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Por Raquel Corrêa

Dando continuidade ao texto publicado na edição 420, de dezembro, da Revista P&S “Indústria, meio ambiente, sustentabilidade e lucro”, e também aqui no Blog Industrial, leia mais sobre o tema Meio Ambiente Industrial:

O gerente de meio ambiente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, FIEMG, Wagner Soares Costa, na palestra “A gestão industrial em conformidade com a legalidade ambiental no Brasil: desafios e oportunidades”, apresentou a evolução da indústria em relação ao tema. Segundo o profissional, as empresas seguem um caminho que passa pela fase REATIVA, onde existe uma resistência às exigências legais até o limite do possível. Em seguida, elas sobem um patamar e tentam se tornar RESPONSÁVEL. Neste quesito elas buscam conformidade com a legislação ambiental. Depois, mais preparadas, tornam-se PRÓ-ATIVAS.

Aqui, as questões ambientais já são tratadas por antecipação, tomam atitude mesmo antes de surgimento de exigências ambientais. Por fim, num último estágio, elas se tornam COMPETITIVAS, pois as questões ambientais são gerenciadas com abordagem de risco, visando o futuro no longo prazo.

Como bem salientou o profissional, esse processo realizado dentro de um prazo relativamente curto, ou seja, o quanto antes, é o sonho ideal. É a expectativa de toda a sociedade. Porém, as coisas não são tão simples e fáceis. O primeiro ponto discutido como dificultador é a própria legislação, que assume o papel fiscalizador e não de orientação e assessoria.  As empresas precisam buscar essa capacitação por meio de outras organizações especializadas, e como o mercado de profissionais desta área ainda é pequeno, o investimento acaba sendo muito grande.

O investimento é outro ponto que, na maioria dos casos, também impede que as empresas se ajustam o quanto antes às demandas ambientais. Para se adequar a um novo processo, a uma nova forma de produção, é necessário a aquisição de novas tecnologias, novas máquinas, reestruturar toda a cadeia, treinar, capacitar, monitorar e avaliar. Todo esse processo gera um custo altíssimo e, muitas vezes, as empresas não têm esse capital disponível. Se tiram do capital de giro, colocam a organização no risco de sobrevivência. Portanto, em alguns casos, não é que o empresário não tenha consciência ou não queira colocar em prática esses processos, falta-lhe condições.

Outro ponto citado que geralmente impedem a prática ambiental responsável é a questão de crédito para aquisição de novas máquinas e equipamentos, principalmente para pequenas organizações. Elas precisam aguardar a tecnologia “chegar à prateleira” para adquirir, pois não tem recursos para investir em estudos e pesquisas para a reformulação de processos.

Para se falar em sustentabilidade, é necessário que o investimento social e ambiental não comprometa a saúde da organização. Isso está demonstrado no princípio do Triple Botton Line. Se não for possível alinhar a questão econômica ao social e ao ambiental, dificilmente haverá solução para os negócios, principalmente, em longo prazo.

Durante o seminário, algumas soluções também foram apontadas para ajudar empresários a começarem a dar seus primeiros passos para desenvolver seu negócio de maneira responsável e sustentável.

A primeira coisa é tentar um acordo possível. Qualquer adequação e reestruturação levam tempo, precisa de estudo, pesquisas e testes. Enquanto isso é provável que a empresa trabalhe na ilegalidade e, com isso, a opinião pública aproveitará a oportunidade para retalhar a organização, pois há sempre uma defasagem de tempo entre a expectativa da sociedade e a possibilidade de se colocar uma nova política em prática.

É preciso metas claras baseadas em fases e com cobranças adequadas à realidade brasileira, pois nossos parâmetros hoje se baseiam na Europa. E, segundo pesquisas, os países europeus estão 20 anos à frente do Brasil.

Uma outra alternativa é desenvolver uma política industrial para a redução da obsolescência. Máquinas novas e mais modernas podem gerar economia de energia, emitir menos poluentes e aproveitar melhor as matérias-primas. Para Wagner Costa, num primeiro momento,é mais positivo investir nesta questão do que ficar falando de gestão ambiental.

No entanto, esta área oferece diversas iniciativas que podem ajudar o empresariado: elaborar incentivos negociáveis; estabelecer fases bem definidas vinculadas ao ciclo de capital para a empresa ter capacidade de pagamento; fazer um estudo para melhorar os processos; investir em capacitação; integrar a questão ao negócio da empresa, não tratá-lo como um “apêndice”; formar guardiões e, porque não, formar um comitê interno de gestão ambiental para avaliar o desempenho da indústria e atestar as ações produtivas.

Para tudo isso acontecer, sabemos que é preciso quebrar paradigmas, levantar da cadeira e estar disposto a agir. Comprovadamente, operacionalizar os conceitos de responsabilidade socioambiental , em primeiro lugar, aumenta a produtividade da empresa em função da melhoria nos processos, mas também traz retorno institucional e benefícios para a sociedade e para o meio ambiente.

