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pexels-pixabay-35550Há pouco mais de um ano, de grandes corporações a startups e microempreendedores, todos tiveram que adequar suas estratégias de negócio ao contexto da circulação da Covid-19 no Brasil. Silvio Meira, cientista-chefe da consultoria TDS Company e membro dos conselhos de administração de grupos como Magalu e MRV, analisa que o Brasil avançou cinco anos na escalada da transformação digital somente nesse período.

“Não foram lançadas novas tecnologias na pandemia, mas os negócios tiveram a necessidade de recorrer a recursos digitais já disponíveis, como o e-commerce, por exemplo, tecnologia utilizada pela Amazon há duas décadas”, avalia o cientista-chefe. De acordo com pesquisa da Ebit/Nielsen, o faturamento de lojas online no Brasil cresceu 47% no apenas no 1º semestre de 2020 e teve seu maior crescimento em 20 anos. Outra pesquisa, realizada pela Mastercard e Americas Market Intelligence (AMI), apontou que 46% dos brasileiros fizeram mais compras online na pandemia.

Um dos principais projetos da TDS Company em 2020 foi desenvolvido em parceria com o Grupo FSB, o maior do Brasil na área de comunicação corporativa. Chamado FSB Futuro, o projeto tem como objetivo fomentar a cultura de inovação nos processos internos das diversas empresas do grupo e identificar e incubar iniciativas inovadoras com uso intensivo de tecnologia.

“O FSB Futuro é o novo modelo de cultura de trabalho que estamos desenvolvendo no nosso grupo, do qual fazem parte a FSB Comunicação, com mais de 40 anos de mercado em Relações Públicas, e a Loures Consultoria. Com o apoio do Silvio Meira e seu time especializado em inovação digital e transformação estratégica, estamos desenvolvendo oportunidades de negócio e reforçando a capacidade de inovação de nossos times de atendimento ao cliente. Somos parceiros estratégicos de negócios que buscam não só pensar as necessidades do presente, mas que apostam no futuro e no desenvolvimento contínuo de soluções inovadoras”, ressalta Diego Ruiz, sócio-diretor das agências.

“Ficou muito mais difícil competir hoje em dia, porque já não basta mais oferecer ponto de venda, ações de marketing e uma promessa de produtos e serviços. É necessário ter soluções digitais articuladas, estratégias de adaptação a mudanças e um atendimento cada vez mais eficiente para os clientes, que também tiveram que aprender novas habilidades nesse período, como trabalhar em home office e pagar contas por Pix, por exemplo. Certos níveis de ingenuidade digital que a gente tinha antes da Covid não são mais aceitáveis”, analisa Meira. “E, com essas novas habilidades, os clientes esperam que as empresas melhorem sua experiência de uso e consumo, de acordo com o que estão pagando.”

Da Comunicação Corporativa passando pelo Marketing Digital e pela Publicidade, o Grupo FSB conta agora com novas tecnologias e capacidades para capturar oportunidades de visibilidade e engajamento para marcas, analisar diferentes comportamentos de usuários por nicho, identificar o surgimento de novas redes sociais e ferramentas e formatar parcerias com influenciadores em perspectivas ainda não exploradas. Tudo isso com o uso intensivo de análise e gestão de dados.

“Em um contexto em que o Discord, rede social avaliada em US﹩ 7 bilhões, conta com milhões de usuários e ainda é um espaço pouco utilizado pelas marcas, pensar a comunicação para além das ações tradicionais de PR e Digital, em canais utilizados por um grande volume de mídia e concorrentes, é abrir espaço para o novo e, ao mesmo, trabalhar com uma tela em branco para a criação de estratégias em parceria com nossos clientes”, explica Ruiz.

Diversos ambientes digitais têm surgido e ganhado cada vez mais adesão dos usuários, como Clubhouse e a plataforma de streaming Twitch, com novas possibilidades de engajamento, análise de tendências de comportamentos e alto volume de captura de dados. As marcas, além de viabilizarem seu próprio processo de inovação, também podem reconhecer novas oportunidades no mundo em transformação em que estão inseridas.

“Eu quero estar com uma agência que domina e usa, na prática, um processo continuado de transformação digital e que pode me oferecer coisas, físicas e digitais, e a combinação das duas, que eu não pensei, porque ela está prospectando o mundo como pesquisadora e realizadora”, sintetiza Meira.

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vidroOs desafios da reciclagem no Brasil são enormes, já que o país recicla menos de 4% de todo o lixo gerado em seu território, segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020, da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais). Os problemas passam pelas falhas na coleta seletiva, conscientização da população e das empresas sobre o tema, questões de logística, entre outros. Embora todos os tipos de resíduos encontrem algum fator de complicação na cadeia, o vidro se destaca. Enquanto quase 98% do alumínio é reciclado (ABAL, Associação Brasileira do Alumínio), apenas 47% do vidro é reaproveitado (ABIVIDRO, Associação Brasileira das Indústrias de Vidro), ambos de material industrial e pós-consumo.

