Abimaq anuncia fechamento de 2010 e crescimento em 12,1% em janeiro de 2011
Balanço e Perspectivas Câmaras Abimaq,Economia,máquina,Perspectivas | Por em 23 de fevereiro de 2011
Faturamento real em janeiro cresce 12,%, mais aumenta déficit na balança comercial do setor
A visão geral ente as entidades que representam o setor industrial é que os índices são positivos, mas a invasão das máquinas importadas está prejudicando o mercado interno brasileiro de maneira desigual.
Durante a Coletiva o encontro mensal que a ABIMAQ- Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos organiza, acorrido hoje(23 de fevereiro), em sua sede, foi divulgado que, embora tenha registrado um crescimento de 12,1% no faturamento real em relação a janeiro de 2010, o setor de máquinas e equipamentos registrou decréscimo de 12,6% nos pedidos em carteira e sofreu fortemente com a invasão de máquinas importadas, que no período foi de 29,3% superior a janeiro de 2010 (dados levantados pelo Departamento de Economia e Estatística da ABIMAQ).
“Enquanto as exportações do setor passaram do pior nível histórico de US$ 465 milhões FOB em janeiro de 2010 para apenas US$ 771 milhões FOB de janeiro de 2011, as importações passaram de US$ 4.604 milhões FOB para US$ 2.074 milhões FOB, contribuindo com US$ 1.303 milhões FOB de déficit comercial brasileira”, explica Luiz Aubert Neto, presidente da ABIMAQ.
Um breve comparativode 2008 a 2011 justifica esta preocupação. Em relação ao crescimento de janeiro do ano passado, faz com que o faturamento real atinja em janeiro de 2011 a marca dos R$ 5.279 milhões, enquanto no mesmo período de 2008 , atingiu-se faturamento de R$ 5.917 milhões, o que representa um decréscimo de 10,8%, conforme Aubert.
O nível de emprego do setor subiu, passando de 237.488 empregados em janeiro de 209 para 253.815 em janeiro desse ano (+6,9%). “Hoje o nível do emprego já está se recuperando pois a produção aumentou”, afirma Carlos Pastoreza, diretor secretário da ABIMAQ.
Contudo, Pastoreza explica que a Indústria, para não perder mercado interno, reduz seus preços e aumenta a produção, o que resulta na alta do emprego do setor.
Aubert ainda chama atenção para a necessidade da manutenção do PSI – Programa Setorial Integrado- para permitir que o setor tenha mínimas condições de crédito para comercialização de suas máquinas e equipamentos.“Empresas estão perdendo, paulatinamente, mercado interno e market share”, finaliza o diretor secretário.
Desempenho Setorial
O setor de máquinas e equipamentos para madeira, no que diz respeito ao desempenho do faturamento, registrou crescimento de 71% em relação a janeiro do ano anterior, seguido por máquinas e equipamentos têxteis, que cresceu 65%. Já no item evolução da carteira de pedidos, o setor de máquinas para madeira registra decréscimo de 18,7% enquanto que o de máquinas e acessórios têxteis decresce 7%.
O pior desempenho foi registrado por máquinas para artigos plásticos que decaiu 21% com um índice de evolução da carteira de pedidos negativo em 42,8%. O segundo pior foi o setor de máquinas-ferramenta, com decréscimo de 9,2%, no desempenho do faturamento real e queda de 32,7% na evolução da carteira de pedidos.
Quanto ao nível de utilização do setor da capacidade instalada, houve variável de 69,1% no setor hidráulica e pneumática até 89,64% no setor de máquinas para artigos plásticos, na média geral a Indústria de Bens de Capital Mecânicos atua com 80,7%.