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elipseA Elipse Software acaba de lançar a nova versão 5.6 do Elipse E3 e Elipse Power . O Elipse E3 é a solução de supervisão e controle para gerenciamento de processos industriais, enquanto o Elipse Power é a plataforma integrada para o gerenciamento de sistemas elétricos.

Visando uma melhoria na segurança cybernética, uma criptografia foi adicionada na comunicação entre os módulos nas novas versões dos softwares. A integração do módulo de usuários com o Microsoft Active Directory também foi aprimorada, permitindo utilizar grupos de usuários cadastrados no domínio de rede.

Para melhorar o suporte a aplicações com um grande número de tags de comunicação e alto volume de escritas, uma nova opção para agrupamento do envio de escritas aos drivers de comunicação foi criada. Além disto, o módulo inteligente Self-Healing do Elipse Power ADMS foi otimizado, facilitando a busca pela melhor combinação de chaveamentos para restaurar o sistema.

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dassaultA Dassault Systèmes anuncia seu comprometimento em estabelecer uma meta baseada na ciência por meio da Science Based Targets initiative (SBTi),  para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e transformar os negócios para a futura economia de baixo carbono. .

As metas adotadas pelas companhias  estão baseadas no Acordo de Paris. Este acordo internacional tem como objetivo fortalecer a resposta global à ameaça das mudanças climáticas e limitar em 2° graus Celsius o aquecimento global com níveis pré-industriais e buscar esforços para limitar o aquecimento a 1,5°C.

 A Dassault Systèmes reconhece o papel crucial que a comunidade empresarial pode desempenhar na minimização do risco que as mudanças climáticas representam para o futuro do planeta.

 “Como uma empresa comprometida e baseada na ciência, é natural desejarmos o mais alto padrão nas metas de emissões: a iniciativa baseada nos objetivos da ciência (SBTi)”, afirma Florence Verzelen, vice-presidente executiva de Indústrias, Marketing e Sustentabilidade da Dassault Systèmes. ”Estamos orgulhosos de nos unirmos às principais empresas do mundo neste esforço, pois acreditamos que a mudança climática não é apenas um dos maiores riscos do mundo, é também uma das maiores oportunidades da história para a inovação sustentável”.

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felipePesquisa realizada pela Ebit/Nielsen mostrou que as vendas no comércio eletrônico devem crescer 26% e alcançar R$ 110 bilhões de reais no ano de 2021. De acordo com o estudo, o desempenho das vendas pela internet será impulsionado pelo crescimento do número de consumidores, consolidação dos e-commerces locais, fortalecimento dos marketplaces e logística mais ágil. A pesquisa indicou ainda que 95% das pessoas pretendem continuar fazendo compras online em 2021.

Para Felipe Dellacqua, sócio e vice-presidente de vendas da VTEX, empresa que provê plataforma de e-commerce para um quarto das lojas virtuais do País, os consumidores irão continuar comprando online no ano de 2021 ainda que, com as vacinas, as pessoas voltem a ter uma vida normal e a frequentar lojas físicas.

“É uma tendência que veio para ficar. Estamos digitalizando muitos processos que antes eram totalmente físicos para garantir ainda mais conforto ao consumidor. Muitos varejistas físicos adotaram o Whatsapp como canal de compra digitalizando uma compra que seria física. Grande parte do varejo também permitte que se faça a compra por marketplace ou Whatsapp e a retirada seja por meio de drive-thru, o que também é confortável para o consumidor que quer retirar a compra de forma rápida”, explica.

A Ebit/Nielsen projeta também alta de 16% no número de pedidos, que passariam para 225 milhões, e uma expansão de 9% no valor médio das vendas, para R$ 490. As categorias que mais devem se destacar nas vendas online, conforme a empresa, são alimentos e bebidas, bebês e casa e decoração, entre outros. Só no primeiro semestre de 2020, 7,3 milhões de consumidores ingressaram no e-commerce. É quase a mesma quantidade de novos brasileiros que passaram a fazer compras online no ano inteiro de 2019.

Segundo Felipe, o faturamento do online em 2020 representou mais de 10% do total do varejo brasileiro. “No ano de 2019, fechamos em 4,5% e em 2020 mais que dobramos. Com as restrições do isolamento devido à pandemia, passou a existir abundância de consumidores navegando pelo canal digital e ficou muito mais fácil e barato capturá-los”, observa.

