e descarbonização nas empresas pesquisadas foi inferior a 2% da receita projetada nos próximos três anos — apesar do fato de que esses investimentos costumam ser eficientes e econômicos, com retorno do investimento muitas vezes abaixo de um para três anos.

Os entrevistados destacaram o alinhamento das partes interessadas, orçamento, tecnologia, habilidades e regulamentação como desafios para a implementação da sustentabilidade. No entanto, a maioria observou que a automação industrial aprimorada e a atualização da infraestrutura elétrica formarão uma parte fundamental de seu plano de sustentabilidade para os próximos três anos.

A aquisição de energia renovável está entre as principais iniciativas do lado da oferta, enquanto a eletrificação — uma medida importante do lado da demanda — tem uma pontuação baixa entre as prioridades de sustentabilidade das organizações. Juntamente com a eletrificação, o fornecimento de maior eficiência na infraestrutura existente por meio da digitalização e automação estará entre as alavancas mais importantes na próxima década, sendo o meio mais rápido e eficiente em termos de capital para muitas organizações reduzirem as emissões.

Adotando nos negócios sustentabilidade com soluções digitais essenciais para navegar na crise global de energia

Um outro relatório recente da Schneider Electric sobre o potencial de eletrificação da UE descobriu que o foco em setores em que a eletrificação é viável e atraente poderia aumentar a participação da eletricidade no mix de energia de cerca de 20% para 50%. Por sua vez, a quota do gás natural e do petróleo cairia cerca de 50%, contribuindo significativamente para uma maior segurança energética. A Schneider Electric oferece soluções específicas e práticas para ajudar as empresas a navegar nessa transição com mais rapidez e eficiência.

A companhia aponta que a atual crise energética europeia segue décadas de energia segura, confiável, disponível e preços relativamente estáveis. Muitos estão experimentando, pela primeira vez, suprimentos de energia imprevisíveis e preços inacessíveis, demonstrando uma falha tanto na preparação para a segurança energética de longo prazo quanto na implementação de planos de descarbonização. Isso, por sua vez, ressalta a importância de reavaliar toda a equação energética, desde o lado da oferta (transição energética) até o lado da demanda (eficiência energética).

“O propósito e os lucros devem se alinhar para se tornarem forças poderosas na luta contra a mudança climática”, disse o Sr. Tricoire. “Já temos a tecnologia para evitar as crises energética e climática, também para fornecer distribuição e uso de energia segura, confiável e sustentável. Nossa abordagem baseada em dados, abrangendo automação industrial, digitalização e a tecnologia digital do metaverso corporativo, se combinam para destravar um futuro mais promissor, mais sustentável e mais próspero. A urgência por ação nunca foi maior do que agora.”

Foto: Etienne Girardet

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abb2A ABB tem trabalhado com a Boliden, empresa sueca de mineração e fundição, para desenvolver uma cooperação estratégica para usar cobre com baixo carbono em seus equipamentos de agitação eletromagnética (EMS) e motores elétricos de alta eficiência. O objetivo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) enquanto impulsiona a transição para uma economia mais circular.

A parceria com a Boliden é parte integrante do objetivo estratégico da ABB de reduzir o impacto ambiental das matérias-primas utilizadas em seus produtos, substituindo-as por alternativas de baixo carbono. Além de usar cobre reciclado, a ABB se comprometeu a aumentar o uso de aço elétrico reciclado (e-steel) e alumínio reciclado. A mudança também é um passo importante para fechar o ciclo de circularidade que já visualizou a ABB projetando seus motores para serem até 98 por cento recicláveis, com os dois por cento restantes dos materiais disponíveis para serem incinerados para recuperação de calor. A reciclagem de cobre, alumínio e aço oferece economia de energia entre 75 e 95 por cento em comparação com a produção virgem.

“Como parte da estratégia de sustentabilidade da ABB para 2030, nossa meta é que 80% de nossos produtos e soluções sejam cobertos por uma abordagem de circularidade. O trabalho com a Boliden é um passo importante em direção a esse objetivo”, afirmou Ola Norén, chefe de Produtos de Metalurgia, Indústrias de Processo da ABB. “Ao fazer um balanço da entrega até o final deste ano, garantiremos que todos os nossos produtos de metalurgia usem condutores ocos de cobre reciclado a partir de 2023.”

