A diversidade na utilização, bem como os benefícios oferecidos, tornou a aplicação do alumínio uma das principais tendências mundiais para a indústria automotiva. Este tipo de metal apresenta inúmeras vantagens quando comparado a outras variedades, como o aço, por exemplo. O alumínio é leve, não é corrosivo para os fluidos veiculares, apresenta índice elevado de troca térmica, absorve maior energia de impacto e é de fácil montagem em sistemas de aplicação automotiva. Todos estes benefícios são muito importantes, mas talvez o fato do Alumínio ser um metal com superioridade em relação à sustentabilidade, o torna uma opção ainda mais relevante para o setor automotivo. Mas, antes de tudo, é bom conhecer quais são as principais aplicações do alumínio na indústria automotiva.
Atualmente, a tecnologia permite o uso de ligas de alumínio de boa resistência mecânica e com entrega de performance mesmo em temperaturas mais elevadas, o que possibilita a utilização do material nos mais diversos conjuntos e sistemas automotivos. A indústria tem investido em aplicações do alumínio desde os detalhes decorativos, como frisos, painéis e encaixes, passando pelo chassi estrutural e rodas de liga leve e até mesmo no conjunto de motorização, como cabeçote do motor e pistões. Quando especificamos os tubos de alumínio, quem também ganha destaque são os sistemas de condução de fluidos para refrigeração, como o ar-condicionado, sistemas de arrefecimento, assim como os sistemas de acionamento que dependam do transporte de fluidos para o funcionamento.
Cada um destes componentes usufrui de benefícios específicos quando utilizado o alumínio em sua produção. A motorização, por exemplo, tem considerável ganho de torque e potência, consequentes do baixo peso e alta condutividade térmica do metal. Já em relação a parte estrutural, que corresponde a até 30% do peso total do veículo, pode ter uma redução de 40 a 50% neste número e um aumento de 60% na rigidez em relação ao aço, de acordo com dados da ABAL – Associação Brasileira do Alumínio, o que garante melhor performance do automóvel e mais segurança para os passageiros.
Mesmo com todos os benefícios oferecidos pelas aplicações de alumínio para o setor automotivo, o Brasil ainda tem uma longa estrada a percorrer neste cenário. A aplicação de alumínio em automóveis normais no Brasil tem uma média de 28 Kg de alumínio por veículo. Nos Estados Unidos, por exemplo, essa média é de quase 90 Kg, chegando a quase 120 Kg no Japão.
O impacto sustentável do alumínio na indústria automotiva
Hoje em dia, com a agenda ambiental sendo fator de preocupação para todos os países é imprescindível lembrar da importância do uso do alumínio na questão de preservação de recursos do planeta. De um modo geral, é um metal infinitas vezes reciclável que não altera suas propriedades quando reciclado, economizando, a cada ciclo, 95% de energia quando comparado ao consumo energético que teria, caso produzido a partir do minério (Bauxita). Quando reciclado, produz um volume 19 vezes menor de particulado na atmosfera que seu equivalente em peso produzido a partir do minério. Além disso, sua reciclagem preserva por mais tempo as reservas do minério, que no Brasil representam anualmente mais de 3 milhões de toneladas de Bauxita que deixam de ser processadas, com a consequente preservação de solo e paisagem.
Enfim, para o setor automotivo, sem dúvidas, o alumínio é uma grande alternativa. Por ser extremamente leve, permite melhor desempenho com a consequente economia de combustível, despejando menor volume de CO² na atmosfera, além de prolongar a vida útil de componentes. Se levarmos em consideração os dados em aplicação do alumínio em automóveis no Brasil, ainda temos muita oportunidade de colaborar com a sustentabilidade do planeta.
Diretor Geral da Termomecanica*
Indústria 4.0 não é um termo novo. Notavelmente, o agrupamento de tecnologias que ele descreve – que inclui sistemas ciberfísicos, a Internet das Coisas (IoT), computação em nuvem e computação cognitiva/inteligência artificial (IA) – tem quase dez anos. E, embora avanços técnicos significativos continuem a ser feitos quase diariamente, muitos dos desenvolvimentos mais interessantes neste espaço têm menos a ver com a tecnologia em si e mais com a forma como essa tecnologia é integrada e aplicada para otimizar os processos e maximizar o impacto.
A cobiçada transformação digital requer não apenas a arquitetura técnica, mas também uma compreensão mais profunda de como aproveitar o potencial único das tecnologias da Indústria 4.0. O processo começa com o reconhecimento de que a integração contínua, a comunicação em tempo real e a capacidade de criar ambientes de manufatura que são virtuais, intercambiáveis, mais descentralizados e modulares têm o potencial de remodelar radicalmente o cenário da indústria.