Outro fator que acelerou o aumento de novos consumidores no mundo digital foi o maior acesso população à tecnologia 4G. “Temos mais de 50% da população brasileira com acesso ao 4G enquanto a média de outros países é de 53%. Com previsão da implementação do 5G e com a internet mais rápida, a tendência é que a aceleração da tecnologia móvel impulsione bastante o comércio eletrônico em 2021”, completa.

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HORIMETRO-WIFI-REDE-INDUSTRIALA quarta revolução industrial, chamada de Indústria 4.0, ganha um forte aliado para a gestão das máquinas, em tempo real, permitindo que as máquinas, que são 100% mecânicas, ou as que são totalmente eletrônicas, possam se comunicar com qualquer software de gestão ou aparelho celular, através do Horímetro WI-FI. O produto, que é inédito no mundo, está causando forte interesse das indústrias nacionais, pois elimina vários entraves na gestão da produção, principalmente com a integração dos tempos e paradas de trabalho junto aos sistemas de gestão. O aparelho já foi registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no número BR 102020021262-1, concedendo exclusividade de invenção e produção à Rede Industrial.

De acordo com o diretor da Rede Industrial, Abrahão Lima, o Horímetro WI-FI é uma ferramenta moderna e de transmissão de dados que controla o tempo de funcionamento ou trabalho de máquinas, veículos, processos e serviços, de qualquer lugar do mundo. “Ele tem recursos de envio programado de e-mails ou de arquivos por FTP, informando, automaticamente, e de forma programada, o momento para a execução de manutenção preventiva. O Horímetro WI-FI monitora o acúmulo de horas trabalhadas ou não trabalhadas, pela máquina ou pelo processo, o que torna a gestão muito mais dinâmica e confiável, possibilitando inúmeras tomadas de decisão em tempo real”, explica.

Segundo Lima, o produto também funciona totalmente de forma autônoma, sem a necessidade de conexão com a internet. “A transmissão ou envio dos dados ocorre através de Wi-Fi, de forma programada ou quando houver sinal disponível, porém, seu funcionamento pode ser 100% off-line, e não há risco de perda de dados caso não haja uma conexão, pois os dados são gravados na memória interna do aparelho”. O diretor da empresa reforça que seu acionamento é 100% automático e que seu uso é ideal para registro de horas trabalhadas em veículos, empilhadeiras, compressores, geradores, pontes rolantes, gruas e guindastes, fornos, entre outras máquinas.

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kubo Por Edison Kubo*

 A sustentabilidade tem ocupado um espaço cada vez mais relevante na agenda de países e empresas. No hemisfério norte, proposta do parlamento europeu visa reduzir os índices de emissões de gases de efeito estufa em 60% ao longo dos próximos dez anos, enquanto países como o Brasil se veem pressionados a agir no mesmo sentido a fim de não perder mercado para os seus produtos. As pressões ambientais são cada vez mais claras e seus impactos mais evidentes em cadeias inteiras de valor, inclusive na produção de alimentos e bebidas.

Em nosso setor, muito tem sido discutido sobre a importância da digitalização para a gestão das fábricas e o seu potencial para reduzir perdas e gerar ganhos em eficiência e produtividade. Ainda que todos esses pontos sejam inquestionáveis, também cabe um olhar sobre o papel da digitalização para a adequação dos processos fabris às novas diretrizes ambientais. Afinal, o investimento em sustentabilidade não é moda, mas um pilar estratégico que deve nortear a condução de qualquer negócio.

A simples digitalização dos dados de desempenho das máquinas tem o potencial de gerar ganhos substanciais para a indústria, desde aspectos operacionais a questões relacionadas à sustentabilidade. Por exemplo, ao gerir os dados de forma digital, operadores ganham maior visibilidade sobre os processos da fábrica e sobre o desempenho de cada uma das máquinas instaladas, podendo evitar falhas, desperdício de utilidades, de matéria-prima e até mesmo do produto final.