Mesmo sendo um material 100% reciclável, há alguns fatores que devem ser observados e discutidos, como o transporte e a remuneração. A indústria vidreira está concentrada no sul e sudeste (PR, SP, MG) e conta com apenas duas grande unidades no nordeste (PE e SE) do país. Isso quer dizer que grande parte do resíduo gerado no Brasil precisa percorrer uma distância grande para ser reciclado e reinserido no ciclo produtivo. Uma carga de Manaus, por exemplo, teria que percorrer mais de 3,8 mil km para chegar em São Paulo ou mais de 4,6 mil km até Sergipe. Considerando o custo médio de transporte rodoviário de R$700 a R$900 por tonelada e o valor de venda do material que gira em torno de R$150 a R$200 pela mesma quantidade, podemos perceber que o valor do frete ultrapassa muito a remuneração pela comercialização do vidro, o que torna o processo economicamente inviável.
Mesmo diante de todas as adversidades, diversos atores da cadeia estão se movimentando para transformar essa realidade. Ferramentas importantes como a Política Nacional de Resíduos Sólidos, criada em 2010, que organiza a forma como todos os envolvidos gerenciam seus resíduos e o Acordo Setorial, que define uma quantidade mínima do material pós-consumo (22%) a ser compensada ambientalmente, estabelecem que a responsabilidade pelos custos da logística reversa deve ser compartilhada por fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e consumidores. Recentemente houve uma consulta pública sobre o Decreto que institui a Logística Reversa de Embalagens de Vidro e, se as metas forem cumpridas, o Brasil deverá reciclar 50% do vidro que consome em 2025.

Além disso, a consciência ambiental dos consumidores está se fortalecendo, o que eleva o nível de exigência às marcas que consomem. Por outro lado, as empresas têm demonstrado preocupação com o impacto que suas atividades causam à natureza e, por isso, estão revisitando seus propósitos e valores.

Esses são alguns motivos pelos quais as discussões sobre os Termos de Compromisso de Logística Reversa estão intensas nos Estados, segundo Marcella Bueno, head de Operações da eureciclo, maior certificadora de logística reversa de embalagens do Brasil. “O vidro ganhou espaço nesse diálogo e isso indica que deve haver uma melhora significativa no índice de reciclagem desse material em um futuro não tão distante. Estamos trabalhando para incentivar o cenário da reciclagem e, assim, proporcionar melhorias em todo o processo”, diz.

Marcella explica que, em São Paulo, os clientes da eureciclo compensaram 11,5 mil toneladas de vidro em 2020, contra 9,7 mil toneladas no ano anterior, um crescimento de quase 20%. Nos outros estados, o salto foi ainda maior: 170%, de 620 para 1,7 mil toneladas. “No início de 2020 a gente contava apenas com 19 operadores que trabalhavam com vidro. Hoje, temos 40 operadores e cooperativas parceiros que fazem esse serviço, o que reforça o nosso compromisso de tornar a cadeia viável em todas as regiões do país”.

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siderurgia*Por Vinicius Callegari
Não é novidade que o Brasil possui um terreno sólido de riquezas no campo siderúrgico e com forte inserção no mercado internacional, o que fomenta o desenvolvimento econômico brasileiro. Atualmente, as principais atividades que contribuem para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) são a agropecuária, responsável por cerca de 10%; o setor industrial, que representa 25%; e o setor terciário, que engloba comércio e serviços.
Apesar do momento conturbado do país, a indústria siderúrgica tem sido responsável por manter a economia em andamento, contribuir com a geração de empregos, câmbio, investimentos, importação e exportação. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil, a estimativa da produção em 2020 reduziu de 18,8% previsto em abril, para 6,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Porém, com a retomada da economia, houve uma grande melhora e a demanda do aço já é a mesma de janeiro de 2020 (63%), ou seja, uma capacidade instalada total de 51,5 milhões de toneladas.
O fato é que o mercado siderúrgico é um importante fornecedor de insumos para diversos outros setores da indústria de transformação, bem como para a construção civil, representada por grandes empresas verticalizadas em diversas fases do processo produtivo. Mas, por se tratar de uma indústria intensiva em capital, necessita ainda de investimentos em ativos que destinados a projetos de maturação, implicam elevado aporte de recursos.
Em contrapartida, essas companhias possuem uma forte inserção internacional, o que nos deixa sempre um passo à frente de outros países. Aqui no Brasil, as siderúrgicas possuem uma logística favorável, sendo que a maior parte das nossas indústrias estão concentradas próximas dos portos de embarque e das minas de minério de ferro, o que oferece acessibilidade na exportação. Além disso, o custo da nossa mão de obra é relativamente baixo, o nosso minério é com alto teor de ferro e possui um menor custo, o que beneficia a cadeia como um todo.
Em paralelo, percebemos que, aos poucos, as indústrias têm cedido às tecnologias e isso tem favorecido, e muito, o setor. É possível encontrar uma gama de soluções inovadoras que auxiliam a ter processos automatizados, ágeis e eficientes, e que ao mesmo tempo beneficiam no gerenciamento e na produtividade interna, aumentando assim a competitividade. Esse investimento, mesmo que de forma tímida, tem sido primordial, porém esse caminho deve ser o meio e não fim, isso porque qualquer tecnologia que provê o seu ROI é vista como potencial de aquisição pela indústria.
A área de logística interna, por exemplo, tem ganhado bastante com esse movimento por meio das soluções IOT+ SaaS (Internet of Things + Software as a Service), conseguindo grandes resultados na coleta e no processamento de informações importantes para a produtividade. E isso tem sido determinante na tomada de decisões, principalmente em tempos de distanciamento social em que a equipe no campo é menor, mas as máquinas não param e continuam trabalhando intensamente.
Mesmo com o câmbio favorável, a burocracia e a complexidade fiscal/tributária fazem com que os produtos brasileiros tenham dificuldades em competir internacionalmente. Mas o que tranquiliza a nossa economia é que um dos principais setores do país já está produzindo como antes, a projeção de crescimento para diminuir a capacidade ociosa continua e já é possível ver novos tempos para a indústria, sobretudo para a exportação e em investimentos em tecnologias 4.0 para que o aumento da produtividade acompanhe a provável retomada econômica.
*CCO e Head de Desenvolvimento Comercial da GaussFleet

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energiasolarVocê sabe o que é uma franquia de energia solar?

