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Pela primeira vez no Brasil, um estudo foi realizado com base no Inventário do Ciclo de Vida, considerando dados primários de toda cadeia produtiva no Brasil. Conduzido por especialistas e instituições das áreas de embalagem e de alimentos, o trabalho fez um comparativo entre os materiais mais utilizados para o envase de líquidos (água, refrigerante e óleo comestível). O objetivo é orientar o mercado e os consumidores sobre qual é a melhor opção do ponto de vista ambiental, de acordo com diversos indicadores.

“Avaliaçao do Ciclo de Vida da Embalagens PET para Alimentos Líquidos” comparou 11 unidades diferentes de embalagem, conforme tamanho e tipo de uso. Foram seis embalagens PET, duas de alumínio, duas de vidro e uma de folha de flandres (aço). No resultado final, o PET demonstrou desempenho superior às alternativas avaliadas.   

PROJETO CONTOU COM VALIDAÇÃO TÉCNICA E CIENTÍFICA EXTERNA

“Avaliação do Ciclo de Vida das Embalagens PET para Alimentos Líquidos” é um projeto para o Brasil, construído a várias mãos, por diferentes elos do mercado, sob a coordenação da Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET), com a participação ativa da Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (ABIR) e da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (ABIOVE), além de importantes contribuições de empresas destes setores.

As equipes do Centro de Tecnologia de Embalagens, do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL/CETEA), ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, construíram um genuíno Inventário do Ciclo de Vida das Embalagens PET, que possibilitou uma precisa comparação com outras embalagens, estudo este conduzido pela empresa ACV Brasil, especialista nesse tipo de avaliação.

O estudo contemplou todos os elos da cadeia produtiva, distribuição e comercialização dessas embalagens, através da colaboração das principais empresas que atuam no setor de alimentos líquidos no Brasil, além de fabricantes de resinas de PET, produtores de embalagens, envasadores e distribuidores, com foco em água mineral, refrigerantes e óleo comestível.

São elas: ADM, ALPEK, AMBEV, AMCOR, BUNGE, CARGILL, COCA-COLA, CONVENÇÃO RJ, DANONE, ENGEPACK, FEMSA, GLOBAL PET, HEINEKEN, IMCOPA, INDORAMA, LDC, MATE COURO, MINALBA, PEPSI, PETRÓPOLIS, PLASTIPAK, RECOFARMA, SOLAR E VALGROUP.

Além da credibilidade dos dados utilizados, o estudo ACV foi submetido à revisão crítica feita por especialistas de grandes universidades brasileiras, a fim de assegurar que os resultados para as afirmações comparativas estejam de acordo com os requisitos de qualidade da norma ABNT NBR ISSO 14040:2009 e ABNT NBR ISSO 14044:2006.

“O projeto representa um marco dentro do cenário brasileiro, tanto por sua abrangência quanto por seu conteúdo técnico. Além disso, traz luz científica ao debate, dando ao mercado as condições necessárias para que escolhas sejam feitas com base em aspectos técnicos e indicadores cientificamente aceitos. Só assim será possível evoluir nas questões ambientais, sem achismos e informações distorcidas, com olhar meramente comercial e sem qualquer impacto positivo para o meio ambiente”, afirma o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET), Auri Marçon.

O QUE É O ESTUDO DE ACV

“Avaliação do Ciclo de Vida de Embalagens PET para Alimentos Líquidos” segue o que há de mais atual quando o assunto é a avaliação de toda a cadeia de valor para a produção de uma embalagem. Também conhecido como estudo “do berço ao túmulo”, faz uma análise do impacto ambiental que vai desde a extração da matéria-prima até seu descarte final, passando pela produção, envase, transporte, comercialização e reciclagem pós-consumo.

Para que a “Avaliação do Ciclo de Vida de Embalagens PET para Alimentos Líquidos” alcançasse a profundidade e o nível técnico desejado, o estudo foi planejado durante vários anos, com a avaliação de 12 categorias de impacto: Mudanças Climáticas, Acidificação, Ocupação do Solo, Material Particulado, Ecotoxicidade, Consumo de Água, Depleção da Camada de Ozônio, Eutrofização, Toxicidade Humana, Formação de Ozônio Fotoquímico, Recursos Minerais e Combustíveis Fósseis.

Dentro desses quesitos, foram comparadas, em diferentes tipos de uso:

·         Embalagens PET de 500 ml e 1.500 ml (água), 250 ml, 600 ml e 2 litros (refrigerante) e 900 ml (óleo comestível)

·         Embalagens de alumínio de 350 ml (água) e 350 ml (refrigerante)

·         Embalagens de vidro de 300 ml (água) e 250 ml (refrigerante)

·         Embalagens de aço de900 ml (óleo comestível)

As embalagens PET alcançaram desempenho superior às demais alternativas, nos quesitos que mais alertam a sociedade em relação ao meio ambiente, conforme abaixo:

·         Mudanças Climáticas: alteração do clima global, aumento de temperaturas e gases do efeito estufa.

