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luizribeiroPor Luiz Ribeiro*

O Brasil tem passado por uma intensa crise hídrica e subsequente crise energética nos últimos meses. A situação acomete desde grandes indústrias até pequenas e médias empresas e seus consumidores finais. De acordo com levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae , a conta de energia representava em 2019, 15% dos custos operacionais das micro e pequenas empresas, mas desde 2020, este gasto já passou a ser a principal despesa para 28% dos pequenos empreendedores. É preciso lembrar ainda de um agravante: a maior parte dos negócios estão faturando menos do que antes em decorrência do isolamento social.

Uma pesquisa realizada em junho pelo Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo – Simpi , apurou que 62% das micro e pequenas indústrias paulistas arcaram com aumentos sucessivos em suas contas de energia elétrica ao longo de 2021, sendo que em maio, a proporção de empresas que relataram esse problema era de 51%. A partir de julho, a bandeira tarifária foi reajustada para o patamar 2, o que deve piorar ainda mais os resultados, agravando a crise atual.

O fato é que a crise energética chega exatamente no momento em que as indústrias deveriam estar se recuperando economicamente da crise ocasionada pelo Covid-19 em 2020 e retomando suas atividades no mercado. Pela primeira vez desde o início de 2021, mais da metade das empresas industriais paulistas (52%) voltaram plenamente com suas atividades, segundo o estudo do Simpi. Das empresas que estão em funcionamento, 69% afirmaram que seus gastos com produção, como matérias-primas, água e energia elétrica aumentaram.

As diversas fontes de energia disponíveis no país

Dentro deste cenário, o Brasil, que ainda é um país muito dependente da energia hidrelétrica, a qual é responsável por mais de 60% de sua capacidade elétrica, precisa se reinventar para que as pequenas e médias empresas não sejam obrigadas a parar suas operações por falta de energia. O país passa por uma escassez de chuva, principalmente em áreas de mananciais, impulsionando a crise hídrica, além de falta de investimentos em outras matrizes energéticas, como a eólica, que só ocorrem em tempos de instabilidade, sendo suspensos na sequência. No caso da energia solar, o governo estuda tributar sua geração, inclusive doméstica, e nesse caso, o investimento fica menos atrativo.

A pesquisa do Simpi apontou que, como consequência da crise hídrica, 59% das pequenas e médias indústrias brasileiras parariam totalmente sua produção por falta de energia elétrica. Em caso de racionamento de energia, oito em cada dez PMEs teriam prejuízos, sendo que em 48% delas o dispêndio seria considerado alto. Apenas 20% não seriam prejudicadas, exatamente por utilizarem outra fonte de energia na linha de produção, não dependendo da energia hidrelétrica.

É possível estabelecer que uma maior tranquilidade em relação ao abastecimento de energia apenas acontecerá quando a representatividade hídrica no Brasil for inferior a 40%. A energia solar não é mais uma novidade e, com o avanço da tecnologia, tornou-se mais acessível, inclusive para uso doméstico. Existem, por exemplo, grandes empresas investindo em fazendas de geração de energia solar ou eólica. A biomassa foi outra diversificação importante que avançou consideravelmente na última década. Outrora a geração de energia pelo bagaço de cana era um sub-produto do etanol e utilizado apenas para manter usinas trabalhando, atualmente já existe muita oferta de venda dessa energia gerada em usinas.

Como lidar com a crise energética?

A economia de energia é o preceito básico neste momento de crise energética, a fim de manter a produtividade e os custos sob controle, evitando desta maneira um apagão . Na mesma direção, é essencial a economia de água por parte da população e das empresas, a fim de que o período de recomposição dos reservatórios seja menor. Além disso, um investimento e incentivo público maior destinado à área de energias renováveis, como biomassa, energia solar e eólica, torna-se imprescindível para mitigar a dependência da matriz hidrelétrica.

Esta não é a primeira e não será a última crise energética no país. Ainda falta planejamento de longo prazo, uma vez que só é pensado nessa questão quando uma nova crise aparece. As empresas sempre buscam produtividade e redução de custos de modo geral. Agora, com a tarifa extra de energia, o investimento em eficiência energética torna-se mais necessário, uma vez que os custos deste recurso serão inflacionados, impactando os orçamentos atuais.

