Sistema Conexo, da GEMÜ, oferece automação por radiofrequência para manutenção e validação industrial
Análise,Levantamento,Perspectivas,Tecnologia | Por em 21 de maio de 2020
A tecnologia que integra cada vez mais as unidades fabris no âmbito da Indústria 4.0 precisa passar também pelos processos de manutenção. Com automação completa, é possível economizar, prevenir falhas de máquina e evitar paradas desnecessárias, além de estender a longevidade dos equipamentos e oferecer rastreabilidade no processo industrial.
Uma solução inédita no mercado para promover total controle e manter operantes todas as peças de uma linha de produção é o Sistema Conexo, baseado em radiofrequência (RFID). Desenvolvido há dois anos pela matriz alemã da GEMÜ Válvulas e Sistemas de Medição e Controle, o método chega agora ao Brasil.
O produto surgiu após extensa pesquisa com o objetivo de gerenciar a validação e manutenção em indústrias sensíveis como a farmacêutica, mas também pode ser utilizado na indústria pesada, como siderurgia, fabricação de fertilizantes e peças automotivas, sistemas de energia, entre outros.
O Conexo é composto por uma “caneta” de leitura, chips a serem acoplados aos equipamentos, além da licença para usar o software de gerenciamento na nuvem. “O sistema permite controlar todos os processos da manutenção preventiva, o que evita que uma bomba quebre, por exemplo, e a fábrica fique parada durante horas”, explica o engenheiro de projetos da GEMÜ, Péricles Teixeira da Costa. “O próprio sistema indica quando é hora de trocar os equipamentos.”
Isso é possível graças à instalação de chips nas diferentes partes integrantes das válvulas GEMÜ (corpo, diafragma de vedação e atuador), que contêm todas as informações a respeito do equipamento. Quando a válvula não contém o chip, é possível adicionar um tag metálico ou etiqueta com chip, de forma a possibilitar a identificação.
Com isso, no momento da manutenção fica tudo registrado: quem trocou a válvula, se ela veio com um manual específico, quais suas características etc. O tempo gasto com documentação cai drasticamente, permitindo a rastreabilidade tanto legal quanto técnica, bem como a rápida identificação dos equipamentos da planta.
“Hoje as manutenções fabris são frequentes e os técnicos responsáveis precisam saber a periodicidade das trocas das válvulas ou outros equipamentos, quais exatamente foram trocados e documentar tudo isso”, explica o gerente geral de vendas para a área industrial da GEMÜ, Mateus Souza.
Com o Sistema Conexo, para fazer a leitura desses dados basta aproximar a caneta equipada com sensor de radiofrequência (RFID) ao chip do equipamento. Além da caneta, o sistema inclui um software que deve ser instalado num tablet, para permitir a utilização em trânsito pela fábrica. A informação é armanezada na nuvem, com protocolos de segurança, de forma a conter todo o histórico de manutenção e documentação do produto, bem como suas licenças.