Ao agir dessa forma, a indústria não somente ganha em produtividade, mas também evita consumir insumos, água e energia em processos ineficientes e em desacordo com um modelo de operação sustentável. Principalmente no caso dos dois últimos itens, o menor consumo de água e energia contribui diretamente para o atingimento de metas de sustentabilidade – ainda que estes não sejam objetivos isolados no modelo de operação de uma empresa no que diz respeito à responsabilidade ambiental.

Na verdade, o tema precisa ser analisado sob uma perspectiva ampliada. Segundo a Food & Drug Administration (FDA), de 2013 a 2018 os recalls de alimentos e bebidas aumentaram em cerca de 10%. Isso significa um volume enorme de produtos sendo direcionados para o mercado para então serem recolhidos. Além dos custos associados à fabricação desses itens, há também o custo atrelado ao seu transporte das fábricas para os centros de distribuição e varejo. Ou seja, emissões de gases de efeito estufa atreladas ao transporte e recolhimento desses produtos que poderiam ser evitadas.

Não coincidentemente, as iniciativas que visam reduzir o impacto ambiental não se limitam às fábricas de forma isoladas, mas cobrem cadeias inteiras de valor. Na Tetra Pak, assumimos o compromisso de zerar as emissões líquidas de carbono em todas as nossas operações globalmente até 2030. Até 2050, temos o objetivo de zerar as emissões dentro da cadeia de valor em que atuamos. Para atingir este objetivo, não contamos unicamente com equipamentos de processo e envase que sejam ambientalmente mais eficientes, mas também com tecnologias digitais que possam levar mais inteligência aos produtores de alimentos e bebidas e que contribuam para um modelo de produção sustentável, conforme exemplos anteriores.

Em todo o mundo, as legislações relacionadas à responsabilidade ambiental têm ficado cada vez mais rígidas, gerando impactos para países desalinhados às novas diretrizes globais e às empresas pouco comprometidas com as metas de preservação do meio ambiente. O investimento em soluções que possam reduzir a pegada ambiental da indústria serão cruciais na nova realidade. Além de contribuir com as exigências de uma sociedade mais atenta à sustentabilidade, de quebra as novas tecnologias elevam a eficiência da indústria e a qualidade dos produtos entregues ao mercado.

Diretor de portfólio de Serviços da Tetra Pak para as Américas*

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CRISTIANO_DOS_ANJOS350Por Cristiano dos Anjos*

Diante de um cenário de intensas mudanças climáticas, problemas ambientais e empresas prestes a iniciar um plano de retomada no pós-pandemia, a necessidade da indústria de encontrar maneiras sustentáveis de crescer é ainda mais forte. Hoje, o equilíbrio entre avanço industrial e sustentabilidade é mandatório para garantir o desenvolvimento e o futuro do setor. Por isso, a preocupação com a “retomada verde”, conceito que visa ao fortalecimento da bioeconomia, de cidades mais sustentáveis e de um novo modo de vida e consumo nos próximos meses, já está entre as principais pautas do setor.

Ações pensadas para reduzir o consumo de recursos naturais, de energia e a pegada de carbono nas etapas de produção, distribuição e aplicação trazem benefícios para a competitividade e o reconhecimento da marca pelos consumidores. Além disso, garantem que as empresas tenham o livre acesso a diferentes mercados onde o desenvolvimento sustentável e o respeito ao meio ambiente são premissas básicas para o estabelecimento de relações comerciais duradouras.

Além dos benefícios para a indústria, a adoção de iniciativas sustentáveis também deve ter impacto bastante positivo na economia brasileira. Segundo o estudo mais recente da WRI Brasil e do The New Climate Economy Project, uma recuperação baseada em uma economia resiliente e de baixo carbono tem o potencial de gerar 2 milhões de empregos e injetar US$ 535 bilhões no PIB do Brasil até 2030.

Por parte da indústria, a ideia de que as ações sustentáveis podem ajudar no impulsionamento do setor parece estar bastante clara. Como exemplo, nós temos o comunicado do setor produtivo do País, por meio do Conselho Empresarial Brasileiro para Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), emitido este ano para os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, que reforça o empenho das empresas em busca desse objetivo. O posicionamento aborda as consequências da percepção negativa da imagem do Brasil no exterior em relação às questões socioambientais na Amazônia nos negócios.

