FMI reduz projeção de crescimento mundial para 2015 e 2016
balanço,Economia | Por em 9 de outubro de 2015
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou na terça-feira (06/10) suas novas projeções para o crescimento mundial através do seu World Economic Outlook. As projeções do FMI para o Brasil mostraram forte piora, visto que a contração econômica do PIB esperada passou de 1,5% para 3,0% em 2015 ao passo que a alta de 0,7% de 2016 foi revisada para uma queda de 1,0%. Os dados negativos de nossa economia refletem a deterioração política e econômica do país nos últimos meses, assim como da baixa expectativa dos empresários e consumidores com relação ao futuro.
Em se tratando dos países desenvolvidos, a projeção é que avancem 2,0% em 2015 e 2,2% em 2016, tendo a Zona do Euro contribuído positivamente com crescimento esperado de 1,5% e 1,6%. Nos Estados Unidos é projetado um avanço de 2,6% este ano, desemprego baixo e aumento das taxas de juros ainda em dezembro. Para o Reino Unido espera-se expansão de suas atividades em 2,5%. Já Alemanha terá aceleração de sua atividade econômica de 1,5%, enquanto Japão crescerá apenas 0,6%.
Com relação aos países emergentes, a estimativa é de crescimento de 4,0% em 2015 e 4,5% em 2016. Na China, a expectativa de crescimento foi revisada para 6,8% em 2015 e 6,3% em 2016, patamares menores do que as projeções anteriores, resultado da mudança estrutural de uma economia que era voltada para exportações e investimento para uma economia voltada para consumo e serviços. Para a Rússia, o cenário é ainda pior que o brasileiro, em resposta a queda nos preços do petróleo e de sanções que lhe foram impostas, terá contração de 3,8% em 2015 e de 0,6% em 2016.
Por fim, a projeção para o crescimento mundial em 2015 recuou, passando para 3,1% em 2015 (ante 3,3%) e 3,6% (ante 3,8%) em 2016, refletindo um crescimento desigual das diversas economias. Enquanto as avançadas apresentarão um crescimento moderado, as principais economias emergentes apresentarão contração ou desaceleração, refletindo a queda nos preços das commodities, do menor fluxo de capital, assim como do aumento da volatilidade e do risco no mercado financeiro destes países.