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Apesar da alta, desempenho do mercado de trabalho em abril fica abaixo do esperado para o mês

A indústria paulista criou 26,5 mil postos de trabalho em abril na comparação com o quadro de funcionários verificado em março, mostrou pesquisa da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp) nesta terça-feira (14/05), em meio a expectativas das entidades de recuperação mais tímidas do emprego no setor manufatureiro bem como na atividade industrial.

Segundo Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon), a Fiesp e o Ciesp devem revisar para baixo as projeções de crescimento para a atividade industrial, o emprego na indústria e para o Produto Interno Bruto (PIB).

“Na verdade, o ano 2013 chegou com um grau de recuperação menor do que o que estava sendo esperado. As previsões, sem exceção, têm sido revisadas para números menores e a nossa não vai fugir da regra”, afirmou Francini.

A pesquisa

Embora tenha indicado geração de vagas, a Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo apontou uma variação negativa para o emprego no mês em 0,40%, com ajuste sazonal, porque o desempenho do mercado de trabalho para o mês de abril costuma ser melhor, explicou Francini.

O resultado de abril foi o pior da série, iniciada em 2006, com exceção das fortes perdas registradas em 2009 e 2012, 0,79% e 0,89% respectivamente.

No acumulado do ano foram gerados pela indústria paulista 60 mil empregos, com um crescimento de 2,34%. Apesar de positiva, a taxa de criação de vagas do mês continua apresentando o menor desempenho desde 2006, início da pesquisa, com exceção da crise de 2009, quando o índice apurou perdas de 1,30% no acumulado daquele ano, e de 2012, quando a leitura apontou ganhos de 0,70% para o mesmo período.

Nos últimos 12 meses foram fechados 12 mil postos de trabalho, ou seja, um recuo de 0,46% em relação a abril de 2012.

“Uma recuperação vem ocorrendo no mesmo tom e ritmo da indústria: moderado”, avaliou o diretor do Depecon. “Isso faz com que continuemos com uma visão positiva de 2013 menos pelo mérito do ano e mais pela grande queda ocorrida em 2012”, completou.

Setores e regiões

Do total de empregos gerados em abril, o setor de açúcar e álcool contribuiu com a criação de 18.207 postos no mês, o equivalente a uma taxa positiva de 0,70% na comparação com março. Os outros setores da indústria de transformação geraram 8.293 vagas, o equivalente a um ganho de 0,32%.

No acumulado do ano, a indústria sucroalcooleira criou 32.993 vagas enquanto os outros segmentos da produção brasileira abriram 27.007 novos postos de trabalho.

Das atividades analisadas no levantamento, 13 apresentaram efeitos positivos, seis fecharam o mês em queda e três ficaram estáveis. O emprego no setor de Produtos Alimentícios registrou a maior alta do mês com 5,9%, seguido pelo desempenho positivo na indústria de Fabricação de Coque, de Produtos Derivados do Petróleo e de Biocombustíveis, que encerrou o mês com ganhos de 5,2%.

Já o emprego na indústria de Equipamentos de Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos e de Móveis apuraram perdas no mês de 0,8% e 0,6% respectivamente. A pesquisa da Fiesp e do Ciesp mostrou ainda que das 36 regiões analisadas, 23 apresentaram quadro positivo, seis ficaram negativas e sete  encerraram o mês estáveis.

Jaú foi a cidade que apresentou a maior alta com taxa de 4,91% em abril, impulsionada por Produtos Alimentícios (14,01%) e Produtos de Madeira (6,73%). A região de Araçatuba registrou ganho de 4,51% sob influência positiva dos setores de Produtos Alimentícios (13,27%) e Coque, Petróleo e Biocombustíveis (10,97%). Enquanto Botucatu subiu 3,78%, influenciado por Produtos Alimentícios (10,06%) e Produtos Minerais não Metálicos (3,46%).

Entre as cidades com desempenho negativo, destaque para Santo André, que computou a queda mais expressiva do mês com 1,34%, abatida pelas perdas em Produtos Alimentícios (-27,6%) e Confecções de Artigos do Vestuário (-5%). Santos fechou o mês com baixa de 1,10%, pressionado pelo desempenho ruim dos setores de Confecção de Artigos e Vestuário (-5,05%) e Impressão e Reprodução de Gravação (-1,66%). O emprego em São Caetano caiu 1,08%, com perdas mais expressivas em Produtos Diversos (-32,62%) e Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos (-3,12%).

