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O aumento da taxa de importação da borracha nitrílica em 2010 – matéria prima utilizada na fabricação de anéis de borracha, tubos e mangueiras, correias, solas de calçados, entre outros – começa a cobrar seu preço da indústria nacional de artefatos de borracha.

Desde que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) passou o imposto de importação da nitrílica de 12% para 25% por meio da Resolução 13/2010, de 11 de fevereiro, tem sido mais vantajoso importar o produto acabado do que adquirir o produto nacional.

Resultado: fechamento de fábricas e a perda de 8 mil postos de trabalho nos últimos 30 meses, confirmando o processo de desindustrialização do País.

Esta é a principal bandeira da entidade que reúne fabricantes e fornecedores de artefatos de borracha numa feira que acontece em São Paulo até o dia 13, no Expo Center Norte: a Expobor 2012 – 10ª Feira Internacional de Tecnologia, Máquinas e Artefatos de Borracha.

Segundo a entidade, este cenário foi diretamente responsável pelo baixo desempenho do setor em 2011, que fechou em US$ 2,72 bilhões, crescimento de apenas 1,9% sobre o ano anterior, descontada a inflação.

Atualmente, existem cerca de 1,9 mil indústrias de artefatos de borracha instaladas no Brasil, sendo 1.274 no Estado de São Paulo. O setor fechou 2011 com 89 mil empregos diretos e indiretos.

SERVIÇO:

EXPOBOR 2012 – 10ª Feira Internacional de Tecnologia, Máquinas e Artefatos de Borracha

Data: 11 a 13 de abril

Horário: 10h às 20h

Local: Expo Center Norte

Organização: Francal Feiras

Patrocínio: Abiarb – Associação Brasileira da Indústria de Artefatos de Borracha

Apoio: Sindibor – Sindicato da Indústria de Artefatos de Borracha no Estado de São Paulo; ABTB – Associação Brasileira de Tecnologia da Borracha; e Apabor – Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha

Evento paralelo: Pnewshow-Recaufair 2012 – 10ª Feira Internacional da Indústria de Pneus

Informações pelo telefone: (11) 2226-3100

Site: www.expobor.com.br

Twitter: @expoborfeira

Facebook: feiraexpobor

ENTRADA GRATUITA E RESTRITA AOS PROFISSIONAIS DO SETOR. PROIBIDA A ENTRADA DE MENORES DE 14 ANOS.

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YCON-Formação Continuada prepara profissionais da construção civil para gerare identificar oportunidades na internet e nas redes sociais

A YCON-Formação Continuada promove o Workshop de Marketing na construção civil no dia 08 de maio de 2012, das 19h às 22h, na rua Fidalga, 27 – Vila Madalena – São Paulo-SP. O evento é voltado para engenheiros civis, arquitetos e outros profissionais e estudantes do setor que desejam identificar oportunidades no setor por meio das redes sociais e das plataformas digitais disponíveis.

O treinamento apresentará técnicas e cases de sucesso do setor, mesclando co0nceitos e práticas de mercado, privilegiando a inovação.

Para este treinamento a YCON buscou dois profissionais de mercado, Kleber Pinto e Lucas Lima, especialistas em comunicação e marketing digital, com exeperiência em diversos setores de economia; e alinhados com o que há de mais competitivo em planejamento estratégico de marketing.

As inscrições, assim como informações detalhadas sobre o evento, são encontradas no site da YCON – www.ycon.com.br – ou presencialmente, com taxa de R$ 150,00

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O governo publicou no Diário Oficial da União do dia 4 de abril, duas medidas provisórias e sete decretos, referentes ao pacote de medidas de estímulo à indústria, anunciado no dia anterior. A ABINEE elaborou uma síntese destas medidas separada em Medidas Tributárias (MP 563/12) e Medidas de Estímulo ao Investimento (MP 564/12).