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Por Raquel Corrêa

Responsabilidade socioambiental é uma extensão do papel empresarial. E para quem pensa que esta prática está associada somente às questões ligadas à sociedade e ao meio ambiente, engana-se. Hoje, ela está vinculada também aos objetivos financeiros das organizações, que buscam cada vez mais a sustentabilidade econômica para colher lucros no longo prazo. Mas para atingir esta meta, é preciso utilizar, de forma consciente e responsável, os recursos naturais e colaborar para o desenvolvimento da sociedade, adquirindo assim um retorno institucional por parte de seus diversos públicos.

De acordo com pesquisa divulgada em outubro último pelo Ministério do Meio Ambiente, a indústria foi o setor que mais contribuiu para poluição do meio ambiente e emissão de gases de efeito estufa de 1994 a 2007. Dentre as atividades industriais mais poluidoras aparecem a de produtos minerais, com 59%, seguida da química, 55%, e da metalúrgica, 40%.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que o governo se esforçará para alcançar a meta de redução de 40% das emissões de gases de efeito estufa até 2020. No setor de agropecuária estão previstas ações como a combinação de plantio com pecuária em um mesmo espaço, a recuperação de áreas degradadas e o plantio direto: “Com essas três medidas combinadas reduziremos 7% das emissões nesse período”.

Pensando nesse assunto e com o intuito de trazer mais informações do setor, a Revista P&S esteve presente na 11ª edição do Seminário Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade, Simai, realizado de 4 a 6 de novembro, em São Paulo, SP. O evento é considerado um projeto pioneiro e ousado por apresentar novidades em termos de tecnologias e serviços para o meio ambiente industrial. Por isso, o seminário e seus eventos paralelos, como a feira de produtos e serviços ligados à questão, Fimai, já são referências no Brasil, segundo os organizadores.

O diretor executivo da feira, Júlio Tocalino Neto, explica que o segmento de bens e serviços ambientais do Brasil está crescendo: “O país é o terceiro mercado de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, MDL, com 392 projetos aprovados. Além disso, várias empresas estão fazendo seus inventários de emissões de Gases de Efeito Estufa, GEE, de forma voluntária, contribuindo para o aquecimento desse mercado”.

Ações como essa provam que o meio ambiente tem sido tratado com distinção nas empresas, o que acaba sendo um estímulo para toda a sociedade. No entanto, aderir a iniciativas promovidas em prol da sustentabilidade não é tarefa das mais fáceis. Pode até parecer, mas não é bem assim de acordo com as discussões promovidas no seminário.

Os esforços para alinhar produção industrial – sem prejudicar o ar, a água e o solo – ao desenvolvimento sustentável exigem das empresas um leque de pontos que somente agora estão começando a ficar claros…

*Matéria publicada na edição 420, de dezembro da Revista P&S

Veja mais opiniões e saiba mais sobre o tema buscando pela categoria Meio Ambiente Industrial.

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Os eventos de meio ambiente e sustentabilidade voltados para a indústria estão crescendo a passos largos – surgem novos a cada ano, o que é muito positivo, diga-se. Efeito da globalização (leia-se competitividade, produtividade), as empresas têm percebido a importância de se “encaixar” nesse contexto, por isso o aumento na quantidade de acontecimentos referentes ao tema.

Bom exemplo é a Feira de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade, Fimai, que termina hoje, 6 de novembro, em São Paulo, SP. Em sua 11ª edição, os organizadores trabalharam para reforçar a posição de destaque e referência do Brasil no cenário internacional em gestão de resíduos, multiplicando não só o aprendizado como a importância da valorização ambiental e, principalmente, a interatividade dos visitantes que puderam ver, por meio do projeto Estação de Reciclagem, como é feito um processo de reciclagem.

A atração, que foi operada na feira pela primeira vez, é comandada por uma Cooperativa de Catadores, associada ao Compromisso Empresarial para a Reciclagem, Cempre, que faz o processo de triagem, operação de prensa e encaminhamento do material e se tornou responsável por realizar a gestão dos resíduos gerados durante os dias da feira. Todo o material arrecadado será doado para a Cooperativa Vila Maria, a qual também é responsável pela operacionalização da Estação.

O diretor executivo do Cempre, André Vilhena, ressaltou a importância da iniciativa no evento: “É muito importante termos ações como esta da Estação de Reciclagem numa feira do porte da Fimai. O resultado disso é um projeto que acaba sendo ambiental, econômico e social. E, além de ser importante para divulgar o trabalho que está sendo feito pela cooperativa, todos querem saber como funciona, o que acaba fazendo parte da vida de todo mundo”.

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Aproveitando o gancho da Erica Munhoz com seu mais recente post sobre sustentabilidade (Parceria em prol da sustentabilidade), quero comentar uma parceira muito interessante da Syngenta com a Fundação Abrinq. Na última semana, elas se reuniram em São Paulo para oficializar o Projeto Escola no Campo (PEC).

Com o objetivo de incentivar o aumento da prática da agricultura sustentável, através de atividades com estudantes da zona rural, esse projeto já existe há 18 anos e beneficiou mais de 460 mil crianças e jovens no período. Com o apoio da Fundação Abrinq, o PEC pretende alcançar o número de 50 mil crianças e jovens atendidos ao ano, em comparação aos 25 mil atendidos até 2008.