O estudo do Sebrae indica que os setores que usam máquinas e equipamentos na produção, especialmente na pequena e média indústria, tendem a ser os mais afetados. Portanto, com o crescimento inevitável nos custos de energia, a saída é avançar em eficiência energética. Para isso, é fundamental diagnosticar os pontos de desperdício para identificar onde realizar as manutenções, ampliar o uso de luz natural, utilizar geração própria de energia, dividir o sistema de iluminação em circuitos, entre outros.

Atualmente já existe tecnologia capaz de medir a qualidade de energia, totalmente acessível para as pequenas e médias indústrias. As empresas brasileiras estão atentas aos novos desafios do mercado e, por isso, têm desenvolvido equipamentos cada vez mais sofisticados para realizar medições complexas de forma rápida, precisa e segura. Além de equipamentos, a cada dia são disponibilizados novos conjuntos de acessórios e softwares para auxiliar no trabalho com as próprias ferramentas, facilitando assim o uso desses instrumentos em qualquer situação de medição de qualidade de energia .

Somente entendendo e atuando na origem do desperdício de energia é possível tomar decisões inteligentes sobre formas eficientes de reduzir o consumo e, consequentemente, os custos. No final das contas, a melhor maneira de lidar com a crise energética e utilizar a energia de forma eficiente, por meio da conscientização, do investimento em conhecimento na divulgação dos benefícios da aplicação das energias renováveis e inovação tecnológica. Com isso, será possível projetar um crescimento de mercado sustentável no país.
General Manager Latin America da Fluke do Brasil*

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Antonio-BritoPor Antonio Carlos Brito*

A pandemia impactou a economia de forma heterogênea. Enquanto vários setores sofreram perdas, o e-commerce brilhou. Uma pesquisa realizada pela Neotrust, mostra que o segmento continua em um ritmo de crescimento no Brasil. O levantamento indica que foram realizadas 78,5 milhões de compras online no primeiro trimestre de 2021, representando um aumento de 57,4% em comparação ao mesmo período de 2020. Em termos de receitas, o comércio eletrônico registrou um faturamento de R$ 35,2 bilhões entre janeiro e março de 2021, aumento de 72,2% na comparação com o ano passado.

A necessidade do isolamento social como medida para evitar o contágio do novo coronavírus promoveu uma procura ainda maior pelas compras virtuais. Mas essa não é a única explicação para o crescimento dessa modalidade de compra.

Os consumidores têm buscado atendimento personalizado, instantâneo, previsível, livre de obstáculos e claro, que tudo seja “bom, bonito e barato”. Eles querem entregas no mesmo dia e em poucas horas. É natural que seja assim para quem está habituado a ler e receber filmes com apenas um clique. Aliás, esse comportamento foi identificado pelos bastiões do comércio eletrônico brasileiro. Não à toa, temos visto uma corrida no mercado para ver quem é o melhor na estratégia “entrego no mesmo dia e sem custo”.

Essa mudança de hábito dos clientes vem obrigando as empresas a se reinventarem, a fim de garantir um nível maior de eficiência do e-commerce, assegurando assim, a satisfação do usuário. Mais do que colocar o produto na vitrine (mesmo que no ambiente virtual), as companhias precisam criar meios para que o produto chegue até a alma do consumidor. Para atingir esse objetivo, as organizações podem seguir os princípios presentes na Logística 4.0, fazendo da tecnologia o centro das suas estratégias de negócios para otimizar os processos logísticos: rede, capacidade analítica e inteligência artificial, integração, IoT, gêmeos digitais, entre outras.

Maior agilidade e eficiência operacional

Dentre os principais objetivos de implementar os conceitos de Logística 4.0, posso destacar o uso de big data para análise e predição de demanda e IoT para rastreamento de cargas dentro e fora dos armazéns, do momento que a mercadoria deixa o fornecedor até o instante em que o produto chega na mão do consumidor.

A gestão dos armazéns é um ponto crítico do processo logístico e graças à tecnologia, os gestores agora podem ser mais ágeis na execução das suas tarefas. Por exemplo, eles podem usar leitores de RFID para identificar, contar ou separar produtos. Podem também fazer uso de Digital Twin (conceito que consiste na representação virtual de um objeto, produto ou processo) para realizar simulações de armazenamento nas dependências da empresa, no embarque e despacho, além de cenários de entregas para as transportadoras.