Além disso, temos como exemplo a carta assinada por 17 ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central que defende a importância da sustentabilidade e, com isso, aponta a necessidade do estabelecimento de uma economia de baixo carbono. Nesse sentido, incentiva investimentos públicos e privados para fomentar a transição da economia brasileira para um patamar de neutralidade das emissões líquidas de carbono, a fim de contribuir para a estabilização da temperatura global.

É justamente por todo esse engajamento que, hoje, temos de inevitavelmente equilibrar o avanço industrial com sustentabilidade. A indústria 4.0 – principal transformação no parque industrial brasileiro –, que permite, entre outras coisas, o aumento da produtividade e a redução de custos de produção precisa estar associada com questões sustentáveis. Ou seja, inserida em uma economia de baixo carbono, com uso mais racional dos recursos naturais.

A rápida e correta implementação dessas ações vai fazer com que a indústria brasileira alcance um novo patamar de competitividade e, ao mesmo tempo, contribua de forma positiva com uma das principais questões globais, o clima. Depois de um período de tantas mudanças – como os últimos meses – e com problemas ambientais bastantes sérios acontecendo ao redor do mundo, essa é, mais do que nunca, a hora de as empresas colaborarem com temas de sustentabilidade. Por isso, reforço: estamos no momento de traçar as diretrizes para uma retomada verde.

Vice-presidente de Indústria da Schneider Electric Brasil*

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fernando caprioli* Por Fernando Caprioli

 Em todo o mundo, as legislações relacionadas à segurança e qualidade do alimento têm ficado cada vez mais rígidas. Em um mundo altamente globalizado, um erro de produção pode gerar problemas com reflexos em diferentes partes do planeta, desde ações de recall, perdas financeiras e graves crises de imagem. Somado a isto, a população mundial deverá crescer nas próximas décadas, o que demandará um adicional de 70% na produção de alimentos e bebidas, se comparado ao que é produzido hoje. Frente a este cenário, como garantir uma produção eficiente e em acordo com a demanda?

O investimento em tecnologia e digitalização é certamente o caminho mais prático e rápido para lidar com este desafio, principalmente se considerado que atualmente 66% de tudo o que é desperdiçado no setor ocorre entre a produção e o varejo. Com impactos ainda mais contundentes, já que são produtos que de fato chegam às mãos dos consumidores, as ações de recall realizadas pelas marcas cresceram cerca de 10% entre 2013 e 2018, segundo dados do Food & Drug Administration (FDA).

Aumentar a segurança do alimento e reduzir o nível de desperdício na indústria depende, fundamentalmente, de uma mudança de postura. Em um mundo altamente conectado e interligado, não há espaço para ações reativas, pois de pouco adianta conhecer um problema depois que ele já aconteceu. É crucial trabalhar de forma proativa para evitar que as falhas aconteçam ou para identificá-las logo no início do processo produtivo, de forma que o seu impacto não se estenda por toda a cadeia de produção e evitando que produtos inadequados cheguem à mesa do consumidor.

Em um cenário em que as legislações relacionadas à segurança do alimento se tornam mais rígidas e a margem de lucro dos fabricantes cada vez mais estreitas, compreender todo o ecossistema relacionado à fabricação de um produto torna-se preponderante. Cada equipamento instalado na indústria fornece uma série de dados que, quando interligados, contam uma história sobre a produção. Contar com ferramentas capazes de capturar e analisar esses dados pode representar, literalmente, a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma operação.

Ao interligar toda a sua produção, fabricantes de alimentos e bebidas têm à distância de um único clique um relatório completo da sua operação. Com todos os dados da operação dispostos em dispositivos móveis, gestores da indústria podem acompanhar em tempo real e remotamente tudo o que acontece na operação e facilmente identificar gargalos ou processos inadequados.

Se conectados à nuvem, os mesmos dados abrem caminho para que fabricantes atuem com sistemas de manutenção preditiva. Os dados coletados das máquinas podem ser analisados por engenheiros especializados e por ferramentas de inteligência artificial capazes de prever o comportamento das máquinas instaladas na indústria. A união da capacidade humana com a alta capacidade de processamento dos softwares de análise de dados (o famoso big data) é capaz de indicar quando um equipamento apresentará defeito, dando margem de manobra para que fabricantes providenciam a manutenção da máquina antes que ela apresente problemas que causariam paradas não programadas – e, portanto, o desperdício de matéria-prima, insumos e mão de obra, ou seja, uma perda direta de dinheiro.