Uma franquia com modelo de empresa responsável por oferecer serviços de energia solar, podendo variar desde a orientação de compra de um equipamento específico para as suas necessidades até o serviço de instalação de um sistema completo de energia solar para residências e empresas.

É possível abrir uma franquia de energia solar com grandes chances de crescimento, afinal, a energia fotovoltaica é uma tecnologia em constante expansão, com altas oportunidades de retorno em investimento e margens de lucro.

Faça parte do futuro

O Grupo Atnzo reuniu toda a sua experiência para trazer a você um modelo de negócio solar inovador no mercado, a Sunlar, marca que conecta você com o futuro. É o modelo de negócio criado especialmente para quem busca aproveitar a grande janela de oportunidade do setor solar em 2021. Com produto extremamente atrativo: além de gerar uma economia que pode chegar a 95% na conta de energia, possui apelo ambiental da ordem do dia.

A marca opera de forma simples e ágil: após apresentar a empresa e o produto para o cliente, e ter o contrato assinado, basta o franqueado realizar o pedido das placas e executar a instalação de acordo com o perfil do cliente.

Quem opta por energia solar tem a vantagem de instalação rápida, zero barulho, sustentabilidade e redução de até 95% na conta de luz.

“Por serem compostos por apenas dois principais elementos, painéis solares e inversores, os sistemas de energia solar apresentam baixas necessidades em relação à manutenção. A vida útil dos componentes do sistema fotovoltaico é longa. A preservação do meio ambiente também depende de cada um de nós, não apenas dos dirigentes dos países e das grandes empresas. Por isso, resolvi fazer escolhas em minha rotina diária que contribuam para diminuir os impactos ambientais, sendo que uma delas foi ter me tornado franqueada da Sunlar”, contou Letícia Máximo uma das primeiras franqueadas da marca.

Salve o mundo

Cientistas estabelecem ligações entre a poluição do ar generalizada da queima de combustíveis fósseis e casos de doenças cardíacas, doenças respiratórias e até mesmo a perda de visão. Ou seja, sem as emissões de combustíveis fósseis, a expectativa média de vida da população mundial aumentaria em mais de um ano. Enquanto os custos econômicos e de saúde globais cairiam cerca de US ﹩ 2,9 trilhões.

“Ao contrário dos combustíveis fósseis, a energia solar é uma forma limpa porque não produz resíduos poluentes e gases de efeito estufa. Ela é sustentável porque é gerada por um processo natural que se repõe constantemente com a emissão de raios solares. Além disso, a construção de sistemas fotovoltaicos não impacta negativamente a natureza, diferente das hidrelétricas que precisam inundar áreas quilométricas e por isso destroem o ecossistema de um lugar e deixam famílias desabrigadas”, diz Alex que resolveu desenvolver a Sunlar com a ideia de preservação do meio ambiente.

O setor de energia solar é um dos que mais crescem no mercado

A energia solar no Brasil acumula um histórico de crescimento exponencial desde 2015. Somente no país, foram atingidos, em um ano, 2,4 GW de potência instalada em geração distribuída. No ano de 2019, o crescimento passou de 212%, sendo instalados mais de 110 mil sistemas fotovoltaicos em todo o país. Em 2021 o mercado de energia solar irá crescer o equivalente aos últimos 8 anos. Será o chamado “ano do 8 em 1”.

O franchising é o melhor nicho de investimentos

Transformar a crise em oportunidade e se reinventar tem sido a saída encontrada por muitos brasileiros que resolveram desenvolver novos negócios durante a pandemia.

O franchising sempre foi o melhor nicho de investimentos, e neste momento de pandemia, muito mais. Uma das maiores vantagens em optar pelo modelo de franquia é contar com um modelo de negócio já pronto para você operacionalizar.

Além do suporte que a franqueadora oferece. Mesmo que você tenha pouca experiência com energia solar, a Atnzo te ensina tudo que você precisa saber para se destacar nesse mercado. Desde pequenos detalhes sobre a energia solar à instalação mais complexas das placas.

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esgPor Fábio Lupo, Lilian A. P. Miguel, Lucas Rodrigues Lomelino e Samira Vasconcellos Miguel*
Vivemos tempos em que a sociedade como um todo é considerada um parceiro importante e indispensável para o desenvolvimento econômico, além de ser parte integrante e indissociável do desenvolvimento social. Neste contexto, buscar entender e definir metas e indicadores que auxiliem a sociedade a ter clareza sobre ações e domínio sobre os caminhos a seguir nesta direção de desenvolvimento sustentável passou a ter relevância nos mercados, o que inclui também a área de investimentos financeiros.

