Além do Custo Brasil, indústria enfrenta agora o Custo Mercosul
balanço,Economia,Investimento,Opinião | Por em 26 de novembro de 2013
A balança comercial de produtos do setor eletroeletrônico deverá fechar 2013 com déficit da ordem de US$ 35 bilhões, valor 9% superior ao registrado em 2012, resultado de exportações de cerca de US$ 7 bilhões e importações de aproximadamente US$ 42 bilhões. Os dados foram apresentados nesta terça-feira (26) pelo presidente da Abinee, Humberto Barbato, em Belo Horizonte, em reunião com mais de 80 diretores e executivos de empresas associadas à entidade em Minas Gerais.
Segundo Barbato, além do real ainda sobrevalorizado, fica muito difícil melhorar o cenário do comércio exterior, em função da baixa prioridade conferida pelo Brasil aos acordos comerciais com países desenvolvidos. “Nos últimos 12 anos, foram firmados pelo Brasil apenas três acordos internacionais (Egito, Israel e Autoridade Palestina), enquanto, no mundo, foram negociados 453 acordos, dos quais cerca de 300 notificados na OMC. Isso nos permite dizer que além do tão conhecido Custo Brasil, agora temos que suportar um novo custo, o Custo Mercosul”, disse Barbato. Para ele, isso ocorre diante da obrigação do país ter que realizar seus acordos em conjunto com seus parceiros de bloco, que vive uma paralisia no contexto comercial. “Esta situação nos leva a ficar sem novos mercados para nossos manufaturados”, afirmou Barbato. Na ocasião, o presidente da Abinee apresentou um balanço do setor eletroeletrônico em 2013 e as expectativas para o próximo ano. O evento contou com a presença do vice-governador do Estado de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho Jr; do ex-ministro Pimenta da Veiga; do presidente do Sinaees-MG, Ricardo Vinhas; e do Diretor da regional Abinee-MG, Ailton Ricaldoni.