O que mudou no Perfil do consumidor brasileiro?
Análise,Artigo | Por em 14 de março de 2017
Interesse cada vez maior por tudo que remete ao conceito de saudabilidade está entre as principais transformações
Celebrado na próxima quarta-feira, 15 de março, o Dia Mundial do Consumidor foi criado para proteger os direitos do consumidor e lembrar as empresas do compromisso de respeitar todas as leis que protegem os seus respectivos clientes. Instituída pela primeira vez no ano de 1962, pelo então presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, a data foi oficializada em 1985 pela a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Por aqui, no Brasil, a comemoração leva a uma reflexão e ao seguinte questionamento: O que mudou no perfil do consumidor brasileiro nos últimos anos?
Segundo David Oliveira, gerente de marketing da Superbom, empresa alimentícia especializada na fabricação de produtos saudáveis e com mais de 90 anos de atuação, dentre as principais transformações, destacam-se a maior exigência por melhores atendimentos, o interesse pela procedência dos produtos, a valorização de empresas e itens ecologicamente responsáveis, e a busca cada vez mais constante por tudo que remete ao conceito de saudabilidade. “Essa movimentação não é um modismo, mas sim uma tendência irreversível e mundial. Quando o cliente passa a adotar tais hábitos, ele não quer mais abrir mão”, afirma o executivo.
A tese de Oliveira é corroborada pelo estudo Alimentação Saudável – Tendências 2016, realizado pela Mintel, fornecedora global de pesquisa de mercado. De acordo com o levantamento, apenas 24% dos brasileiros afirmaram que não possuem interesse em seguir uma alimentação saudável. Outro relatório, este organizado pelo grupo varejista Tesco, com 18 mil voluntários de 18 países, revelou que cerca de 90% dos brasileiros acredita ser importante que os supermercados e a indústria os ajudem a fazer escolhas mais saudáveis, contra 58% e 56% dos consumidores com essa opinião nos Estados Unidos e no Reino Unido, respectivamente. “O número comprova que os brasileiros se mostram bem mais preocupados com a saúde que a média global”, pontua o gerente de marketing da Superbom.
Para David, as lojas, empórios e supermercados com atuação no país têm identificado de forma clara e objetiva a potencialidade do conceito de qualidade de vida e alimentos mais saudáveis. “Notamos que hoje há muitos vendedores que se especializaram em alimentação saudável, muitos deles eram generalistas e notaram que este mercado estava saturado e que havia uma demanda por estes produtos mais saudáveis, muitos vieram nos procurar e ao fazerem esta migração, passaram a vender mais e nós também”.
Variedade de produtos saudáveis
Anos atrás o mercado de alimentação saudável era concentrado quase que exclusivamente em frutas, legumes e verduras, e nos dias de hoje já existe uma infinidade de produtos naturais que também oferecem aquilo que realmente o consumidor deseja: saúde e bem-estar. “O brasileiro quer ser mais saudável, mas sem perder o prazer de comer bem. Por isso a Superbom tem se preocupado em trazer novidades a todo tempo. Com os lançamentos do ano passado, por exemplo, temos seis opções de sabores de queijos que fatiam e derretem, feitos a base de amido de batata e óleo vegetal de palma, sem lactose e colesterol, e sem nenhum item de origem animal na composição”.
Oliveira ainda destaca que a companhia também vem investindo no mercado de produtos sem glúten, que cresce apoiado não apenas na necessidade dos portadores da doença celíaca, mas também no hábito crescente de consumir produtos mais saudáveis. A prova disso é que o estudo da Mintel constatou que apenas 6% dos brasileiros concordam com a afirmação de que produtos sem glúten são exclusivos para intolerantes. “Temos 15 produtos em nosso portfólio, entre cookies e snakcs, que se encaixam nesse perfil. São itens ideais para celíacos e para quem não possui a intolerância, mas busca na alimentação o ideal de saúde e longevidade”.
Para o futuro, esperam-se ainda maiores desafios que permitam que as empresas do segmento cresçam e inovam, levando sempre ao cliente produtos de qualidade, com preços justos e bom atendimento. “Tudo isso, é claro, com os valores de saudabilidade e preocupação com as demandas do consumidor sempre agregados”, conclui Oliveira.