No início deste milênio surgiu a sigla ESG – Environmental, Social and Governance (em português, Ambiental, Social e de Governança) para estruturar a coleta dos dados relacionados a esses fatores, bem como para instrumentalizar o acompanhamento destes dados, de forma a que se pudesse ter escolhas mais qualificadas dos investimentos feitos no nível das companhias, em especial, aquelas que têm suas ações distribuídas nos mercados de capitais. Desde o surgimento da sigla passaram-se mais de quinze anos, mas ainda existem questões em aberto em torno do conceito.

O impacto das empresas no meio ambiente, a exploração de formas de trabalho injustas e a corrupção que compromete as atividades corporativas e públicas, são temas que foram ganhando cada vez mais relevância com o passar das décadas. Com estas pautas em destaque e ganhando espaço nas mídias, o mundo corporativo passou a considerar os impactos destes aspectos perante o mercado consumidor o que, junto a decisões éticas, criou os conceitos de responsabilidade corporativa e responsabilidade socioambiental.

Estes conceitos já estavam plenamente estabelecidos quando surge o termo ESG, trazendo as mesmas questões para o mercado financeiro. No entanto, seria equivocado entendermos a sigla apenas como uma transposição da responsabilidade corporativa para o ambiente do mercado financeiro. Apesar de lidar com as mesmas temáticas, o ESG traz consigo uma lógica própria do mercado financeiro, que está presente na própria gênese da sigla.

No ano 2000, diante da complexidade dos dilemas gerados pela intensa globalização e pela intensificação dos impactos ambientais e sociais, a ONU estabeleceu os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), envolvendo 191 Estados membros e 22 organizações globais. No mesmo ano, a Organiação convocou as grandes corporações globais para criar o Pacto Global, desta vez envolvendo empresas da iniciativa privada para também se comprometerem com objetivos ligados ao desenvolvimento sustentável global. Atualmente, o Pacto Global conta com dezesseis mil membros, entre empresas e organizações, e está presente em cento e sessenta países.

Em 2004, o Pacto Global elaborou um documento voltado especificamente para o mercado financeiro, reconhecendo o impacto deste setor da sociedade, nas empresas, e o potencial que este mercado possui de motivar mudanças necessárias para que se atinjam as metas do Pacto. O documento foi publicado em 2005, sob o título Who Cares Wins.

É neste documento que a sigla ESG surge pela primeira vez, no intuito de sintetizar os principais pilares do Investimento Responsável, a partir dos quais são designados indicadores específicos que devem ser observados pelos investidores para avaliar o impacto de seus investimentos.

Uma vez que a possibilidade de se integrar formalmente questões ESG na análise financeira do mercado de investimentos foi apontada, fez-se necessária a regulação desta possibilidade, motivando a UNEP-FI (United Nations Environment Programme Finance Initiative) a encomendar, em 2005, um estudo sobre o tema ao escritório de advocacia Freshfields Bruckhaus Deringer.

O resultado deste estudo foi o documento A Legal Framework for the Integration of Environmental, Social and Governance Issues into Institutional Investment cuja tradução livre é Uma estratégia legal para a integração das questões ambientais, social e de governança nos investimentos institucionais, que tinha por propósito verificar se a integração de critérios ESG em políticas de investimento estava de acordo com a legislação de diversos países. Na conclusão deste estudo encontramos o posicionamento de que os critérios da sigla podem ser incluídos na regulação deste mercado contanto que sejam motivados por propostas apropriadas e não afetem a performance financeira dos portfólios.

É possível depreender que a motivação de investidores em fundos de investimento que adotam critérios ESG, tem duas vertentes: a primeira, diretamente ligada aos resultados financeiros das empresas, partindo do pressuposto de que empresas com melhores práticas de sustentabilidade apresentam, a longo prazo, resultados financeiros melhores, e, a segunda, que transcende a pura lógica do retorno financeiro, ressaltando os ganhos da sociedade e do meio ambiente como razões para o investimento ESG .

Essa aparente dicotomia afeta o argumento daqueles que procuram promover a lógica ESG no mercado financeiro. Ao passo que uma argumentação procura influenciar o investidor a partir de sua intrínseca lógica financeira, a outra procura conferir ao investidor uma responsabilidade que pode se contrapor com o aspecto financeiro e tornar inócua a referida análise para o investimento.

Entretanto, um possível colapso ambiental, crises sociais e o aumento dos casos de corrupção dentro de empresas e instituições são questões urgentes e de alguma forma devem ser abordadas de forma responsável pelo mercado financeiro. A necessidade de maior estímulo às práticas ESG no mundo corporativo é evidente, e a presença de empresas de capital aberto e fundos de investimento que adotam estes critérios colaboram diretamente para a adoção de tais práticas.

Ainda faltam estudos que demonstrem os riscos que o mercado financeiro como um todo pode sofrer com a ausência de tais práticas, e também que demonstrem a responsabilidade do mercado financeiro no cumprimento da Agenda 2030 (ODSs) da ONU.

Em especial no Brasil, já existem movimentos regulatórios em curso, para que haja maior adoção de práticas de sustentabilidade nas empresas e para que os critérios ESG sejam adotados não apenas como uma fonte de pesquisa para os investidores, mas igualmente como um marco para a mudança do paradigma de sustentabilidade, como é o caso das Duas Audiências Públicas recém editadas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM, quais sejam SDM 08/2020 e SDM 09/2020.

