Pré balanço: Feimafe 2013 demonstra confiança do empresário na indústria de base
balanço,Evento,Feira,Feiras 2013,Iniciativa,Investimento | Por em 7 de junho de 2013
Balanço parcial apurado até esta sexta-feira, 7, aponta volume de negócios na faixa de R$ 28 milhões. Até o dia 12, a organização do evento divulga os números finais
A indústria, com ânimo para investimentos de retomada, foi protagonista da FEIMAFE 2013 – 14ª Feira Internacional de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura, que termina amanhã no Anhembi, São Paulo. Dentre as empresas que já divulgaram o balanço da participação no evento, até sexta-feira, 7, penúltimo dia de evento, o total de negócios consolidados ultrapassou os R$ 28 milhões. Nos 85 mil m² do Anhembi, os visitantes puderam conhecer lançamentos e inovações da indústria de bens de capital de 1.466 marcas expositoras. Dentre as participantes, 37 foram empresas participando pela primeira vez na FEIMAFE. De acordo com Liliane Bortoluci, diretora da feira, foi destaque desta edição a participação internacional. “Recebemos 776 marcas nacionais e 690 internacionais, oriundas de países como Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, Itália, entre outros. Isso demonstra a solidez da economia brasileira, e como o mercado internacional está interessado em negociar com o público brasileiro”, explica.
“Foi a melhor edição de todos os tempos” – acredita Alfredo Ferrari, Presidente da Comissão da organização da feira pela Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e diretor da Ergomat – a cada edição notamos um crescimento qualitativo de expositores, visitantes e de negócios”. Roberto Ferraretto de Mello, diretor da Mello, aproveita o bom desempenho da empresa na FEIMAFE para apresentar a amplitude de trabalhos efetuados pelas máquinas-ferramenta. “Desenvolvemos uma retificadora plana com capacidade de 850 mm de transversal, única no mundo, a partir de um pedido de um cliente que produz copinhos para brigadeiros e cupcakes. Estamos concretizando vendas na feira todos os dias, incluindo contratos de equipamentos de grande porte. Apostamos na retomada da indústria”.
Essa recuperação da indústria de base também ganha reforço do BNDES. A evolução dos financiamentos do banco federal para o setor de máquinas-ferramenta foi de 50% em relação ao mesmo período do ano passado. A perspectiva é que até o fim do ano os investimentos cheguem a R$ 100 bilhões, 30% a mais que 2012. “Não existe nenhuma economia industrial moderna que possa prescindir da consistência deste setor”, afirmou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, na abertura da FEIMAFE. Já a Desenvolve SP, Agência de Desenvolvimento Paulista, firmou 117 acordos operacionais até hoje (7), penúltimo dia de evento.
Outra característica sempre presente na feira confirmou-se mais uma vez: a capacidade de proporcionar para expositores negócios que fazem diferença ao longo do ano. É o que comprova André Chiumento, da Ajan. “Ao final de cada dia de feira, contabilizamos 20 bons contatos. Falo de contatos sólidos, que têm boas chances de virar negócio. Participamos de feiras menores e essa é nossa primeira FEIMAFE que, posso dizer, é um divisor de águas”. Para Rodolfo José de Souza, diretor da MSL Prensas, o impacto da feira é crucial. “Alavanca 50% da nossa produção anual, o que significa de R$ 7 milhões a R$ 8 milhões”.
Os números parciais da FEIMAFE confirmam também dados de crescimento divulgados pelo IBGE em junho. Segundo o instituto, o crescimento acumulado da indústria de bens de capital em 2013 chegou a 13,4% de janeiro a abril, dado observado na prática quando expositores se impressionaram com o interesse de visitantes na aquisição de máquinas. “Foi uma surpresa – diz Renato Campello, diretor da P/A Brasil – geralmente fazemos apenas contatos, e as vendas se desenrolam no pós-feira. Parece que vai haver uma reação do mercado”. A opinião é compartilhada por Alessandro Penna, gerente da Iscar. “Vendemos na feira, o que não era esperado. Nossa presença foi focada para geração de contatos, e isso também fizemos bastante. Temos muitos negócios projetados para as próximas semanas”.