·         Acidificação: emissões produzidas que contribuem para a chuva ácida, formação de smog (Smoke and Fog)

·         Ocupação do Solo: áreas ocupadas para exploração de atividades econômicas.

·         Material particulado: partículas finas que causam doenças respiratórias.

·         Ecotoxidade: emissões para o ar, água e solo que ameaçam a saúde de espécies.

·         Consumo de água: quantidade total de recursos hídricos utilizado no processo de produção.

PET É EXEMPLO DE CIRCULARIDADE

De acordo com o último Censo da Reciclagem do PET no Brasil, 56,4% de todas as embalagens PET pós-consumo são recicladas no País. Esse desempenho decorre da evolução do uso do material reciclado entre as empresas usuárias da embalagem e o seu compromisso com a circularidade, reduzindo assim a necessidade de matérias-prima virgens.

Da fase de coleta do material descartado pelos consumidores até a fabricação de uma grande lista de produtos que utilizam a resina reciclada, a reciclagem de embalagens PET já fatura R$ 3,6 bilhões. Aproximadamente 30% desse total fica na base da cadeia, na fase da coleta, entre catadores, cooperativas e sucateiros.

O principal consumo da resina PET reciclada – 29% do total – ocorre justamente entre os fabricantes de preformas e garrafas, produtos que são utilizados principalmente pela indústria de água, refrigerantes, energéticos e outras bebidas não alcoólicas, além de produtos de limpeza e cuidados pessoais.

Essa indústria se utiliza do processo conhecido como bottle to bottle, principalmente em decorrência do aumento da produção de embalagens em grau alimentício (food grade), segmento exclusivo do PET reciclado por determinação da ANVISA, que nos últimos anos mostrou uma grande evolução tecnológica, garantindo qualidade e saudabilidade.

O PET também apresenta uma série de benefícios ao longo de toda a cadeia produtiva, da indústria ao consumidor final. Como material de embalagem, atende inúmeras exigências técnicas e de saudabilidade, que protegem alimentos e bebidas com muita eficiência. Isso acontece em razão das características do produto, como leveza, transparência e resistência, tanto mecânica quanto química.

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Por: Adriana Giacomin

A preocupação com as mudanças climáticas e seus impactos na vida humana e no meio ambiente não é mais uma simples tendência, mas uma necessidade urgente. Um dos maiores vilões nessa história é o plástico convencional, que está presente em todas as etapas da nossa vida: desde a produção industrial até o varejo, das prateleiras do supermercado às nossas casas. A boa notícia é que já existem alternativas sustentáveis que podem substituir o plástico e minimizar seu impacto negativo. Mas para que isso funcione, as mudanças precisam começar agora.

O plástico convencional é amplamente utilizado por ser barato e versátil. No entanto, seus efeitos no ambiente são devastadores: ele demora séculos para se degradar, polui nossos oceanos e solos, e coloca a vida selvagem em risco. Segundo a ONU, apenas 9% de todo o plástico produzido no mundo é reciclado, enquanto oito milhões de toneladas acabam nos oceanos todos os anos. Um estudo da Fundação Ellen MacArthur alerta que, se continuarmos nesse ritmo, até 2050 haverá mais plástico do que peixes nos oceanos.

Além da poluição, a produção de plástico é uma grande fonte de emissões de gases de efeito estufa, alimentando ainda mais as mudanças climáticas. E em muitos setores, como nas embalagens de uso único, o plástico se torna um verdadeiro desafio para a sustentabilidade.

Por isso, é urgente adotarmos alternativas ao plástico convencional. Os plásticos biodegradáveis, por exemplo, oferecem a mesma funcionalidade, mas podem se decompor em até 20 meses, dependendo da sua composição. Isso significa que eles se reintegram à natureza sem deixar resíduos tóxicos ou microplásticos, além de reduzirem as emissões de CO2 em diferentes fases do seu ciclo de vida. Empresas ao redor do mundo já estão investindo nesses materiais, e esse é um caminho promissor.

No entanto, essa transformação exige um esforço coletivo. A gestão de resíduos por si só não é suficiente para enfrentar o problema com a urgência necessária. Governos, empresas e consumidores precisam agir juntos para promover alternativas sustentáveis. Políticas públicas que incentivem a pesquisa e o desenvolvimento de bioplásticos são essenciais, assim como o investimento em inovação por parte das empresas, reformulando suas cadeias de produção para incorporar esses materiais.

