Somente 1/3 das empresas investem em inovação
Economia,Investimento,Pesquisa | Por em 9 de junho de 2009
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas um terço das companhias brasileiras investem em inovação e, no caso das empresas de pequeno porte, o grau de inovação é ainda mais baixo o que, em parte, explica as causas da “mortalidade” das empresas que não chegam a atingir cinco anos de atividade.
A pesquisa do IBGE foi apresentada na segunda-feira, 8, durante o workshop “Como a pequena empresa pode lucrar com a inovação”, promovido pelo Sebrae em parceria com a ANPEI, na IX Conferência ANPEI de Inovação Tecnológica, em Porto Alegre.
Consultor do Sebrae, José Miguel Chadadd, salientou que “inovar é introduzir algo novo em qualquer atividade humana”. Coordenador do workshop, ele esclareceu que nem toda invenção transforma-se em inovação. “ O importante para a microempresa não é inventar, e sim, inovar”, observou.
Chaddad exemplificou que a inovação radical é aquela que introduz uma nova referência no mercado e desbanca o produto anterior, como no caso dos CDs em relação aos discos de vinil. Mas quando a inovação é estrutural, apenas agrega vantagens e melhorias, sem tirar o antigo produto ou serviço de circulação.
O consultor salientou que “empreendedorismo e inovação caminham juntos” e que inovar, acima de tudo, é uma atitude comportamental. “É o empresário que tem de ter essa iniciativa”, acrescentou. Segundo ele, “quanto maior a ousadia da inovação, maior o risco, mas também maior será o lucro”.
A IX Conferência ANPEI de Inovação Tecnológica será realizada até esta quarta-feira, 10, na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre (RS).
O jornalista viajou a convite da ANPEI.