“Queremos possibilitar um futuro mais sustentável e eficiente em termos de recursos e, com essa colaboração, nossos clientes podem não apenas descarbonizar, atualizando para motores com eficiência energética, mas também instalar a tecnologia ABB que tem uma pegada ambiental melhorada, graças ao cobre da Boliden,” afirmou Ulf Hellstrom, diretor administrativo da ABB Motion, na Suécia. “Este é um excelente exemplo de economia circular na prática.”

Com a cooperação, a ABB fez o primeiro pedido de cobre reciclado certificado da Boliden através da Luvata, especialista finlandesa em fabricação de metais. O fio condutor oco feito do material será usado nos produtos EMS da ABB para fabricação de aço e alumínio.

Além disso, a partir de 2023, a ABB comprará cobre reciclado e de baixo carbono da Boliden para cobrir a demanda por seus motores IE5 Ultra-Premium Efficiency SynRM e e-mobility produzidos na Europa. As duas empresas também assinaram um memorando de entendimento que permitirá à ABB auxiliar a Boliden na identificação de motores de baixa tensão ineficientes em suas unidades operacionais. Esses motores podem então ser substituídos por motores de alta eficiência dentro da estrutura de reciclagem da ABB, com os motores antigos reciclados para fornecer matéria-prima para o cobre reciclado da Boliden.

O cobre é um material vital para a fabricação de equipamentos elétricos industriais, mas sua produção requer consumo energético elevado. Para resolver isso, a Boliden desenvolveu cobre de baixo carbono que é extraído usando energia livre de fósseis e também produz cobre usando matéria-prima secundária de produtos reciclados. A pegada de carbono desses produtos é 65% menor do que a média do setor. Um motor típico de 75 kilowatts (kW) pesando 650 kg pode incluir 80 kg de cobre. O uso do cobre da Boliden economiza aproximadamente 200 kg de emissões de CO₂ para cada um desses motores fabricados. Cada agitador tem até 2.700 kg de cobre, economizando até 6.700 kg de CO2 por agitador.

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energiaComo uma alternativa para suprir a necessidade energética nacional, reduzindo os impactos ambientais de degradação, poluição e uso abusivo de recursos naturais, resultantes da utilização de combustíveis fósseis, as energias renováveis seguem em plena expansão no Brasil. De acordo com dados do Ministério de Minas e Energia, as opções sustentáveis, renováveis e limpas já representam 83% da matriz energética brasileira, lideradas pela hidrelétrica (com mais de 63%), eólica (9,3%), biomassa e biogás (8,9%) e solar (1,4%); índices que posicionam o país como terceiro maior do mundo neste segmento.

Fator preditivo para frear os desdobramentos da ação humana no aquecimento global, o cenário positivo arquitetado pelo uso das energias renováveis chama a atenção do mercado e potenciais investidores. Segundo um estudo setorial realizado pela Redirection International, empresa especializada em fusões e aquisições, o volume dessas movimentações envolvendo empresas de energia renovável no Brasil deve crescer 19% em 2022, quando comparado a 2021. Panorama favorável, consequentemente, para a criação de novos postos de trabalho e expansão de indústrias de base da economia brasileira, como as fornecedoras de soluções em aço inoxidável.

“Considerado um material sustentável e ecológico, podendo ser reciclado em sua totalidade, o aço inox é uma alternativa de ótimo custo-benefício, resistente e durável, principalmente quando pensamos em grandes projetos como os que compõe a estrutura para geração de energia. Turbinas, exaustores, placas de captação de energia solar, reservatórios, tubulações – especialmente nas usinas de biomassa – são algumas das estruturas que contam com os benefícios deste material. Por isso, é importante que a indústria do aço esteja preparada para a demanda crescente por estas soluções”, destaca Marcos Barbosa, CEO da Krominox, líder nacional na produção de tubos em aço inoxidável.