Os consumidores também têm um papel importante nessa transição. Uma pesquisa da La Vulca e Netquest, encomendada pela Bioelements, revelou que 60% dos consumidores brasileiros sentem culpa pelo uso de plástico nos produtos que compram. Além disso, 72% querem saber mais sobre os materiais usados nas embalagens, e 85% gostariam de fazer mais para mudar essa realidade. No entanto, para isso, é fundamental que tenham acesso a produtos biodegradáveis. Marcas que adotam práticas sustentáveis certamente se destacarão e poderão causar um impacto positivo nessa mudança.

Adotar bioplásticos e plásticos biodegradáveis é uma das formas mais eficazes de reduzir nossa pegada ecológica e proteger o meio ambiente. O futuro começa hoje. E a hora de agir é agora.

*Adriana Giacomin é Country Manager Brasil na Bioelements, empresa especializada no desenvolvimento e produção de embalagens bioplásticas e biodegradáveis*

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A inteligência artificial está avançando em todas as áreas do conhecimento, e o setor de treinamento e desenvolvimento não é exceção. Hoje, uma vasta gama de ferramentas já está disponível para criar capacitações do zero, gerar conteúdo, desenvolver cursos, formular perguntas e respostas, e até mesmo conduzir tutoriais para cursos online ou presenciais.

A possibilidade de criar treinamentos e cursos com o auxílio dessas tecnologias traz vantagens inegáveis como agilidade, precisão, economia de tempo e personalização em massa. Mas, até que ponto é possível confiar apenas na IA para criar conteúdos que realmente atendam às necessidades específicas de uma empresa?

Gosto de comparar a criação de conteúdo com uma grande fábrica de blocos de concreto os blocos de conhecimento. Assim como na construção civil, onde é fundamental começar com um bom projeto e uma arquitetura bem planejada, na educação corporativa é necessário estruturar a aprendizagem de forma cuidadosa. Primeiro, é importante identificar e utilizar os blocos de conhecimento já disponíveis. Depois, a empresa pode desenvolver internamente novos blocos com as ferramentas de autoria, assegurando que esses conteúdos reflitam seu DNA.

Pesquisas indicam que o uso de IA na educação está crescendo rapidamente. De acordo com um relatório da Research and Markets, o mercado global de IA na educação atingiu US$ 3,68 bilhões somente em 2023.

No Brasil, o uso de tecnologia em ambientes educacionais também está em ascensão. Um estudo da ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior) aponta que 60% das instituições de ensino superior já utilizam alguma forma de tecnologia digital para potencializar o aprendizado, e esse número só tende a crescer.

A criação de cursos e treinamentos com ferramentas de IA pode parecer a solução perfeita para a padronização do conhecimento, o que pode ser útil para habilidades técnicas genéricas, mas não para destacar os diferenciais da empresa.

Quando todos os cursos são criados a partir dos mesmos parâmetros, utilizando as mesmas bases de dados e modelos de IA, corre-se o risco de uniformizar o aprendizado de tal forma que ele perca o toque humano, a personalização e a identidade da empresa.

Cada organização tem sua cultura, seus valores e sua forma única de operar. E essa singularidade é o que diferencia uma marca no mercado e é vital que ela seja preservada nos treinamentos.

É aqui que entra a importância da consultoria especializada na criação de treinamentos corporativos. Ferramentas de IA são poderosas, mas elas precisam ser orientadas por profissionais que compreendem as nuances da cultura organizacional e os objetivos específicos de cada treinamento.

A consultoria pode, por exemplo, analisar os materiais produzidos pela IA, ajustando-os para que estejam alinhados com a missão, visão e valores da empresa. Além disso, pode garantir que os treinamentos sejam verdadeiramente interativos, levando em conta as particularidades de cada equipe e a maneira como ela aprende melhor. O toque humano na revisão e adaptação dos conteúdos é o que transforma um treinamento comum em uma experiência de aprendizado única.

Em vez de ver a IA como uma substituta para o trabalho humano, as empresas devem considerá-la uma aliada poderosa. O seu verdadeiro valor na criação de cursos e treinamentos surge quando ela é utilizada em conjunto com a consultoria especializada, que pode garantir que cada conteúdo seja relevante, personalizado e eficaz.

O futuro da educação corporativa é, sem dúvida, híbrido – combinando o melhor da tecnologia com a sensibilidade e o conhecimento humano. E é nessa união que reside o sucesso dos treinamentos que realmente fazem a diferença.

*Luiz Alexandre Castanha, administrador de empresas com especialização em gestão de conhecimento e storytelling aplicado à educação, coautor do livro “Olhares para os Sistemas” e é CEO da NextGen Learning. Mais informações no site.

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Aquecimento global, efeito estufa, degelo das calotas polares, ondas de calor extremo, secas, morte dos oceanos e destruição dos ecossistemas. Essas são algumas das ocorrências que muitos acreditam se tratar de problemas do futuro, mas que estão diretamente ligadas aos desastres ambientais, como as inundações no Rio Grande do Sul e a epidemia de dengue no Brasil.