A entidade destaca que a MP 563/12, dentre outras disposições, substitui a base de cálculo da contribuição ao INSS para inúmeros códigos NCMs, que passa a ser o valor da receita bruta, com a alíquota de 1%. A relação dos produtos constantes da MP contempla todos os códigos NCMs correspondentes ao setor eletroeletrônico que foram objeto dos pleitos da ABINEE, elaborados com base nas informações das associadas que responderam, em tempo hábil, a consulta feita pela entidade.

A MP 564, entre outros mecanismos, promove uma redução significativa do custo de financiamentos do BNDES para máquinas e equipamentos, ampliando prazos e aumentando seus níveis máximos de participação. Inclui, também, novos setores no Programa Revitaliza, estabelece novas condições ao PROGEREN e dispõe sobre financiamento às exportações indiretas.

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Tendo em vista manifestações de setores industriais e entidades sindicais contra a desindustrialização, a Associação Brasileira do Varejo Têxtil mostra que tal fenômeno não vem ocorrendo com as indústrias de confecção.

A despeito das importações, de 2006 a 2010, a produção de confeccionados, em volumes, cresceu 24,3%. Em valores, o crescimento foi de 93%. Ou seja, as importações não inibiram o crescimento industrial de confecções.  É o que mostra o estudo “Panorama Econômico da Indústria, do Comércio Varejista e das Importações de Têxteis e Vestuário no Brasil”, desenvolvido em parceria pela ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil) e IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo), com realização da Tendências Consultoria Integrada.

No entanto, o crescimento industrial ocorreu de forma mais lenta que o consumo, que passou a ser suprido pelos produtos importados a fim de evitar o desabastecimento e uma pressão inflacionária.

O estudo comprova que a produção nacional não tem sido suficiente para suprir a demanda interna. O consumo per capita de têxteis cresce 8% ao ano, o que representou um aumento de 36%, de 2006 a 2010. Já a produção per capita cresceu 2,5% ao ano, menos de 11% no período. Parte da demanda foi, então, suprida pelas importações, conclui o estudo.

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Medidas do governo beneficiam os setores de plásticos, têxtil, materiais elétricos, móveis, autopeças, naval, aéreo, bens de capital mecânico, hotéis e ônibus

O ministro da Fazenda Guido Mantega anunciou uma série de medidas de estímulos à indústria nacional. A cerimônia, no início da semana, no Palácio do Planalto, em Brasília, contou com a participação dos também ministros Fernando Pimentel(Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil), além da presidente da República, Dilma Rousseff.

A iniciativa faz parte da segunda etapa do programa Brasil Maior e é dirigido especialmente para a indústria nacional que tem sofrido, sobretudo com a carga tributária, baixa competitividade, concorrência dos importados e altos custos com a folha de pagamento.

Os setores beneficiados são plásticos, têxtil, materiais elétricos, móveis, autopeças, naval, aéreo, bens de capital mecânico, hotéis e ônibus. Estas foram as principais medidas anunciadas:

-11 setores não recolherão mais a contribuição patronal do INSS sobre a folha salarial e vão pagar um porcentual de 1% a 2% sobre o faturamento bruto.

-Adiamento do recolhimento de PIS e COFINS para cinco setores: autopeças, confecção, calcados, móveis e têxtil. O pagamento de abril e maio deste ano será postergado para, respectivamente, novembro e dezembro.

-Subsídio de R$45 bilhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ampliação de suas linhas de crédito.

-Aporte de R$6,5 bilhões para compensar as taxas de juros do Programa de Sustentação do Investimento (PSI).

-Reforço de R$1,9 bilhão para as linhas de financiamento à exportação.

-Aumento de R$1,24 bilhão para R$3,1 bilhões dos recursos para os programas oficiais de financiamento à exportação em 2012.

-R$10 bilhões de crédito para capital de giro do BNDES.

-As montadoras ficam isentas do aumento de 30 pontos percentuais do IPI, se cumprirem requisitos estipulados pelo governo de 2013 a 2017.

Tão logo anunciadas às medidas pelo governo, líderes de vários setores repercutiram cautelosamente sobre o impacto do novo pacote. Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Paulo Skaf, as medidas são positivas, mas apenas temporárias. Já Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que o plano poderá reverter o quadro de baixo dinamismo da atividade industrial observado no início deste ano. O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Rogério Amato, observa que as medidas são pontuais porém, precisam atuar mais objetivamente para estimular o aumento da produtividade das empresas.