Com um investimento de R$6,250 milhões, divididos entre a compra e reestruturação do negócio, a Krominox prevê um crescimento na casa dos 25% para os próximos anos, a partir da expansão dos negócios para novas vertentes da indústria que passarão a ser atendidas.  Diante da crescente demanda sustentável e a evolução do mercado de energias renováveis e limpas, a Krominox, que já conta com três unidades fabris em operação, investiu, além da aquisição, cerca de R$10 milhões em maquinários, ferramentas e fornos térmicos dedicados à produção de tubos de aço com costura para suprir as necessidades específicas do setor. Até o final de 2023, outros R$15 milhões estão previstos sob a mesma estratégia.

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RayflexMuito além da corrida científica em busca de medicamentos e vacinas eficazes contra doenças da atualidade, há ainda um enorme desafio a ser encarado pelas instituições e governos: a disponibilidade e distribuição eficiente desses materiais pela logística farmacêutica. Como os noticiários mostram diariamente, diversos países – incluindo o Brasil – ainda têm um longo caminho a percorrer para garantir uma imunização suficiente.

É preciso, em primeiro lugar, desenvolver um plano estratégico e contar com uma infraestrutura adequada para que estes imunizantes cheguem a todos os cidadãos, em tempo e com a devida integridade. Uma das empresas que contribui para isso é a Rayflex, referência nacional na fabricação de portas rápidas no Brasil e América Latina para a indústria.

“Acredito que a principal peculiaridade é que a logística farmacêutica tem uma responsabilidade tão grande quanto a das indústrias que fabricam as vacinas ou medicamentos. Isso porque a cadeia de suprimentos é corresponsável para que todo o processo, desde a pesquisa clínica até a chegada desses produtos para a população, ocorra de forma eficaz”, afirma Giordania R. Tavares, CEO da Rayflex.

As empresas que hoje atuam na linha de frente da logística são companhias com certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para armazenamento, fracionamento e transporte desse tipo de produto, que passaram por uma série de adequações. No caso das portas rápidas Rayflex, o cliente pode contar com equipamentos autônomos e inteligentes que funcionam de forma integrada, sem a dependência humana para abrir e fechar, reconhecendo movimentações e abrindo somente quando necessário, fazendo com que o ambiente fique o menor tempo possível aberto.

“Temos acompanhado uma atuação mais forte e presente da Anvisa com relação ao monitoramento da temperatura, seja no armazém ou no transporte de produtos médicos. A Agência tem disponibilizado novas resoluções que obrigam todos os elos da cadeia, desde o fabricante ao operador logístico, a se adequarem para garantir à população que todos os medicamentos e produtos utilizados na saúde foram armazenados e transportados corretamente, de acordo com as boas práticas internacionais. Essa é uma tendência e acredito que nos próximos anos mais normas e fiscalizações vão ocorrer para garantir que o consumidor tenha cada vez mais segurança”, comenta Giordania.

A empresa possui ainda modelos de portas automáticas que atendem salas limpas ou classificadas, como também são conhecidas, e auxilia no controle dos três principais requisitos para evitar contaminações de quaisquer tipos: controle de umidade, temperatura e de partículas. Outro fator primordial é que existe tecnologia exclusiva de dupla autorreparação, que faz com que ela retorne as guias de forma automática após sofrer colisões de veículos, evitando assim manutenções e porta parada.

“As portas são barreiras sanitárias que dividem os ambientes limpos dos sujos. Nós sempre tivemos a consciência de que o toque das mãos para abertura e fechamento das portas poderiam levar muita contaminação para dentro deles, por isso adotamos sistemas inteligentes que não necessitam de contato físico, como por exemplo os sensores de pisos, que permitem a entrada de carrinhos, ou as botoeiras ‘no touch’, que apenas pelo movimento do braço ou mãos são acionadas para liberar a passagem, sem necessitar de toque”, conclui Giordania.

Hoje, mais como nunca, a logística farmacêutica tem ganhado destaque no mercado e se tornou fator essencial no combate à pandemia da Covid-19. E como já esperado, novos desafios, normas e tendências passam a surgir diariamente para as empresas e instituições dedicadas a este setor.

