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wegengieA ENGIE conclui a fase mais importante do Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento “Aerogerador Nacional”, que é a montagem do equipamento. Localizado no município de Tubarão, em Santa Catarina, o aerogerador está instalado no parque experimental de pesquisa e desenvolvimento da empresa. O dispositivo foi projetado e construído pela WEG S.A e a segunda etapa do projeto também contou com recursos do P&D das Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A (CELESC).

O projeto denominado “Desenvolvimento e certificação de aerogerador nacional de 4,2 MW de acoplamento direto, com gerador síncrono de ímãs permanentes e conversor de potência plena”, tem por objetivo desenvolver e incentivar a tecnologia nacional em energia eólica para reduzir a dependência de outros países, por meio do fortalecimento da cadeia brasileira de fornecedores de componentes e prestadores de serviços para a fabricação e instalação de aerogeradores de grande porte.

A fabricação dos segmentos da torre de concreto com mais de 1.100 toneladas de aço e concreto foi realizada pela WEG no próprio local de instalação do aerogerador. O gerador, o hub e a nacele, instalados no topo da torre de concreto, foram produzidos pela WEG, cuja matriz e principal operação global está localizada em Jaraguá do Sul (SC). Já as pás eólicas foram fabricadas pela empresa Aeris, em Caucaia (CE).

Um dos desafios do projeto foi a logística, dadas as dimensões dos equipamentos e as distâncias percorridas. O gerador, o hub e a nacele, que somados pesam 201,3 toneladas, percorreram 300 km em viagem rodoviária, de Jaraguá do Sul (SC) até Tubarão (SC). Já as três pás, que medem 72 metros e pesam 22,5 toneladas cada, foram transportadas de navio do Porto de Pecém, no Ceará, até o Porto de Imbituba (SC), de onde seguiram por 50 km em uma carreta especial até Tubarão (SC). Em seus trajetos rodoviários, os equipamentos contaram com escoltas da Polícia Rodoviária Federal e apoio da CELESC para elevação da fiação elétrica ao longo do caminho.

Essa nova turbina, com 4,2 MW de potência, foi instalada a 600 metros de outro aerogerador, de 2,1 MW, resultado da primeira etapa deste Projeto Estratégico de P&D, o qual foi primeiro protótipo construído pela WEG no Brasil. Ele entrou em operação em 2015 e a análise do seu desempenho contribuiu para o desenvolvimento deste novo aerogerador, mais adequado às condições de vento do Brasil. A energia elétrica gerada será futuramente fornecida ao Sistema Interligado Nacional (SIN), que faz a conexão entre as unidades de geração e os consumidores de energia elétrica.

“O investimento da ENGIE neste projeto é superior a R$ 80 milhões e busca incentivar o mercado nacional para a energia eólica. O desenvolvimento de tecnologia brasileira pode trazer benefícios socioeconômicos para diversas regiões, aumentar a competitividade do país para o fornecimento destes equipamentos no exterior e pode vir a reduzir o custo da energia gerada, trazendo benefícios diretos para o consumidor”, relata o diretor de Novos Negócios, Estratégia e Inovação da ENGIE Brasil Energia, Guilherme Ferrari.

“O desenvolvimento do aerogerador AGW 147/4.2 contou com times multidisciplinares de engenharia. A validação final dos componentes foi realizada na sede da WEG, em Jaraguá do Sul, através da bancada back-to-back. Em tal arranjo, dois aerogeradores são conectados mecanicamente um de frente para o outro atuando como gerador e o outro como motor simulando o vento o que permite mais autonomia ao nosso processo de P&D. Vale enfatizar que esta estrutura de testes é a maior do tipo das Américas, estando apta a atender futuras plataformas de até 6MW. O segundo aerogerador utilizado no arranjo, e que serviu como motor para a validação final, será destinado ao mercado indiano, com instalação deste protótipo de 50Hz prevista ainda em 2021”, conforme explica o diretor superintendente da WEG Energia, João Paulo Gualberto da Silva.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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