Projeto de máquina de corte a jato d'água é destaque em exposição na FEI
Evento,Lançamento,máquina,Radar Industrial | Por em 30 de junho de 2010
O projeto ‘H2O Cutting’, desenvolvido por oito formandos do curso de Engenharia Mecânica do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana), foi considerado, segundo os jurados, o melhor entre os sete trabalhos apresentados durante a 26ª Expo MecPlena – Exposição dos Projetos de Formatura do Curso de Engenharia Mecânica, realizada no dia 16 de junho, no campus São Bernardo. O júri foi composto por profissionais da indústria.
A ‘H2O Cutting’ tem como vantagem a ausência de zona térmica afetada e alto nível de precisão, para diversos tipos de materiais, com espessuras de 1 a 32 mm, capaz de evitar falhas. Atualmente, o corte a jato d’água é considerado uma das tecnologias mais avançadas do mercado, mas não tem produção nacional. “A ferramenta importada mais barata é vendida por R$ 300 mil, já o nosso projeto custa R$ 120 mil, por isso a nossa proposta é preencher uma lacuna do mercado nacional, com baixo custo”, informa o estudante Rafael Tomilheiro.
O equipamento é capaz de cortar quase todos os tipos de materiais, com eficiência, precisão e qualidade no acabamento. Além de Rafael Tomilheiro, a tecnologia foi desenvolvida por Gabriel dos Santos, Guilherme Viola, Leandro Abrantes, Leonardo Sant Anna, Thiago Loeb, Vinicius Guerra e Vitor de Almeida.
Meio ambiente
O segundo colocado na exposição da FEI foi o projeto ‘Gota D’água’, estação de tratamento de esgoto de pequeno porte que possibilita utilizar a água de reuso para aplicações que não exigem água potável, como dar descarga, lavar o chão e regar plantas. Com o sistema, a água não potável poderia ser reutilizada e o esgoto não seria despejado diretamente na rede pública.
Para uso doméstico, a estação possibilita a reutilização de 70% do esgoto. De acordo com os autores, num condomínio residencial com 530 habitantes ou 176 casas (2 prédios de 20 andares) a economia seria de 32 mil litros de água por ano. “O projeto indicou também a possibilidade de vender a água não utilizada, revertendo o lucro para o pagamento da estação de tratamento, que custa R$ 180 mil”, sugere o formando Rodolfo Zanuto. O projeto também contou com a participação de Bruno Manzini, Daniel Martins, Herick Fandim, Hideo Emoto, Maciel Lopes, Maurício Mamede e Rafael Lotto.
Outro trabalho importante (terceiro colocado) foi o projeto Chaminé Solar, fonte de energia limpa que pode beneficiar o Nordeste brasileiro, região com potencial de radiação solar, em média, 20 megajoules por m2, por dia. No Sudeste, a intensidade é de 16 megajoules por m2, por dia. No projeto, com a radiação solar o ar é aquecido e direcionado para uma chaminé, que devido ao fenômeno da convecção natural tende a subir e passa pelas turbinas instaladas na parte inferior da chaminé. “As turbinas convertem a energia cinética em elétrica”, explica o estudante Danilo Marchesi. O trabalho é de autoria também de Alex Gomes, Elise Bernardelo, Fernando Menossi, Gilberto Inamura, Renato Peres, Sérgio Rodrigues da Silva e Tâmara Lins Silva.
Os três grupos receberam medalhas de ouro, prata e bronze, respectivamente. Entre os critérios de premiação foram considerados avaliação técnica e funcional, em que se demonstra a viabilidade técnica, construtiva e de funcionamento do sistema; projeto do conjunto, que analisa layout, interação dos componentes e ergonomia (quando aplicáveis); detalhamento, que engloba os cálculos, métodos de projeto, dimensionamento e especificações; benefícios, em que são julgadas as vantagens e aspectos criativos ou de inovação tecnológica, além de impacto ambiental; e também apresentação.