Vendas no comércio eletrônico devem crescer 26% em 2021
Levantamento,Oportunidade,Perspectivas | Por em 14 de janeiro de 2021
Pesquisa realizada pela Ebit/Nielsen mostrou que as vendas no comércio eletrônico devem crescer 26% e alcançar R$ 110 bilhões de reais no ano de 2021. De acordo com o estudo, o desempenho das vendas pela internet será impulsionado pelo crescimento do número de consumidores, consolidação dos e-commerces locais, fortalecimento dos marketplaces e logística mais ágil. A pesquisa indicou ainda que 95% das pessoas pretendem continuar fazendo compras online em 2021.
Para Felipe Dellacqua, sócio e vice-presidente de vendas da VTEX, empresa que provê plataforma de e-commerce para um quarto das lojas virtuais do País, os consumidores irão continuar comprando online no ano de 2021 ainda que, com as vacinas, as pessoas voltem a ter uma vida normal e a frequentar lojas físicas.
“É uma tendência que veio para ficar. Estamos digitalizando muitos processos que antes eram totalmente físicos para garantir ainda mais conforto ao consumidor. Muitos varejistas físicos adotaram o Whatsapp como canal de compra digitalizando uma compra que seria física. Grande parte do varejo também permitte que se faça a compra por marketplace ou Whatsapp e a retirada seja por meio de drive-thru, o que também é confortável para o consumidor que quer retirar a compra de forma rápida”, explica.
A Ebit/Nielsen projeta também alta de 16% no número de pedidos, que passariam para 225 milhões, e uma expansão de 9% no valor médio das vendas, para R$ 490. As categorias que mais devem se destacar nas vendas online, conforme a empresa, são alimentos e bebidas, bebês e casa e decoração, entre outros. Só no primeiro semestre de 2020, 7,3 milhões de consumidores ingressaram no e-commerce. É quase a mesma quantidade de novos brasileiros que passaram a fazer compras online no ano inteiro de 2019.
Segundo Felipe, o faturamento do online em 2020 representou mais de 10% do total do varejo brasileiro. “No ano de 2019, fechamos em 4,5% e em 2020 mais que dobramos. Com as restrições do isolamento devido à pandemia, passou a existir abundância de consumidores navegando pelo canal digital e ficou muito mais fácil e barato capturá-los”, observa.
Outro fator que acelerou o aumento de novos consumidores no mundo digital foi o maior acesso população à tecnologia 4G. “Temos mais de 50% da população brasileira com acesso ao 4G enquanto a média de outros países é de 53%. Com previsão da implementação do 5G e com a internet mais rápida, a tendência é que a aceleração da tecnologia móvel impulsione bastante o comércio eletrônico em 2021”, completa.