Sob outra perspectiva, a digitalização da indústria tem papel fundamental para fabricantes interessados em investir em sistemas de rastreabilidade ativa – e essa será uma demanda cada vez mais importante de consumidores e órgãos legisladores. Em um mundo interligado, não há mais espaço para pequenos erros de fabricação, pois qualquer pequeno deslize tem enorme potencial para gerar crises sem precedentes, seja em termos financeiros ou em termos de imagem e confiança na corporação.

Ao investir em uma base de dados interligada e acessível em qualquer lugar e a qualquer momento, fabricantes de alimentos e bebidas criam um histórico da sua produção e adicionam uma camada a mais de proteção à sua operação, identificando produtos com problemas de forma antecipada e impedindo ações de recall envolvendo lotes inteiros. Ao mesmo tempo, isso garante ao consumidor e ao mercado a entrega de produtos seguros e de excelente qualidade, além de dar maior transparência para aquilo que é produzido na indústria.

Por exemplo, códigos únicos impressos nas embalagens dos produtos podem fornecer informações sobre todas as etapas de produção daquele alimento, como a origem de cada um dos ingredientes utilizados em sua formulação, explicação sobre os processos aos quais ele foi submetido e porque esses processos são importantes para garantir a qualidade do alimento. Ou seja, ao mesmo tempo em que a rastreabilidade ativa cria um histórico da produção e adiciona um nível a mais de segurança para a indústria, ela também abre oportunidades para aumentar o nível de interação e transparência de fabricantes com os seus consumidores.

Manter-se refém de ferramentas antigas de gestão e monitoramento do desempenho operacional não é mais uma opção. Seja investindo em sistemas que digitalizem as informações fornecidas pelas máquinas, que criem um histórico da produção ou investindo em modelos que permitam prever o comportamento dos equipamentos instalados na indústria, o preponderante é dar o primeiro passo. Uma fábrica inteligente pode ser construída aos poucos, desde que a visão do objetivo final seja discutida no início.

* Diretor de Serviços da Tetra Pak Brasil

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dsfdasUnir inovação à sustentabilidade, destacando o impacto social positivo, é um tema prioritário para a Tetra Pak. E este é o objetivo da parceria com a startup Coletando, que visa fomentar a conscientização socioambiental na comunidade Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.

Reconhecida como a primeira fintech de economia circular ecológica do Brasil, a Coletando disponibiliza ecopontos itinerantes de coleta seletiva de resíduos recicláveis em comunidades. Os moradores podem trocar embalagens higienizadas pós-consumo por créditos, disponibilizados em uma conta digital pré-cadastrada, sem anuidade ou taxas. Com o cartão, é possível fazer compras em estabelecimentos locais como mercados e farmácias. Após recebidos, os resíduos são direcionados para cooperativas de materiais recicláveis da região.

“No Brasil, apenas 3% dos resíduos são reciclados. Enxergamos um enorme potencial para estimular as pessoas a separarem seus resíduos dentro de casa e ainda transformá-los em fonte de renda extra, bem como aumentar o volume que chega até as cooperativas. Para ampliar esse alcance, colaborações como a que estamos iniciando com a Tetra Pak são essenciais. Estamos muito contentes com o projeto”, comemora Saulo Ricci, fundador da Coletando.

A parceria será realizada pelo período de um ano com o objetivo de fomentar a conscientização socioambiental em locais mais afastados dos grandes centros, vislumbrando que a mudança coletiva comece em uma atitude individual. A expectativa é engajar cerca de duas mil famílias já nos próximos três meses e 10 mil até o fim do projeto, que durará um ano.

“Temos uma sólida atuação de estímulo à coleta seletiva, e acreditamos que o impacto socioambiental da reciclagem é muito forte. A parceria com a Coletando reforça ainda mais nosso pensamento de que hábitos individuais fazem toda a diferença para promover uma transformação coletiva, contribuindo com a cadeia da reciclagem”, afirma Valéria Michel, diretora de Sustentabilidade da Tetra Pak Brasil e Cone Sul.