De olho da logística reversa

Quem, nessa pandemia, não recebeu um produto errado ou com defeito em casa? Com recomendação para que a população não saia de casa, trocar um produto que não agradou se tornou um desafio extra para clientes e empresas. Neste contexto, a cadeia logística adaptou-se para receber itens de volta.

Enquanto a logística possibilita que produtos e mercadorias sejam enviados aos consumidores em qualquer parte do mundo,  a logística reversa faz o caminho inverso: leva da casa do consumidor ao centro de distribuição aquele produto que não corresponda com a aquisição, ou que tivesse sofrido avaria no transporte, ou ainda, que o consumidor não queira mais. Os centros de distribuição, por sua vez, também precisam de reformulação e o primeiro passo é ceder espaço para centros menores e mais próximos aos consumidores, promovendo entregas mais ágeis, feitas por entregadores a pé, em bicicleta, motocicleta ou por veículos menores (VUCs) e integrados com a estratégia de logística reversa para coletar produtos e objetos.

Por fim, não é uma jornada simples. Há obstáculos nesse caminho, mas a evolução está sendo construída. O digital e o físico convergem no novo Varejo. A tríade processo-organização-sistemas é o ponto de partida. A tecnologia embarcada na Logística 4.0 habilitará um novo e mais elevado nível de eficiência, produtividade e serviço para atender as mutantes demandas dos clientes inseridos neste novo Varejo.

Sr. Principal, Digital & Value Engineering Latam na Infor*

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IMG-20200622-WA0010Por Sivaldo Nascimento*

Medida judicial assegura Redução do Débito Tributário já acumulado e Menor Carga Tributária sobre o faturamento.Julgamento recente do STF – RE 574.706 – trouxe importante ferramenta que permite expressivos benefícios aos contribuintes.-Para os devedores, permite importante ferramenta para redução do débito.

-Àqueles que não têm débito junto à Receita Federal é possível cobrar valores pagos à maior em razão do reconhecimento de erro no cálculo dos Tributos.

-Para TODOS no Lucro Presumido e Lucro Real, assegura a redução da Carga Tributária

Referido julgamento permite:Com o Julgamento do RE 574.706, o STF reconheceu erro da Fazenda Nacional em alargar a base de incidência de tributos cobrando, indevidamente, imposto sobre imposto e, com isso, viabilizou a revisão de débitos em aberto ou a restituição de pagamento à maior.

Para o faturamento Local:

-Exclusão do ICMS das bases de Cálculo do Pis e da Cofins

 -Exclusão do PIS e da Cofins das próprias bases de cálculo

-Exclusão do ICMS das bases de cálculo do IRPJ e da CSLL (lucro presumido)

-Exclusão do ISS das bases de cálculo do PIS e da Cofins

Para Importadores:

-Exclusão do ICMS-importação das bases de Cálculo do Pis e da Cofins-importação

 -Exclusão do PIS e da Cofins-importação das próprias bases de cálculo

É possível restituir valores pagos à maior desde 02/2017, sendo importante ferramenta para reforço de caixa.

Tais medidas permitem ainda a redução da Carga Tributária sobre o faturamento melhorando assim a margem de contribuição da Empresa.

Importante mencionar que, para os devedores, já está pacificada no STJ matéria que determina a exclusão dos juros de mora de 1% a.m. sobre a atualização do débito, mantendo exclusivamente a Taxa Selic para juros e correção monetária e ainda a limitação de multa de mora ao percentual de 20%, permitindo expressiva redução do débito.

Mais informações: www.advnascimento.com.br

CEO da Gonçalves & Nascimento*

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image006Por Erick Rodrigues*

Se antes os fatores por trás do fracasso de uma empresa estavam muito associados a questões econômicas, agora, com a mudança de comportamento da sociedade, os aspectos sociais ou ambientais de uma organização tornaram-se extremamente importantes para o sucesso e a solidez de qualquer companhia. Empresas que não contam com propósitos visíveis, tornam-se referências negativas ao seu público-alvo. De acordo com uma pesquisa realizada pela Union e Webster, 87% da população brasileira prefere adquirir produtos e serviços de empresas sustentáveis. Mas, como promover a sustentabilidade nas empresas?

De modo geral, toda empresa precisa priorizar objetivos sociais, ambientais e econômicos. Quando falamos sobre questões ambientais nas empresas, por exemplo, precisamos ter em mente as boas práticas internas de redução e reutilização de insumos, a reciclagem no descarte e a redução do consumo de energia e de água.  Desta forma, é muito comum que as companhias correlacionem os seus objetivos com a agenda 2030 das Nações Unidas, documento criado em 2015, centrado em 17 objetivos para formar uma sociedade globalmente sustentável. Esses objetivos reúnem temas como fome, pobreza, educação, igualdade, clima, consumo, entre outros.