Atrelado ao pacote para a indústria, ontem, 4 de abril, a pedido do governo federal, o Banco do Brasil anunciou corte de juro para as pessoas físicas e micro e pequenas empresas. As linhas de crédito destinadas ao consumidor foram as mais beneficiadas. As novas taxas valem a partir de 12 de abril.

Com a redução das margens praticadas nos empréstimos – o chamado spread bancário – o BB pode diminuir o juro aos clientes. Entre as linhas favorecidas está o de financiamento de veículos que cairá até 0,99% ao mês. No cartão de crédito, a taxa do crédito rotativo será de até 3% ao mês. Os aposentados, através do crédito consignado, terão taxas entre 0,85% e máximo de 1,8% ao mês. Com esta ação o governo tenta pressionar outros bancos, principalmente da iniciativa privada, a também baixar suas taxas de juros.

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Embora não esteja plenamente resolvida, a crise europeia vive uma fase de abrandamento após o acordo alcançado pela Grécia com as instituições credoras. Não há dúvida de que o acordo evita o iminente colapso do sistema financeiro mundial, cujas repercussões seriam desastrosas para todos. A moratória da Grécia traria incertezas e apreensões que colocariam o sistema bancário europeu à beira do abismo.

Entretanto, a predominância do bom senso não traduz uma situação de apaziguamento para a economia mundial. A desaceleração da China, cuja previsão de crescimento é de 7,5% para este ano (abaixo dos 9,2% registrados em 2011 e dos 10,4% de 2010), traz novas “dores de cabeça”, seja do ponto de vista da redução do volume das importações e/ou da queda dos preços das principais commodities agrícolas e minerais, o que se refletirá diretamente no saldo da balança comercial brasileira e das demais nações que exportam para China.

Além disso, a estratégia do governo chinês de deslocar o eixo de crescimento da economia das exportações para o consumo doméstico, mantido o ritmo dos investimentos, já está trazendo impactos diretos sobre o custo salarial, e, consequentemente, empurrando a produção manufatureira intensiva em mão de obra para países vizinhos como Coréia do Norte, Camboja e Vietnam. Logo, a acirrada concorrência com os asiáticos não se esgota na China e avança para uma nova etapa.

A presidente Dilma Rousseff sintetizou esse arranjo de problemas ao falar em um “tsunami monetário”. O governo critica a estratégia do mundo europeu de injetar liquidez nos mercados, assim como fizeram os Estados Unidos em anos anteriores, ao invés do uso de incentivos e desonerações fiscais para alcançar o equilíbrio da economia.

Nesse contexto, ela enfatiza que, diante da desvalorização artificial das moedas dos outros países, o Brasil tomará todas as medidas que não firam as disposições da OMC para evitar que essa movimentação das moedas desindustrialize a economia brasileira.

Nesse caso, a retórica deve ser posta de lado e as ações operacionalizadas com maior rapidez e efetividade. No entanto, confrontando-se ao discurso da Presidente, determinadas situações provam que a retórica permanece distante das ações efetivas. Em que pese as intervenções do Banco Central e medidas no âmbito do IOF, o Real foi uma das moedas que mais se valorizou nos primeiros três meses de 2012. A redução da Selic de 10,5% para 9,75% ainda mantém o País na incômoda liderança do ranking das maiores taxas reais de juros do mundo.

Objetivamente, a indústria precisa de águas tranquilas para gerar bons resultados e oferecer tais condições parece-nos papel do governo. Não reivindicamos protecionismo e nem condições fora da legalidade para trabalhar. Precisamos de uma política industrial que lance definitivamente as bases para o desenvolvimento sustentado. Nesse sentido, estudo recente do IPEA mostrou que a falta de uma estratégia para o setor industrial e de investimentos em infraestrutura acentua o processo atual de desindustrialização precoce no Brasil.