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11111A Alpfilm acaba de anunciar o primeiro filme PVC que tem a capacidade de inativar o vírus – o AlpFilm Protect. O produto, que já contava com propriedades antifúngicas e bactericidas – graças à presença de micropartículas de prata – passou por uma série de estudos para adequações em sua composição com o objetivo de assegurar sua eficácia antiviral, em especial contra o novo coronavírus. “Desde 2014 a nossa linha de produtos AlpFilm Protect conta em sua composição com uma solução que evita a proliferação de fungos e bactérias, oferecendo uma barreira de proteção eficaz para a conservação de alimentos e outros produtos embalados com o plástico filme. Diante dos desafios impostos pela Covid-19, decidimos voltar nossas atenções para a pesquisa e desenvolvimento dessa evolução do produto para a inativação do novo coronavírus por contato”, explica Alessandra Zambaldi, diretora de Comércio Exterior e Marketing da Alpfilm.

Ela conta que após uma série de análises internas, que incluiu a consultoria de virologistas, infectologistas e especialistas em controle de qualidade para a adequação na composição do produto, o AlpFilm Protect foi submetido a testes feitos pela QuasarBio no laboratório de biossegurança de nível 3 (NB3) do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) – um dos poucos no Brasil que faz essa validação com o Sars-Cov-2 ativo. Os resultados comprovaram a eficácia do material em inativar 99,99% do vírus responsável pelo novo coronavírus.

De acordo com o professor Lucio Freitas Junior, pesquisador do ICB-USP, foram adotados protocolos internacionais para superfícies plásticas ou não porosas para fazer a validação do produto. “A análise apontou que o filme plástico PVC AlpFilm apresenta respostas positivas que chegam a 79,9% de inativação nos primeiros três minutos, chegando a 99,99% de eficácia em até 15 minutos, um resultado bastante animador”, diz.

O especialista reforça que é importante lembrar que estamos diante de um vírus que se comporta de forma diferente de outras cepas ligadas à gripe e, por isso, é essencial que a população esteja atenta à validação específica para proteção contra a Covid-19.

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image004Por Paulo Henrique Pichini*

A pandemia do COVID-19 mudou para sempre o modo de ser dos escritórios. Em 2018, segundo pesquisa da Harvard University, somente 3% dos profissionais norte-americanos trabalhavam em home office. No Brasil, em maio deste ano, estima-se que 43,4% da população estivesse em casa (dado da consultoria InLoco). Ainda é cedo para sabermos qual será o impacto da crise atual sobre os escritórios corporativos. O que é certo é que cada país está respondendo de uma maneira ao pós-crise. Pesquisa da Morgan Stanley mostra que, na Alemanha, 74% da força de trabalho voltou a frequentar os escritórios. Mas, desse total, somente 50% desloca-se até o escritório nos cinco dias da semana. O mesmo levantamento indica que, na França, 84% dos funcionários voltaram a suas mesas de trabalho. No caso dos britânicos, somente 40% realizaram esse retorno ao modelo anterior de trabalho. Nos EUA, onde a luta contra o COVID-19 continua feroz, as expectativas são de uma profunda transformação nos modelos de trabalho. Pesquisa da Global Workplace Analytics indica que, até o final de 2021, 30% dos profissionais norte-americanos atuarão a partir das casas dos funcionários.

 Índices como estes explicam o fato de que um andar de um edifício que, até fevereiro deste ano, seria ocupado por 500 funcionários de uma empresa, hoje acolha 1000 funcionários dessa mesma empresa. Essa realidade está impactando o mercado imobiliário global – somente nos EUA, segundo a consultoria JLL, os investimentos em imóveis comerciais caíram 37% em comparação com o primeiro semestre de 2019.

Antes da pandemia já contávamos com corporações inovadoras que investiam em Intelligent Workspaces, espaços projetados para potencializar a criatividade e a produtividade de seus colaboradores. O objetivo é oferecer aos usuários uma UX disruptiva e atraente, baseada na digitalização plena do espaço físico onde o trabalho é feito.

