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image004Por Paulo Henrique Pichini*

A pandemia do COVID-19 mudou para sempre o modo de ser dos escritórios. Em 2018, segundo pesquisa da Harvard University, somente 3% dos profissionais norte-americanos trabalhavam em home office. No Brasil, em maio deste ano, estima-se que 43,4% da população estivesse em casa (dado da consultoria InLoco). Ainda é cedo para sabermos qual será o impacto da crise atual sobre os escritórios corporativos. O que é certo é que cada país está respondendo de uma maneira ao pós-crise. Pesquisa da Morgan Stanley mostra que, na Alemanha, 74% da força de trabalho voltou a frequentar os escritórios. Mas, desse total, somente 50% desloca-se até o escritório nos cinco dias da semana. O mesmo levantamento indica que, na França, 84% dos funcionários voltaram a suas mesas de trabalho. No caso dos britânicos, somente 40% realizaram esse retorno ao modelo anterior de trabalho. Nos EUA, onde a luta contra o COVID-19 continua feroz, as expectativas são de uma profunda transformação nos modelos de trabalho. Pesquisa da Global Workplace Analytics indica que, até o final de 2021, 30% dos profissionais norte-americanos atuarão a partir das casas dos funcionários.

 Índices como estes explicam o fato de que um andar de um edifício que, até fevereiro deste ano, seria ocupado por 500 funcionários de uma empresa, hoje acolha 1000 funcionários dessa mesma empresa. Essa realidade está impactando o mercado imobiliário global – somente nos EUA, segundo a consultoria JLL, os investimentos em imóveis comerciais caíram 37% em comparação com o primeiro semestre de 2019.

Antes da pandemia já contávamos com corporações inovadoras que investiam em Intelligent Workspaces, espaços projetados para potencializar a criatividade e a produtividade de seus colaboradores. O objetivo é oferecer aos usuários uma UX disruptiva e atraente, baseada na digitalização plena do espaço físico onde o trabalho é feito.

 No pós-pandemia, o Intelligent Workspace será, também, um espaço de proteção da saúde dos funcionários. É um mundo novo que já está sendo projetado e implementado. O uso intensivo de biometria/reconhecimento facial substitui o contato de um crachá ou de um dedo com um leitor digital. Até mesmo a abertura e o fechamento de portas passam a ser comandados por sensores que liberam o funcionário de qualquer contato com superfícies. Sensores bluetooth implementados nos smartphones dos profissionais serão capazes de emitir alertas quando uma pessoa estiver próxima demais de outra. E sofisticadas aplicações de video analytics irão analisar se, em algum ambiente, há pessoas sem máscara. Essa constatação gerará automaticamente bloqueios de acesso à Internet, infraestrutura de colaboração e apresentação etc., até que a proteção com a saúde de todos seja respeitada.

 Em paralelo à essa transformação, está acontecendo, também, a reconfiguração do ambiente de trabalho remoto. A meta é entregar aos usuários remotos a melhor UX, com a máxima colaboração e tudo o que é necessário para aumentar a produtividade dos times.

 As empresas que já avançaram para esse modelo aderiram ao Extended Intelligent Workspace.

 O Extended Intelligent Workspace depende de projetos customizados, desenhados de acordo com a lógica de negócios de cada empresa e com as demandas específicas de cada setor da empresa e cada funcionário. Se o Intelligent Workspace é um espaço corporativo sensorizado, o Extended Intelligent Workspace leva essa sensorização para a casa do funcionário.

 Os mais inovadores projetos de Extended Intelligent Workspace incluem recursos de AR (Augmented Reality) e VR (Virtual Reality) capazes de mergulhar o usuário remoto numa experiência 3D com plena sensação de presença. Um relatório da PwC realizado em 2019 mostra que, até 2030, 23,5 milhões de profissionais em todo o mundo usarão Apps de AR e VR para participar de treinamentos, reuniões de negócios ou atender seus clientes. Fazem parte desse contexto, ainda, tecnologias de colaboração como Microsoft Teams, Zoom Cloud Meetings, Google Meet e Cisco Webex. Essas plataformas tinham, em junho, em todo o mundo, mais de 300 milhões de usuários (dados da Statista). Segundo pesquisa da Trustradius, houve um crescimento de 400% no uso dessas plataformas desde o início deste ano.