Na primeira delas, há um convite para os agentes operadores do mercado de valores mobiliários apresentarem sugestões para que esses critérios sejam inseridos nas normas reguladoras de todos os fundos de investimento que vierem a ser lançados e operados no Brasil, enquanto a normativa que será editada a partir da audiência pública SDM 09/2020, pretende melhorar a transparência e a qualidade das informações hoje prestadas pelas companhias de capital aberto listadas no mercado de capitais.

Conclui-se que é urgente a fixação de critérios ESG e sua avaliação objetiva para determinar a aplicação dos recursos pelos investidores como forma de induzir as empresas para que atuem, na prática, com uma consciência e intencionalidade de produzir e comercializar produtos e serviços que gerem desenvolvimento econômico sustentável, criando um círculo virtuoso e valor de longo prazo para toda a cadeia de stakeholders.
Pesquisadores convidados da Universidade Presbiteriana Mackenzie*

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Maya Horowitz

A Check Point Research (CPR) divulgou o Índice Global de Ameaças referente ao mês de março de 2021. Os pesquisadores relataram que o cavalo de Troia bancário IcedID apareceu pela primeira vez na lista de malwares ocupando o segundo lugar, enquanto o Dridex foi o malware mais predominante, saltando do sétimo lugar em fevereiro para a liderança do ranking global em março. Na lista de Top Malware do Brasil, o IcedID não aparece, enquanto o Dridex ressurgiu em primeiro lugar com um índice de 28,08%, acima do global (16,40%).

Visto pela primeira vez em 2017, o IcedID se espalhou rapidamente em março de 2021 por meio de várias campanhas de spam, afetando 11% das organizações em todo o mundo. Uma campanha amplamente difundida usou um tema da COVID-19 para atrair novas vítimas a abrir anexos de e-mail maliciosos. A maioria desses anexos são documentos do Microsoft Word com uma macro maliciosa usada para inserir um instalador para IcedID. Depois de instalado, o trojan tenta roubar detalhes da conta, credenciais de pagamento e outras informações confidenciais dos PCs dos usuários. O IcedID também usa outro malware para proliferar e tem sido usado como o estágio inicial de infecção em operações de ransomware.

Quanto ao Dridex, também um cavalo de Troia bancário, este malware é direcionado à plataforma Windows e é distribuído via campanhas de spam e kits de exploração, baixado por meio de um anexo de e-mail de spam. O Dridex entra em contato com um servidor remoto, envia informações sobre o sistema infectado e pode baixar e executar módulos adicionais para controle remoto.

“O IcedID já existe há alguns anos, mas recentemente foi amplamente adotado, mostrando que os cibercriminosos continuam a adaptar suas técnicas para explorar organizações, usando a pandemia da COVID-19 como um disfarce”, afirma Maya Horowitz, diretora de Pesquisa de Inteligência de Ameaças da divisão Check Point Research (CPR). “O IcedID é um cavalo de Troia particularmente evasivo que usa uma variedade de técnicas para roubar dados financeiros; então, as organizações devem garantir que têm sistemas de segurança robustos para evitar que suas redes sejam comprometidas e minimizar os riscos. O treinamento abrangente para todos os funcionários é crucial, para que eles estejam preparados com as habilidades necessárias para identificar os tipos de e-mails maliciosos que espalham o IcedID e outros malwares”, explica Maya.

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Marcelo Reis - Founder MR16 Consultoria

Marcelo Reis – Founder MR16 Consultoria

Por Marcelo Reis*

Em 2020 quando a OMS reconheceu a situação da COVID-19 como sendo uma pandemia, logo começou um movimento em que algumas pessoas negavam a seriedade da situação. Em alguns países, o estado de emergência demorou muito a ser reconhecido. Por este comportamento, os cenários mais realistas que apontavam para uma plena recuperação econômica mundial, em não menos de 2 anos, eram mal vistos e desacreditados. No entanto, agora, com 1 ano de pandemia é exatamente o que vem se mostrando real.

Esperar que o mundo volte a ser como antes é utópico. A nova normalidade já vem sendo implantada na prática, a forma de trabalhar, fazer negócios, consumir e gerir a vida mudou de forma definitiva. Neste artigo, separei alguns aprendizados, melhorias e também pontos de atenção que a COVID trouxe.

Varejo: sobrevivência depende de transformação

Logo no início de 2020 o comércio sofreu o impacto inicial e começou a pedir ajuda ao governo, que também não estava preparado para fornecer este tipo de socorro ao empresário. As empresas, principalmente as pequenas e médias, que ficaram “sentadas esperando que tudo fosse passar em 3 ou 6 meses”, e não se transformaram, quebraram. Sem fôlego financeiro muita gente fechou e, quem sobreviveu, tocou os negócios baseado no delivery.

O calendário comercial ficou mais “lento”, não teve a aceleração típica das datas sazonais ao longo do ano e nem o esperado pico de consumo em dezembro. O sentimento que se estabeleceu é de 2021 quase como uma continuação de 2020.

Online não é diferencial, é parte essencial da operação de qualquer empresa

O online entrou de vez na estratégia das empresas, não adianta pensar nele como uma parte isolada. O digital precisa ser parte do planejamento principal. A unificação da qualidade e tipo de atendimento ao cliente independente do canal foi um importante aprendizado.