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ramusAs pessoas precisam de refrigeração à medida que as temperaturas aumentam. Mas como tornar isso possível sem aumentar as emissões? A empresa de engenharia dinamarquesa Danfoss ofereceu uma resposta na COP27, realizada em Sharm el-Sheikh, no Egito.

Pegue a energia distrital e adicione fontes de energia renováveis. Assim, você terá os principais ingredientes que as cidades podem utilizar para fornecer refrigeração aos cidadãos com neutralidade de carbono – principalmente no Sul Global, onde a refrigeração é mais urgente do que nunca.

Essa é uma informação importante quando se considera o fato de que a demanda por energia apenas para refrigeração de espaços está agora em um curso em que pode triplicar até 2050, com um consumo correspondente à toda a China e a Índia atualmente[1].

Rasmus Abildgaard Kristensen, vice-presidente e chefe de Relações Públicas do Danfoss Group Communication & Sustainability, encorajou os líderes mundiais a agir com base nesse conhecimento em um painel de debate que ocorreu ao lado da COP27 em Sharm el-Sheikh, Egito.

O distrito de resfriamento de água para ar-condicionado e processo é extremamente eficaz em áreas urbanas e, em geral, atinge níveis de eficiência cinco ou dez vezes maiores do que os sistemas de refrigeração individuais. Além disso, oferece benefícios do ponto de vista do planejamento urbano: ocupa menos espaço e reduz os níveis de ruído dos edifícios nos quais os ares-condicionados individuais não são mais necessários, pois a refrigeração  é criada em uma planta central”, afirma Kristensen.

Ele explica que os sistemas de ar-condicionado também emitem calor em excesso quando operam, sendo que, em áreas de alta densidade populacional, com sistemas de ar-condicionado individuais operando dentro de milhares de edifícios, isso aumenta a pressão sobre os níveis de temperatura com o sistema de ar condicionado de cada edifício, emitindo seu excesso de calor para fora.

O distrito de resfriamento de água para ar-condicionado e processo é baseado em um fornecimento de água gelada, que passa por tubos subterrâneos isolados e pode ser alimentado por energia elétrica. Se essa energia vier de fontes renováveis, como solar ou eólica, isso contribuirá significativamente para a descarbonização da refrigeração.

Com o distrito de resfriamento de água para ar-condicionado e processo, é possível obter também níveis mais altos de flexibilidade. Ele permite que a energia elétrica gerada em um dia de tempestade ou sol seja utilizada para criar água fria. Além disso, é possível armazenar essa água fria em tanques térmicos ou de gelo para utilizá-la quando o sol não estiver brilhando e o vento não estiver soprando.

Se as cidades do Sul Global combinarem a energia distrital de recursos renováveis com maior eficiência energética em edifícios, elas poderão fornecer refrigeração aos seus cidadãos sem sacrificar as metas climáticas”, diz Kristensen.

Fatos:

Representantes da Danfoss estiveram fisicamente presentes em Sharm el-Sheikh, onde se encontraram com líderes políticos e ONGs em alguns dos eventos de apoio em conjunto com a COP27. O painel de debate sobre sistemas de energia distritais neutros em carbono ocorreu no pavilhão dinamarquês. Na agenda, foi apresentado o trabalho realizado pela Iniciativa para a Energia Distrital nas Cidades e o UNEP CCC para implementar sistemas distritais de aquecimento e refrigeração energeticamente eficientes em mais de 70 cidades. A Danfoss apoiou este trabalho com conhecimento técnico. A Bitten and Mads Clausen Foundation forneceu apoio financeiro.

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SingkhamSchneider Electric, anunciou o recrutamento de 2.500 especialistas em Field Service em todo o mundo, reforçando a economia verde global.

O último relatório do IPCC observa que as emissões de gases de efeito estufa devem atingir o pico até 2025. Para dar ao planeta a chance de limitar o aquecimento futuro a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais, são necessárias em nível industrial, sugere o documento.

Os especialistas em ‘field service’ influenciarão positivamente as decisões de energia dos clientes

A função do engenheiro de serviços combina operações baseadas em ferramentas para corrigir e manter a infraestrutura do cliente com tecnologias digitais, que simplificam o desempenho do trabalho e fornecem informações e serviços adicionais aos clientes.