 Por trás dos Apps utilizados pelo trabalhador remoto há outro elemento essencial do Extended Intelligent Workspace: a infraestrutura digital implementada no ponto remoto. Isso inclui a oferta de redes redundantes com fartura de banda, dispositivos de rede e de uso pessoal (PCs e notebooks), e soluções de segurança para garantir que o acesso remoto seja tão protegido como o acesso que acontecia, antes do COVID-19, dentro do perímetro corporativo. Todo esse aparato tem de ser gerenciado remotamente, de modo a oferecer suporte 24×7 aos funcionários que trabalham em casa.

 Nada disso, porém, produzirá os resultados esperados se não houver ações de integração e treinamento sendo continuamente oferecidas ao profissional em home office. As empresas que não realizarem essas ações correm o risco de inserir o trabalhador remoto num silo onde todo tipo de troca e interação poderá ser prejudicado.

 Em alguns casos, é recomendável que a empresa usuária crie um novo cargo – o digital workspace manager.

 Mais do que um técnico, esse profissional tem de ter empatia pela realidade enfrentada pelo trabalhador remoto. Seu papel é antecipar frustrações e dificuldades e ajudar esse profissional a navegar o mundo do autosserviço com mais tranquilidade. Segundo pesquisa da S&P Global Ratings (Standard & Poor) realizada em junho deste ano, organizações que contam com profissionais satisfeitos e engajados são 21% mais lucrativas do que seus concorrentes. No mundo pós-pandemia, esse resultado passa por entregar, na casa do usuário, serviços digitais que, antes, só eram encontrados nas sedes das grandes corporações.

 Está surgindo um novo mundo em que o Intelligent Workspace e o Extended Intelligence Workspace se completam de forma harmoniosa, oferecendo ao profissional exatamente a mesma experiência quer ele esteja na sede da sua empresa, quer trabalhe na sala da sua casa. Essa realidade está apenas começando a produzir frutos. Nos próximos anos, haverá uma clara diferenciação entre as empresas que suportam os processos de seus colaboradores em todos os lugares e todos os momentos, e as empresas que seguem apegadas a modelos rígidos e sem fluidez.

CEO & President da Go2neXt Digital Innovation*

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eskoO caráter inovador e o desejo de estar sempre à frente em tecnologia, levaram a alemã Stichnothe Druckformen GmbH a investir na solução combinada da Esko de gravação e exposição de chapas flexográficas CDI Crystal 5080 XPS. Como uma das líderes em impressão flexo na Alemanha, a Stichnothe espera expandir sua capacidade produtiva ao integrar a gravação de chapas com a exposição, em um único processo. Os dois dispositivos – a gravadora de chapas CDI Crystal 5080 e a expositora UV XPS Crystal 5080 – foram instalados no início de 2018.

 “Devemos parte de nosso sucesso ao compromisso de investir no estado da arte em tecnologia,” explica Dennis Melching, diretor da Stichnothe Druckformen. “Isto ajuda a manter baixos níveis de tolerância em todo o processo de produção. Com a Esko, que é lider em gravação e exposição de chapas flexo, a escolha da CDI Crystal 5080 XPS foi fácil. Mas um fator decisivo foi a solução Esko ser um sistema aberto, ou seja, que permite trabalhar com uma grande variedade de chapas diferentes.”

A Stichnothe está familiarizada com os dispositivos e softwares da Esko há alguns anos. Além da solução CDI Spark, a empresa também utiliza duas mesas de corte Kongsberg: uma totalmente automática e outra manual. “Aplicamos o gerenciamento profissional de cores, sistemas de prova líderes de mercado, e os mais recentes softwares para aplicações direct-to-plate e impressão flexo especial. Isto garante que quando chegamos ao estágio de revisão, antes do início da produção das chapas, tudo está pronto para iniciar a impressão perfeita,” completa Melching. Com a nova solução combinada da Esko, a Stichnothe espera fortalecer sua presença no segmento de flexografia de alta qualidade, especialmente para embalagens flexíveis. Bons resultados na etapa de produção da chapa garantem uma boa superfície para microcélulas e pontos planos.