Segundo o geólogo Marco Moraes, essas catástrofes são indicadores claros da degradação ambiental. Em Planeta Hostil, publicado pela Matrix Editora, o pesquisador em mudanças climáticas descreve como a humanidade tem transformado a Terra em um lugar inóspito e revela o que vem pela frente.

Sem eufemismos e tentativas de minimizar a situação, Moraes mostra de maneira arrepiante como estamos à beira de um colapso por conta de ações do homem que geraram mudanças irreversíveis. Cada capítulo revela de que forma o uso de combustíveis fósseis, as atividades das indústrias do cimento e do plástico, a pesca predatória e a criação indiscriminada de pastos destroem ecossistemas e, por consequência, toda a cadeia de vida do planeta.

A obra chama atenção para os efeitos visíveis do aquecimento global como as tempestades cada vez mais destruidoras, os recordes seguidos de altas temperaturas, a avanço acelerado do mar nas cidades litorâneas e a falta de água em locais onde ela sempre foi abundante. Também traz luz para os sinais que passam desapercebidos, como a ingestão de microplásticos por meio da alimentação, o desaparecimento de espécies inteiras de insetos e da progressiva intoxicação química da população mundial.

Apesar do tom de alerta, o autor não incentiva o cinismo e nem alimenta a desesperança. As exposições de Planeta Hostil deixam claro que as consequências do que fizemos à Terra são amplas e graves, a ponto de ameaçar a própria existência humana, mas servem também como um apelo à ação e convidam o leitor a se unir a um movimento urgente para evitar mais devastação.

“Tempos difíceis virão. No entanto, com boa informação, realismo e pragmatismo, podemos vencer o nosso maior inimigo, que, você já sabe, somos nós mesmos”, declara o geólogo Marco Moraes.

Marco Moraes é geólogo formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA/UFRGS) e Ph.D. pela Universidade de Wyoming (EUA). Atuou durante maior parte de sua carreira profissional, de mais de 37 anos, como pesquisador do Centro de Pesquisa da Petrobras (CENPES). Desde 2017, quando deixou a vida corporativa, dedica-se a estudar os problemas do planeta.

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Por Alexandre Pierro

A ISO 56002, também conhecida como ISO de Inovação, já se tornou uma grande aliada das empresas ao redor do mundo que querem inovar de forma estruturada e segura, mantendo seu destaque no mercado. Grandes cases de sucesso no mundo – e aqui no Brasil – já foram construídos com o apoio desta metodologia e, agora, mais uma novidade está a caminho para contribuir ainda mais com o fomento do potencial inovador das empresas: a ISO 56001. Ambas possuem propósitos semelhantes, mas existem diferenças consideráveis entre elas que precisam ser compreendidas antes de se ingressar nessa jornada.

Desenvolvida pela organização não governamental International Organization of Standardization (ISO), a ISO 56002, que foi publicada em 2019, trata-se de uma metodologia de diretrizes para a inovação, a qual, através da aplicação de um diagnóstico, fornece as melhores orientações capazes de alavancar a empresa em seu segmento e potencializar a conquista de resultados cada vez melhores.

Testada e aprovada por mais de 164 países, ela foi adotada por cerca de 600 empresas em todo o mundo e contém uma metodologia flexível e adaptável conforme cada perfil e necessidades, o que permite que cada negócio escolha qual caminho faz mais sentido de acordo com sua realidade e expectativas. Sua certificação não é obrigatória, mas, se desejar, a empresa pode contratar um organismo certificador e passar por uma auditoria de certificação. Quando aprovada, recebe uma certificação via atestado de conformidade.

Do outro lado, a ISO 56001 é uma norma de requisitos no desenvolvimento de um sistema de gestão para a inovação, com previsão de ser oficialmente publicada em setembro de 2024. Por se tratar de uma norma de requisitos, é possível que, no futuro, ela venha a ter a acreditação do Inmetro, que é o órgão máximo de padronizações no Brasil.

Neste caso, o Inmetro irá auditar os organismos certificadores, conferindo ainda mais rigor ao processo. Após essa fase, as certificadoras poderão emitir um certificado via acreditação para as empresas que cumprirem os requisitos na ISO 56001. Para muitos, ter a chancela do Inmetro é um ponto extremamente favorável, uma vez que traz mais segurança e confiabilidade ao processo.

Em termos práticos, não há grandes diferenças entre as duas normas. Enquanto a ISO 56002 possui um viés mais brando, a ISO 56001 traz uma proposta mais rigorosa. A ISO 56002 expressa, claramente, que a inovação pode ser adotada em serviços, produtos, processos, ou na combinação de mais de um desses, sempre levando em consideração que haja a geração de valor ao negócio. Já a ISO 56001 busca fomentar qual a intenção de inovação – ou seja, o que espera realmente conquistar com isso.