Eles usarão o poder das plataformas IoT e EcoStruxure para digitalizar e descarbonizar instalações, além de fornecer conselhos sobre estratégias de sustentabilidade e aquisição de energia, bem como segurança cibernética e desempenho. Esses profissionais trabalharão ao lado dos clientes para projetar e implementar estratégias de gestão de energia e circularidade, fornecer eficiência em suas instalações e sustentar os resultados ao longo do tempo. Acelerando na contribuição na economia de CO2, as equipes de serviços visam reduzir a pegada dos clientes em mais de 10 milhões de toneladas de CO2 até 2025.

Os engenheiros de serviço sustentável da Schneider Electric já economizaram 1 milhão de toneladas de CO2 para os clientes em 2021, melhorando a segurança e a confiabilidade do equipamento para fontes de alimentação ininterruptas (UPS).

Isso inclui o trabalho com a Danone Evian, no qual 315 toneladas métricas de CO2 equivalente e 372 m3 de água foram economizados pelos engenheiros. Eles simultaneamente reduziram o consumo de energia em 34% por litro de água e melhoraram a continuidade de energia. Isso ajudou o cliente a receber a certificação de neutralidade de carbono do Carbon Trust.

Para Frederic Godemel, vice-presidente executivo de Power Systems e Services da Schneider Electric, o crescimento da economia verde está desempenhando um papel significativo no combate às mudanças climáticas em grande escala. “Criar empregos verdes que influenciam as organizações a usar tecnologias mais verdes e fazer a diferença para o planeta, ao mesmo tempo que atendem aqueles que trabalham neles, é uma das melhores maneiras de atingir metas críticas.

“Os novos engenheiros de serviço da Schneider Electric devem ser poderosos influenciadores e facilitadores de soluções verdes no coração das organizações que mais precisam deles. Estamos entusiasmados em apoiar essas 2.500 pessoas e muitas outras que ajudarão, visto que todos trabalhamos para um futuro mais verde com melhor uso da eletricidade. Como afirmam os princípios da Electricidade 4.0, um mundo mais elétrico e digital é a chave para um futuro sustentável e resiliente” afirma Godemel.

As próprias iniciativas de sustentabilidade da Schneider Electric incluem um suporte para ajudar os clientes a reduzir o uso futuro do gás de efeito estufa mais potente do mundo, o hexafluoreto de enxofre (SF6). A companhia desenvolveu um conjunto inovador de tecnologias digitais e ambientalmente superiores para o mercado que evitam o uso de SF6, substituindo-o por ar puro.

Para se candidatar a uma posição  de ‘Field Service expert’ na Schneider Electric, acesse:

https://brpcareers-se.icims.com/jobs/42171/campanha-get-real—consultor-de-vendas/job?mode=view&mobile=false&width=1263&height=500&bga=true&needsRedirect=false&jan1offset=-120&jun1offset=-180

https://brpcareers-se.icims.com/jobs/42181/campanha-get-real—t%C3%A9cnico-de-campo/job?mode=view&mobile=false&width=1263&height=500&bga=t

Foto: Singkham

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rockwellA demanda por mão de obra na indústria deve continuar em alta nos próximos anos ao redor do mundo e, para continuar crescendo, o setor deve priorizar o fortalecimento da cultura das organizações e uso de tecnologia para impulsionar a produtividade das plantas, avaliaram especialistas da Rockwell Automation, dedicada à automação industrial e transformação digital durante a Automation Fair 2022.

Apenas nos Estados Unidos, mais de 2 milhões de vagas no setor não devem ser preenchidas até 2030, segundo projeções do The Manufacturing Institute. Para Veena Lakkundi, vice-presidente sênior de estratégia e desenvolvimento corporativo da Rockwell, o déficit de mão de obra e o crescimento na demanda industrial estão exigindo das empresas não apenas investimentos em tecnologias, mas ir além nas suas iniciativas de recursos humanos para atrair talentos e diversidade no setor industrial.

