Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para Indústria do Plástico – CSMAIP
Balanço e Perspectivas Câmaras Abimaq | Por em 11 de novembro de 2009
Presidente: Wilson Miguel Carnevalli
Trace um panorama sobre o setor em 2009, inclusive com perspectivas para o fechamento do ano.
Alguns segmentos do setor estão com a demanda bastante elevada, chegando a superar os altos níveis de 2008. Outras áreas apresentam recuperação mais lenta devido aos mercados finais atendidos que ainda não reagiram.
E como o segmento se comportará em 2010?
A expectativa para 2010 é a melhor possível em função da recuperação mais rápida da economia brasileira em relação às demais, dos níveis de investimentos diretos no país e também das eleições programadas para o ano que vem, as quais sempre geram um volume de investimentos interessantes por parte do governo.
Sabemos que 2008 foi ano excelente para a indústria. Quando o sr. imagina que o setor retorne aos níveis daquele ano?
Como dito anteriormente, alguns setores apresentam em 2009 volume de negócios bastante superior aos níveis de 2008. Em outros setores da indústria do plástico, a reação dependerá muito da evolução dos mercados/clientes finais para os quais as máquinas e equipamentos se destinam, políticas de incentivo do governo para a concessão de crédito, corte de impostos e volume de investimentos diretos e indiretos no país.
Até que ponto a crise econômica mundial afetou o segmento?
Afetou muito. O volume de negócios teve uma queda acentuada no último trimestre de 2008 e primeiro trimestre de 2009. A recuperação se iniciou de forma gradativa a partir do segundo semestre de 2009.
Fale sobre a competitividade do setor nos mercados interno e externo.
No mercado interno, por conta da crise, muitas empresas precisaram fazer cortes brutais de custos para se adequar a uma demanda menor. Com menos negócios, os preços dos equipamentos também sofreram queda gerando margens mais apertadas para as empresas de uma maneira geral. Para o mercado externo observamos que a competitividade das empresas exportadoras de máquinas está sendo bastante prejudicada devido à valorização do real perante o dólar.
Qual o maior problema enfrentado pelo setor hoje?
Em alguns segmentos da indústria plástica de máquinas/equipamentos observamos uma forte concorrência dos asiáticos com baixíssimos preços e qualidade muito inferior comparada à indústria nacional. Temos também o exemplo do lobby que é feito por alguns outros segmentos contra a utilização das sacolas plásticas exigindo a substituição e/ou redução expressiva do consumo das mesmas.
Quais as soluções que a câmara busca para solucionar esse problema?
A CSMAIP participa em conjunto com a ABDI/MDIC de um projeto intitulado “Fórum de Competitividade da Cadeia Plástica”, fórum este que busca novas tecnologias, desoneração de impostos e renovação do parque industrial brasileiro por meio de incentivos para os fabricantes de bens de capital enfrentarem as demandas.
Quais os próximos passos para sustentação do segmento?
Renovação do parque industrial por meio de substituição sistemática das máquinas com tecnologia ultrapassada e reciclagem dos profissionais envolvidos nos processos fabris.
O que tem sido feito para fomentar esse setor?
Ações coordenadas pela Abimaq e pela câmara em conjunto com toda a cadeia produtiva do setor, como Finame com taxas reduzidas, apoio à exportação por meio de ações combinadas com o governo em com a APEX, proteção governamental contra dumping, importações fraudulentas e de produtos asiáticos de baixa qualidade.
No tocante a novas políticas e a regulamentação para o setor, o que tem sido feito?
Em parceria com INMETRO, pretendemos estabelecer uma regulamentação que abranja todos os envolvidos na venda/compra de BK, não só obrigando a indústria nacional a cumprir as normas, como também as importadas que ficam praticamente isentas por falta de fiscalização mais efetiva.
Comente o que mais considerar pertinente sobre o setor.
A conclusão efetiva das ações do Fórum de Competitividade da Cadeia do Plástico em desenvolvimento com MDIC.