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O setor de construção civil é responsável por cerca de 37% das emissões globais de gases de efeito estufa. Uma das alternativas na busca de soluções sustentáveis é o investimento em madeira engenheirada. Um tipo de estrutura que substitui o concreto e pode erguer prédios de até 20 andares. Além da facilidade de manuseio, o material une tecnologia com sustentabilidade e colabora com a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Enquanto 1 m³ de madeira engenheirada de eucalipto captura cerca de 1 tonelada de CO², 1 tonelada de ferro emite cerca de 930 kg de CO². Diante deste cenário, o Grupo Monto, empresa responsável pela construção do Parque Logístico de Extrema (MG), empreendimento da Brookfield Properties, idealizou uma alternativa na implementação de dois prédios anexos – portaria e refeitório – que utilizará eucalipto, de variedade Grandis, material 100% renovável e originário de florestas certificadas. A iniciativa visa atender a meta global do cliente (Brookfield Properties) de se tornar NetZero em todo seu portfólio até 2050.

Seu uso vai gerar 50 toneladas de crédito de CO², sem contar com a quantidade de carbono que deixará de ser emitido por conta da diminuição do uso de outros materiais. Outra característica importante é a estrutura mais leve, enquanto a densidade média do concreto é de 2.500 kg/m³, o da madeira engenheirada de eucalipto é de 650kg/m³, um ganho visível para edifícios verticais. 

Além dos benefícios estruturais e ambientais, por ser um elemento natural, a madeira proporciona uma sensação de bem-estar para os ocupantes, preocupação importante para ambientes corporativos.

O diretor de engenharia do Grupo Monto, Luís Fernando Malavasi, diz que a ação é referência. “Vencemos o 5° Prêmio Inova Infra 2024 com esta parceria. Inovamos no setor da construção de parques logísticos substituindo o uso do concreto em determinadas partes pela madeira engenheirada, sendo os primeiros a usar este tipo de material na construção de parques logísticos. Com o avanço das compras on-line, os centros de distribuição vêm crescendo e descarbonizar o setor é muito importante”, diz.

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De acordo com um estudo da Harvard Business Review, a felicidade impacta diretamente a produtividade, eficiência e inovação de uma empresa. O levantamento apontou que colaboradores satisfeitos são 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e 300% mais inovadores. É evidente que funcionários motivados tendem a ser mais engajados e colaborativos com suas equipes, proporcionando benefícios diretos e indiretos para a empresa.

A adoção da felicidade como um indicador ganha cada vez mais espaço nas empresas ao redor do mundo, e seu uso tende a crescer nos próximos anos. Prova disso é a ascensão do Brasil no World Happiness Report, que subiu da 49.ª para a 44.ª posição no ranking mundial, reforçando a crença dos brasileiros de que a felicidade está diretamente conectada ao sucesso empresarial, à produtividade e à transformação do ambiente de trabalho. Ainda, a Finlândia, país de origem da multinacional, foi considerado, pelo sétimo ano consecutivo, o país mais feliz do mundo segundo relatório da ONU. A Valmet é um exemplo de empresa  que adotou o conceito de felicidade corporativa em suas operações e tem buscado constantes melhorias por meio da implementação de projetos voltados à saúde emocional, física, social e financeira de seus colaboradores.

Em 2021, a empresa finlandesa anunciou na América do Sul o programa “Valmet Viva a Vida”, uma plataforma digital integrada de suporte que oferece orientação psicológica, financeira e de serviço social, confidencial e gratuita, para atender às necessidades dos colaboradores e seus familiares. “Alinhado ao nosso valor ‘Pessoas’, o programa foi implementado como suporte adicional aos nossos colaboradores e seus familiares”, ressalta a diretora de Recursos Humanos, Meio Ambiente, Saúde e Segurança da Valmet na América do Sul, Flávia Vieira. 