Podem parecer conceitos semelhantes, mas a profundidade proposta pela ISO 56001 é muito maior, abrangendo critérios de cultura e engajamento, além de propriedade intelectual com conceitos bem mais estruturados. Afinal, uma marca que busca inovar não precisa almejar apenas lucro, mas também mirar em uma maior satisfação de seus clientes, melhorar a experiência de compra, melhorar a captação de recursos de fomento à inovação ou, até mesmo, aumentar o valor de sua marca. O que vale, aqui, é a intenção por trás desta jornada.

De um lado, temos uma metodologia que traz em seu propósito um discurso de diretriz, orientando os empreendimentos sobre o que mais convém conforme suas metas. Do outro, uma norma mais rigorosa, conduzindo os caminhos a serem seguidos de uma forma mais imperativa, com foco nos resultados.

Essa visão, contudo, não quer dizer que uma é melhor que a outra, uma vez que tanto a ISO 56001 quanto a ISO 56002, são capazes de trazer excelentes resultados às empresas – desde que seu desenvolvimento seja conduzido de forma estruturada, planejada e aberto à ajustes caso necessários. A escolha entre uma e outra só depende do momento e dos objetivos de cada empresa.

O que realmente importa, na prática, é a geração de valor conquistada através deste processo, de forma que haja uma percepção nítida de resultados melhores que agreguem valor ao negócio, seja em termos financeiros, no aumento no número de clientes, redução de gastos ou outros aspectos relevantes.

Afinal, é com a ISO 56002 que as empresas conseguirão abrir seus caminhos nessa jornada e, junto à ISO 56001, pavimentar essa trilha estabelecendo passos mais seguros e concretos na tomada de decisões. O que também não quer dizer que seja necessário adotar primeiro uma e depois a outra.

Com essa diferença desmistificada, fica mais fácil identificar como ambas podem trazer resultados incríveis para o crescimento organizacional, cabendo a cada negócio decidir quais ações fazem mais sentido conforme sua realidade e expectativas. Independentemente da norma escolhida, as empresas que adotarem essa metodologia de inovação, certamente, estarão muito mais preparadas para aproveitar oportunidades em seus mercados de atuação.

Alexandre Pierro é mestrando em gestão e engenharia da inovação, bacharel em engenharia mecânica, física nuclear e especialista de gestão da PALAS, consultoria pioneira na ISO de inovação na América Latina.

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Por Ricardo Haag

Assumir a liderança de uma empresa não é uma responsabilidade simples, tampouco, algo possível de ser comandado, com êxito, por todos. Ocupar um posto de C-Level requer protagonismo frente a uma série de situações cotidianas da empresa, assim como visão estratégia e muitas outras habilidades indispensáveis. O problema, contudo, é que muitos dos próximos profissionais nessa “linha de sucessão”, membros da Geração Z, já evidenciaram que não almejam tal crescimento, o que traz o questionamento de quem será o C-Level do futuro.

Independente do setor de atuação, aqueles que ocupam essa cadeira necessitam aplicar uma capacidade de entendimento do negócio muito aprofundada, compreendendo duas dores, fraquezas, pontos fortes e oportunidades para explorar as melhores estratégias perante o crescimento e destaque competitivo. Junto a isso, há, ainda, um forte compromisso em recrutar e engajar times qualificados, garantindo que trabalhem juntos rumo à conquista dos objetivos esperados.

Por mais que sejam responsabilidades de extrema importância e peso perante o sucesso das operações, esse costumava ser um sonho altamente desejado por muitos profissionais mais seniores. Já hoje, muitos talentos mais jovens não mostram o mesmo desejo de chegar a esse topo, dando preferência para outras oportunidades e características em uma vaga que façam mais sentido conforte suas expectativas e ambições de carreira.

Segundo dados divulgados pela CoderPad, 36% dos zillennials não têm a intenção de assumir esses postos gerenciais em uma empresa, alegando serem posições com alta carga de comprometimento, carga horária extensa, e de tomadas de decisões que podem acarretar erros sérios para os processos internos. Todas, questões que, aliadas ao tempo demorado para construir essa jornada e conquistar essas vagas, diminuem o interesse de muitos desses talentos.

Em substituição a essa ambição, é muito comum ver diversos membros dessa geração optando por assumir cargos de CEOs em startups, como exemplo, por oferecem, pelo menos, teoricamente, um crescimento profissional mais acelerado em empresas que tendem a ter uma cultura mais dinâmica e interativa.

A agilidade nas atividades é uma característica bastante desejadas por esses profissionais, em decorrência, dentre tantos fatores, pela maior praticidade e velocidade deste mundo altamente tecnológico no qual vivemos – algo que, por mais que traga seus pontos positivos perante um maior e melhor desempenho e produtividade, também pode acarretar riscos operacionais. O atalho, nem sempre, é a melhor opção.

