Micro empresa mostra que não é preciso ser grande para investir em sustentabilidade
Iniciativa,Investimento,Meio Ambiente Industrial | Por em 11 de outubro de 2013
É crescente o interesse do consumidor por produtos e serviços decorrentes de práticas economicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente corretas. Essa tendência irreversível imposta pelo próprio mercado ganha força não só nas grandes empresas mas, inclusive, entre as de menor porte, como acontece na indústria de cosméticos Feitiços Aromáticos.
“Desde que iniciamos nossas atividades, em 2001, procuramos pensar em toda a cadeia produtiva, da compra de material dos fornecedores, até o transporte de nossos produtos, passando pelo impacto na comunidade e na economia”, enumera Raquel Cruz, sócia-fundadora da companhia.
O resultado dessa preocupação rendeu à companhia o segundo lugar no ranking “As empresas mais sustentáveis segundo a mídia”, divulgado o ano passado. Atrás somente da Natura, a Feitiços Aromáticos é a única micro empresa entre as primeiras colocadas. Além do “Prêmio de Sustentabilidade”, concedido em 2011 pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
Pesaram para o reconhecimento iniciativas como o apoio a uma cooperativa de catadores de lixo, a contratação dos colaboradores da região, fábrica com maior iluminação natural, compra de papeis somente com origem conhecida e a utilização de proteção de embalagens ecológica.
A luminosidade interna da empresa, por exemplo, garante que apenas 40% das lâmpadas instaladas precisem ficar acesas durante o horário de expediente, o que provoca bem-estar a quem trabalha e economia na conta e dos recursos naturais. Outra medida é que mais de 90% dos funcionários são do bairro. Com isso os colaboradores chegam de bicicleta ou a pé ao serviço, em apenas 15 minutos. Consequencia: maior qualidade de vida e menos pessoas apertadas nos ônibus e trens ou precisando tirar da garagem seus veículos particulares.
A embalagem também é um item prioritário na questão de sustentabilidade. “Usamos extrusado de milho como material de proteção de embalagem e amortecimento no transporte. Trata-se de uma solução biodegradável, orgânica, de baixíssimo custo e ecologicamente correta, enquanto que a maioria das empresas opta pelos sacos plásticos”, compara Raquel.
A saúde é outro item inegociável, por isso é que a empresa não inclui em suas formulações conservantes à base de parabenos. . Embora ainda não seja proibida no Brasil, a substância poderia apresentar reações adversas e colocar em risco a saúde do consumidor. Segundo estudos internacionais, o parabeno não é seguro e está associado ao surgimento de câncer de mama.