A relevância dessas metas traçadas pelas empresas está muito conectada a sua sobrevivência no mercado. Se os aspectos sociais ou ambientais de uma organização não são claros para todos os clientes, fornecedores, entidades governamentais, colaboradores e outros stakeholders, a sua empresa pode se tornar uma referência negativa no mercado.

Primeiros passos para a sustentabilidade nas empresas

Para que uma empresa se posicione como socialmente responsável, é preciso conhecimento, realização de autoanálise social (quem são os funcionários, entorno, clientes), ambiental (aspectos e impactos significativos), recursos e boa intenção. Além disso, o conhecimento é a chave para otimizar as ações sociais e ambientais.

A FUCHS, por exemplo, conta com um programa, o FUCHS 2025, que apresenta seis iniciativas, sendo uma delas específica para a sustentabilidade. Essa iniciativa está desdobrada em 10 projetos conduzidos por especialistas de diversas unidades. Os projetos têm objetivos claros e ajudam a conhecer a empresa em nível global, mapear a esfera de influência e oportunidades sociais, ambientais e econômicas. Existe ainda um projeto chamado sistemática do cálculo de emissões de CO2 e sua gestão, que não somente padroniza as métricas de cálculo, mas também a sua gestão, possibilitando compartilhar boas práticas e ações de melhoria na empresa.

Desta forma, é importante que as ações sociais, depois de traçadas pelas companhias, sejam organizadas para facilitar sua replicação em outras unidades. Aos poucos, é possível promover o autoconhecimento para potencializar ações internas e externas dentro das empresas. Lembrando que, essas diretrizes funcionam em caráter de orientação e dependem de engajamento de toda a cadeia a fim de promover o impacto desejado.

Como mensurar os impactos de sustentabilidade nas empresas?

Empresas que traçaram ações de sustentabilidade, a longo prazo, conseguem colher resultados muito positivos. Existem impactos menos mensuráveis como os sociais, mas, alguns como o de sustentabilidade ambiental, por exemplo, podem ser medidos com mais facilidade. Ao entrar no detalhe de cada ação, a diferença está no planejamento. Quando a decisão de agir é tomada, é necessário definir se trata de uma ação pontual ou contínua, se a iniciativa busca o engajamento máximo e está direcionada a quem mais precisa de fato. Isso não somente ajuda na motivação de participar, como permite, no final de um período, medir de fato o que foi alcançado.

No entanto, não é simples avaliar o cenário brasileiro nesse aspecto. Além de ser um país de dimensões continentais, cada setor no Brasil conta com a sua particularidade. Mas, o que muitas empresas têm em comum, é a demanda pela especialização no tema. Atualmente, podemos contar com setores que demonstram e enfatizam a sustentabilidade como o de cosméticos e automotivo, uma vez que o mercado passa a identificar esses aspectos como relevantes para enxergar valor nos produtos comercializados.

O tamanho do Brasil conta com a vantagem de atrair empresas multinacionais, o que possibilita um nivelamento do tema por meio do “intercâmbio de especialização”. De fato, está cada vez mais comum as organizações criarem uma estrutura interna para focar em sustentabilidade. Quando uma empresa se dispõe a mapear os aspectos e impactos, os colaboradores e a sociedade como um todo são afetados por meio do consumo racional de recursos, que, automaticamente, criam uma gama de efeitos que estão interrelacionados. O papel dessa estrutura é estudar esse inter-relacionamento direto ou indireto. A questão da sustentabilidade nas empresas comprova que, além de potencializar ganhos econômicos, também auxilia na reputação, conhecimento e evolução como empresa.

Coordenador da Qualidade e Meio Ambiente da FUCHS*

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Fernando Sandri_baixaFernando Wagner Sandri*

 A preferência pelo papel pode ser relacionada ao contato ancestral do ser humano com a árvore, que sempre foi a base para seu aquecimento, proteção, manutenção da biodiversidade e ajuda na sua própria sobrevivência. Todo esse ciclo e o aprendizado histórico continuam em nossa mente. Sabemos, intuitivamente, que tudo que vem da árvore é bom – incluindo as embalagens de papel.

