Desvalorização do real pode dar competitividade à indústria
balanço,Competição,Economia,máquina | Por em 28 de agosto de 2013
Segundo o presidente da Abinee, Humberto Barbato, a desvalorização do real frente ao dólar que vem ocorrendo nos últimos meses pode contribuir para a retomada da competitividade da indústria eletroeletrônica. Para ele, apesar de o momento ser de grande volatilidade, o patamar atual do câmbio possibilita que os produtos fabricados no país fiquem mais competitivos diante dos importados. “Isto ocorre em relação ao mercado interno, e também abre espaço para as nossas exportações”, diz. Ele acrescenta que, quanto maior a agregação de valor local, maior o benefício, como é o caso nas áreas de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Equipamentos Industriais. Barbato afirma, também, que, num primeiro momento, há uma fase de adaptação e ajustes no caso de produtos fabricados no país, com parcela significativa de componentes importados, notadamente, os voltados à área de TICs. “No entanto, em um segundo momento, estes bens também poderão ganhar competitividade”. O presidente da Abinee ressalta, ainda, que o novo cenário abre espaço para que o governo possa implementar uma política de exportações para o setor elétrico e eletrônico, como já proposto pela entidade, com o objetivo de reduzir o desequilíbrio da balança comercial através da ampliação das exportações. No médio e longo prazo, Barbato destaca que o câmbio mais equilibrado pode contribuir para atração de fabricantes no país e permitir que bens que tiveram a produção desnacionalizada voltem a ser fabricados. |