“Existem diversos estudos que mostram que ter mais mulheres e mais diversidade nas empresas realmente levam a melhores resultados de negócios. Portanto, o objetivo agora é não nos mantermos satisfeitos com a maneira como sempre fizemos nosso trabalho, mas procurar novas formas de transformar a mão de obra na indústria”, afirma a executiva.

Pensando nisso, a Rockwell tem direcionado seus esforços para quatro pilares: diversidade, equidade, inclusão e sustentabilidade. Segundo Lakkundi, a pandemia foi um catalisador para mudanças nos recursos humanos, e essa é uma tendência que deve ganhar força nos próximos anos.

“Pense no que aconteceu na pandemia, com o fardo dos cuidados domésticos recaindo sobre as mulheres em todo o mundo. Na Rockwell, temos programas que apoiam o horário de trabalho flexível justamente para enfrentarmos desafios como esse. A responsabilidade pelas pessoas é tão importante quanto alcançar resultados de negócios e atuamos nessas duas frentes de forma alinhada”, ressalta.

Para manter o ritmo de crescimento global, a cultura das empresas no setor industrial também deve priorizar, cada vez mais, uma abordagem holística, com mais espaço para diálogo sobre os desafios diários, seguidos de planos de ação, com relevância para o papel dos gerentes.

“É preciso avaliar como capacitamos nossos gerentes, mas também como os responsabilizamos pela liderança das equipes de forma coerente e consistente, cuidando uns dos outros, já que é por meio da liderança que conseguimos transmitir e valorizar a cultura em toda a corporação”, explica Candace Barnes, diretora global para programas de diversidade, equidade e inclusão na Rockwell.

Na Rockwell, o senso de comunidade foi aprimorado com a criação de grupos de colaboradores em diferentes frentes. Entre eles, grupos com foco nas equipes que trabalham nas plantas fabris, em mulheres e pessoas pretas com o objetivo de explorar a troca de informações sobre os desafios diários através da escuta ativa em espaços de discussões.

“Esse trabalho interno que estamos fazendo é muito importante. Buscamos cada vez mais engajar e educar os colaboradores nesses grupos a fim de termos mais aliados unidos em prol dessa transformação”, comenta Lakkundi. A companhia conta ainda com um método de contratação que busca eliminar vieses inconscientes do processo de seleção para expandir a diversidade na empresa. Tecnologias como inteligência artificial, cloud computing, automação e robótica serão fundamentais para essa transformação do mercado de trabalho.

A Automation Fair 2022 é a maior feira global de inovação e transformação digital para a indústria e reuniu mais de 15 mil pessoas em Chicago no início de novembro, incluindo especialistas dos quatro cantos do planeta para apresentar tendências e inovações para a indústria 4.0.

