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Por Levi Ceregato*

Foi importante o fato de a Câmara dos Deputados ter aprovado o texto básico do Plano Nacional da Educação (PNE). Item relevante do projeto é o que prevê investimento gradativo de 10% do PIB na rede pública nos próximos dez anos. No âmbito das entidades de classe, essa proposta de aporte mínimo de recursos foi pioneiramente feita no Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, em outubro de 2011, na cidade de Foz do Iguaçu, Paraná, em documento da Abigraf Nacional, associação representativa do setor.

A melhoria da qualidade do ensino, além da questão intrínseca à justiça social e democratização das oportunidades, é decisiva para a economia brasileira. Precisamos formar novas gerações muito capacitadas para atender às exigências crescentes da evolução tecnológica e às transformações do mercado de trabalho.

Infelizmente, contudo, estamos retrocedendo, conforme demonstra recente relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A instituição pondera que o Brasil está perdendo a corrida da produtividade no universo dos emergentes. A China, por exemplo, da qual tanto reclamamos quanto à concorrência desleal, já está preparando melhor os seus recursos humanos. Segundo o estudo, as taxas de crescimento econômico não poderão ser mantidas apenas pela presença dos dois grandes fatores de produção, o trabalho e o capital. Mais do que isso, o desafio é utilizá-los de maneira mais eficaz e em segmentos de maior valor agregado, e o grande alicerce de tudo isso é a educação.

Para entendermos melhor o significado do ensino público de excelência nesse contexto, basta analisar os números do último Censo Escolar: na soma dos dados, 42,22 milhões de crianças e adolescentes matriculados na Educação Básica em nosso país dependem exclusivamente do Estado para estudar. Portanto, não podemos pré-estabelecer-lhes, bem como à Nação, um destino, inerente à precariedade do conhecimento, de mais dificuldades competitivas e de progresso.

Vejamos os números em mais detalhes: a Educação Básica tem 50,54 milhões de alunos. São 42,22 milhões (83,5%) matriculados em escolas públicas e 8,32 milhões (16,5%) em instituições privadas. As redes municipais acolhem quase metade das matrículas (45,9%), o equivalente a 23,22 milhões, seguidas pelas estaduais (37% do total, com 18,72 milhões). As escolas federais mantêm 276,43 mil matrículas, o que significa participação de apenas 0,5% do total.

Portanto, ampliar o volume de recursos para atender à prioridade do ensino é algo muito pertinente à meta do desenvolvimento brasileiro, na qual o Estado não pode omitir-se. Daí, a relevância do projeto que destina 10% do PIB à educação, partindo-se, assim que tenha a sanção presidencial, de um patamar mínimo de 7%.

A indústria gráfica sugeriu a medida em 2011 e a apoia por razões que transcendem ao seu legítimo anseio capitalista pelo maior mercado de livros, cadernos, jornais, revistas e outros impressos: como integrante da cadeia produtiva da comunicação, o setor entende que tem parcela de responsabilidade na difusão de conceitos politicamente corretos, no debate dos grandes temas nacionais e na solução dos problemas brasileiros. Por isso, seguimos atentos ao trâmite do Plano Nacional da Educação. Esperamos que seja rapidamente aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pela presidente Dilma Rousseff.

*Levi Ceregato, empresário, bacharel em Direito e Administração, é o presidente da da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional).

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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2 comentários no post Artigo – Sem educação não seremos competitivos

gilberto gonçalves disse:

12 de julho de 2014

sem duvida a educação é muito importante.Mas antes devemos começar a incentivar a cultura brasileira,como fez a China,pois sem a cultura do País continuaremos a dar valor as empresas estrangeiras e a tudo que é estrangeiro.E um país forte se faz com empresas genuinamente nacionais,que obriguem a todas as empresas estrangeiras que se implantem no país a concorrer.Fazendo assim que tenhamos uma abundancia de produtos,menores preços.Assim distribuiremos melhor a renda,e o pai vai conseguir pagar uma escola para o filho,sem precisar de ajuda do estado.Enquanto isso não acontecer acredito que não conseguiremos investir em educação,em infraestrutura e tudo que precisamos.Pois teremos sempre que manter o equivalente em Real,preso,a quantidade de dolares que precisamos pedir emprestado para enviar os lucros das empresas estrangeiras aqui localizadas.E esses lucros são muito maiores do que essas empresas obtem em seus países.Por isso nossos impostos são tão altos.Com o incentivo á cultura brasileira começaremos a dar valor ao que é nosso,assim começaremos a reclamar quando uma empresa brasileira é fechada ou vendida para empresas de fora do Brasil.,como aconteceu com centenas de empresas tais como :cobrasma,fnv,garoto,lacta,gurgel,telesp,etc,etc,etc.Privatização é bom desde que seja uma grande parte para empresarios brasileiros,como aconteceu no Mexico ,que o Slim comprou a estatal de telefonia.

gilberto gonçalves disse:

12 de julho de 2014

sem duvida a educação é muito importante.Mas antes devemos começar a incentivar a cultura brasileira,como fez a China,pois sem a cultura do País continuaremos a dar valor as empresas estrangeiras e a tudo que é estrangeiro.E um país forte se faz com empresas genuinamente nacionais,que obriguem a todas as empresas estrangeiras que se implantem no país a concorrer.Fazendo assim que tenhamos uma abundancia de produtos,menores preços.Assim distribuiremos melhor a renda,e o pai vai conseguir pagar uma escola para o filho,sem precisar de ajuda do estado.Enquanto isso não acontecer acredito que não conseguiremos investir em educação,em infraestrutura e tudo que precisamos.Pois teremos sempre que manter o equivalente em Real,preso,a quantidade de dolares que precisamos pedir emprestado para enviar os lucros das empresas estrangeiras aqui localizadas.E esses lucros são muito maiores do que essas empresas obtem em seus países.Por isso nossos impostos são tão altos.Com o incentivo á cultura brasileira começaremos a dar valor ao que é nosso,assim começaremos a reclamar quando uma empresa brasileira é fechada ou vendida para empresas de fora do Brasil.,como aconteceu com centenas de empresas tais como :cobrasma,fnv,garoto,lacta,gurgel,telesp,etc,etc,etc.Privatização é bom desde que seja uma grande parte para empresarios brasileiros,como aconteceu no Mexico ,que o Slim comprou a estatal de telefonia.

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