No ano de 2023, a Valmet expandiu o programa Viva a Vida, inicialmente focado em suporte psicológico, financeiro e social, incorporando o monitoramento de saúde, atividades físicas e hábitos alimentares, resultando no lançamento do Viva a Vida + Saúde. “Este programa de saúde, extensivo aos familiares dos colaboradores, trouxe benefícios adicionais, como a inclusão de parceria com academias por meio de uma plataforma, bem como acompanhamento nutricional. Nossa proposta é manter equilíbrio entre a saúde física e emocional, orientando as pessoas a reconhecerem seu valor para a empresa e seu papel fundamental no bem-estar no ambiente de trabalho”, destaca Flávia. 

Apenas em 2023, 48,75% dos colaboradores da Valmet acessaram a plataforma do Programa Viva Vida para suporte psicológico, financeiro e social, ao passo que 47,9% dos funcionários utilizaram a plataforma + Saúde para agendamento de consultas e recomendação de tratamentos com profissionais especializados, oferecidos  gratuitamente pelo plano médico da companhia. “É importante esclarecer que nem os gestores nem o setor de RH têm acesso às informações declaradas na plataforma, garantindo total confidencialidade. Nosso objetivo é prevenir e apoiar nossos colaboradores em desafios, principalmente os relacionados a problemas emocionais”, complementa. 

Viva Vida + Saúde (Feliz), a ascensão dos multiplicadores da felicidade

A Valmet acaba de anunciar uma nova fase do programa Viva a Vida + Saúde (Feliz), agora voltado diretamente para o conceito de felicidade. “Serão formados grupos de multiplicadores de felicidade voluntários que irão instruir os colaboradores em temas como práticas saudáveis, trabalhos sociais e inteligência emocional. Esses multiplicadores serão treinados por meio de programas específicos para se conectar com seus colegas de trabalho, e o grupo será revisto e renovado anualmente”, explica Flávia. Este novo “braço” do programa de bem-estar, criado pelo departamento de Recursos Humanos da multinacional, visa promover boas práticas relacionadas à diversidade, ao employee value, à integração e ao equilíbrio físico e mental. 

“Entendemos que essa responsabilidade é de todos os colaboradores para garantir um ambiente de trabalho saudável, treinar gestores para oferecer apoio e acolhimento, disponibilizar recursos para que os colaboradores possam desenvolver bem suas atividades e proporcionar um reconhecimento adequado às funções que desempenham. Este novo programa, além de elevar a produtividade, atrair novos talentos, aumentar o valor agregado ao funcionário e o sentimento de pertencimento dos colaboradores à empresa”, detalha a diretora. 

Cultura organizacional enraizada: mais de 1.100 colaboradores reforçam boas práticas e tolerância zero a acidentes 

Com o objetivo de aprimorar sistematicamente a saúde e a segurança no trabalho, a Valmet implementou iniciativas estratégicas classificadas como must win. Prova disso foi que em 2023, todos os colaboradores da empresa, sem exceção, abriram registros para reforçar as boas práticas e/ou propor melhorias. “Isso denota como temos uma cultura organizacional enraizada, ao conseguir mobilizar mais de 1.100 colaboradores a engajar com a empresas, em prol de melhorias”, explica Flávia. 

Esse resultado reforça o vínculo entre a felicidade dos colaboradores e a segurança no trabalho. “Todos nós devemos nos orgulhar de como nosso compromisso de longo prazo com a saúde e a segurança em toda a organização resultou em melhorias reais e duradouras, nos aproximando cada vez mais da meta de zero danos”, finaliza Flávia.