“O Projeto Escola no Campo foi desenvolvido para criar uma geração de agricultores mais consciente da necessidade de preservação ambiental e da importância do uso da tecnologia para a produção de alimentos saudáveis. Através de palestras e atividades nas escolas, conscientizamos as crianças e também os pais e a comunidade sobre o uso correto e seguro de defensivos agrícolas”, comentou Antonio Carlos Guimarães, da Syngenta, em nota.

A partir dessa parceria, o conteúdo do projeto aplicado nas escolas passa a incluir também o tema “Direitos da Criança e do Adolescente”. “A partir de agora, participaremos do desenvolvimento das ações do Projeto Escola no Campo, como a formação dos professores e voluntários, sempre com foco nos temas relacionados aos Direitos da Criança”, completou Synésio Batista da Costa, da Fundação Abrinq.

Os resultados do Projeto Escola no Campo, associados a outras iniciativas, levaram a Syngenta a conquistar, neste ano, o selo Empresa Amiga da Criança, concedido pela Fundação Abrinq às empresas que promovem o exercício de cidadania entre crianças e adolescentes.

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Prêmio CNI 2009

Icone Divulgue esta notícia!,Prêmio | Por em 30 de julho de 2009

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Promovido pela Confederação Nacional da Indústria, CNI, e aberto a indústrias de todo o País, o Prêmio CNI prega na edição 2009 o desenvolvimento sustentável como um dos pré-requisitos que garantem a competitividade das indústrias, além da sobrevivência das gerações futuras. Por isso, quer identificar e reconhecer as melhores práticas dentre as empresas.

O consumidor moderno tem consciência da necessidade de comprar produtos que respeitem o meio ambiente e sejam sustentáveis ao longo do tempo e, por isso, está mais exigente. A indústria percebeu essa mudança de comportamento e tem aumentado, nos últimos anos, seus investimentos em sustentabilidade.

Para o gerente executivo de Competitividade Industrial da CNI, Augusto Jucá, outro fator determinante para a opção pelo desenvolvimento sustentável é a crescente carência de recursos naturais. “A escassez de matérias primas criou a necessidade de investimento em técnicas sustentáveis de uso e reuso de recursos naturais, de reaproveitamento de resíduos e de redução de gastos com as fontes energéticas”, explica Jucá. 

Além de Desenvolvimento Sustentável, o Prêmio CNI 2009 recebe inscrições de micro, pequenas, médias e grandes indústrias nas categorias Design, Inovação e Produtividade. Os interessados podem se inscrever até o dia 14 de setembro pelo site da CNI.

Os três finalistas de cada categoria serão convidados a participar da solenidade de premiação que será realizada no dia 17 de novembro, em Brasília, DF. O evento encerra as atividades do primeiro dia da edição 2009 do Encontro Nacional da Indústria (ENAI).

Mais informações e o formulário de inscrição estão disponíveis no endereço eletrônico www.cni.org.br/premiocni

Fonte: RP1 Comunicação Brasília

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A Danfoss do Brasil inaugurou oficialmente na quarta-feira, 16 de abril, sua nova fábrica nas instalações em Osasco, SP. Mas a boa notícia, além de ser daquelas que adoro divulgar e que certificam a crença das multinacionais no Brasil (a Danfoss é dinamarquesa), tem um apelo muito, muito interessante. Os R$ 17 milhões investidos na instalação contemplaram, também, a prática da sustentabilidade: diversos componentes produzidos pela própria empresa foram utilizados visando uma estrutura ecologicamente sustentável.

Variadores de freqüência VTL, que reduzem o consumo de energia, compressores modelo Apexx TM VSH com velocidade variável para garantir alta eficiência energética e sistema de ar-condicionado com gás ecológico R410A foram instalados. O conceito do ar-condicionado, segundo a empresa, é modular à capacidade de refrigeração, sendo utilizado o volume de carga técnica necessário. Desse modo, não há desperdício, já que o equipamento não fica ligando e desligando, como acontece em muitas instalações. A ação evita, também, picos de energia, reduzindo o consumo.

A direção da Danfoss afirma que utilizando seu software de seleção HVAC Tool a economia de energia pode chegar a 15%. Também as portas e janelas foram projetadas para aproveitar ao máximo a iluminação natural e ventilação, o que proporciona mais conforto aos funcionários. Sem dúvida, trata-se de uma iniciativa que merece os mais sinceros cumprimentos e que deve ser seguida.

Aqui na Editora Banas também estamos dando os primeiros passos rumo a uma empresa sustentável. Voluntariamente, quatro colaboradores – Kleber Pinto, Raquel Corrêa, Renata Oliveira e Tami Arita – montaram um projeto de tirar o chapéu, o Banas +, que conheci hoje em detalhes. Fiquei orgulhosa e ao mesmo tempo comovida ao vê-los falando com tanto entusiasmo e humildade, reforçando a todo o momento o quão necessária será a ajuda e a participação de todos da casa para que a ideia nascida pelas mãos deles cresça e apareça. Parabéns galera e contem comigo!

Em momento oportuno, eles falarão mais do projeto aqui no Blog Industrial.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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