Fonte:FIESP

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Por Reginaldo Gonçalves*

O crescimento da China, segunda maior economia do mundo, ao longo dos anos e o volume de negócios efetuados pelo país em meio às crises da Zona do Euro e Estados Unidos indicavam que a receita de bolo estava blindada em relação ao mercado internacional. O PIB chinês é de dar inveja a muitos países e qualquer mudança de comportamento poderá a afetar várias nações, principalmente aquelas que são grandes exportadoras, principalmente de produtos primário em grande volume.

A partir de 1985, o PIB chinês girou em torno de US$ 306,7 bilhões; em 1995, US$ 728 bilhões; em 2005, US$ 2,26 trilhões; e em 2011, US$ 7,3 trilhões, segundo dados do Banco Mundial. No ano passado, chegou a US$ 8,28 trilhões, com crescimento de 7,8%, índice considerado baixa em relação à expansão observada em anos anteriores. A preocupação, em 2012, era que houvesse uma desaceleração da economia em virtude da necessidade de controlar o boom imobiliário e as taxas crescentes de inflação, além dos declínios da exportação Chinesa.

O crescimento significativo do PIB, nos últimos anos deve-se, além do consumo interno relativo à maior população do Planeta, também as exportações de diversos produtos industrializados. Essa expansão fez com que grandes empresas internacionais se instalassem na China, buscando melhores resultados, na conjugação de custos baixos de produção e da logística local para distribuição dos produtos, maximizando a renda e o lucro.

O contínuo crescimento do PIB, mesmo que em porcentagens menores a cada ano, está levando as empresas a se preocuparem com o custo logístico, principalmente transportes. O custo de mão de obra também tem acelerado no país, prejudicando globalmente o resultado de algumas empresas.

Um exemplo é a Mattel, uma das maiores empresas norte-americanas na produção de brinquedos, que tem uma planta no Brasil e já estuda transferir para cá parte da produção suprida hoje pela China. A transferência deve-se aos custos do país asiático, que vêm crescendo e fazendo reduzir a importância de manter uma fábrica lá. Isso não significa a saída, mas um sinal de que as empresas terão de realinhar seu planejamento estratégico à nova realidade. Com a mudança iminente,  poderá dobrar a produção de brinquedos e ocorrer a criação de mais empregos em nosso país.

Decisões como essa já devem estar sendo pensadas por diversas empresas. É preciso colocar na ponta do lápis as vantagens e desvantagens no custo, na logística e no aspecto tributário, para que a empresa com o pé no chão possa tomar a melhor atitude e adotar as cautelas em novos investimentos em países de alto crescimento. Tudo tem um limite, e o mercado chinês já pode estar chegando a uma situação de aproveitamento pleno de suas atividades sem ociosidade. As melhores estratégias poderão vir de unidades que possuem essa ociosidade e poderão expandir sua produção sem aumento dos custos fixos.

*Reginaldo Gonçalves é coordenador de Ciências Contábeis da FASM (Faculdade Santa Marcelina).

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Representantes de quatro empresas alemãs especializadas em produtos e serviços para produção de energia a partir de biomassa e biogás visitam a capital paulista entre 27 e 30 de novembro em busca de parceiros. A delegação participa de seminário gratuito sobre as aplicações desta tecnologia no dia 27, no Club Transatlântico (Rua José Guerra, 130, Chácara Santo Antônio, São Paulo), a partir das 9 horas. A programação está disponível no site da Câmara Brasil-Alemanha (AHK-SP na sigla em alemão), organizadora do evento. Inscrições são limitadas e devem ser feitas até o dia 26.

As empresas alemãs em vista ao Brasil procuram distribuidores, representantes e clientes, cujo perfil basicamente contempla todo tipo de organização empresarial que produza ou tenha de lidar com resíduos orgânicos, tais como projetos pecuários, produtores de cana-de-açúcar, processadores de suco de frutas, indústrias de papel e celulose e de alimentos em geral. Após o seminário, nos dias 28 e 29 a delegação visita potenciais parceiros já identificados pela AHK. Os perfis das empresas visitantes (Biogas Höre GmbH, A.H.T Pyrogas, Suncoal e Wico-Tec) e as cooperações desejadas por elas estão no site da Câmara.