Qualidade e eficiência melhoradas na flexo

A solução combinada CDI Crystal 5080 XPS requer 50% menos operações manuais quando comparada a outras tecnologias. Além disso, ela reduz muito o tempo necessário para produzir a chapa. Um dos fatores chave, e que garante a estabilidade da chapa, é a rápida exposição UV, que transfere as linhas mais finas e pequenas para a chapa. A combinação da XPS e da CDI automatiza o processo, reduzindo de cinco operações manuais para apenas uma. Em 2017, a inovadora tecnologia Crystal da Esko foi vencedora do Prêmio de Inovação para Pré-Impressão da Flexographic Technical Association (FTA) e do Prêmio de Tecnologia InterTech™, da Printing Industries of America (PIA). A tecnologia também ganhou o Prêmio Red Dot para Design de Produto 2017, concedido pelo Design Zentrum Nordrhein Westfalen.

 

 

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bemisA Bemis, uma das maiores fabricantes de embalagens do mundo, participa da Fispal Tecnologia, feira internacional voltada para a indústria de alimentos e bebidas. A feira acontece até o dia 30 de junho, das 13h às 20h, no São Paulo Expo, na Rodovia dos Imigrantes (Km 1,5).

Durante o evento será possível encontrar embalagens flexíveis e rígidas da Bemis nos estandes da Multivac, Ulma, Selovac e Ishida. No dia 29/6 (5ª feira), às 17h20, a Bemis participa de um debate do Circuito ABRE de Palestras, da Associação Brasileira de Embalagens.

Com o tema “Inovações para embalar um mundo melhor”, os executivos da empresa Jonathas Santos, Karla Barrios e Manuella Castro vão mostrar de que forma soluções tecnológicas como os filmes “paper like” (efeito tátil), “skin com base impressa” e “tampa para bandeja pré-formada”, desenvolvidos pela Bemis, podem ser atrativos e práticos para o consumidor.

É possível fazer o pré-credenciamento do evento pelo site: https://www.fispaltecnologia.com.br/pt/credenciamento.html.

Participação da Bemis na Fispal
27 a 30 de junho de 2017 – das 13h às 20h
Estande da ABRE (Associação Brasileira de Embalagem): Rua J, 107
São Paulo Expo – Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5
São Paulo – SP

 

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congrafA Congraf Embalagens realizou um novo investimento para aprimorar ainda mais a qualidade de seus produtos e serviços. A empresa acaba de adicionar ao seu parque gráfico um novo equipamento para aplicação de hot-stamping.

 Trata-se de uma Brausse 1050 FCI, fabricada pela Shangai Eternal Machinery, empresa pertencente ao grupo Bobst. “A Congraf segue investindo na qualidade de seus produtos, mesmo em um momento de incertezas políticas e econômicas”, destaca Sidney A. Victor Júnior, diretor industrial da Congraf.

 De acordo com a empresa, o investimento visa aprimorar a produção de embalagens com maior valor agregado. “Com este novo equipamento, teremos possibilidade de atender com mais agilidade nossos clientes e também teremos mais opções de aplicação de hot-stamping no desenvolvimento dos nossos produtos, especialmente no segmento de embalagens Premium”, explica o diretor industrial da Congraf.

 A fabricante de embalagens informou ainda que a Brausse 1050 FCI é moderna e dotada de tecnologias de acerto rápido. Além disso, sua capacidade de produção pode alcançar até 10 mil folhas por hora. “O novo equipamento nos dá a possibilidade de ajustar a montagem para aplicar a fita do hot-stamping com maior número de rolos e melhorar o custo de produção”, explica. “Certamente, ganharemos velocidade e um tempo precioso em nossa linha de produção”, explica.

 O investimento no novo equipamento de hot-stamping reflete a preocupação da Congraf em proporcionar inovação e produção diferenciada aos seus clientes. “Ampliamos nossa capacidade de produção e agora poderemos oferecer um preço mais competitivo na produção de embalagens Premium, para que nossos clientes possam contar com embalagens que se destaquem no ponto de venda”, conclui Sidney A. Victor Júnior.