Para nosso setor, como em tantos outros, é em momentos de crise – como nesta pandemia – que surgem as melhores soluções para atender novas necessidades, e de forma urgente. As formulações típicas dos materiais começam a sofrer pressões na busca por alternativas: onde havia fibra de pinus, passa a entrar fibra de eucalipto. Onde havia fibra química, entra a mecânica. No lugar da fibra virgem, entra a fibra reciclada e a fibra originada no pós-consumo. Felizmente, o papel tem a capacidade de atender uma gama múltipla de utilizações em embalagens, por meio de um conjunto de formulações de fibras e aditivos que podem reforçar determinadas características necessárias a cada projeto.

Com suas propriedades físicas, químicas e visuais, ele permite aplicações tão amplas que o conjunto de soluções se torna impressionante. As fibras de eucalipto estão cada vez mais presentes em papéis para embalagens e praticamente todas as embalagens de papel coletadas são recicladas prontamente no Brasil. Com isso, a reciclabilidade de embalagens tem favorecido projetos de economia circular e logística reversa, e, atendendo à crescente demanda, surgem novos produtos em papel com material reciclado e de alta performance nos processos de impressão e envase.

Entenda o ciclo do papel

Para ampliar a capacidade de reutilização do papel em um novo ciclo produtivo, as unidades industriais têm se preparado cada vez mais para receber e processar materiais pós-consumo com eficiência na recuperação de fibras. Embalagens de papel podem ser recuperadas em sua grande maioria.  Embalagens tipo longa vida, copos de papel, sacolas de papel, caixas papel de presentes, diversos artefatos de papel como tubetes, entre outros, podem ser reciclados. A separação de fibras celulósicas de embalagens de múltiplas camadas que contenham plásticos hoje é uma realidade.

A inovação em novos sistemas de captura de embalagens de papel para um viável caminho de logística reversa é um imenso desafio. O Brasil é um país continental com 5.568 municípios com características regionais distintas, e por isso há a necessidade de um diálogo contínuo com os diversos atores da cadeia de embalagens para dar continuidade ao processo de retorno do papel à indústria.

Inovar no design de embalagens de papel é desafio

Por fim, destaco o desafio de prover soluções que permitam inovar no design das embalagens. Hoje, a indústria gráfica trabalha com sistemas de impressão offset, corte e vinco, dobradeiras e coladeiras integradas, oferecendo um portfólio de embalagens ao mercado nacional, em sua maioria, em formato de hexaedro, com raríssimas variações em outros tipos de poliedros. Sair do “quadrado” exige um esforço maior.

Ao pensarmos em fazer algo redondo, por exemplo, percebe-se que os processos industriais não estão preparados para fazê-los em grande escala. Somente com projetos integrados, com participação de múltiplas empresas participantes da cadeia de valor da embalagem, será possível superar essa barreira da geometria e propor inovações.

Creio que a nossa tarefa é melhorar a eficiência do papelcartão em novas faixas de gramatura, com ganho de rigidez, uso de material reciclável quando aplicável, propondo novas barreiras, novas estruturas, inovando e aperfeiçoando o ciclo de vida das embalagens em prol de um mercado futuro sustentável em que todo potencial de utilização da árvore demonstre seu valor.

*Engenheiro químico, conselheiro da ABTCP, diretor Técnico do Sinpacel/PR, conselheiro da ABRE e diretor de Tecnologia da Ibema.

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Nova edição da Revista P&S

Icone Iniciativa,Lançamento | Por em 29 de julho de 2021

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ps tecnologiaAs atividades industriais representam 20,4% do produto interno bruto do Brasil, 69,2% das exportações brasileiras, 69,2% dos investimentos empresariais em pesquisa e desenvolvimento e 33% da arrecadação federal. Estes números demonstram a importância do setor.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em junho avançou pelo segundo mês consecutivo, atingindo 61,7 pontos e está próximo dos níveis registrados durante a recuperação econômica do segundo semestre de 2020.

ANÁLISE SETORIAL: A grande mudança que a tecnologia 5G vai proporcionar à indústria. O especialista e mestre em engenharia mecânica pela Unicamp ressalta que não é apenas o aumento da velocidade de acesso à Internet e sim a possibilidade de aumento da capacidade de entrega de dados em tempo real.