Com esse quadro geral em mente, vamos dar uma olhada mais de perto em como essas tendências estão se saindo e que tipo de avanços da Indústria 4.0 irão moldar os próximos anos.
Mais eficiência: como e por quê?
A incerteza geral e a falta de entendimento sobre exatamente o que é a Indústria 4.0 – e como implantá-la – postergaram a utilização do conceito e/ou atenuaram o impacto nas primeiras organizações a utilizá-la. A tecnologia amadureceu nos últimos anos e o mais importante: um número crescente de empresas está reconhecendo que não basta investir grandes quantias de tempo e dinheiro na instalação de sensores inteligentes e em novos sistemas se não dedicar, primeiramente, tempo para garantir que essas atualizações sejam inteligentes e estratégicas. A percepção de que a tecnologia é apenas uma peça do quebra-cabeça foi uma evolução crucial para desbloquear todo o potencial das transformações digitais impulsionadas pela Indústria 4.0. Mais conectividade, transparência e rapidez são alcançáveis. Mais velocidade, flexibilidade, customização aprimoradas e novas eficiências são possíveis, principalmente para aqueles que passam menos tempo perguntando o quê, e mais tempo perguntando por que e como.
Informação é poder
Um dos elementos marcantes na mudança de jogo da Indústria 4.0 é sua capacidade de unir tecnologia com engenharia e operações, de forma a criar sinergias valiosas entre esferas anteriormente separadas. É por isso que a coleta de dados, o gerenciamento e a análise deles provaram ser fundamentais quando se trata de ajudar as empresas a dar grandes saltos à frente usando as soluções da Indústria 4.0. Diversas organizações estão investindo na infraestrutura e no conhecimento necessários para fazer exatamente isso. Usar métricas do mundo real para entender quais atualizações tecnológicas terão o maior impacto e como podem ser integradas aos sistemas existentes é uma das tendências mais impactantes da Indústria 4.0.
Propósito pandêmico
Os desafios históricos e sem precedentes que as empresas tiveram de enfrentar como resultado da Covid-19 reforçaram como os avanços da Indústria 4.0 são imprescindíveis. Modelos de trabalho virtual, cadeias de suprimentos não confiáveis e interrupções operacionais inevitáveis destacaram o valor da visibilidade de todo o processo. No caos e na incerteza de uma pandemia, o acesso a informações empresariais holísticas, em tempo real, não é um luxo, mas uma necessidade. Ironicamente, o lado positivo dos desafios impulsionados pela pandemia é o fato de que a maioria das empresas foi forçada a passar por uma espécie de teste de estresse involuntário, fornecendo aos tomadores de decisão novos insights sobre seus sistemas e operações. Armados com essa nova compreensão e autoconsciência sofisticada, eles podem tomar decisões mais assertivas sobre as soluções de conectividade necessárias para atender suas necessidades.
Mudanças no jogo
Entre as tendências mais importantes da Indústria 4.0 estão as etapas que as empresas realizam para identificar e implementar novas ferramentas tecnológicas:
.Modelagem holística– Os tomadores de decisão estão observando com clareza suas operações antes de investir em qualquer nova tecnologia. Esse autoexame se estende muito além do chão de fábrica e deve incluir, em última análise, um modelo de detalhes da funcionalidade do front, back e middle office. Em outras palavras, não apenas arquitetura técnica, mas fluxo de trabalho funcional. As transformações digitais de maior sucesso podem começar no topo, mas são coesas e conectadas a todas as facetas do negócio, desde relações com clientes, marketing e vendas até TI, manufatura e distribuição.
.Velocidade e agilidade– Em um espaço que continua a evoluir com velocidade impressionante, o planejamento corporativo tradicional de cinco e dez anos está simplesmente obsoleto. As empresas que adotam soluções inerentes à Indústria 4.0 estão substituindo o planejamento de longo prazo por uma visão de longo prazo. Eles estabelecem metas de longo prazo e têm uma noção clara do quadro geral, mas também desenvolvem planos específicos de curto prazo como parte de uma tentativa de se tornarem mais ágeis e responsivos às tendências e tecnologias emergentes.
.O elemento humano– Finalmente, e talvez o mais importante, é o reconhecimento de que uma transformação digital otimizada, contínua e impactante tem menos a ver com a tecnologia da Indústria 4.0 e mais com as pessoas que a utilizam. De designs de interface a implementações empresariais, as melhores ferramentas e estratégias da Indústria 4.0 são baseadas em uma abordagem que coloca o usuário em primeiro lugar. A combinação do potencial humano com sistemas e soluções de próxima geração é o caminho mais eficaz para o sucesso sustentável.