Para o diretor do Departamento de Meio Ambiente, Energias Renováveis e Eficiência Energética da AHK, Ricardo Rose, a diversificação da matriz energética e a adoção de fontes alternativas de energia a partir de biogás ou biomassa pode vir a ser uma estratégia eficiente para o enfrentamento da crescente demanda brasileira por energia. “Uma alternativa para sustentar essa expansão é olhar para exemplos conquistados por outros mercados no setor de energias renováveis, como biogás e biomassa, nos quais a Alemanha se encontra atualmente na vanguarda”, pontua.

Rose lembra que a biomassa e o biogás são grandes apostas da Alemanha para a produção energética e para a substituição total da energia nuclear da matriz energética por fontes renováveis, que deve ser concluída até 2020. Entre 1999 a 2011, o número de unidades de produção de biogás no país europeu saltou de cerca de 700 para cerca de 7.200 unidades, o que representa capacidade instalada de aproximadamente 2.850 MW em operação, o equivalente à produção de energia de duas usinas nucleares, ou energia suficiente para atender cinco milhões de alemães.

“Essa experiência positiva também vem sendo feita no Brasil em granjas suinícolas da região sul. No entanto, o impacto social e ambiental poderia maior se as tecnologias mais modernas para a produção de biogas fossem mais acessíveis”, diz a coordenadora do Departamento, Daniely Andrade. Na Alemanha, com a decisão de banir a energia nuclear, o setor de energias renováveis tem passado por uma revolução tecnológica que está elevando – e muito – os atuais índices de produtividade. “O biogás, nesse contexto, tem se tornado cada vez mais estratégico na política energética alemã”, finaliza Andrade.

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*Por Mikio Kawai Jr.

O passado não explica o futuro e, por isso, é necessário saber olhar também para as perspectivas do mercado de energia. Diferentemente de áreas com tendências bem definidas, como das commodities, o mercado livre de energia possui uma lógica própria. O cenário mostra que não basta utilizar softwares e instrumentos analíticos, é importante avaliar situações futuras. Projetar os próximos passos baseado no que já passou é um erro, é manter os mesmos resultados sempre. Parece filosofia de vida, mas é tática de inteligência competitiva e vou explicar o motivo.

Atualmente, de acordo com levantamento feito pelo Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), as indústrias brasileiras pagam por uma das energias mais caras do mundo, perdendo apenas para países como Turquia, Itália e República Tcheca. Esse cenário faz com que grandes empresas, responsáveis pelo consumo de um alto volume de energia, invistam na formação de equipes focadas na compra e gestão deste insumo. Adotando práticas de outras áreas, como nas negociações em bolsas de valores, os profissionais tentam usar o mercado livre para garantir eficiência operacional e ganho financeiro, o que representa um risco devido, principalmente, à volatilidade do mercado, que neste ano chegou a casa dos 300%.

A falsa sensação de simplicidade acarreta em diversos desafios de gestão, pois o planejamento, na maior parte das vezes, é feito com base em indicadores do passado e não em modelos que possam prever o futuro. Isso quer dizer que o budget orçado para o período de janeiro a dezembro pode não ter sido o suficiente nem mesmo para se chegar com tranquilidade ao final do primeiro trimestre. O que vemos, então, é o pouco uso de uma verdadeira inteligência de mercado, não baseada em ferramentas, mas numa forma de entender o andamento do cenário.

Vale ressaltar que a prática de inteligência competitiva aplicada ao mercado livre de energia é completamente inovadora no setor. É utilizada uma estrutura sofisticada de análise completa do segmento, que leva em conta possíveis oscilações, aliada ao know how e perspectiva de consultores altamente qualificados. A eficácia alcançada com este método é totalmente diferente do resultado raso proveniente de planejamentos baseados em cálculos simples, visto que o setor de energia deve ser analisado a partir de previsões, já que depende de fatores externos, como clima ou medidas governamentais.

Como exemplo, existem duas grandes indústrias brasileiras, dos mercados automotivo e químico, que descobriram as vantagens deste novo modelo de gestão, com todas as ações baseadas em suas necessidades, perfis de consumo e focadas na sustentabilidade.

O fato é que existem diversas empresas do ramo que ainda utilizam um modelo defasado de planejamento para seus clientes, resultando em análises incompletas, que levam o cliente a uma falsa sensação de satisfação. E em um mercado tão amplo e complexo, é possível seguir por caminhos que mostrem resultados melhores do que se imagina. A estratégia deve ser adotada não apenas na gestão do consumo de energia, ela precisa estar inserida em planos de negócios de maneira geral.