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Sob o tema “Vocação Brasileira para a Descarbonização da Mobilidade”, a AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva reuniu na última quinta-feira, 18, especialistas na 10ª edição do Simpósio de Eficiência Energética, Emissões e Combustível. O evento, o primeiro do ano, no qual a entidade completa 40 anos de atividades, foi considerado simbólico pelo presidente Marcus Vinicius Aguiar em virtude das oportunidades proporcionadas pelo Programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), do Governo Federal. “O programa encaminha as próximas diretrizes para o setor automotivo. O Brasil se posiciona com vantagem em relação a outros países pela diversidade de matrizes energéticas, mas temos de fazer as escolhas corretas para defender a indústria nacional”, resumiu o presidente da AEA durante abertura do encontro no auditório do Milenium Centro de Convenções, em São Paulo. Enquanto as consequências das mudanças climáticas pedem urgência, os desafios são muitos e exigem diversas medidas políticas que envolvem muitos atores. Como apresentou Marlon Arraes Jardim, diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), calcula-se mais de 2 bilhões de motores a combustão no mundo, dos quais 1,5 bilhão de veículos. “Trata-se de um passivo ambiental que precisa de solução não só na frota circulante, que terá de ser sucateada em algum momento, como também por meio de outras plataformas”. Para o representante do Governo, no entanto, uma transição energética massiva e abrupta é muita onerosa. “Estima-se ao menos R$ 1 trilhão para infraestrutura de carregamento de elétricos no Brasil, por exemplo. Mas temos matrizes energéticas comparáveis aos elétricos”, observa. “Integrar as soluções de biocombustível que temos permite uma transição com menor custo e sob o conceito do poço a roda, ciclo interessante para o meio ambiente.” Com a proposta de reflexão, Henry Joseph Jr., diretor técnico da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, aponta o etanol como uma grande vantagem para a descarbonização, mas questiona se os atores envolvidos estão considerando esse privilégio. “Países que queriam pular fora do monopólio do petróleo estão caindo no monopólio da bateria.” Joseph Jr. lembra que todas as metas colocadas pelos programas setoriais, como o Inovar-Auto e o Rota 2030 foram e estão sendo cumpridas. Mas alerta que a trajetória encareceu o automóvel, afastando o consumidor do balcão. “Ano após ano verificamos quedas nas vendas. Estamos empurrando o consumidor para a motocicleta. Será isso que queremos como mobilidade?”. O diretor técnico da Anfavea observa, por exemplo, que o projeto de lei dos Combustíveis do Futuro, texto já aprovado pela Câmara dos Deputados, pode trazer ainda mais custo. Isso porque o PL estabelece aumentos sucessivos de misturas de combustíveis, o que impõem testes aos fabricantes. “Os veículos não foram originalmente projetados para isso. Hoje, apesar de uma frota de 41,7 milhões de automóveis flex, despejamos 60 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. Caso a frota passe a usar o etanol, de uma hora para outra, ocorreria uma redução de 50% na emissão de carbono. Mas o etanol vende pouco. E eu não sei responder o porquê.” As soluções que encaminham a descarbonização também avançam pela evolução do powertrain, como apontou Gustavo Santos Lopes, engenheiro da área de P&D da Robert Bosch. Em sua apresentação destacou o potencial da injeção múltipla e vela de ignição por pré-camera com foco nos híbridos. “As soluções otimizam e aceleram a queima do combustível, reduzindo emissão de hidrocarbonetos e monóxido de carbono, bem como a quantidade de catalisadores no pós-tratamento e de óleo na fase fria”, esclarece. Por outra frente, iniciativas pioneiras mostram como empresas do setor agronegócio podem contribuir. Ricardo Tomaczyk, executivo de Relações Institucionais da Amaggi, levou para o simpósio a experiência do uso do B100 (100% biodiesel) nas operações da companhia. O projeto coloca foco na descarbonização e na autossuficiência energética. Em parceria com a fabricante John Deere, a Amaggi abastece as máquinas com o biocombustível produzido internamente. O projeto começou em 2018 e, por meio de avaliações comparativas com o uso do diesel convencional, se constatou viabilidade. “Não houve perda de potência, avarias ou diferenças substanciais no consumo ao longo do tempo. E importante: em máquinas originais de fábrica, sem qualquer adaptação”, conta. Em maio próximo, conforme revelou o representante da Amaggi, o projeto ganha volume com o início de uma operação em uma propriedade da empresa sem uso de combustível fóssil. Será a primeira fazenda do País, localizada no Mato Grosso, 100% B100.  “Teremos lá um ciclo completo do biodiesel, do cultivo da matéria-prima ao consumo passando pela produção.” Nas aplicações rodoviárias, em cooperação técnica com a Scania, a Amaggi colocou em suas rotas logísticas, em agosto de 2023, dois caminhões adaptados pela fabricante. Hoje, cada um deles já estão perto dos 60 mil quilômetros rodados sem apresentar problemas e aprovados após avaliação veicular ambiental. A experiência bem-sucedida se tornará perene na empresa com a chegada 100 caminhões Scania que rodarão com B100 a partir de maio. Uma segunda iniciativa da Amaggi nas operações rodoviárias tem parceria com a Volvo, que fornecerá quatro caminhões. No caso, porém, os veículos estarão em testes com uso de diferentes misturas de biodiesel sem qualquer modificação de fábrica. A pretensão da Amaggi também é buscar viabilidade do B100 em suas operações náuticas. A empresa já recebeu autorização para fazer a primeira viagem fluvial com 100% de biodiesel. Em breve, uma embarcação navegará entre Porto Velho (RO) e Itacoatiara (AM) pelos rios Madeira e Amazonas. Outras rotas tecnológicas que priorizam o potencial brasileiro na descarbonização vêm de projetos como bioeletrificação a partir do hidrogênio. Representantes da AVL, Toyota e Hyundai mostraram soluções que possibilitam aproveitar o combustível, a depender da tecnologia, em estado sólido, gasoso ou líquido. Como destacou Thiago Lopes, do Centro de Pesquisa e Inovação em Gases de Efeito Estufa, da Universidade de São Paulo (USP), para alcançar emissão zero “precisaremos de todos os hidrogênios renováveis”. Com foco na redução de gases, o pesquisador da USP apresentou projeto piloto, em parceria com Marcopolo, no qual três ônibus entrarão em operação com o uso de hidrogênio a partir do etanol produzido pela própria universidade. “O potencial, no futuro, pode levar o setor de transporte para intensidade negativa de carbono”, acredita Lopes. Experiências avançadas também se mostram por meio do Centro de Tecnologias de Hidrogênio do Parque Tecnológico Itaipu (PTI). O local atua há mais de 10 anos com o propósito posicionar o combustível como vetor energético eficiente. “Queremos transformar o hidrogênio mais sustentável e encaminhar projetos para alcançar autossuficiência”, conta Daniel Cantene, gerente do centro. Com planta experimental de hidrogênio e laboratório de desenvolvimento, um dos projetos do centro estuda o armazenamento de hidrogênio em estado sólido em um transportador. O arranjo permite, por exemplo, fornecer energia renovável a lugares isolados para diversas aplicações, desde a eletricidade doméstica à mobilidade.