 No pós-pandemia, o Intelligent Workspace será, também, um espaço de proteção da saúde dos funcionários. É um mundo novo que já está sendo projetado e implementado. O uso intensivo de biometria/reconhecimento facial substitui o contato de um crachá ou de um dedo com um leitor digital. Até mesmo a abertura e o fechamento de portas passam a ser comandados por sensores que liberam o funcionário de qualquer contato com superfícies. Sensores bluetooth implementados nos smartphones dos profissionais serão capazes de emitir alertas quando uma pessoa estiver próxima demais de outra. E sofisticadas aplicações de video analytics irão analisar se, em algum ambiente, há pessoas sem máscara. Essa constatação gerará automaticamente bloqueios de acesso à Internet, infraestrutura de colaboração e apresentação etc., até que a proteção com a saúde de todos seja respeitada.

 Em paralelo à essa transformação, está acontecendo, também, a reconfiguração do ambiente de trabalho remoto. A meta é entregar aos usuários remotos a melhor UX, com a máxima colaboração e tudo o que é necessário para aumentar a produtividade dos times.

 As empresas que já avançaram para esse modelo aderiram ao Extended Intelligent Workspace.

 O Extended Intelligent Workspace depende de projetos customizados, desenhados de acordo com a lógica de negócios de cada empresa e com as demandas específicas de cada setor da empresa e cada funcionário. Se o Intelligent Workspace é um espaço corporativo sensorizado, o Extended Intelligent Workspace leva essa sensorização para a casa do funcionário.

 Os mais inovadores projetos de Extended Intelligent Workspace incluem recursos de AR (Augmented Reality) e VR (Virtual Reality) capazes de mergulhar o usuário remoto numa experiência 3D com plena sensação de presença. Um relatório da PwC realizado em 2019 mostra que, até 2030, 23,5 milhões de profissionais em todo o mundo usarão Apps de AR e VR para participar de treinamentos, reuniões de negócios ou atender seus clientes. Fazem parte desse contexto, ainda, tecnologias de colaboração como Microsoft Teams, Zoom Cloud Meetings, Google Meet e Cisco Webex. Essas plataformas tinham, em junho, em todo o mundo, mais de 300 milhões de usuários (dados da Statista). Segundo pesquisa da Trustradius, houve um crescimento de 400% no uso dessas plataformas desde o início deste ano.

 Por trás dos Apps utilizados pelo trabalhador remoto há outro elemento essencial do Extended Intelligent Workspace: a infraestrutura digital implementada no ponto remoto. Isso inclui a oferta de redes redundantes com fartura de banda, dispositivos de rede e de uso pessoal (PCs e notebooks), e soluções de segurança para garantir que o acesso remoto seja tão protegido como o acesso que acontecia, antes do COVID-19, dentro do perímetro corporativo. Todo esse aparato tem de ser gerenciado remotamente, de modo a oferecer suporte 24×7 aos funcionários que trabalham em casa.

 Nada disso, porém, produzirá os resultados esperados se não houver ações de integração e treinamento sendo continuamente oferecidas ao profissional em home office. As empresas que não realizarem essas ações correm o risco de inserir o trabalhador remoto num silo onde todo tipo de troca e interação poderá ser prejudicado.

 Em alguns casos, é recomendável que a empresa usuária crie um novo cargo – o digital workspace manager.

 Mais do que um técnico, esse profissional tem de ter empatia pela realidade enfrentada pelo trabalhador remoto. Seu papel é antecipar frustrações e dificuldades e ajudar esse profissional a navegar o mundo do autosserviço com mais tranquilidade. Segundo pesquisa da S&P Global Ratings (Standard & Poor) realizada em junho deste ano, organizações que contam com profissionais satisfeitos e engajados são 21% mais lucrativas do que seus concorrentes. No mundo pós-pandemia, esse resultado passa por entregar, na casa do usuário, serviços digitais que, antes, só eram encontrados nas sedes das grandes corporações.

 Está surgindo um novo mundo em que o Intelligent Workspace e o Extended Intelligence Workspace se completam de forma harmoniosa, oferecendo ao profissional exatamente a mesma experiência quer ele esteja na sede da sua empresa, quer trabalhe na sala da sua casa. Essa realidade está apenas começando a produzir frutos. Nos próximos anos, haverá uma clara diferenciação entre as empresas que suportam os processos de seus colaboradores em todos os lugares e todos os momentos, e as empresas que seguem apegadas a modelos rígidos e sem fluidez.

CEO & President da Go2neXt Digital Innovation*

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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