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Comissão Italiana (Foto: Kleber Pinto/Editora Banas)

Comissão Italiana (Foto: Kleber Pinto/Editora Banas)

Com uma participação 77,5% maior em comparação à última edição da Feimafe, em 2007, o Pavilhão Machines Italia aporta na feira deste ano para reforçar a capacidade e interesse da indústria italiana de fomentar negócios dentre fabricantes e estimular a troca de inovações tecnológicas. São quarenta empresas no total.

Não por outro motivo, o interesse italiano nesse segmento no Brasil tem sua razão de ser. Em 2007, as importações brasileiras de máquinas-ferramenta robôs e sistemas de automação somaram 478,9 milhões de euros, dos quais 12,7% provenientes da Itália, a terceira colocada no ranking dos maiores fornecedores. No ano passado, o país manteve sua cota sobre as importações totais, num total de 850,1 milhões de euros, alta de 77,5%, mas desceu uma posição na tabela geral.

Dados referentes ao primeiro trimestre de 2009 apontam para um incremento de 35,1% das importações brasileiras do setor, colocando a Itália novamente em terceiro lugar, com participação de 12,1%. Os principais concorrentes dos italianos no mercado brasileiro, nesse segmento, são Japão e Alemanha, que juntos somam 41,5% das compras externas brasileiras.

A indústria italiana de máquinas-ferramenta, robôs e automação é composta por quatrocentas empresas, a maioria de pequeno e médio portes, que funcionam com não mais do que setenta empregados. Segundo dados da Unione Costruttori Italiani Macchine Utensili, Ucimu, as exportações italianas cresceram 8% em 2008, para 3,2 bilhões de euros. As importações do mesmo período totalizaram 1,5 bilhões de euros, alta de 4,8%.

Missão brasileira – A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamento, Abimaq, fará brevemente uma missão para levar empresas brasileiras para a Itália, com o objetivo de estabelecer joint ventures na área de óleo e gás, segmento em franco crescimento no Brasil.

Ainda sobre o tema parceria, os representantes da indústria e das entidades italianas presentes na Feimafe confirmaram o grande interesse do país em estabelecer cada vez mais cooperações tecnológicas, como as já existentes com Senai e Sebrae, além de produção no Brasil. De acordo com os porta-vozes, no fim de 2009, início de 2010 algo nesse sentido deverá ser anunciado.

Feira italiana – Esteve na Feimafe também o presidente do comitê organizador da EMO Milano 2009 e vice-presidente da Ucimu, Pier Luigi Streparava, para promover o evento, que acontece em Milão, de 5 a 10 de outubro. Segundo ele, até o momento, 1 400 empresas estão inscritas, das quais 65% oriundas de 31 países, incluindo o Brasil.

A iniciativa da participação italiana na feira brasileira é do ICE-Instituto Italiano para o Comércio Exterior e da UCIMU, Associação dos Fabricantes Italianos de Máquinas-Ferramenta, Robôs, Sistemas de Automação e Produtos Auxiliares.

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Devida atenção

Icone Análise,Economia | Por em 12 de maio de 2009

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Dando sequência ao tema agronegócio (o qual também acompanhamos por conta da nossa P&S Agroindústria) levantado pelo Kleber em seu post de ontem, 11 de maio, hoje mais uma notícia começou a ganhar destaque na imprensa: que a queda do dólar pode reduzir os preços agrícolas.

Embora escreva já há algum tempo sobre economia e negócio, sempre me “embanano” com as altas e baixas da moeda americana, ou seja lá qual for o câmbio. Se determinada moeda está em alta, é problema. Se está em queda, idem. Então, para não me deixar “influenciar”, sempre pauto minhas entrevistas – e meu senso crítico na hora de ler definições a esse respeito – no bom senso.

Explico: procuro entender a real dificuldade (e necessidade) daquele setor ou indústria, questionando o quanto “perderá” de fato com a variação da moeda. E acreditem…muitos não conseguem responder, pois resolveram reclamar antes de fazer as contas.

No release abaixo, encaminhado pela assessoria de comunicação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, CNA, sua porta-voz fala das possíveis dificuldades com a retração do dólar, mas também que o preço da soja, que poderia ter registrado incremento de 17,6%, subiu “apenas” 12,8%. Ou seja, está em alta ainda! Não tanto quanto poderia alcançar com o câmbio em outro patamar, mas em alta. E, convenhamos, um aumento de quase 13% não é nada mal…