LEIA NA ÍNTEGRA, ACESSE:
www.ps.com.br/revista-digital

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Cummins_LinhaProducao21_bxA história da Cummins Engine Company no Brasil tem início da década de 1950, quando a empresa decidiu atuar na América do Sul, por meio de distribuição de seus produtos fabricados nos Estados Unidos. Em 1954, a Cummins abre a sua primeira oficina própria em São Paulo (SP).

Somente em 1971, a Cummins constituiu filial na cidade de São Paulo, adquiriu as fábricas de motores Otto Deutz, em Guarulhos (SP) por US$ 2,9 milhões e, no ano seguinte, a de chassis Magirus, em Simões Filho (BA), quando foi constituída a Cummins Nordeste SA. Em 1974, iniciou a produção de motores em Guarulhos (SP), inicialmente destinados a uso estacionário e de equipamentos de construção; no ano seguinte, a Cummins ingressou no mercado de motores veiculares ao lançar o N-855, de 14 litros, seis cilindros e 240 cavalos de potência. Ainda em 75, a empresa se associou à Caemi – Cia. Auxiliar de Empresas de Mineração, um dos maiores grupos brasileiros do setor de extração de minérios, e passou a deter 51% das ações da nova sociedade, a Caemi Cummins Motores S.A.

Em 1976, a Cummins já era fornecedora oficial (ou a principal) de diversos fabricantes nacionais de máquinas de construção (Clark, Komatsu, Tema Terra, Terex, Villares e Wabco; a estes se juntou a Müller, em 1978). Sua gama de motores industriais e veiculares (todos do ciclo Diesel com seis cilindros em linha) era apresentada em três versões: N, aspirado, com 240 cv; NT, turbo, com potências entre 250 cv e 340 cv; e NTA, turbo com aftercooler (pela primeira vez no Brasil), entre 350 cv e 406 cv.

Em 1980, a produção já ultrapassava 3 mil unidades, sendo 50% destinadas à exportação. Em junho de 1981 foi encerrada a participação da Caemi na Cummins. No mês seguinte, a empresa (agora denominada Cummins Brasil S.A.) iniciou um programa de exportação que propiciou seu primeiro salto de crescimento, elevando as vendas externas a 80% da produção total em 1984.

Em termos absolutos, porém, em função de sua estratégia inicial de concentrar-se na fabricação de unidades de elevada potência, era ainda muito reduzida a parcela do mercado ocupado pela empresa.

Com a introdução de nova família de motores médios e semipesados (Série C, de seis cilindros, 8,3 litros e potência entre 150 cv e 250 cv, dependendo da versão aspirada, turbo e turbo com aftercooler), em 1986, a empresa elevou radicalmente a sua participação no mercado brasileiro. E para acelerar o lançamento, a Cummins adquiriu da Fiat Diesel, que encerrava a sua fábrica de caminhões, a linha de produção de motores herdade da FNM. Também em 1986, iniciou a produção da Cummins Turbo Technologies.

Os primeiros veículos de série a utilizar os novos motores, lançados simultaneamente no Brasil e nos EUA e com 40% menos peças do que os equivalentes do mercado, foram os ônibus Mafersa.

Em ritmo acelerado expansão, a Cummins Brasil introduziu em 1989 a Série B para caminhões na faixa de 14 t – linha de motores médios com quatro ou seis cilindros (3,9 litros ou 5,9 litros) e potências entre 130 cv e 180 cv. Com estas duas famílias, a elevada dependência do mercado externo começou a reverter. Ainda naquele ano, a Cummins Brasil inaugurou o Centro de Desenvolvimento Tecnológico, responsável por introduzir vários produtos para o mercado latino-americano e outras regiões mundo afora.

Essa tendência de acelerada expansão se consolidou no início da década seguinte, a partir do momento em que a Cummins passou a equipar a linha de caminhões Ford Cargo nacionais (1992), ano em que a empresa lançou a linha de motores movidos a gás natural, e iniciou a participação, como fornecedora de motores, no consórcio modular da Volkswagen Caminhões, em Resende (RJ).

A partir daí sua produção (com índice de nacionalização médio de 85%) avançou ainda mais, atendendo 10% do mercado brasileiro de caminhões em 1995, 12% no ano seguinte e 17% em 1997; em 2004 este indicador estaria em 35%.