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Após três anos de operação no Paraná, na região de Telêmaco Borba, o Harbunk Ponsse acumula benefícios para operações de colheita florestal, principalmente em áreas pequenas. Os dados apurados pela Klabin apontam que o equipamento é mais eficiente que os outros métodos de colheita em áreas de até 10 mil toneladas de madeira. “Tivemos aumento de produtividade e redução de custos de operação em 30%”, disse Darlon Orlamunder, diretor de Planejamento e Projetos Florestais da Klabin. 

Segundo Darlon, esse resultado é devido a uma soma de fatores, desde a menor mobilização do equipamento, tanto para a operação em si, quanto para o deslocamento dessas máquinas, até o período em que a máquina fica em cada talhão. “Isso porque o Harbunk permanece mais tempo em cada floresta, dispensando o transporte dos outros dois maquinários [necessários] no sistema antigo de colheita”.

O processo também reduz o impacto na comunidade e a emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE). “O Harbunk reduz a emissão de carbono por ter uma produtividade (t/ha) maior que o sistema anteriormente adotado (CTL). Com a economia de operações, o impacto ambiental é de uma redução de 10% na emissão de CO2 para o conjunto da obra”, disse o diretor da Klabin.

O ano era 2019 e, para a Klabin, a realidade do campo desafiava a competitividade (custo por tonelada) da colheita florestal em algumas regiões do Paraná. Eram áreas florestais menores, onde o custo de deslocamento das máquinas de colheita florestal no sistema Cut-to-Length (CTL) estava inviabilizando a operação.

A Ponsse Brasil, subsidiária da fabricante finlandesa de máquinas florestais, tendo conhecimento dessa situação, buscou em seu portfólio de produtos um equipamento que pudesse receber uma adaptação, para que apenas uma máquina pudesse fazer a colheita, arraste e processamento dessa madeira, promovendo, com isso, maior eficiência para os processos operacionais do cliente. 

