Parcerias Público-Privadas são formas de viabilizar o desenvolvimento de Cidades Inteligentes no Brasil
Investimento,Lançamento,Oportunidade,Perspectivas | Por em 27 de janeiro de 2022
Atualmente, mais da metade da população mundial vive em centros urbanos, percentual que, de acordo com estimativas da ONU (Organização das Nações Unidas), deve subir para 70% até 2030. O dado ainda mostra que mais de 400 metrópoles espalhadas pela Terra possuem mais de 1 milhão de habitantes. Com um número populacional tão grande, é inevitável o surgimento de problemas e para superá-los, a tecnologia é uma boa opção.
Assim, surgiu o conceito de Smart Cities (Cidades Inteligentes, em português), que ganhou força nos últimos anos e pode ser definido pela utilização da tecnologia para melhorar a infraestrutura urbana, tornando as cidades mais eficientes e sustentáveis.
Segundo Karen Piedade, da Onno LED, divisão de negócio de soluções de iluminação sustentável da Varixx, Cidades inteligentes são aquelas que conseguem resolver, ou ao menos minimizar, seus problemas por meio da tecnologia.
“Em Tel Aviv (Israel), câmeras instaladas em vias públicas auxiliam o trabalho da polícia local. Barcelona, na Espanha, é outro exemplo, já que as lixeiras possuem sensores que monitoram a quantidade de lixo, buscando uma coleta mais eficiente. O conceito, na Europa, já atingiu mais da metade das cidades com mais de 100 mil habitantes, que estão implementando trabalhos neste sentido. Na Ásia, há o caso de Smart Cities que foram construídas do zero, como Songdo (Coreia do Sul), e Masdar (Dubai)”, conta Piedade.
Entre as várias formas de se caminhar nesse sentido está a tecnologia LED, uma opção moderna, frente ao obsoleto sistema de sódio e mercúrio, e que consome menos energia, chegando a 80% de economia em alguns casos, segundo a empresa. Oferece ainda, entre outras questões, maior conforto visual e mais segurança, uma vez que locais com uma melhor iluminação enfraquece a ação de criminosos.
No Brasil, algumas iniciativas começam a aparecer, como as Parcerias Público-Privadas. “As PPPs, como são popularmente chamadas, são o melhor caminho para atingir o status de Smart Cities, fazendo o uso intensivo de tecnologia em seu processo de desenho, planejamento e gestão. Porém, não adianta ter cidade inteligente nas mãos de gestores públicos que não têm afinidade com o conceito e com toda a burocracia do sistema”, opina.
Devido ao fato da transformação de uma cidade em Smart City ser algo que necessita de investimentos pesados e considerando o orçamento limitado dos municípios, a PPP surge como uma solução, já que o setor privado fica encarregado de investir, buscando a verba necessária durante a vigência do contrato.
Outra questão é o conhecimento técnico para a integração tecnológica de estruturas como as luminárias LED, por exemplo, que precisam “conversar” com os sistemas de controle inteligentes, e isso somado à velocidade para implementação da tecnologia, já que o Poder Público precisaria de uma grande articulação entre secretarias e autarquias, o que tornaria o processo mais lento e burocrático.
Karen Piedade conclui dizendo que grandes empresas e governos do mundo todo estão investindo nas Cidades Inteligentes porque acreditam que isso melhora a vida das pessoas e também se alinha aos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU e apoia de fato essa iniciativa, pois ela pode transformar, positivamente, muitas realidades.