 Por fim, a Congraf informou que o novo equipamento já está integrado ao seu fluxo de produção e em operação.

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bebidas blog

Segundo o último estudo da GfK sobre a declaração de consumo do consumidor em supermercados nos últimos 5 anos, enquanto o consumo de todas as bebidas não alcoólicas subiu, apenas a categoria dos refrigerantes caiu, sinalizando uma tendência na direção da busca por uma alimentação mais saudável. Em sentido oposto, reforçando ainda mais essa tendência, quem mais se beneficiou deste crescimento foram as categorias das bebidas energéticas, dos chás gelados e dos yogurts/smoothies.

* % de consumidores com mais de 15 anos que bebem bebidas sem álcool semanalmente ou com mais frequência

 

 

 

 

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transformação digitalDe acordo com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 2015, entre as 20 melhores cidades para morar no Brasil, nove estão no Interior de São Paulo. E, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego do ano passado, das 30 cidades geradoras de trabalho, 29 eram cidades do interior do Estado.

Outra região próspera é a de Minas Gerais. Atualmente o mercado mineiro de TI tem cerca de 5 mil empresas, com faturamento anual de R$ 2,3 bilhões, gerando cerca de 33 mil empregos diretos. Destas, 70% estão em Belo Horizonte e região metropolitana.

Entre os motivadores dessa expansão, está a Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais que, em 2015, lançou o programa MGTI 2022 com o objetivo de colocar Minas Gerais em destaque nacional e internacional na área de TI. A forte demanda por tecnologia nessa região atraiu grandes empresas, como, por exemplo, o Google (que montou um centro de Pesquisa e Desenvolvimento em BH e é o único da América Latina), a SAP, a Microsoft, entre outros.

“Após um detalhado levantamento, identificamos que as regiões que mais demandam soluções de transformação digital são o Interior de São Paulo e a área metropolitana de Belo Horizonte, em MG”, explica Alexandre Amaral, Diretor Regional de Vendas da 2S Inovações Tecnológicas.

O executivo é o responsável pelas três novas filiais da 2S, localizadas em Campinas, Vale do Paraíba e Belo Horizonte. “A meta é que essas operações representem 35% do faturamento da empresa até dezembro deste ano”, revela Amaral.

Entre os diferenciais da 2S para as empresas dessas três regiões o destaque é seu leque de serviços altamente qualificados Cisco no modelo As a Service, onde o cliente não precisa desembolsar nada em infraestrutura para colocar, em pouco tempo, um novo projeto em produção.

A 2S oferece todos os seus serviços como As a Service: monitoramento por meio do Network Operations Center 24×7 com interoperabilidade, gerenciamento remoto níveis 2 e 3 com acionamentos ilimitados, gestão on site com cobertura nacional e SLAs agressivos, infraestrutura que pode ser 100% As a Service (caso o cliente não queira imobilizar os equipamentos por exemplo), aliados ao baixo custo operacional e gerenciamento escalável, com atendimento e manutenção proativos.

“Em transformação digital vamos levar para as áreas de negócios soluções de TI que atendem às necessidades da indústria 4.0, colaboração, modernização de fábricas, logística e mineração, entre outras”, afirma o Diretor.

Ainda neste semestre a 2S anunciará mais uma filial para atender outra região do país que carece de parceiros com a sua expertise.

 

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bemisCom o objetivo de otimizar a produtividade de embalagens flexíveis, a Bemis, uma das maiores fabricantes de embalagens do mundo, adquiriu uma impressora flexográfica europeia no valor de R$ 12 milhões, para a unidade de Londrina, no Paraná.

O equipamento está em operação desde o início de 2017 e já aumentou a capacidade produtividade da companhia na área de impressões em flexografia. Além de oferecer alta qualidade, quase comparada com impressões em rotogravura, também possibilita maior flexibilidade para os clientes da carteira e novos, devido a capacidade de imprimir em até 10 cores.