Como surgiu o Harbunk Ponsse

“Encontramos no nosso Harvester PONSSE Bear a máquina ideal. Nele, foi implantada uma pinça ClampBunk, um cabeçote PONSSE H8 e o guincho auxiliar. Dessa junção nasceu o Harbunk, uma máquina versátil capaz de realizar todas as etapas de colheita florestal, seja em áreas planas ou declivosas”, disse o gerente executivo Comercial e de Marketing da Ponsse, Rodrigo Marangoni.

Futuro do Harbunk

“No Brasil, existem sete Harbunks da Ponsse operando em áreas de colheita florestal e outros cinco devem entrar em operação ainda este ano. É importante acrescentar que a máquina se mostra produtiva não apenas para áreas pequenas, mas também para outras oportunidades de colheita”, disse Marangoni. 

Todos esses resultados positivos demonstram que é possível expandir as áreas de colheita florestal, mantendo a competitividade. “O Harbunk é uma ferramenta que gera novas aplicações em sistemas de colheita que já são consolidados com o Full Tree; se encaixa em outras oportunidades que estão em fase de estudo atualmente, por ser uma máquina que faz todas as operações sem depender de outra (derruba, arrasta e processa a madeira) e que, com o guincho acoplado, é capaz de operar também em áreas íngremes”, apontou Darlon. 

Para a Ponsse, criar uma máquina produtiva e inovadora está diretamente relacionado com o seu propósito de entregar soluções sustentáveis para o benefício de seus clientes e para o meio ambiente. “Nossa missão é alcançar o sucesso junto de nossos clientes. Neste caso e em outros desenvolvimentos da marca, ouvimos a real necessidade do campo e procuramos alternativas que possam realmente agregar valor à colheita florestal no Brasil e no mundo”, finalizou Marangoni.

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O Complexo Acrílico da BASF em Camaçari, no estado da Bahia, é a primeira unidade de produção da empresa na América do Sul a obter a Certificação Internacional de Sustentabilidade e Carbono (ISCC Plus) para a produção de produtos com balanço de biomassa ou com o selo Ccycled®, utilizando matérias-primas sustentáveis por meio da abordagem de balanço de massa. Estes produtos oferecem o mesmo desempenho e qualidade que os produtos convencionais, com o benefício adicional de ter uma menor pegada de carbono e contribuir para a reciclagem de resíduos. Na localidade são produzidos Ácido Acrílico, Acrilato de Butila e Polímero Superabsorvente (SAP), insumos utilizados em diversas indústrias, como adesivos, construção civil, higiene e produtos de pintura.

“Estamos muito satisfeitos em alcançar este importante marco de sustentabilidade para a BASF na América do Sul. A equipe gerenciou com sucesso um trabalho intenso, com a realização de uma série de auditorias, o que permitiu a conquista da certificação de forma eficiente em um curto espaço de tempo”, afirma Marcos Ferreira de Carvalho, vice-presidente do Negócio de Petroquímicos da BASF para América do Sul. “O padrão ISCC Plus permite a venda de diferentes soluções sustentáveis, que vão desde produtos com balanço de biomassa até produtos Ccycled®, sem comprometer a conhecida qualidade da BASF”.

“Agregar matérias-primas sustentáveis ao nosso processo produtivo possibilita a transformação progressiva da sustentabilidade nas diferentes cadeias de valor da química e contribuindo com o polo de inovação do estado da Bahia”, afirma Tânia Oberding, diretora industrial do Complexo Acrílico da BASF.

Balanço de massa: matérias-primas de origem sustentável

A abordagem de balanço de massa considera as matérias-primas recicladas ou renováveis como alternativas aos recursos fósseis no início da sua cadeia de valor. O órgão certificador realiza auditorias anuais para garantir que o processo segue de acordo com os critérios. A certificação é aplicada pela ISCC, uma organização internacional e independente, especializada em sustentabilidade e pegada de carbono, que apoia cadeias de suprimentos sustentáveis, totalmente rastreáveis, livres de desmatamento e favoráveis ao clima.