Mikio Kawai Jr. é economista pela FEA-USP (1995), mestre em economia pela Unicamp (1999 – dissertação sobre gestão de riscos) e Advanced Executive Management pela IESE Business School (Espanha 2011). Iniciou a carreira no mercado financeiro em bancos de investimentos, tanto nacional como estrangeiro, migrou para o mercado de energia na sua gênese, em 1998, tendo trabalhado na CPFL Energia ate 2004, atuou como gerente de suprimento de energia na AES Brasil, gerente de operações na Openlink (Nova York e SP). Desde 2008 ocupa o cargo de diretor executivo do Grupo Safira.

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O Klüberfluid BOA 3.0 é o novo lubrificante da Klüber Lubrication desenvolvido para os mancais de moenda de usinas de açúcar e álcool. É uma solução de base sintética e biodegradável, resistente à carga e de excelente aderência, com baixo consumo e grande proteção aos casquilhos, informa Artur Cavalheiro, Gerente de Mercado para Usinas de Açúcar e Álcool da empresa, que é especializada em soluções com lubrificantes especiais. “O novo Klüberfluid BOA 3.0 chega ao mercado para substituir o Klüberfluid BOE 16.000, aplicado em mancais de moenda, e fortalece o nosso portfólio para as usinas de açúcar e álcool ao gerar vantagens competitivas às indústrias do setor”, comenta.

O portfólio da empresa é bastante variado e abrange óleos, graxas e pastas de alto desempenho, oferecendo o que há de mais moderno para diversas aplicações, tais como mancais de moenda, volandeiras, rodetes, redutores e turbo geradores, e aplicações diversas para destilarias e fábricas de açúcar (lubrificantes de grau alimentício e aprovados pela NSF).

Para as aplicações em moenda (mancais, volandeiras e rodetes), a empresa se destaca por seus produtos com a melhor resistência à carga, índice de viscosidade, proteção ao desgaste, aderência e baixo consumo (no caso dos mancais). No que se refere a redutores planetários e turbogeradores, a Klüber Lubrication tem uma linha de produtos 100% sintética que possibilita à usina ter uma economia substancial de energia, comprovado por meio de estudo de Eficiência Energética conduzido por profissional com certificação internacional.

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O resultado do IPCA referente ao mês de setembro registrou alta de 0,57% e no acumulado do ano foi de 3,77% ante 4,97% do mesmo período do ano anterior. O indicador ficou levemente superior a nossa expectativa (0,54%) e com a mediana das expectativas do mercado (0,56%). O resultado do último mês apresentou aceleração em relação ao indicador de agosto (0,41%), e é o maior índice para um mês de setembro desde 2003 (0,78%).

É importante destacar que o resultado do IPCA acumulado até setembro já representa 83,7% da meta central de 4,50% e, considerando o teto de 6,50%, já consumiu 58%. Para que o IPCA de 2012 fique dentro da meta central é necessário que a média mensal do indicador no último trimestre do ano seja no máximo de 0,25%, porém, nossas estimativas apontam para média de 0,48% e, portanto, determinando uma taxa de 5,3% para o ano.
Os grupos Alimentos e Bebidas e Habitação foram os que tiveram maior peso na aceleração do índice no último mês. O grupo Alimentação e Bebidas registrou alta de 1,26% em setembro, com impacto de 0,30 ponto porcentual (p.p.) na taxa de 0,57% do IPCA do mês, ou seja, mais da metade da inflação de setembro. A alta dos preços dos alimentos reflete a aceleração da cotação das commodities no mercado externo, ainda em decorrência da quebra de safra de grãos nos EUA.
As despesas com Habitação tiveram o segundo maior peso na inflação de setembro, acelerando para 0,71% ante 0,22% em agosto. Em sentido oposto, os grupos: Educação e Artigos Residenciais foram os que apresentaram maior arrefecimento, com recuo de 0,41 p.p. e 0,22 p.p. em relação a agosto, respectivamente.
Estimativa para o IPCA-15 e IPCA “cheio” de outubro

Para o mês de outubro, esperamos que o IPCA-15 recue para 0,41% (ante 0,48% em setembro), de tal maneira que o IPCA “cheio” deva também desacelerar, encerrando o mês em 0,46%. A desaceleração do IPCA em outubro decorrerá da menor pressão dos grupos: Alimentos e Bebidas e Saúde e Cuidados Pessoas. No entanto, o indicador continuará sendo pressionado em decorrência dos grupos: Habitação, Vestuário e Despesas Pessoais. Cabe salientar que, mesmo com o avanço da inflação levemente acima da nossa projeção, não foram alteradas as perspectivas para o encerramento do ano (5,3%).
Impactos e perspectivas para a próxima reunião do Copom