A nova impressora também realiza set ups muito mais rápidos, gerando ganhos em produtividade. “Este investimento ampliou nossa capacidade na produção de embalagens flexíveis para os mercados de proteínas e pet food, com incremento substancial em qualidade, flexibilidade e rapidez. Hoje entregamos nossos pedidos na metade do tempo que realizávamos antes desta impressora entrar em operação”, afirma Marcus Correa, gerente de Marketing para Produtos de Consumo.

 

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artigoEm razão das crises políticas e econômicas, empresas em todo o mundo estão enfrentando uma revolução em relação as suas práticas de governança. Mas o empresariado ainda precisa ser educado sobre os diversos mecanismos e diretrizes de controle existentes

 

por Cynthia Catlett (*)

 

Desde a década passada, Compliance passou a ser prerrogativa para a maioria das empresas nacionais e internacionais. Sinônimo de legitimidade e confiança, a implantação de processos de conformidade com padrões regulatórios agora é prioridade entre as empresas do mundo inteiro. Refutando o método paliativo, organizações brasileiras começam a observar a importância da proatividade neste quesito, principalmente, em razão das crises e escândalos reverberados pela mídia, envolvendo casos de fraude e corrupção nas maiores companhias do País.

A mudança na mentalidade corporativa faz parte de um movimento mundial, impulsionado pela exposição da fragilidade das empresas e pela sua punição em razão da falta de supervisões adequadas. Isso também se deve à considerável expansão do escopo e da complexidade das atividades empresariais, aliadas a um ambiente regulatório complicado e em constante mudança – estamos perto de completar três anos da promulgação da Lei Anticorrupção, o que elevou a importância e acelerou ainda mais a busca por programas e políticas de governança transparentes.

E não se trata mais de questionar a necessidade ou não de colocar as atividades da empresa sob a orientação de um sistema de controles internos. A decisão de montar uma estrutura de Compliance não é vista somente como um diferencial, mas como obrigação para a administração que deseja garantir a longevidade do seu serviço ou produto, obter vantagem competitiva e oferecer credibilidade aos clientes e parceiros.

Apesar da urgência em se adotar mecanismos eficientes e procedimentos de integridade, muitas empresas ainda têm dúvidas sobre quais definições e elementos devem constar nos seus programas de Compliance. Em razão da recente disseminação do conceito no Brasil, as diretrizes são inspiradas, em sua maioria, nas estratégias já consolidadas em outros países.

Entretanto, o mercado interno também se baseia nos exemplos de subsidiárias de corporações estrangeiras estabelecidas no Brasil, além das instituições financeiras nacionais, que são submetidas à fiscalização de diversos órgãos reguladores e precisam de controles eficientes para continuar operando.

Contudo, para haver a implantação de uma governança transparente é preciso que a alta administração reconheça que a empresa precisa de um mecanismo de Compliance sólido. E é nessa hora que as dúvidas surgem. Existem diferenças e elementos que devem ser considerados na aplicação e na formulação de uma área de Compliance e suas diretrizes. E é papel dos consultores educar o empresariado brasileiro, que muitas vezes se sente confuso em relação ao assunto. É preciso explicar as ferramentas de controle e as inovações do setor, ao mesmo tempo em que se esclarece a importância destes sistemas numa linguagem de fácil compreensão, para que sejam aceitas e colocadas em prática.


Fronteiras entre Compliance e a auditoria interna

 

Existem diferenças fundamentais na aplicação de controles em instituições financeiras e na indústria, mas, para compreender isso, também é preciso desmistificar as divergências que existem entre departamentos e funções de Compliance e auditoria interna. Podemos afirmar de antemão que um não anula o outro, são complementares. Vamos iniciar a explicação primeiramente pelo o que é o Compliance e seu conceito.

À medida que uma corporação começa a se expandir, naturalmente, suas operações se tornam mais complexas, fazendo com que a alta administração tenha uma rotina conduzida por colaboradores em regiões diversas. Sem o devido controle, empresas cujos processos atravessam uma cadeia ampla, inevitavelmente, têm seu espaço à disposição para a ação de pessoas má intencionadas.