A unidade produtiva da BASF em Camaçari, bem como as demais localidades na América do Sul, contribui para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU por meio de produtos e soluções ao longo da cadeia de valor e junto com parceiros. As principais contribuições estão nos quesitos: Fome Zero; Igualdade de Gênero; Água potável e saneamento; Trabalho decente e crescimento econômico; Indústria, inovação e infraestrutura; Consumo e produção responsáveis e Ação contra a mudança global do clima. Além disso, em 2023, mais de 700 mil pessoas foram beneficiadas pelas mais de 200 ações de engajamento social realizadas pela BASF na América do Sul. O impacto partiu tanto da rede de parceiros da empresa, como também de seu programa de voluntariado, que conta com cerca de mil colaboradores nos países da região.

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A indústria de transformação começou o ano com avanço da maioria dos Indicadores Industriais. De acordo com a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na passagem de janeiro para fevereiro, os indicadores de faturamento (+2,4%), horas trabalhadas (+2,3%) e emprego (+0,5%) mantiveram o avanço também registrado na transição de dezembro de 2023 para 2024.

“Alguns pontos que podem estar proporcionando um ambiente econômico mais favorável para indústria de transformação são a inflação moderada, a Taxa Selic em queda, a expectativa de melhora nas concessões de crédito em 2024 e o caráter aquecido no qual o mercado de trabalho se encontra”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Dois indicadores da pesquisa apresentaram estabilidade em fevereiro de 2024. A massa salarial registrou -0,1% de janeiro para fevereiro e a utilização da capacidade instalada (UCI) ficou com 78,7% no segundo mês deste ano.

O único indicador que apresentou recuo na transição do primeiro para o segundo mês do ano foi o que mede o rendimento médio dos trabalhadores: -0,5% na série livre de efeitos sazonais. Ainda assim, o indicador também apresentou aumento (+3,2%) quando comparado com fevereiro de 2023.

Nesta edição da pesquisa, foram consultadas 1.034 indústrias de transformação, entre 1º e 26 de março.

Indicadores tem novo método de apuração dos dados

Em fevereiro de 2024, a pesquisa Indicadores Industriais passou por uma modernização na plataforma utilizada para coleta e cálculo dos dados e, com isso, as séries históricas foram recalculadas.

Entre as razões para esse recálculo, destacam-se as revisões de valores previamente informados pelas empresas e o tratamento dispensado a identificação e correção de valores discrepantes (outliers).

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Prolata Reciclagem, associação sem fins lucrativos criada para cumprimento das políticas de resíduos sólidos, apresenta resultados de coleta de latas de aço no Estado de São Paulo em 2023. Com aumento de 19% em relação ao ano anterior, as 20.170,12 toneladas recolhidas representam o volume de embalagens de aço pós-consumo destinadas corretamente. A partir do esforço para expansão de pontos de entrega e promoção de educação ambiental, a entidade inicia 2024 presente em 11 das 16 regiões administrativas do Estado.

O Programa Prolata concluiu 2023 ativo em 76 municípios por meio da parceria com 15 cooperativas ou associações de catadores e catadoras de materiais recicláveis. Com 25 entrepostos parceiros e 290 pontos de recebimento de latas, totalizando 330 iniciativas em atividade no Estado contribuindo para a destinação final ambientalmente adequada de embalagens de aço pós-consumo.

Thais Fagury, presidente-executiva da Prolata Reciclagem, reconhece a importância do investimento realizado para expansão de pontos de entrega e promoção de educação ambiental, ações direcionadas ao consumidor final. “O programa deu continuidade às ações estruturantes realizadas desde 2013 junto às cooperativas parceiras, incluindo novas formas de apoio e fortalecimento dos grupos”, conta. Destaca também que, em 2023, a Prolata deu sequência à inclusão de novos entrepostos, aumentando a capilaridade e promovendo o escoamento de latas de aço com a rastreabilidade necessárias em novos municípios.