Há uma preocupação nítida em quem será o C-Level do futuro, se considerarmos essa mudança de preferências dos profissionais mais novos. Porém, por mais que haja essa discrepância em termos de expectativas em uma oportunidade de carreira, as empresas ainda terão que ter alguém assumindo essas posições de liderança e gerência. Se não, todo o mercado entraria em colapso, considerando a hipotética situação em que nenhum dos talentos mais jovens se identificariam ou almejariam ter essas responsabilidades.

O que os empreendimentos devem focar, no momento, é em considerar estratégias de atração e retenção desses profissionais, pressupondo os desafios nesse sentido para que consigam se conectar com as novas gerações que estão chegando e preenchendo, cada vez mais, os ambientes corporativos. Uma mudança complexa em termos de cultura e processos, mas essencial para que as empresas não sintam um impacto brusco em quem assumirá essas cadeiras.

Prezem pela empatia em compreender as expectativas desses membros, suas visões, realidades e desejos em uma oportunidade. Em conjunto, cuidem para que haja uma forte integração com os outros profissionais mais seniores – afinal, cada um sempre terá muito o que aprender com o outro, e é preciso que haja essa união entre todos perante esforços conjuntos rumo ao crescimento corporativo.

O mercado sempre terá um ciclo de renovação natural de seus C-Levels, assim como de todos os integrantes de cada empresa. Ao invés de se preocupar diante de uma nova geração com ambições bastante diferentes das anteriores, busque enxergar oportunidades de adaptação para que esses jovens se sintam reconhecidos e motivados a integrar a equipe, se adaptando, à medida do possível, para que tragam novas visões internamente. No final, mentes e olhares diferentes, juntas, são mais fortes.

Ricardo Haag é sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.

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J.A. Puppio

A falta de responsabilidade no cuidado com o planeta e o manejo da água potável, atualmente, devem gerar problemas gigantescos nos anos que se seguem para a sobrevivência dos seres humanos neste planeta. As guerras convencionais e conflitos armados que sempre estiveram presentes no cotidiano da humanidade possivelmente se estendam na luta pela água. Conforme pesquisa divulgada no ano passado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), uma parcela de 26% da população global não tem acesso à água potável, o que corresponde a 2 bilhões de pessoas.

Os sábios do passado mais distante já lembravam que as variações climáticas e ecológicas também deviam estar influindo como agentes em nossos destinos, portanto, não é recente a noção de que as interferências no ecossistema trazem inevitavelmente complicações que frequentemente se tornam sérias, como a escassez hídrica ou alagamentos e enchentes. O comportamento global recorrente de descuido já está criando inclusive levas de migrantes climáticos, que procuram deixar suas terras improdutivas, onde não é mais possível cultivar alimentos por falta de água, e nunca é demais frisar que onde ela não existe, não existe vida.

A história nos conta que grandes civilizações passaram por amplas mudanças no seu cotidiano por causa do desequilíbrio ambiental, e a dúvida é saber exatamente o que está reservado para nós nos próximos anos. Hoje, entramos numa fase de respostas do planeta, mas diversos avisos já tinham sido emitidos sobre as mudanças climáticas. O desequilíbrio ambiental está mais evidente que nunca, mesmo assim, parte das lideranças da população mundial insiste em virar a cara para o problema ou enfiar a cabeça numa cova como os avestruzes fazem quando sentem ameaças ou iminência de perigo.

É preciso reforçar a todos a ideia de que não há desvinculação de todas as espécies de vidas, sejam da fauna como da flora. Elas se entrelaçam e principalmente se sustentam com sua forte ligação ao solo e água, se ajustando às variações climáticas. Esse elo milagroso natural quando rompido traz consequências e faz os terráqueos sofrerem as consequências. Lembrando o músico Guilherme Arantes em sua famosa canção há, na verdade, um claro e grande paradoxo: “Terra, Planeta Água”. Vale ressaltar ainda que o corpo humano é composto por dois terços de água e esta afamada massa líquida cobre mais de 2/3 da superfície da Terra.

O fato é que não há inocentes quando não se toma cuidados em toda sua amplitude com mudanças climáticas. O bicho homem pode entender que nasceu para dominar a natureza ou que ela é algo diferente e separada dele, porém o fato concreto é que homem e meio ambiente são como gêmeos siameses, eternamente inseparáveis. Por consequência é preciso atenção e prudência em qualquer ação geoambiental. Como disse certa vez o jornalista Joelmir Betting, “a natureza não se defende, mas se vinga”. 