Em atividades regulamentadas como, por exemplo, no caso dos bancos, o descumprimento das normas impostas pelos reguladores representa um grande risco e ameaça a continuidade de suas atividades. Neste sentido, a experiência nos mostra que a falta de supervisão fatalmente leva empregados e colaboradores a não reportar ou não seguir procedimentos, seja pela falta de conhecimento ou entendimento das instruções ou até por motivos de transgressão clara – como situações em que gestores são pressionados a atingir metas e resultados, mesmo que de maneira ilícita.

Com os controles enfraquecidos, a ocorrência de falhas operacionais fica evidente e a fragilidade dos processos facilita a ação de fraudadores. Para se proteger, a companhia precisa adotar mecanismos para estar em Compliance cotidianamente, tais como possuir regras internas pré-estabelecidas formalmente em um manual ou guia de instruções, onde se deve incluir e destacar o Código de Ética e Conduta da corporação.

Utilizar processos automatizados é uma maneira de oficializar a prestação de serviços, por meio de contratos padronizados que permitam o preenchimento adequado das variáveis. Desta forma, quando as condições da prestação do serviço divergem, é gerada automaticamente uma notificação sobre a pendência que deverá ser esclarecida antes da formalização. Outra recomendação é implantar métodos de auto avaliação, permitindo a análise individual e da equipe com relação aos parâmetros estabelecidos, níveis de risco e eficiência, além do comprometimento com os controles.

Dependendo da necessidade, designa-se um responsável pela supervisão geral do Compliance na companhia, a quem caberá a missão de espalhar as informações e diretrizes definidas pelos gestores da alta administração, além de comunicar mudanças nas leis e normas que possam colocar a organização em algum tipo de risco. Também será responsabilidade deste funcionário, ou da área, manter colaboradores e parceiros atualizados sobre o tema, para que este não caia no esquecimento e nem seja negligenciado com o passar do tempo.

Resumidamente, essas são algumas das ferramentas que auxiliam o controle de processos, assegurando a conformidade dos procedimentos internos com os regulamentos externos e internos da empresa. No entanto, somente a implantação de tantas ferramentas de nada adianta se não forem fiscalizadas de forma independente. É neste momento que a auditoria entra em cena com o objetivo de avaliar se todos os mecanismos do Compliance estão sendo aplicados ou utilizados corretamente.

Por meio de uma abordagem sistemática e disciplinada, a auditoria interna avalia a eficácia da gestão de risco, do controle e dos processos de governança. Os auditores possuem funções vitais e complementares que auxiliam as organizações a se adequarem às normas e regulamentos do seu setor.

Quando no passado o Compliance era inexistente, os auditores internos cumpriam esse papel de certa forma, contribuindo para a instalação de controles. Porém, a verdadeira essência do auditor está na atividade de averiguação e consultoria independente e objetiva, com a finalidade de trazer valor e melhorar as operações de uma empresa.

Podemos concluir que, enquanto o Compliance procura atuar na fase de definições ou estabelecimento de regras, procedimentos diários, treinamento individual e de áreas, além da conscientização de todas as partes interessadas, acionistas, colaboradores, fornecedores, funcionários, entre outros; a auditoria busca identificar oportunidades de aperfeiçoamento, tornar os controles mais eficientes, detectar indícios ou existência de irregularidades na organização,


Compliance
em instituições financeiras X indústria

 

Agora podemos falar sobre algumas diferenças entre a aplicação de controles na indústria e em instituições financeiras. Para isso, precisamos olhar para o passado. Na década de 1990, com a abertura comercial, o Brasil buscava se alinhar ao mercado internacional em termos de competitividade, o que despertou a atenção de órgãos reguladores sobre a necessidade de se equilibrar as regras internas em relação às normas internacionais.

Desde a Grande Depressão norte-americana, o sistema financeiro já procurava reforçar a normatização do mercado por meio de uma supervisão constante de suas práticas. Em 1975, por exemplo, foi estabelecido o Comitê de Supervisão Bancária da Basiléia, que até hoje funciona como um fórum mundial para discussão e cooperação no assunto, impondo regras rígidas e fiscalizações rigorosas para o setor.