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De acordo com Fabrício Spadine, gerente sênior de vendas da ZF Aftermarket, “o setor automotivo tem ampliado seus conhecimentos sobre as vantagens operacionais, financeiras e ambientais dos produtos remanufaturados. Com isso, as embreagens remanufaturadas vêm ganhando espaço”, afirma. Além das embreagens SACHS para veículos comerciais, no Brasil a ZF também realiza a remanufatura de compressores de ar WABCO em sua unidade de Sumaré, interior de São Paulo. O know how para fortalecer o processo no País vem do exemplo global da ZF, que realiza a remanufatura de mais de 250 produtos em 15 países.

O processo ocorre por meio da logística reversa, a partir de insumos recebidos de fornecedores. Spadine acrescenta que todos os materiais que não podem ser remanufaturados, têm destinação adequada. O padrão de qualidade dos produtos originais é garantido por processos industriais de alta precisão utilizados na remanufatura. “Um dos diferenciais que impactam na qualidade das peças remanufaturadas são das peças novas da ZF, já concebidas e planejadas para serem remanufaturadas no futuro. É um método que aumenta ainda mais a garantia de qualidade e segurança dos produtos”, explica.

Segundo a norma ABNT 15296, somente o fabricante de origem pode realizar um processo de remanufatura, o que diferencia uma peça remanufaturada de uma recondicionada. “O processo segue rigorosamente os mesmos padrões e protocolos de segurança, qualidade e eficiência dos produtos novos e, inclusive, são montadas na mesma linha das peças originais, em nossa unidade de Araraquara, SP”. Durante o processo de remanufatura, todos os componentes que sofrem desgaste são substituídos por componentes novos e genuínos, trazendo as mesmas especificações e garantias de uma embreagem completamente nova.

“Além de contribuir com os planos de sustentabilidade da ZF, as embreagens remanufaturadas trazem diversos benefícios para os clientes, desde a qualidade, até a garantia e competitividade de preço”, assegura Spadine”.

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Por Carlos Rodolfo Schneider – empresário

A comemorar a aprovação no Congresso Nacional, ao apagar das luzes de 2023, de uma etapa da reforma tributária, aquela que trata dos impostos sobre o consumo. Foram décadas de discussões, de idas e vindas, para tentar alguma simplificação na caótica estrutura de impostos do país, certamente a mais confusa do planeta. Mas o resultado não foi nota dez. Conseguimos uma nota sete, deu para passar de ano.  A quantidade de exceções à alíquota padrão acolhidas nas duas casas do Congresso, garantindo privilégios a grupos de pressão, permitem prever desdobramentos: comprometimento parcial da simplificação que se buscava; aumento da alíquota para os demais setores, não beneficiados com regimes especiais (considerando que por pressuposto o governo não quer perder arrecadação), provavelmente para a alíquota mais alta do mundo; e criação de inúmeras oportunidades para questionamentos judiciais de atividades buscando enquadramentos favoráveis.

A dificuldade de se fazerem reformas no país, ressalvados alguns importantes avanços nos últimos anos, vem de dois fatores principais: dificuldade da sociedade brasileira de fazer escolhas e a defesa do status quo, de interesses, de privilégios, por grupos, segmentos, regiões. Todos são a favor das reformas desde que não mexam com os seus “direitos”, às vezes até transformados em “direitos adquiridos”, garantidos constitucionalmente. Isso tem retardado as mudanças e levado a nos conformarmos com o politicamente possível, abrindo mão do necessário. Logicamente num regime democrático as mudanças devem ser negociadas, mas temos nos conformado com avanços modestos, que emperram o crescimento do país.

Por definição, a eficiência do gasto público é menor do que a do gasto privado, pelas necessárias amarras e controles que precisa haver no setor público, e pelas variáveis políticas frequentemente presentes na alocação dos recursos. Então, quanto maiores as transferências da sociedade para o Estado, via impostos, maior a ineficiência na alocação de recursos do país. Como o Brasil tem a maior carga tributária entre os países em desenvolvimento, potencializamos a ineficiência. Além do que, estudos têm demonstrado que nós temos a pior relação do planeta entre impostos cobrados e retorno à sociedade. Lembrando que tributos foram criados para que o governo preste serviços, mas são hoje dispendidos majoritariamente para manter a máquina pública. Algo como 20% do PIB. E a discussão não é sobre escolha entre Estado grande ou pequeno, e sim entre Estado forte e ágil versus obeso e ineficiente. Sem desmerecer os muitos bons servidores, que na realidade não são reconhecidos, por receberem o mesmo tratamento dos de baixo desempenho, por falta de uma verdadeira meritocracia.

