Brasil é mercado estratégico para os italianos
Economia,Feira | Por em 19 de maio de 2009
Com uma participação 77,5% maior em comparação à última edição da Feimafe, em 2007, o Pavilhão Machines Italia aporta na feira deste ano para reforçar a capacidade e interesse da indústria italiana de fomentar negócios dentre fabricantes e estimular a troca de inovações tecnológicas. São quarenta empresas no total.
Não por outro motivo, o interesse italiano nesse segmento no Brasil tem sua razão de ser. Em 2007, as importações brasileiras de máquinas-ferramenta robôs e sistemas de automação somaram 478,9 milhões de euros, dos quais 12,7% provenientes da Itália, a terceira colocada no ranking dos maiores fornecedores. No ano passado, o país manteve sua cota sobre as importações totais, num total de 850,1 milhões de euros, alta de 77,5%, mas desceu uma posição na tabela geral.
Dados referentes ao primeiro trimestre de 2009 apontam para um incremento de 35,1% das importações brasileiras do setor, colocando a Itália novamente em terceiro lugar, com participação de 12,1%. Os principais concorrentes dos italianos no mercado brasileiro, nesse segmento, são Japão e Alemanha, que juntos somam 41,5% das compras externas brasileiras.
A indústria italiana de máquinas-ferramenta, robôs e automação é composta por quatrocentas empresas, a maioria de pequeno e médio portes, que funcionam com não mais do que setenta empregados. Segundo dados da Unione Costruttori Italiani Macchine Utensili, Ucimu, as exportações italianas cresceram 8% em 2008, para 3,2 bilhões de euros. As importações do mesmo período totalizaram 1,5 bilhões de euros, alta de 4,8%.
Missão brasileira – A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamento, Abimaq, fará brevemente uma missão para levar empresas brasileiras para a Itália, com o objetivo de estabelecer joint ventures na área de óleo e gás, segmento em franco crescimento no Brasil.
Ainda sobre o tema parceria, os representantes da indústria e das entidades italianas presentes na Feimafe confirmaram o grande interesse do país em estabelecer cada vez mais cooperações tecnológicas, como as já existentes com Senai e Sebrae, além de produção no Brasil. De acordo com os porta-vozes, no fim de 2009, início de 2010 algo nesse sentido deverá ser anunciado.
Feira italiana – Esteve na Feimafe também o presidente do comitê organizador da EMO Milano 2009 e vice-presidente da Ucimu, Pier Luigi Streparava, para promover o evento, que acontece em Milão, de 5 a 10 de outubro. Segundo ele, até o momento, 1 400 empresas estão inscritas, das quais 65% oriundas de 31 países, incluindo o Brasil.
A iniciativa da participação italiana na feira brasileira é do ICE-Instituto Italiano para o Comércio Exterior e da UCIMU, Associação dos Fabricantes Italianos de Máquinas-Ferramenta, Robôs, Sistemas de Automação e Produtos Auxiliares.