Antes da pandemia, era comum o cliente ter um tipo de experiência na sua jornada de compra presencial muito diferente da ofertada pela mesma marca no canal online. Ou seja, dependendo da escolha do canal para compra, o cliente terminaria sem a mesma assistência, sem acesso à promoção ou sem a personalização do seu perfil de compra. Com clientes mais exigentes e conscientes de suas compras as marcas precisaram adequar e garantir a mesma qualidade em qualquer canal.

Logística como parte fundamental do sucesso nas vendas

As adaptações realizadas nos processos logísticos também acrescentaram qualidade na relação consumidor-marca. Podemos dizer que esta multicanalidade está funcionando bem no momento em que o cliente pede um produto pelo site e este pedido é encaminhado para a loja mais próxima da rede e em seguida, entregue. Não vai mais para um centro de distribuição localizado distante e que  acrescenta tempo de espera.

A relação entre grandes marcas e clientes era distante, cada um estava em uma ponta desta equação comercial, que era recheada de intermediários. Com o fechamento dos comerciantes que faziam esta ponte, as marcas entenderam que não tinham mais clientes pois na verdade eles eram dos lojistas e não das indústrias. Agora, o fornecedor vende direto para o consumidor final e se tornou também um concorrente do varejista, tornando ainda mais acirrado o mercado para o pequeno empresário.

 O consumidor mudou e mais do que nunca valoriza experiência

A queda no consumo reflete também uma mudança de hábito da população que está menos consumista. Antes, as pessoas iam aos shoppings passear e sempre saiam com uma sacola, muitas vezes sem nem saber direito o que estavam comprando. Do ponto de vista econômico, mantinha a roda girando e gerava empregos. Ao mesmo tempo, a compra sem necessidade é contraproducente do ponto de vista ambiental, também com muita geração de lixo.

Com esta mudança de comportamento, o desafio maior, fica na mão das categorias que sobreviviam massivamente das compras por impulso. Um bom exemplo são as papelarias e lojas de miudezas em que comprávamos algo no meio do caminho por lembrar que precisávamos, mas que não sairíamos de casa apenas em busca do item. Essas empresas precisarão encontrar novas formas de sobreviver.

O consumo cada vez mais vai migrar para a experiência, para o viver e aproveitar efetivamente o momento. Atualmente isto está na contramão da queda no turismo internacional. Contudo, a tendência já se apresenta na busca de turismo pelos moradores em suas próprias cidades. Os residentes locais estão explorando mais os hotéis, parques e atrações turísticas de sua região. No futuro, esta tendência se expandirá para além das fronteiras, na retomada do turismo internacional.

Relação vida X trabalho – A vida desacelerou, a qualidade de vida virou foco e agenda cheia não é mais sinônimo de produtividade

Todos nós nos transformamos muito como profissionais e como empresa no último ano. Uma coisa que veio para ficar foi o home office, híbrido ou integral. A desconfiança que se tinha sobre este modelo de trabalho desapareceu à medida que se mostrou eficaz. Grandes empresas estão adotando o home office.

Com o objetivo de ficar perto das suas famílias, muitas pessoas se mudaram para cidades do interior, muitas vezes longe das sedes das empresas. Quem fez este movimento, percebeu que poderia ter um custo mais baixo associado a uma melhor qualidade de vida, e não querem mais voltar ao modelo antigo. Vai ser um grande desafio para as empresas convencer os funcionários de voltarem ao modelo fixo no escritório. O modelo de home office ou trabalho de qualquer lugar é algo que veio para ficar.

Vemos a desaceleração da vida. Qualquer um de nós, que faça uma reflexão dos dois últimos anos, pode perceber que tínhamos uma vida extremamente agitada. Saíamos antes das 07h da manhã de casa, passávamos o dia nos movimentando entre trabalho, reuniões, almoços e outras atividades. Em algumas funções profissionais, isso incluía deslocamentos constantes entre cidades, inclusive com aeroportos em alguns casos.

O setor aéreo segue extremamente afetado, e as viagens de negócio praticamente desapareceram. A redução mais contundente foi nos vôos internacionais, mas com um grande declínio nos nacionais também. As pessoas começam a criar novos hábitos e as empresas precisam se adaptar a esta mudança toda. A maioria das viagens executivas que aconteciam foram substituídas e temos sobrevivido com ferramentas digitais, de forma 100% remota.

A necessidade de reunião presencial ficou provada em alguns casos, como conhecer clientes e fornecedores, para gerar uma conexão mais pessoal. Porém, o mesmo não aconteceu na esmagadora maioria dos encontros que demandavam esforço e dinheiro para se deslocar e reunir.

A agenda e a vida estão mais balanceadas para família e trabalho, aprendemos e agora quereremos ter tempo para fazer nossas coisas pessoais. As pessoas se desapegaram do vício de ter a agenda tão cheia que não sobrasse nem tempo para parar e fazer uma refeição ou respirar.

Os riscos do comodismo em longo prazo

No outro prato da balança, está um efeito colateral: se acomodar. Agora, para sair de casa para cumprir alguma tarefa presencial as pessoas precisam de um empurrão a mais, mais incentivo do que era necessário antes para sair da inércia. As pessoas estão questionando de forma mais forte a necessidade de estar presencialmente nos lugares. A necessidade do movimento passou a ser muito mais questionada.

Em longo prazo, este padrão de comportamento pode levar à prostração e a ausência de movimento começar a causar problemas de saúde ligados ao sedentarismo. A preocupação com a saúde física, com a atividade consciente e com a saúde mental precisam estar constantemente sob nossos olhos.

