Brasil: o queridinho dos investidores italianos?
Economia,Investimento | Por em 4 de novembro de 2009
Uma recente pesquisa realizada pela Organização Mundial do Comércio, OMC, aponta que o Brasil ocupa o quarto lugar na preferência dos investidores internacionais, depois dos Estados Unidos, China e Índia, colocando-se à frente de potências como Japão, Alemanha e Reino Unido.
No mercado interno brasileiro, a Itália é considerada um dos maiores parceiros econômicos do País, no 13º lugar, como um dos principais investidores estrangeiros no Brasil. Prova disso são grandes nomes como Fiat, Pirelli e TIM Brasil
Segundo Giovanni Sacchi, diretor no Brasil do Instituto Italiano para o Comércio Exterior (ICE), acordos comerciais entre os dois países sempre estiveram na pauta de prioridades, havendo promissoras relações comerciais a serem exploradas. “Convidamos as empresas italianas a olhar o Brasil como um parceiro estratégico”.
Hoje, aproximadamente 300 empresas italianas têm presença direta no Brasil, número duplicado ao longo dos últimos dez anos.
Outro lado
As compras de produtos italianos pelo Brasil, em 2008, cresceram 30%, sobretudo em bens de capital, que representam mais de 60% das compras brasileiras provenientes da Itália. Entre os principais produtos exportados para a Itália estão frutas, flores, ferro, couro, papel, produtos siderúrgicos, carne, metais e peças para automóveis. Já o Brasil importa da Itália principalmente máquinas e componentes mecânicos, produtos químicos e farmacêuticos.
Acordos entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil e o Ministério Italiano do Desenvolvimento Econômico, consolidados na última visita do presidente Lula à Itália, em novembro de 2008, vieram fortalecer as relações comerciais entre os dois países, com destaque para as áreas de defesa, infra-estrutura, tecnologias espaciais, ciências médicas e saúde.
Outros setores de interesse são: têxtil, alimentício, couro e calçados, madeira e produção de móveis, beneficiamento de mármores e granitos, componentes eletrônicos e eletro-técnicos, agropecuário, álcool, papel-papelão, energia e mineração.