No entanto, fatos históricos e relevantes mundialmente, como o ataque de 11 de setembro e a sucessão de escândalos financeiros em Wall Street, despertaram a necessidade de regulamentações ainda mais assertivas e aplicáveis internacionalmente. Desta forma foi criada em 2002 a Lei Sarbanes-Oxley, também conhecida como SOX, que visa à obrigatoriedade de mecanismos confiáveis nas empresas e regras a fim de mitigar riscos, ocorrências de fraudes ou corrupção nas organizações.

Pressionadas pela legislação, além de acionistas, clientes e fornecedores, as instituições financeiras passaram rapidamente a fazer estruturações estratégicas, organizacionais e tecnológicas, para assegurar o aprimoramento do valor e da reputação corporativa. O Complianceentão chegava num momento conturbado, onde as transformações estavam ocorrendo simultaneamente. Atualmente, além de ter de se adequar às agências reguladoras e leis internacionais, as instituições financeiras atuantes no Brasil também precisam se atentar às regras estabelecidas pelo Banco Central (Bacen) e outras normas, como o Código de Defesa do Consumidor (CDC), por exemplo.

Mesmo diante de um cenário regulatório complexo, diversos estudos comprovam que companhias no mundo todo enxergam valor noCompliance. O verdadeiro desafio está na dificuldade em se justificar os custos destes controles. Apesar de, obviamente, os custos da não implantação destes mecanismos serem maiores.

De forma resumida, os gastos com uma política de Compliance podem ser divididos em três aspectos: custos de manutenção, de não conformidade e de governança. O primeiro se refere aos custos para executar e promover essa política, como gasto de pessoal, treinamento, comunicação interna e consultoria. Já no segundo, custos de não conformidade, podemos citar penalidades, multas e tributos, custos de remediação, perda da receita, interrupção dos negócios e perda da produtividade, impacto no capital, danos à reputação da empresa, de seus empregados e da marca, despesas com advogados, custos judiciais e valor/hora da alta administração. Por último, mas não menos importante, os gastos com governança se resumem à manutenção e às despesas da diretoria e dos comitês, custos legais e jurídicos, contratação de auditoria externa e relacionamento com investidores e comunicações.

As empresas brasileiras em geral (indústria) que pretendem adotar programas de Compliance hoje contam com uma estrutura de incentivo estabelecida, que incluem a governança corporativa, o Índice Dow Jones, a Lei Sarbanes-Oxley, o Índice de Sustentabilidade Empresarial, o UK Bribery Act, o Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), entre outras. Neste sentido, a Lei Anticorrupção Empresarial do Brasil surge como mais uma bússola -somada aos demais modelos de estrutura já existentes- que deve servir como instrumento de direcionamento e estímulo a uma conduta empresarial ética e de combate à corrupção, com o intuito de reforçar a confiança dos investidores no âmbito nacional e internacional e trazer benefícios à sociedade brasileira.

Com as recentes crises políticas e financeiras que afetam o Brasil e o mundo, novas exigências regulatórias globais e locais deverão ser introduzidas com a finalidade de contribuir com a sustentabilidade empresarial e a criação de valor no longo prazo. Neste sentido, programas deCompliance ganham ainda mais importância, pois continuarão a ser um mecanismo para avaliação e neutralização dos riscos já existentes, além de uma ferramenta para análise e entendimento das novas regulamentações que surgirão e precisarão ser acompanhadas para garantir às empresas a mitigação de novos riscos.

 

*Cynthia Catlett é diretora executiva da FTI Consulting

 

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Elipse Power, solução voltada para o setor de energia, foi apresentada na coreia do sul

Focada em fortalecer seus negócios no mercado exterior, a Elipse Software, a convite de sua parceira coreana Arcteq Korea, participou da Global Electric Power Tech 2016, nos dias 11 a 13 deste mês, em Seul, na Coréia do Sul. Considerada uma das principais exposições do mercado de energia elétrica coreano, a feira reuniu um total de 30 mil participantes divididos entre profissionais ligados a serviços de construção, supervisão e manutenção.