 Dependência de suprimentos estrangeiros fez indústrias repensarem as cadeias de suprimentos

Um aprendizado importante é que por mais que o conceito de globalização funcione, na hora de uma crise como é a pandemia, vale a defesa individual. Cada nação quis se proteger, cuidando de suas fronteiras, providenciando suas vacinas e adotando políticas protetivas.

A dependência de fornecedores internacionais se mostrou um “calcanhar de Aquiles” para muitos países que dependiam exclusivamente de compras da China e ligou um alerta significativo sobre buscar sua autonomia, ou soluções alternativas, caso não tenha importação em algum momento no futuro.

Ou seja, começamos a ver um patriotismo nas indústrias, visando garantir seus processos produtivos sem dependências extremas externas. Agora, as produções são pensadas com planos B, C e D para garantir que não pare.

Atenção ao planejamento

Vejo nas indústrias, especialmente as latinas, que sempre foram muito orientadas à ação, uma tomada de atenção para o planejamento estratégico com uma ênfase que não se via antes.

A análise de cenários ganhou força e passou a ser mais valorizada. A tomada de decisões baseada em projeções embasadas em previsões realistas, torna os rumos da empresa mais assertivos. Se a emoção dominava antes da pandemia, foi o planejamento quem manteve as empresas vivas durante o período.

*Founder MR16 Consultoria

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facensO mundo caminha, cada vez mais, rumo ao desenvolvimento sustentável. Afinal, são quase 8 bilhões de habitantes na Terra, com recursos naturais limitados e uma população em crescimento. Há um número cada vez maior de iniciativas públicas e privadas desenvolvendo projetos e soluções para cidades inteligentes e sustentáveis. Em escala menor, o mesmo vem acontecendo com empresas, que tem como objetivo ser autossuficiente em água e energia, além da redução da emissão de CO2 na atmosfera.

De acordo com Vitor Gomes, Gerente de Impacto e Sustentabilidade do Centro Universitário Facens, ter um campus cada vez mais sustentável é uma meta para a instituição de ensino. “Achar o equilíbrio entre as necessidades dos seres humanos e da capacidade de recursos do nosso planeta é o grande desafio do século XXI. Energias não renováveis e que liberam gases de efeito estufa estão cada dia mais sendo substituídos por fontes limpas. Por isso, a eficiência energética é uma das prioridades dentro da Facens, não só em nosso campus, como na formação dos nossos alunos.”, explica Vitor.

O relatório Bloomberg New Energy Finance, de 2019, apontou que a expectativa é de que as energias eólica e solar cheguem a representar 48% da geração energética global em 2050. Atualmente, elas correspondem apenas a 7% do suprimento total de energia no mundo. No Brasil, a energia solar fotovoltaica já é a terceira mais importante fonte renovável, depois da hidráulica e eólica, em potência instalada. As projeções da Bloomberg também apontam que a energia solar deve representar 32% da matriz energética brasileira até 2040.

“Atualmente a Facens gera, por meio de energia fotovoltaica, 15% do que consome mensalmente em energia elétrica no campus. Nosso objetivo é ampliar a capacidade de geração da nossa subestação, que hoje também serve como fonte de aprendizado prático e teórico para os alunos do Centro Universitário”, ressalta Heverton Bacca, coordenador de engenharia elétrica da Facens.

Bacca reforça que a preocupação com a capacitação dos alunos para o mercado de energia fotovoltaica é grande, já que é um setor em franca expansão e que demandará cada vez mais profissionais especializados. De acordo com a ABSOLAR, a energia solar gerou mais de 147 mil empregos no Brasil em 2020. Segundo a Aneel, até 2024, o país terá cerca de 900 mil sistemas fotovoltaicos On Grid instalados.

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Alexandre_Dias_DiretorOrbitallPor Alexandre Dias*
A transformação digital trouxe um empoderamento para o cliente no que diz respeito à reputação de marca. Se antes as críticas a uma empresa eram feitas de maneira offline e envolvendo apenas a companhia e o consumidor, hoje, com as redes sociais e a digitalização dos canais de comunicação, uma má experiência de um usuário pode viralizar e trazer sérias consequências para a imagem da marca em questão.
Por isso, focar no relacionamento com o consumidor é fundamental. Usar recursos tecnológicos para melhorar processos e fazer uma leitura de mercado para oferecer uma experiência de atendimento mais agregadora e satisfatória para o cliente é um diferencial que terá um impacto positivo nos resultados e na visão de marca pelos consumidores.
A fim de analisar com mais detalhes as preferências dos usuários e redesenhar a prestação de serviços nos canais de comunicação com o cliente, com foco na melhoria da experiência, existe um recurso a ser explorado pelas empresas: o analytics. Por meio dessa ferramenta, é possível ter insights valiosos que podem transformar a forma de atuação da marca e elevar a satisfação dos consumidores.
Tanto com o machine learning e outros modelos matemáticos envolvidos, soluções de analytics aplicadas nos contact centers são capazes de usar dados coletados em cada troca de informação com o cliente para fazer análises e seguir em um processo de tomada de decisão mais eficiente e assertivo. O objetivo é se atentar ao consumidor e às suas preferências, entendendo o que dizem os dados, para conseguir melhorar a experiência do usuário e atender às suas demandas com eficiência.
Como boa parte das operações são digitalizadas, usando inclusive inteligência artificial e bots de atendimento, há um grande nível de dados coletados, que, interpretados pelo analytics, irão possibilitar um contato mais personalizado, eficiente e com maiores chances de satisfação. Segundo o Gartner, se os líderes optarem pelo uso de analytics e participarem da definição de metas e estratégias baseadas neles, poderão aumentar a produção de valor de seu negócio em 2,6 vezes.
A consultoria prevê que em 75% das organizações, a inteligência artificial sairá da fase piloto, até 2024, para entrar em operação, o que irá quintuplicar as infraestruturas de análise, assim como a transmissão de dados. Isso fará com que 33% das grandes empresas tenham analistas exercendo a inteligência de decisão até 2023, de acordo com a consultoria.
Esses dados apontam que o uso de analytics é uma grande tendência, inclusive para o setor de contact centers, uma vez que ao reestruturar a jornada de atendimento e trazer melhorias na produtividade, na qualidade do serviço e nos resultados entregues será possível transformar a interação com o cliente e alcançar índices positivos de CX, uma variável que ganha cada vez mais peso dentro das empresas e que cresce como critério de decisão para o usuário na hora de escolher quem será o prestador de serviço.
Diretor de Novos Negócios na Orbitall, empresa do Grupo Stefanini*