*Diretor de Indústria Digital do Grupo Stefanini na América do Norte
A TRUMPF adquiriu a software house Lantek, com o objetivo de ganhar autonomia no software de processamento de chapas que funciona independentemente do fabricante da máquina. “A TRUMPF está bastante envolvida em sistemas de automação industrial e na tecnologia como o padrão OPC-UA, para comunicação entre máquinas e dispositivos de diferentes fabricantes. A aquisição da Lantek é mais um passo nessa direção”, disse João Visetti, CEO da TRUMPF Brasil.
De acordo com Thomas Schneider, diretor gerente de desenvolvimento de máquinas-ferramenta da empresa, a parceria abre a TRUMPF para o ecossistema de produção dos clientes. “Com a Lantek, cobrimos de forma abrangente a cadeia de processo de chapa metálica, mesmo com máquinas de diferentes fabricantes. Desta forma, estamos dando mais um grande passo em direção à produção de chapa metálica eficiente e conectada e enriquecendo o portfólio de soluções das nossas Smart Factories, sempre com foco no cliente”, afirmou.
Depois de participar no desenvolvimento da umati, a interface de dados de máquina aberta; do desenvolvimento do omlox, o padrão de posicionamento aberto; e da cooperação com a especialista em intralogística Jungheinrich em veículos guiados automatizados, a cooperação com a Lantek é um passo consistente para a otimização do processo e conectividade para a produção de chapas do futuro.
“Estamos ansiosos para cooperar estreitamente com a TRUMPF. A Lantek lidera o software de chapas metálicas há 35 anos, graças à sua capacidade de trazer as melhores soluções de fabricação para qualquer máquina de corte, e este continuará sendo o nosso objetivo, garantindo a interconectividade e a independência entre os fabricantes de máquinas-ferramenta. Nossos clientes se beneficiam de um intercâmbio próximo nas principais tecnologias de IA ??do futuro, modelos de dados e controle holístico dos processos. Isso nos permite agrupar nossas competências e desenvolver softwares para o futuro da produção de chapas metálicas de uma forma ainda mais aberta e voltada para o cliente no futuro ”, diz Alberto López de Biñaspre, CEO da Lantek.
Vivien Mello Suruagy, presidente da Federação Nacional de Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática (Feninfra), salienta que um dos benefícios mais relevantes do 5G é que propiciará economia de eletricidade, pois, com o mesmo volume de energia das redes atuais de 4G, trafegará quantidade de informações mil vezes maior. Isso significa muito menos tempo de uso da internet e dos dispositivos. Além disso, os novos equipamentos são programados para funcionar apenas quando existir demanda, evitando desperdício energético nas antenas e smartphones.
Além disso, setores que hoje dependem de combustíveis fósseis passarão a viver outra realidade. Viagens aéreas, que produzem milhões de toneladas de dióxido de carbono e estão entre as atividades mais poluentes, serão cada vez mais substituídas por redes de telepresença. Deslocamentos para reuniões e atividades de entretenimento, hoje feitos por meio de transporte coletivo ou individual, também serão substituídos por eventos em plataformas virtuais cada vez mais imersivas.
“As cidades ganharão mais ferramentas de automação inteligente, otimizando a coleta de lixo, gerenciamento da água e a limpeza urbana. O desenvolvimento de redes de veículos autônomos e elétricos conectados pela rede de 5G propiciará muito mais eficiência ao trânsito urbano, economizando a queima de combustíveis”, destaca Vivien. Ela cita que também será ampliada a fiscalização contra ações predatórias ou com riscos ecológicos, com o uso de drones conectados ou pela instalação de sensores remotos.
O meio rural, ao ser conectado com a internet das coisas, consumirá muito menos água. Outras atividades, como mineração e a própria gestão do setor elétrico, ganharão eficiência por meio de redes privativas 5G.
A presidente da Feninfra alerta, porém, ser necessária atenção para a destinação correta e reciclagem dos equipamentos de terminais e de rede, cuja quantidade aumentará em decorrência da maior digitalização da sociedade. Também haverá ampliação significativa da infraestrutura atualmente instalada, que evoluirá para redes mais complexas, alimentadas por outras fontes, como energia solar e eólica. “Por isso, é essencial que esses sistemas sejam construídos dentro de normas e procedimentos técnicos rigorosos, com mão de obra qualificada e equipamentos de boa procedência, evitando o desperdício de material e riscos à saúde das pessoas e ao meio ambiente”, pondera.