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laudeliaA Cummins Brasil, em parceria com a ONG Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos e a Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), promoveu no dia 17 de novembro,  no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, em Porto Alegre (RS), o lançamento da nova versão 2.0 do App Laudelina – Versão WEB.
O Laudelina, app voltado às trabalhadoras domésticas, é parte integrante dos trabalhos impulsionados pela área dedicada de Responsabilidade Corporativa da Cummins Brasil e ação pertencente ao Programa Cummins Powers Women (CPW), lançado no Brasil em junho de 2020. O CPW tem como foco a equidade de gênero e é apoiado em quatro pilares: educação, direitos legais, autonomia econômica e segurança pessoal, que visam o empoderamento feminino, para que mulheres e meninas ganhem mais espaço na sociedade em que vivem.
Para Soraia Senhori Franco, gerente de Responsabilidade Corporativa da Cummins, “apoiar o desenvolvimento de uma plataforma mais robusta, voltada às trabalhadoras domésticas, dentro do pilar direitos legais, é mais um avanço do nosso programa na região aplicado diretamente para impulsionarmos esta categoria com pouca formalização”.
Desenvolvido pela Be220 e também apoiado pelo programa Igual Valor, Iguais Direitos da CARE e pelo Ministério Público do Trabalho, o app Laudelina agora contará com espaço para vídeos, podcasts, redes de contatos e órgãos de proteção que podem ser acessados sempre que necessário. É a chamada tecnologia PWA, na qual as usuárias conseguem acessá-lo desde o navegador do celular e do desktop. “Esta nova versão também está mais leve, mais intuitiva e amigável”, reforça a gerente.
Até então, a ferramenta oferecia um guia com perguntas e respostas sobre direitos trabalhistas e uma ferramenta para o cálculo de salário, férias e rescisões de contrato. Também era possível acessar a lista de todos os sindicatos da categoria no País e realizar denúncias, assim como a criação de grupos de contatos de trabalhadoras domésticas de uma mesma região, o que possibilitava a troca de informações e a criação e o fortalecimento de uma rede de apoio. Essa funcionalidades, além de serem mantidas, foram aprimoradas.
Em novembro de 2020, o APP Laudelina foi vencedor do prêmio Equals in Tech Awards, na “Categoria Acesso – Melhorando o acesso, a conectividade e a segurança de mulheres e meninas à tecnologia digital”. O prêmio foi oferecido por uma coalizão formada por instituições como ONU Mulheres, ITU (a agência de telecomunicações da ONU), GSMA (que representa operadoras e companhias de telefonia móvel ao redor do mundo), Universidade das Nações Unidas e Centro de Comércio Internacional (ITC – International Trade Center).
Laudelina – Pioneira na luta por direitos de trabalhadores domésticos, a ativista Laudelina de Campos Melo liderou um movimento sindical na cidade de Santos (SP) em 1936, em busca de melhores condições de trabalho. Fundou no início daquela década a primeira Associação de Trabalhadores Domésticos do Brasil, impulsionando ainda o surgimento de outras entidades da categoria na região. A atuação de Laudelina foi essencial para este grupo, com extensão para as mulheres negras, uma vez que as trabalhadoras domésticas não tinham direito à sindicalização e nem eram protegidas pela legislação vigente.

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close-up-environment-sign-collectionA Gerdau acaba de estabelecer novas cláusulas ESG para contratações realizadas pelo time de suprimentos no Brasil. A partir de dezembro de 2022, os fornecedores poderão incorporar novas ações de comprometimento social e ambiental à consolidação da parceria com a companhia. O objetivo é mobilizar e incentivar a cadeia de fornecedores da Gerdau a consolidar as melhores práticas no tema.

No pilar social, a cláusula de Diversidade e Inclusão visa incluir a valorização de um ambiente diverso e inclusivo, a promoção de um ambiente de respeito às pessoas, coibindo todas as formas de preconceito e discriminação, e a disponibilização de um canal ou meio de denúncia. Além disso, a cláusula de Investimento Social possibilita que os fornecedores, voluntariamente, tenham ações direcionadas para deixar um legado positivo para a sociedade, investindo um percentual do valor contratado em projetos sociais, ambientais, culturais ou científicos. A preferência é para ações já existentes na área onde o escopo da contratação seja executado.

Na esfera ambiental, o compromisso inclui o incentivo ao uso de energias renováveis ou biocombustíveis, a elaboração de inventários de emissões de gases de efeito estufa, bem como uma gestão do consumo de água e da geração de resíduos.

“A agenda ESG está no centro do nosso planejamento e das nossas tomadas de decisão. Seguimos trabalhando para ser uma produtora de aço cada vez mais sustentável, diversa e inclusiva, e reafirmamos o nosso compromisso de engajar todo o ecossistema em que estamos presentes na construção de um novo futuro. Queremos utilizar nosso papel como agente transformador para impactar positivamente as regiões onde atuamos”, ressalta Flávia Souza, diretora global de Suprimentos da Gerdau.

As principais contratações conduzidas pelo time de suprimentos no Brasil abrangem as áreas de materiais produtivos e gases industriais utilizados no processo produtivo, materiais não produtivos para manutenção, reparo e operação, serviços industriais e administrativos, equipamentos e serviços referentes a investimentos, energia elétrica e gás natural.

Além das novas cláusulas, valem ainda as medidas já exigidas nos processos de contratação: comprometimento contra o trabalho escravo e infantil, cumprimento de obrigações legais ambientais, e atendimento às cláusulas de anticorrupção, compliance e Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Foto: Freepik

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O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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