CNA PREVÊ REDUÇÃO DOS PREÇOS AGRÍCOLAS
SE O DÓLAR CONTINUAR EM QUEDA

No momento em que o dólar reforça tendência de queda, registrando variação de -5,90% no mês, acumulando baixa de -11,82% no ano, a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, manifesta suas preocupações com a volatilidade do câmbio, que poderá reduzir a rentabilidade das culturas de exportação. “O produtor ainda possui 40% da produção da safra 2008/2009 para serem comercializados, o que poderá ocorrer a preços mais baixos em função da queda do dólar”, afirma a senadora.
No mercado internacional, as cotações têm fechado em alta, em função da existência de estoques baixos, queda na produção argentina, demanda chinesa firme mesmo em tempo de crise e problemas climáticos nos Estados Unidos, que dificultam o plantio da safra de verão norte-americana. No mercado da soja, produto típico de exportação, os preços subiram 12,8% em oito semanas. Na Bolsa de Chicago, aumentaram 29,9%.“Se não fosse o câmbio, os preços da soja teriam subido 17,6%”, diz a presidente da CNA.
Kátia Abreu fala, ainda, sobre as elevadas taxas de juros praticadas no País, o que poderá se transformar em atrativo para o ingresso de capital especulativo no País, depreciando o dólar e os preços agrícolas. “A comercialização a preços menores neste momento reduz a disponibilidade de uso de capital próprio pelo produtor no plantio da safra 2009/2010”, justifica a senadora.
Segundo a presidente da CNA, os recursos para financiamento da nova safra já estão escassos em função da crise financeira internacional. Com menor disponibilidade de recursos do produtor e a significativa redução do crédito fornecido pelas tradings, haverá necessidade de maior aporte de recursos do crédito rural oficial. “Esse cenário nos leva a reafirmar que a safra 2009/2010 deverá ser planejada com muita cautela pelo produtor, pois além do risco próprio da atividade, o cenário macroeconômico mundial tende a reforçar a volatilidade do câmbio e dos preços agrícolas”, conclui Kátia Abreu.

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Como faço praticamente todo mês, fui eu hoje, 6 de maio, até a sede da Abimaq, entidade que reúne os produtores de máquinas e equipamentos no Brasil, para a coletiva de imprensa, na qual divulgam o balanço do segmento no período. E mais uma vez ouvi discurso semelhante ao dos, pelo menos, últimos oito meses: “O que queremos é isonomia. Precisamos urgentemente de educação, de um câmbio que proteja a indústria nacional, linhas de financiamento e desoneração do investimento em máquinas e equipamentos”, bradou, certamente pela enésima vez, Luiz Aubert Neto, o presidente da associação.

Quando a coletiva foi aberta às perguntas dos jornalistas, me dirigi ao presidente e questionei qual é a resposta do governo federal quando levam até eles essas reivindicações (prementes desde sempre). No que ele respondeu: “Eles dizem que estão trabalhando nisso (!!!)”, e emendou “por isso precisamos de vocês (a imprensa) divulgando a toda hora e a todo o momento a mesma coisa para que ouçam nossos apelos”.

Mais: “A crise é pontual diante de uma fórmula perversa que os governos aplicam há mais de 30 anos. Desse jeito estamos condenando o Brasil a ser um país eternamente pobre”, afirmou Aubert ao mostrar dois gráficos (diferentes dos demais usualmente apresentados nas coletivas) sobre a Formação Bruta de Capital Fixo, que a entidade montou com base nos dados do Banco Mundial e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE. Neles, o Brasil aprece aquém em comparações feitas com a média dos países da América Latina, do mundo e dos BRIC (Rússia, Índia e China).

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O Balanço – O faturamento nominal do setor de bens de capital ficou em R$ 5,47 bilhões em março, o que representa crescimento de 30,1% ante fevereiro. Na comparação com o mesmo mês de 2008, contudo, houve queda de 11,2%. No acumulado do primeiro trimestre de 2009, o setor faturou R$ 13,64 bilhões, retração nominal de 20,1% sobre os três primeiros meses de 2008. Descontada a inflação, a baixa foi de 25,3%.

O consumo aparente de máquinas e equipamentos somou R$ 7,7 bilhões em março, alta de 28,8% com relação a fevereiro e de 4,4% perante março. Já no primeiro trimestre deste ano, totalizou R$ 20,15 bilhões, valor 8,4% menor diante de igual período anterior.

 

As exportações somaram US$ 695 milhões em março, alta de 16,4% ante fevereiro e queda de 19,9% sobre março de 2008. Enquanto isso as importações chegaram a US$ 1,673 bilhão em março, incrementos de 20,5% e de 24,8% nos mesmos comparativos. Com isso, o saldo da balança comercial do setor registrou déficit de US$ 978,3 milhões (alta de 106,7% perante março de 2008). No primeiro trimestre, as exportações totalizaram US$ 1,969 bilhão, queda de 24,5% ante igual período de 2008; e as importações contabilizaram US$ 4,787 bilhões, alta de 3,6% em relação aos três primeiros meses do ano passado.

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Nada como “um dia depois do outro”, como diz o ditado popular. E foi exatamente essa frase que me veio à cabeça ao ler nos jornais nesta manhã. A boa nova é que o Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 8,7% em abril ante março, segundo apuração da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A notícia indica o que todos nós, brasileiros, estamos cansados de saber: não desistimos nunca! Digo isso porque, ontem, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou a Sondagem Industrial, e o número não era animador: a evolução da produção caiu de 40,8 pontos no último trimestre de 2008 para 36,1 pontos no primeiro trimestre de 2009, o menor indicador da série histórica, iniciada em 1999. Uma pontuação abaixo de 50 pontos nessa pesquisa indica contração da atividade. Esse estudo da CNI abordou 1.329 empresas, sendo 740 pequenas, 386 médias e 203 grandes, no período de 1º a 27 de abril.

De volta aos dados da FGV, o indicador de confiança aumentou pelo quarto mês consecutivo. Encerramos abril com o índice passando para 84,6 pontos neste mês, com ajuste sazonal, ante 77,8 pontos de março.

Notícias como esta da Fundação Getúlio Vargas certificam que a indústria nacional está trabalhando por dias melhores mesmo diante de dificuldades reais, como a alta tributação, a falta de crédito e  baixa exportação.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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