Do ponto de vista geopolítico, há uma corrente de pensamento no Brasil defensora da tese que se um dia um país estrangeiro ou bloco militar invadir a Amazônia ou a região pantaneira seria mais em virtude dos recursos hídricos delas do que pelas reservas minerais ou suas riquezas zoobotânicas. Verdade ou não, as Forças Armadas brasileiras têm se capacitado há décadas neste sentido, treinando suas brigadas de infantaria de selva e as brigadas de infantaria de Pantanal para se interporem a qualquer aventura estrangeira. São militares com grande destreza e aquacidade para atuação em ambientes hidrográficos e lacustres, ou biomas semelhantes. Os guerreiros de selva e soldados pantaneiros estão entre os melhores do mundo em suas especialidades.

Imprescindível para a existência do ser humano, este líquido cobiçado é indispensável também na indústria e na agricultura. Nas fábricas a água é o ingrediente fundamental para produção de energia gerada pelas usinas hidroelétricas. A eletricidade na grande maioria das vezes é o que move o maquinário fabril. É ainda absolutamente indispensável na limpeza do parque e plantas industriais. Na lavoura, por sua vez, a água é imperativa para a irrigação dos cultivos, que empregam algumas tecnologias especialmente em regiões agricultáveis onde as chuvas são irregulares ou quase não existem.  

Apesar dos desacertos enormes, o recurso também tem despertado interesse de companhias pela importância desse bem comum da humanidade (e não uma commodity, como a ONU classificou na Conferência sobre a Água do ano passado em Nova York).  Hoje, grandes empresas têm tratado desse ativo poderoso fazendo o gerenciamento principalmente para redução do uso, perda ou desperdício. Elas também têm tido cuidados com o reuso de águas residuais para diferentes finalidades.

Inúmeras estratégias de manejo hídrico estão sendo utilizadas com sucesso pelo planeta, mas ainda precisam ser bem mais massificadas. Basicamente os esforços se intensificam para economizar dinheiro, energia e poupar o meio ambiente. Há ações no meio empresarial para reduzir ou minimizar a poluição e problemas resultantes de mal uso da água como também para salvar ambientes aquáticos.

Esforços têm sido feitos, por exemplo, para economizar energia no aquecimento, tratamento e bombeamento d’água. Inclusive, esse líquido precioso passou a ser analisado com mais atenção para casos de emergência como combate a incêndios florestais, secas e contaminações. Recentemente, o Estado do Rio Grande do Sul sofreu os rigores das enchentes e o problema ocorreu possivelmente por falta de uma operação e manutenção mais criteriosas. A água é um bem para o consumo humano, mas também é essencial cuidá-la bem.

J.A. Puppio é empresário e autor do livro ‘Impossível é o que não se tentou’.

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O Brasil acaba de ultrapassar a marca de 14 gigawatts (GW) de potência operacional nas grandes usinas solares, igualando assim a capacidade instalada da hidrelétrica de Itaipu, a segunda maior usina do mundo, de acordo com o mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

Segundo a entidade, desde 2012, o segmento já trouxe mais de R$ 60,7 bilhões em novos investimentos e mais de 424 mil empregos verdes acumulados, além de proporcionar cerca de R$ 20 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.

Atualmente, as usinas solares de grande porte operam em todos os estados brasileiros, com liderança, em termos de potência instalada, da região Nordeste, com 59,8% de representatividade, seguida pelo Sudeste, com 39,1%, Sul, com 0,5%, Norte, com 0,3% e Centro-Oeste (mais DF), com 0,3%.

Na avaliação da ABSOLAR, é plenamente possível aumentar significativamente a participação das fontes renováveis na matriz elétrica brasileira, mantendo a confiabilidade, segurança e estabilidade, bem como assegurando o equilíbrio técnico e econômico da expansão e operação do sistema elétrico do Brasil.

Segundo o estudo Sistemas Energéticos do Futuro: Integrando Fontes Variáveis de Energia Renovável na Matriz Energética do Brasil, que durou três anos e reuniu instituições como o Ministério de Minas e Energia (MME), Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a entidade de cooperação internacional do governo alemão GIZ, há uma forte sinergia entre os recursos renováveis do Brasil, como hídrico, solar, eólico, de biomassa e de biogás.

O relatório mostra que o equilíbrio do sistema, quando há variações nos ventos e no sol, é fornecido em especial pelas hidrelétricas renováveis, não pelas termelétricas fósseis.

O CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, ressalta que, além de ser uma fonte competitiva e limpa, a maior inserção da energia solar em grandes usinas é fundamental para o País reforçar a sua economia e impulsionar o processo de transição energética. “A fonte solar é parte desta solução e um verdadeiro motor de geração de oportunidades, novos empregos e renda aos cidadãos”, aponta.

“O crescimento da energia solar fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros, fatores cada vez mais importantes para a economia nacional e para o cumprimento dos compromissos ambientais assumidos pelo País”, acrescenta.

Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, o crescimento acelerado da energia solar é tendência mundial e colabora para o processo de descarbonização das economias. “O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta, o que abre uma enorme possibilidade para a produção do hidrogênio verde (H2V) mais barato do mundo e o desenvolvimento de novas tecnologias sinérgicas, como o armazenamento de energia e os veículos elétricos”, diz.