Com apenas 25% de nacionalização, no ano 2000, a Cummins iniciou a produção nacional da série ISM, com 11 litros e gerenciamento eletrônico (Interact System M). Também em 2000, iniciou-se a produção da Cummins Filtration e inauguração de uma nova fábrica em Guarulhos (SP). Dois anos depois, a Cummins Brasil deu inicio à produção de geradores de energia, também em sua unidade fabril de Guarulhos.

Além de atender a normas mais rigorosas de controle de poluição, o motor “interativo” (que foi de imediato aplicado aos caminhões International para exportação) continha ferramentas de coleta de dados em tempo real, com 120 itens programáveis, permitindo autodiagnóstico, avaliação de desempenho do equipamento e até corte da potência do motor em casos de falhas graves.

Na sequência ao ISM, que gerava até 405 cv de potência, foi lançado o ISB, com 8,3 l e 330 cv. Na Fenatran de 2003, a eletrônica chegou aos motores médios e semipesados, que passariam a equipar os caminhões Ford e VW a partir do ano seguinte – a família Interact 4 e 6, com os mesmos 3,9 litros e 5,9 litros, porém com nova arquitetura, quatro válvulas por cilindro e o moderno sistema de injeção common rail.

Para 2004 a Cummins desenvolveu a série Euromec III, derivado da série B, um motor “mecânico” (isto é, sem gerenciamento eletrônico) mais barato, para aplicações leves (3,9 l e 120 cv), porém ainda atendendo às exigências das autoridades ambientais brasileiras. Em 2005, também na Fenatran, foram lançados o ISC, versão eletrônica da bem-sucedida série C, com potência elevada para 320 cv, e o Euromec C, o correspondente ao EuroMec II na família C.

Em 2004, ano de seu 30º aniversário como fabricante, a Cummins chegou à marca de 430 mil motores produzidos.

Na edição seguinte da Fenatran, em 2007, a empresa apresentou a série ISL, com 8,9 litros e 400 cv, importada da Inglaterra, com previsão de lançamento futuro no Brasil. Apta a atender as normas Conama previstas para 2009, dispunha do novo sistema de controle de emissões SCR (Selective Catalytic Reduction) a base de solução de água e ureia com catalisador; tinha módulo de controle eletrônico com velocidade de processamento duas vezes maior e opção de freio-motor integrado ao cabeçote, atuando diretamente sobre as válvulas de escape.

A década de 2010 ficou marcada para a Cummins Brasil com a decisão estratégica de diversificar suas atividades industriais e comerciais por meio de Unidades de Negócios, compostas em Motores, Turbocompressores, Geradores de Energia, Filtros (unidade fabril inaugurada em 2011) e Distribuição, sem se descuidar dos novos marcos regulatórios de emissões veiculares, oriundos da Europa, o Euro V, e, na sequência, o Euro VI.

Foi nesse cenário que a Cummins bateu recorde de produção e de vendas de motores, em 2011, ano que precedeu a entrada em vigor do Euro V, em janeiro de 2012. Com as vigorosas vendas em 2011, a Cummins Brasil chegava à marca de 1 milhão de motores em 2012.

Nessa fase, a Cummins inicialmente importava os motores ISF 2.8 litros e 3.8 litros, que – em 2016 – foram nacionalizados.

A partir da metade da década de 2010, a Cummins Brasil – mesmo com o fortalecimento das Unidades de Negócio, mas com céleres movimentações mundiais por sustentabilidade – passou a investir, não só mais em produtos, mas em soluções energéticas para a mobilidade, em especial em eletrificação veicular e células de combustível, lembrando que a companhia – no País – já está pronta para atender ao Euro VI, legislação que deve entrar em vigor no Brasil em 2023.

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unnamed (1)Lucro sustentável é a combinação de lucro financeiro com responsabilidade social. Segundo Ana Paiva, gerente de RH do Grupo DMS Logistics, “é muito mais do que o dinheiro pelo dinheiro, é lucro para gerar valor, seja para nossos colaboradores, acionistas, clientes e para a sociedade como um todo”.

Ana explica que esse é um dos propósitos e dos valores que estão no DNA da empresa: “desde as atitudes mais simples, como as economias que vieram com o sistema home office adotado desde o início da pandemia, até as melhores práticas de valorização dos nossos colaboradores, passando pela redução do consumo de energia com a instalação de placas solares em uma de nossas unidades e consumo de papel, tudo que fazemos, hoje, tem uma preocupação com o futuro do planeta”, explica Ana.

