Papel é alternativa viável para a economia circular
Análise,Levantamento,Oportunidade,Perspectivas | Por em 4 de fevereiro de 2021
A economia circular veio romper com modelos lineares de produção e de consumo, e estimular a transição para um sistema orientado pela reutilização e reciclagem total de todos os produtos pós-uso ou, quando isso não é possível, reincorporação total dos resíduos ao meio ambiente sem contaminações. À medida que este conceito ganha a prática, o papel desponta como um material capaz de seguir presente no cotidiano das pessoas, segundo a organização global Two Sides.
Como a mais recente parceira de Two Sides, a Voith vem contribuir com o propósito da iniciativa global, que vai além de reunir indústrias do setor e de promover a produção e o uso responsável da impressão e do papel. Parte dessa missão visa também eliminar equívocos para evidenciar fatores que colocam o papel em destaque em um mundo cada vez mais baseado na economia circular.
“Papel, cartão e papelão são fabricados a partir de fonte renovável – árvores cultivadas – ou de materiais reciclados. Sua taxa de reciclagem é muito alta. Portanto, esses derivados de celulose já estão muito avançados na aderência aos princípios da economia circular”, afirma Fabio Arruda Mortara, de Two Sides Brasil e América Latina.
Setor que prioriza a preservação do meio ambiente
Para desmistificar, é fundamental amplificar a compreensão e dar visibilidade a atributos que reforçam essa preocupação da indústria papeleira com a preservação do meio ambiente. O papel produzido no Brasil emprega matéria-prima renovável: árvores são cultivadas para essa finalidade, plantio este que ajuda a mitigar os efeitos do CO2 na atmosfera.
Além disso, o sistema de produção do papel devolve ao meio ambiente 93% da água utilizada. Fábricas brasileiras de base florestal, entre elas as de celulose e papel, produzem 69% da energia que utilizam, sendo que 90% desse total vem de fontes renováveis.
Reciclabilidade e Biodegradabilidade
O papel é um dos materiais mais reciclados em todo o mundo. Atualmente, 67% de todo papel, cartão e papelão usados no Brasil é reciclado. Na Europa, esse índice é de 80%.
“Embora as taxas de reciclagem ainda possam crescer, sempre haverá uma certa quantidade que não poderá ser reciclada. Essa fração remanescente, ao ser encaminhada para aterros sanitários, será rapidamente biodegradada. Nos aterros, efluentes como o metano e o chorume devem ser controlados e tratados, reduzindo praticamente a zero os impactos negativos dos resíduos dos materiais feitos de celulose”, complementa Manoel Manteigas de Oliveira, de Two Sides.
Papeleiras: inovação em linha com combate a mudanças climáticas
Do processo de fabricação ao produto, o papel prevalece como escolha vantajosa ao priorizar um modelo em linha com os princípios da economia circular e com o combate às mudanças climáticas, aponta Two Sides.
“Empresas do setor de papel e celulose têm investido em inovação e atuado constantemente para melhorar o processo de fabricação. Com mais de 150 anos de experiência no mercado, a Voith reforça seu posicionamento ao participar ativamente desse processo, como fornecedora eficiente, sustentável e completa, orientada por desenvolver junto às papeleiras diversas ações que ajudam na redução do consumo de energia, de água e de fibras”, finaliza Hjalmar Fugmann, líder da Voith Paper América do Sul.