Desde o início de setembro, segundo dados diários da pesquisa Focus-Bacen, a expectativa do mercado para o IPCA de 2012 tem se deteriorado em função da volatilidade dos preços dos alimentos no mercado internacional. Entre o início de julho e o encerramento de setembro, a mediana das expectativas para inflação avançou de 4,94% para 5,36%, se distanciando do centro da meta (4,50%). Já para o encerramento de 2013, a expectativa persiste em torno de 5,50% desde maio deste ano.

Apesar da deterioração observada nas expectativas para inflação, não há preocupação quanto a condução da Política Monetária, uma vez que o IPCA não ameaça o teto da meta (6,50%), tanto para 2012 como para 2013, portanto, preservando o espaço para nova redução da taxa Selic, como foi em agosto de 2011.

Adicionalmente ao cenário das expectativas de inflação, a tímida retomada da produção industrial no início do segundo semestre e os índices de inflação correntes em aceleração por eventos conjunturais (inflação de oferta), amparam nosso cenário de novo corte na taxa básica de juros, porém, dessa vez com parcimônia: 0,25 p.p.

Fonte: Austin

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A enquete bimestral do site Radar Industrial ( WWW.radarindustrial.com.br) lançou a pergunta: A crise européia tem reflexo na indústria brasileira?. Entre seus respondentes 66,67% assinalaram a alternativa “Sim. O mercado está mais receoso” e 33,33% “Não. A economia brasileira está estável e não será afetada”. Portanto, contata-se que os empresários estão cautelosos quanto a situação econômica atual. Porém, é preciso entender um pouco o cenário desta crise e qual o papel do nosso País nesta conjuntura.

A Europa vivencia hoje uma crise econômica coletiva, resultante da interdependência crescente entre os países do bloco, de assimetrias mal resolvidas e desequilíbrios econômicos e financeiros não supervisionados. Crises econômicas levam, em geral, a um aumento do protecionismo seja ele em nível doméstico ou em caráter regional, na tentativa de se afastar das péssimas conseqüências, protegendo o setor produtivo e voltando-se para o mercado nacional.

O Brasil tem reagido neste sentido com medidas pontuais em setores mais afetados; o Mercosul (Mercado Comum do Sul, composto por cinco países da América do Sul: Argentina, Brasil, Paraguai,Uruguai e Venezuela), não diferentemente, também tem adotado medidas cautelosas para dificultar a invasão de produtos industriais,especialmente chineses, que por consequência da crise nos países europeus e nos Estados Unidos, tem direcionado seu comércio para a América Latina.

Além de avanços nas áreas econômica e comercial, para o Brasil existe a possibilidade de ampliar sua importância estratégica no globo, participando no G-20 financeiro e em outras coalizões de peso em decisões que afetam diretamente o destino do sistema internacional em seus diferentes aspectos.

Exportações

A situação preocupante de recessão da economia europeia atrapalha a expansão das exportações brasileiras para a União Europeia (UE). O sucesso dos primeiros meses de 2011 resultaram no comércio bilateral entre Brasil e Europa, pela primeira vez, chegando perto da marca de US$ 100 bilhões.

O bom número do início de 2011 acabou minado a partir de setembro, pela ameaça da crise na zona do euro. Contudo, o governo aponta que a balança registrou um superávit de US$ 6,5 bilhões a favor do Brasil. Para 2012, o governo estima que as exportações poderão sofrer no primeiro semestre, mas a probabilidade é que o volume voltará a crescer a partir de julho.

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* Claudio Nasajon

Fala-se continuamente em apagão de mão de obra, mas o termo está errado. O que está havendo é uma valorização da mão de obra em função do aumento da demanda. E isso é bom!

Para as corporações sempre foi conveniente tratar empregados como escravos modernos, estabelecendo o menor valor possível para os salários. Por outro lado, a febre de empreendedorismo que se instalou no mundo passou a oferecer aos empregados uma alternativa que permite não só remover os limites da remuneração, como também estabelecer as suas próprias condições de trabalho, incluindo local e horário das jornadas.

