Instabilidade no Oriente médio pode fazer etanol brasileiro ganhar espaço nos EUA
Análise,Economia | Por em 28 de fevereiro de 2011
A situação conflituosa no Oriente Médio e as pressões sobre a cotação de petróleo indicam ganhos temporários para o setor da energia alternativa e em especial, o do etanol. Essa avaliação passou a ser realizada pelos produtores do combustível no Brasil quando os protestos nos países árabes, e em particular na Líbia, começaram a empurrar com mais força a cotação do barril e a alimentar temores de que a crise política se dissemine para outros grandes produtores de petróleo do mundo árabe.
Segundo especialistas, na última sexta-feira, dia 25 de fevereiro, o barril de petróleo fechou em US$ 97,00 em Nova York e em US$ 112,14 em Londres.
Quem produz e comercializa etanol no Brasil prevê que se os preços do barril continuarem subindo, os EUA tendem a demandar o etanol brasileiro – algo que só aconteceu duas vezes nos últimos anos, em situações de emergência.
A tarifa de importação de US$ 0,54 por galão em vigor há uma década, que quase veta desembarques do etanol do Brasil, ajudam os fazendeiros americanos que produzem etanol à base de milho e garantem a eles mercado sem a concorrência do Brasil. O País fabrica etanol mais barato à base de cana de açúcar.
Vantagem brasileira
A vantagem do Brasil é que no País as usinas usam bagaço de cana para cogeração de energia, o que torna o etanol nacional mais competitivo nos EUA. Em especial nesses momentos de alta do etanol de milho dos EUA, quando o produto brasileiro também se valoriza no mercado americano.