Como bem destacou a agência de rating S&P Global Ratings Brasil na recente elevação da nota soberana do Brasil, reconhecendo alguns avanços como a reforma tributária: “o componente ausente tem sido a falta de progresso para lidar com os gastos grandes, rígidos e ineficientes do governo”. E sabemos que o novo arcabouço fiscal não pretende cuidar do crescimento do gasto, pelo contrário, permite a expansão das despesas acima da inflação, o que exige, de outro lado, um crescimento contínuo da arrecadação. E o Ministro da Fazenda, que deveria estar preocupado com a eficiência do gasto e a sustentabilidade do crescimento econômico, não tem feito outra coisa senão buscar mais impostos para cobrir o crescimento do gasto público. Tanto que o Ministério da Fazenda já vem sendo chamado de Ministério da Arrecadação. Com isso o aumento da carga tributária está sacramentado e o crescimento do Custo Brasil é certo, diante de uma sociedade que não reage, e de um setor financeiro que se preocupa com o equilíbrio das contas públicas, o que é importante, mas não se preocupa com o nível de extração de riquezas da sociedade para cobrir ineficiências públicas, o que é pelo menos igualmente importante.

O Estado precisa aprender a gastar com mais eficiência o enorme volume de recursos que já arrecada. Temos que entender que o avanço vem de gastar melhor e não de gastar mais. Como na educação, onde gastamos perto de 6% do PIB, mais do que países que são referência e têm as melhores colocações no teste PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), em que estamos entre os últimos colocados. Gastar mais significa consumir hoje, gastar melhor significa pensar no amanhã. Os países só evoluem quando investem no futuro, quando conseguem transformar o seu potencial em PIB potencial.

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A Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (ABSOLAR) vai reunir, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), no dia 3 de abril, autoridades públicas, representantes do setor produtivo, especialistas e lideranças do mercado fotovoltaico brasileiro para uma série de debates sobre as novas tecnologias de hidrogênio verde (H2V) e armazenamento de energia elétrica (battery energy storage system – BESS).    

Com abertura de Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, e de Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, o evento contará com apresentações dos cenários e perspectivas de negócios a partir da ascensão dos mercados de H2V e BESS. Camila Ramos, vice-presidente de investimentos e H2V da ABSOLAR, apresenta o panorama para o hidrogênio verde no País, seguida do painel de Ricardo Barros, vice-presidente de geração centralizada da ABSOLAR, sobre as potencialidades do armazenamento energético no Brasil.

O evento, que conta com a WEG como anfitriã, também tratará de temas regulatórios e desafios fiscais nas áreas de H2V e BESS, entre eles uma visão regulatória de como está o mercado de armazenamento e seus últimos desenvolvimentos, leilões de reserva de capacidade e a experiência no sistema na ótica do operador.

No caso do hidrogênio verde, um dos destaques é a avaliação dos projetos de lei em tramitação, perspectivas para regulação, o mercado na China e o potencial brasileiro para descarbonização. As empresas Araxá Engenharia, Atlas Renewable Energy, Canadian Solar, Livoltek e Trina Solar também integram o quadro de parceiras do evento.

Para a entidade, as tecnologias de H2V e BESS possuem sinergia direta com o setor fotovoltaico brasileiro e podem impulsionar ainda mais os negócios nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica no País. Assim, o hidrogênio verde e o armazenamento energético terão cada vez mais papel de destaque na expansão das fontes renováveis, especialmente a solar.

Mais informações e inscrições: https://h2vearmazenamento.org.br/


Serviço

H2V e Armazenamento – ABSOLAR

Data: 3 de abril de 2024
Horário: das 8h às 18h
Local: Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP)
Avenida Paulista, 1313, Jardins, São Paulo (SP)

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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