Ao longo dos três dias de evento, Evan Liu, gerente da Elipse em Taiwan, apresentou uma aplicação do Elipse Power para controle e automação de uma subestação. Nela, o software proveu a integração de IEDs provenientes de diferentes empresas como a própria Arcteq, a ABB e a Schneider. A ideia, segundo Liu, foi demonstrar como a solução da Elipse pode ser utilizada de forma flexível, junto aos mais variados projetos, independente do fabricante.

“Felizmente, tivemos uma ótima resposta em relação ao parecer geral dos visitantes sobre o nosso software. Agradeço muito à Arcteq pelo convite e parceria, através da qual temos reforçado, cada vez mais, a presença da Elipse como a empresa líder em crescimento na Coréia”, afirmou o gerente da Elipse em Taiwan.

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servicoPor Márcio de la Cruz Lui

Em um ambiente cada vez mais competitivo, estar à frente das tendências é essencial para o sucesso de uma empresa. Desafios como globalização, velocidade das mudanças, concorrência, novidades tecnológicas, acessibilidade às informações, novos canais de comunicação e múltiplos clientes, demandam que as empresas estejam preparadas não só para atenderem seus atuais clientes como também para ingressar em novos mercados com produtos e serviços diferenciados. O sucesso das organizações é em grande parte impactado pela excelência na qualidade dos serviços e no planejamento de ações com os olhos voltados a um todo. Essa filosofia empresarial vem se consolidando como uma iniciativa que otimiza o relacionamento das organizações com seus públicos, gerando uma sustentável vantagem competitiva nos negócios.

Uma empresa orientada ao mercado preocupa-se com todo o ecossistema de negócio, contemplando consumidores, distribuidores, concorrentes, influenciadores e macroambiente. As organizações que utilizam esse conceito concentram-se na geração de valor para seus clientes, buscando, primeiramente, um entendimento do mercado e suas necessidades, para então elaborar um plano de ação mais assertivo. Com o envolvimento e apoio de toda força de trabalho, essas empresas que optam por esta orientação precisam entender as mudanças das necessidades e desejos dos clientes; serem capazes de decodificar essas mutações e responder rapidamente para garantir a satisfação do seu público. Além disso, para que elas sejam mais lucrativas e eficientes do que seus concorrentes, precisam implementar inovações de maneira mais rápida e ser mais assertiva ao tomar decisões estratégicas.

Dentro do universo de oferta de produtos e serviços digitais, uma forma de garantir esta orientação é empregando ferramentas de service assurance. Atualmente, poucas soluções no mercado são capazes de proporcionar uma coordenação interfuncional com visão holística do processo de entrega de valor superior. Por isso, o ideal é apoiar-se em tecnologias que além de darem um diagnóstico correto da qualidade da oferta dos serviços, possam agilizar a resolução de problemas por meio de um service desk inteligente, acompanhar de maneira mais precisa os níveis de serviços (SLAs) e níveis operacionais (OLAs) para tomada de decisão estratégica, além das informações estatísticas, analytics e big data.

Tecnicamente falando, a garantia da entrega da qualidade dos serviços pressupõe a adoção de uma plataforma completa de serviços de distribuição de conteúdo Over The Top (OTT) e de uma aplicação multi-tenant, capaz de administrar essa infraestrutura com o menor custo possível, sem afetar o desempenho, a escalabilidade ou a segurança, integrando os sistemas de suporte a operações e negócios (OSS/BSS). Estes elementos se aplicados conjuntamente otimizam o gerenciamento das redes, o desenvolvimento de serviços inovadores e o relacionamento com o cliente.

Desta forma, conduzir a empresa a um modelo de orientação ao mercado, na verdade, acaba por gerar uma vantagem competitiva sustentável, auxiliar no planejamento e a obter uma visão a longo prazo capaz de orquestrar e unificar as principais diretrizes estratégicas da companhia.

Márcio de la Cruz Lui é Gerente Comercial Sênior da ISPM, fornecedor líder na América Latina em software de gerenciamento e monitoração de serviços de Telecomunicações e Tecnologia.

 

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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