Concluindo, Vivien salienta que, “se forem observados os cuidados necessários, é possível garantir que os efeitos positivos do 5G ao meio ambiente serão muito maiores do que os riscos da nova tecnologia”.
A GEMÜ do Brasil aumentou o ritmo de trabalho para dois turnos na operação de prensagem. Além das vagas abertas nessa função, houve contratação na etapa de preparação dos diafragmas, e outras oportunidades estão sendo estudadas. Mesmo com o início da pandemia da covid-19 em 2020, a empresa precisou acelerar o trabalho para manter o fornecimento regular de diafragmas para o Grupo GEMÜ, que os distribui por todo o planeta.
“Foi uma grata recompensa do nosso trabalho quando recebemos o título de Centro de Competência Mundial, pois isso envolveu a validação de amostras do produto enviadas para o polo de qualidade, que fica na Alemanha”, conta o gerente geral de vendas da área industrial da GEMÜ, Mateus Souza. “Na sequência, nossos diafragmas passaram por diversos testes, conforme o padrão europeu, e fomos selecionados.”
Para alcançar esse resultado, foram realizadas modernizações nos últimos cinco anos, com troca de equipamentos e compra de máquinas de última geração. Entre outros investimentos, foram compradas novas prensas de alta tecnologia, de maior controle e rapidez, automáticas e que permitem produção em escala. Também foram realizados investimentos no treinamento de operadores e houve a reestruturação geral no que diz respeito a layout, armazenamento de matéria-prima, padronização de procedimentos, movimentação de materiais etc.
Com as novas máquinas, ferramentas e matéria-prima vindas direto da Alemanha, foi possível atingir o nível de qualidade exigido pelo grupo. “Uma consequência positiva do creditamento foi o aumento no volume das vendas intercompany da GEMÜ do Brasil”, explica Souza.
A certificação da unidade brasileira atesta a tecnologia de ponta presente nas válvulas e sistemas de medição e controle utilizados em inúmeros segmentos da economia, como siderurgia, fabricação de fertilizantes, saneamento, geração de energia, entre outras aplicações.
Outro fator que contribuiu para demonstrar a qualidade na GEMÜ do Brasil foram os resultados do programa de mentoria lean, iniciado em 2020 em parceria com o Senai-PR, e que tinha como objetivo elevar a produtividade em pelo menos 20% no setor de vulcanização (etapa de prensagem da borracha para formar o diafragma de vedação da válvula). A surpresa veio na conclusão do processo, quando o resultado foi ainda melhor, com ganho de 27% na produtividade no setor.
A Schneider Electric anunciou o lançamento global do UPS trifásico Galaxy VL 200-500 kW (400V/480V), o novo integrante da família Galaxy. Esse UPS altamente eficiente e compacto, oferece mais de 99% de eficiência no modo ECOnversion™ para o retorno total de investimento em dois anos (dependendo do modelo) para médios e grandes data centers e instalações comerciais e industriais. No dia 4 de maio será realizado um evento virtual e ao vivo para profissionais de data center, infraestrutura elétrica e parceiros para demonstrar as capacidades e os recursos do Galaxy VL do Innovation Executive Briefing Center da Schneider Electric.
Com o Galaxy VL, a Schneider Electric apresenta o Live Swap, um recurso pioneiro com design touch-safe em todo o processo de adição ou substituição do módulo de potência enquanto o UPS estiver online e completamente operacional, oferecendo continuidade do negócio e sem paradas não programadas.
Além disso, o design touch-safe do Live Swap oferece proteção adicional aos profissionais, que não precisam mais transferir o UPS para o bypass de manutenção ou operação em bateria durante a inserção ou remoção dos módulos de potência.
“O novo Galaxy VL eleva o padrão de inovação de UPS e é projetado para ajudar nossos clientes a crescer enquanto minimizam o espaço necessário e o custo da propriedade”, diz Alan Satudi, gerente de desenvolvimento de negócios do UPS trifásicos na Schneider Electric.
“Isso é manter nosso foco nos requisitos futuros em data centers e outras aplicações críticas e atender às demandas para adaptabilidade, resiliência, eficiência e sustentabilidade. O mais novo integrante da família Galaxy é o produto Green Premium, que oferece maior desempenho, é compatível com os objetivos de sustentabilidade e preenche as lacunas preexistentes do mercado para o segmento de energia de médio porte”, acrescenta.
O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.
Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.
Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.