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luiz castanhoPor Luiz Alexandre Castanha*

As abordagens de ensino têm sido aprimoradas no decorrer dos anos. Essa disrupção precisa ser acelerada ainda mais no ensino corporativo, tornando-o leve e prazeroso tanto para quem repassa as informações quanto para quem recebe.

Nessa jornada, principalmente em cursos e conteúdos a distância, recursos como gamificação, quizzes, realidade aumentada e virtual são utilizados com sucesso. É necessário ir além das abordagens acadêmicas tradicionais onde se utiliza a aprendizagem mecânica e exames! Chega de lidar apenas com conteúdos teóricos, memorização das aprendizagens e realização de exames.

O caminho que pode ser tomado é o de oferecer abordagens mais pragmáticas de aprendizagem. E um desses métodos modernos é o Aprendizado Baseado em Projetos (Project-Based Learning na sigla em inglês).

Esse tipo de aprendizagem dá aos alunos a oportunidade de desenvolver conhecimentos e habilidades por meio de projetos envolventes em torno de desafios e problemas que eles podem enfrentar no mundo real.

Na prática, instituições de renome mundial como Harvard já usam o Project-Based Learning em seus cursos de graduação. A Fundação Bill e Melinda Gates costuma incentivar a utilização da metodologia em escolas dos Estados Unidos. Na Europa também é comum haver o financiamento de projetos em todos os estágios de aprendizagem.

É uma revolução em relação ao que é proposto na estrutura cognitiva de outros métodos de aprendizagem. Ela se inicia com a Criação e termina com a Lembrança de aspectos e Habilidades importantes. Como então essa metodologia é capaz de revolucionar a aprendizagem? Confira a seguir:

1. Constrói soluções
A Aprendizagem Baseada em Projetos começa com o projeto e a construção de soluções que visam resolver os problemas da vida real, com os alunos motivados a criar um modelo que seja a solução de uma dificuldade enfrentada realmente.

2. Avalia a viabilidade
A Aprendizagem Baseada em Projetos treina professores e tutores para, juntos dos alunos, testarem a viabilidade do modelo construído – esta é a técnica de avaliação da segunda fase. Ela prega que os alunos avaliem a viabilidade, a examinando de acordo com a solução do problema real.

3. Examine e repita
Quando a avaliação é feita, os alunos são motivados a avaliar com atenção os projetos até atingirem o objetivo. A Aprendizagem Baseada em Projetos propõe que os alunos dividam as etapas e funções e se concentrem no sucesso do projeto.

4. Funcionalidade em outras áreas
A quarta etapa das técnicas de Aprendizagem Baseada em Projetos é explorar a funcionalidade do projeto e colocá-lo em prática, mesmo em um objetivo diferente do original.

5. Reconhecer os elementos multidisciplinares
No quinto estágio da Aprendizagem Baseada em Projetos, os facilitadores e os alunos juntos reconhecem todos os elementos multidisciplinares que foram utilizados. É quando os tutores conscientizam os alunos sobre diferentes habilidades e disciplinas utilizadas. Por exemplo, ao construir uma ponte, os conceitos de engenharia, bem como os físicos e arquitetônicos, são levados em consideração.

O sexto e último estágio da abordagem Aprendizagem Baseada em Projetos é perceber as conclusões importantes e significativas do modelo que eles construíram. É aqui que os alunos se lembram do que aprenderam e das habilidades que desenvolveram.

Alguns modelos mais antigos mostram uma hierarquia de aprendizagem. Mas, na realidade, não há um estágio de aprendizagem que esteja abaixo ou acima dos outros. Cada aluno tem uma mente dinâmica e a Aprendizagem Baseada em Projetos é projetada para manter os alunos no centro da abordagem, o que garante que eles adquiram conhecimento e habilidades pragmáticas em vez de apenas conceitos teóricos.

Você já tinha pensado em colocar esses conceitos em prática dessa maneira?

Administrador de Empresas com especialização em Gestão de Conhecimento e Storytelling aplicado à Educação*

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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