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Terminou na semana passada a HYDROGEN EXPO South America e a CARBON CAPTURE South America, eventos dedicados a apresentar novas tecnologias e soluções, catalisando o debate em torno do desenvolvimento da cadeia produtiva do hidrogênio como alternativa econômica e ambientalmente viável no processo de descarbonização da indústria brasileira e internacional. 

Com mais de 70 empresas nacionais e internacionais participantes e uma extensa programação de conteúdo, a segunda edição dos eventos foi realizada no Rio de Janeiro e atraiu mais de 3.000 profissionais do setor. “Registramos um aumento significativo no número de expositores e de visitantes de quase 30% com relação à edição do ano passado, o que comprova o avanço desse setor de um ano para o outro”, constatou Cassiano Facchinetti, managing director da INTERLINK Exhibitions, organizadora dos eventos. 

“São dois eventos em um, que formam uma plataforma exclusiva para colaboração e troca de ideias com o propósito de acelerar a transição energética para um futuro descarbonizado e mais sustentável. Sabemos que a descarbonização não é um desafio fácil e isolado, mas um processo complexo que engloba todos os aspectos da nossa cadeia produtiva. Para isso, a HYDROGEN EXPO South America e a CARBON CAPTURE South America reúnem a iniciativa privada e o poder público com a indústria, para juntos discutirmos os desafios atuais para a implementação desses projetos e as propostas necessárias para tornar o Brasil um protagonista nesse setor.”

Outro ponto destacado por Facchinetti foi a geração de negócios e parcerias entre as empresas presentes. “Por reunir oferta e demanda, ou seja, de um lado fornecedores de soluções em tecnologias e equipamentos para a produção, distribuição, armazenagem e exploração do hidrogênio e, do outro, grandes indústrias que precisam fazer a transição energética e descarbonizar suas operações, o evento é uma ferramenta estratégica para a geração de negócios e parcerias comerciais”. 

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A aprovação do Projeto de Lei 699/2023, chamado de PROFERT, que trata da criação de um arcabouço legal para o mercado de fertilizantes nitrogenados no Brasil, pode viabilizar grandes investimentos na neoindustrilização brasileira, sobretudo com novas fábricas de fertilizantes nitrogenados a partir do hidrogênio verde.

A afirmação é de Maria Gabriela Oliveira, diretora da Atlas Agro, empresa suíça com foco na produção de fertilizantes nitrogenados com zero emissões de carbono. Durante a audiência pública da comissão de meio ambiente na Câmara dos Deputados sobre o PL do PROFERT, realizada na última semana de maio deste ano, a executiva destacou a intenção de novos investimentos da companhia no País, com a expansão das fábricas no território nacional até 2034.

A aposta da Atlas Agro é, a partir da aprovação do PROFERT, a criação de um marco legal que amplie o ambiente de negócios com mais segurança jurídica e atratividade aos atuais e novos investimentos da companhia no País. Atualmente, a empresa está construindo a primeira fábrica de fertilizantes nitrogenados a partir do hidrogênio verde, na cidade Uberaba (MG), com investimentos totais de R$ 4,3 bilhões.

“As futuras fábricas de fertilizantes verdes no território nacional trarão um impacto relevante na balança comercial brasileira, com bilhões de dólares de importação evitada, além dos próprios ganhos internos em termos econômicos, sociais, ambientais e geopolíticos”, explica Maria Gabriela.

“Os fertilizantes verdes da Atlas Agro serão capazes de reduzir a pegada de carbono nas lavouras brasileiras entre 10 e 50%, a depender do tipo de cultivo, o que é altamente significativo para colocar o agronegócios brasileiro na vanguarda mundial de produção sustentável”, acrescenta. 

Segundo a executiva, a aposta da Atlas Agro é a descarbonização da indústria nacional de fertilizantes nitrogenados, com mais segurança alimentar e redução da dependência de importações de fertilizantes com alta pegada de carbono, sobretudo de regiões em conflito de guerra, como a Rússia, por exemplo. “Hoje o Brasil é um mercado importador do insumo e pode, em pouco tempo, ser protagonista mundial na nova indústria sustentável de fertilizantes a partir do hidrogênio verde, trazendo um alto valor agregado e mais competitividade ao agronegócio brasileiro no ambiente internacional, além do próprio avanço no abastecimento do mercado doméstico”, ressalta.

Quando pronta, a fábrica em Uberaba, que utilizará uma matriz 100% limpa, a partir de fontes renováveis, tais como a solar e eólica, terá uma capacidade de produção de cerca de 500 mil toneladas por ano de fertilizantes para atender os clientes da região. Sozinha, planta poderá reduzir em 2,5% a dependência de importação total de fertilizantes do País.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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