Claro que empreender não é para todos e tem seus pontos desfavoráveis. Estatisticamente, a maioria dos empreendimentos dura menos de três anos e não conheço um único empreendedor que trabalhe menos do que 12 horas por dia na fase inicial. Mas, o simples fato de existir a alternativa permite um “leilão” mais justo das condições de trabalho.

Segundo a FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do RJ), o Rio de Janeiro é o estado que atrai o maior volume de investimentos públicos e privados do país. Serão cerca de R$ 180 bilhões até 2013, fazendo do Rio o maior concentrador de investimentos do mundo. As consequências são visíveis. Em 2011, a movimentação no mercado de trabalho fluminense foi caracterizada pelo contínuo aumento das contratações no setor de Serviços, gerando quase 29 mil novos postos de trabalho somente na capital. Os profissionais disponíveis passaram a ser disputados a tapa pelas empresas. Os salários subiram. As exigências de qualidade aumentaram e as novas demandas levaram a uma busca por maior capacitação. Criou-se um círculo virtuoso de qualificação da mão de obra que é espetacular para o futuro do país.

Por outro lado, como as Instituições de Ensino Superior levam tempo para reagir aos estímulos, a solução passa por importar empregos. O ritmo de criação de novos cursos e formação de mão de obra não acompanha o crescimento da economia, mesmo que no momento a crise externa esteja nos castigando com um período de baixa expansão do PIB. Uma das soluções é usar a cara mão de obra local para serviços de inteligência de alto nível, contratando os serviços de execução de baixo nível no exterior, mediante plataformas de teletrabalho como e-lance, o-desk ou freelance, por exemplo. Estamos deixando de ser como a Índia, que presta serviços em escala industrial a preço absurdamente baixo para outros países, e vamos nos equiparando à Bélgica, que tem um dos maiores índices de desenvolvimento humano do planeta.

Como empresário do bem, educador, pai e principalmente como cidadão brasileiro, apoio esse movimento. Digo SIM à valorização do trabalho, não pela via da imposição de leis trabalhistas, mas pela muito mais poderosa mão das leis da oferta e da demanda no livre mercado.

* Claudio Nasajon é Presidente da Nasajon Sistemas, Professor da PUC-Rio e Presidente do Conselho da Micro e Pequena Empresa da Associação Comercial do Rio de Janeiro.

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O forte crescimento das economias do Brasil, China e Índia está provocando uma inversão total na divisão do mercado mundial de máquinas e equipamentos utilizados no setor de construção e de obras de infraestrutura. Segundo um estudo de várias fontes nacionais e internacionais consolidado pela Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção, em 2015, 60% das vendas mundiais de equipamentos para esse segmento acontecerão no Brasil, China e Índia. “A crise de 2008 acelerou um processo de concentração desse mercado nos países emergentes”, diz Brian Nicholson, consultor econômico da entidade. Além do Estudo de Mercado da própira Sobratema, Nicholson usou dados da Off-Highway Research, de Londres, e da Abimaq.

Essa participação prevista representa uma inversão total da situação vivida em 2004. Naquele ano, os três países juntos representavam apenas 23% da demanda por máquinas e equipamentos para construção e obras de infraestrutura. O consultor salienta ainda que a tendência deverá se acentuar ainda mais com o agravamento da crise na Europa e os bons números do desempenho nos países emergentes, especialmente os referentes à economia chinesa.

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O mercado brasileiro de locação de máquinas e equipamentos para o setor de construção e de obras de infraestrutura no País segue crescendo num ritmo bastante forte. Segundo estimativa feita pela Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção do total de máquinas vendidas no País, 30% se destinam ao mercado de locação. Com esse percentual, o mercado brasileiro segue uma tendência mundial de maior participação dos equipamentos alugados. Nos países europeus e nos Estados Unidos, o percentual de equipamentos que é destinado ao mercado de locação é de 60%.

A explicação para o expressivo crescimento do mercado de locação de equipamentos está no aumento da frota nas locadoras e também em razão do surgimento de novas empresas no segmento, atraídas pelas boas oportunidades de negócios existentes no mercado.

A direção da Sobratema detectou ainda uma pulverização de investimentos na área de locação no Brasil, acompanhando os projetos de grandes obras, que estão espalhadas por diversas regiões. Diante desse cenário promissor, o segmento de locação sustenta a firme disposição de continuar investindo, a despeito de uma diminuição na rentabilidade registrada este ano. A expectativa para 2012, no entanto, é de melhoria na rentabilidade, até pelo fato de que a totalização da receita do setor, considerando todas as empresas, registra certo crescimento.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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