Ela dá um exemplo: “no último ano, deixamos de consumir cerca de 1 tonelada de papel, o que significa que pelo menos 20 árvores foram poupadas, isso sem contar no volume de água, já que o processo industrial para fabricação de 1 simples A4, consome cerca de 10L por folha”.

Ana lembra que foram firmados contratos com fornecedores locais para confecção de brindes para clientes e fornecedores, contribuindo de forma impactante para esses pequenos empreendedores se mantivessem ativos em plena pandemia. “Esse comportamento não nasceu agora, ele foi potencializado pelo momento atual. As práticas sustentáveis fazem parte da filosofia da empresa”, garante.

Tanto que a empresa é, hoje, certificada com o selo verde da Ecovadis na categoria bronze e está focada em subir de categoria: “na pesquisa desse ano, já contaremos com novas métricas”, enfatiza a gestora. Segundo ela, isso representa a preocupação da empresa em atender aos requisitos das melhores práticas, gerando valor e destacando a DMS para seus clientes, que cada vez mais valorizam e exigem esse tipo de certificação.

Os planos para expansão incluem o “Pacto Global da ONU, do qual a empresa passou a fazer parte este ano, e novas metas de sustentabilidade que estão sendo criadas para que possamos cada vez mais gerar valor, patrocinando e promovendo uma sociedade mais justa e sustentável”, finaliza Ana.

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pexels-shvets-production-6980173Como parte da sua estratégia de engajamento social, implementada junto às comunidades onde atua, a BASF conta atualmente com dois projetos de formação gratuita, um deles voltado exclusivamente a profissionais com deficiência. O objetivo é aumentar a empregabilidade destes profissionais no mercado, sendo que dois profissionais com deficiência já foram incorporados ao quadro de colaboradores da BASF. Devido à pandemia, os cursos são realizados virtualmente.

O primeiro curso, voltado à formação de operadores de produção, já contou com duas edições, desde 2020, em Guaratinguetá (SP), cidade que abriga uma unidade fabril da BASF. Realizado em parceria com a Associação Comercial e Empresarial de Guaratinguetá (ACEG) e com o Serviço Nacional da Indústria (SENAI), o projeto é voltado à qualificação de profissionais do município de Guaratinguetá, SP, que estão fora do mercado de trabalho. Até o momento, cerca de 100 pessoas passaram pelas turmas.

A segunda edição do curso, neste ano, contou com cerca de 4.600 inscritos. “O Curso de Operador de Produção ofertado à comunidade guaratinguetaense e região é um exemplo que materializa a Estratégia de Engajamento Social da BASF em nosso município e que reforça o nosso jeito E de aliar o nosso sucesso econômico ao desenvolvimento da sociedade”, afirma o diretor do Complexo Químico de Guaratinguetá & Infraestrutura para a América do Sul, Patrick Silva.

Uma terceira edição exclusiva para pessoas com deficiência está sendo planejada para o segundo semestre.
O outro projeto em andamento é voltado exclusivamente à formação administrativa e socioemocional de pessoas com deficiência. Realizado a partir de 2021, em parceria com a Rede Cidadã – entidade de assistência social que desenvolve programas e projetos de forma continuada -, o curso espera formar mais de 50 profissionais de diferentes estados, que receberão orientação para inserção no mercado de trabalho.

Esta iniciativa é parte da estratégia de Diversidade & Inclusão da BASF e integra o recém-lançado “Projeto Conexão PcD 360”. “Uma das frentes de atuação do projeto tem como objetivo ampliar a empregabilidade das pessoas com deficiência, desenvolvendo competências que poderão ser exercidas no mercado de trabalho”, destaca Bruno Ferrante, gerente sênior de Desenvolvimento de Talentos e Experiência do Colaborador da BASF América do Sul.

“Trabalhamos para ser uma empresa inclusiva e acessível, na qual profissionais com deficiência tenham interesse em trabalhar, se desenvolver e fazer carreira. Até 2022, queremos capacitar mais de 200 profissionais com deficiência para o mercado de trabalho”, completa Karina Chaves, gerente de Diversidade e Inclusão da BASF América do Sul.
Para se candidatar a vagas na BASF, o candidato deve acessar a seção carreira no site da empresa e acompanhar a postagem de vagas por meio dos canais das empresas parceiras.
Acesse: https://www.basf.com/br/pt/careers/jobs.html#%7B%7D
Imagem: SHVETS

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

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TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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