Dados do IBGE mostram que, em 2011, a participação da indústria de transformação no PIB brasileiro atingiu 14,6%. Com este resultado, voltamos ao nível dos anos de Juscelino Kubitschek (13,75%), num gritante retrocesso. Ainda no ano passado, a produção industrial  como um todo (incluam-se aqui construção civil, extrativa mineral e produção de energia) cresceu apenas 1,6%. Este foi um dos piores desempenhos dos últimos anos e deixou a indústria muito atrás das demais atividades da economia.  Acrescente-se a isto o fato de que o déficit da balança comercial de produtos manufaturados, entre janeiro de 2011 e janeiro de 2012, alcançou a inacreditável cifra de US$ 94,3 bilhões.

Ao longo dos últimos anos, a Abinee, cumprindo seu papel de representar o setor eletroeletrônico, levou aos governos propostas de alto nível, desenvolvidas por experientes e expressivos executivos do setor eletroeletrônico, assessorados por consultores em políticas públicas de renome internacional. Apresentamos propostas de medidas factíveis, tanto pontuais, visando problemas emergenciais, como estruturais, objetivando a definição de uma estratégia de longo prazo. Infelizmente, muito pouco ou quase nada foi acolhido.

Em função de todas as dificuldades enfrentadas pela indústria instalada no país, o setor produtivo e trabalhadores decidiram unir-se em uma luta comum, pelo objetivo de alertar a sociedade para o processo de desindustrialização precoce da nossa economia. A indústria está cada fez mais frágil, o que já está refletindo na perda de postos de trabalho e na capacidade futura de desenvolvimento da nação.

A mobilização, denominada de “Grito de Alerta”, está ganhando as ruas de diversas capitais do País como Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, São Paulo e Brasília, e deverá se estender para Belo Horizonte, Manaus, Salvador, Recife e Fortaleza. O objetivo é fortalecer a ideia de que algo precisa ser feito imediatamente para mudar este cenário tenebroso. Ou seja, temos que evitar que o país plante hoje a destruição da renda e do emprego que colherá amanhã.

Acompanha esse alerta um documento que será entregue às autoridades, contendo uma série de medidas horizontais que, se adotadas, podem mudar o atual rumo e elevar a indústria ao seu tradicional patamar de geradora de tecnologia, riqueza e emprego.

É importante que o governo brasileiro entenda que atingimos um ponto de inflexão. Agir com rapidez e na direção correta pode assegurar uma virada positiva para a indústria de transformação instalada no país. Do contrário, vamos guardar o sepulcro da indústria.

(*) Humberto Barbato, presidente da ABINEE

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A produção industrial cresceu 1,3% em fevereiro, ante queda de 1,5% em janeiro, diz IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) hoje, terça-feira (3 de abril), melhor resultado desde a alta de 2,2% assinalados em fevereiro de 2011.

Porém, na comparação com fevereiro de 2011, a indústria teve queda de 3,9. Nesta relação, houve queda em 16 das 27 atividades.

Conforme IBGE, a elevação do ritmo da atividade industrial em fevereiro acontece de maneira generalizada.Destaque para veículos automotores, com crescimento de 13,1% em fevereiro, ante queda de 31,2%, em janeiro. Em seguida, ajudou para o resultado as atividades extrativas (com alta de 9,3%, ante queda de 7,4%) e equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (23,8%, ante queda de 14,3%).

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O governo anunciou hoje (3 de abril) a segunda etapa do programa Brasil Maior, plano de estímulos à economia, com foco na indústria que tem sentido muito com a valorização do real, falta de competitividade e alta carga tributária.

As medidas tributárias, segundo o ministro da Fazenda Guido Mantega, contarão com a desoneração da folha de pagamentos para 15 setores, do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e do setor de infraestrutura, além do programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica e a postergação do pagamento do PIS-Cofins para empresas com dificuldades. Mantega ressalta que alterações no câmbio são permanentes, mas o governo pode adotar novas medidas a qualquer momento.

Também haverá o incentivo tributário às instituições que cuidam da atenção oncológica, além do estímulo a obras de infraestrutura portuária e ferroviária.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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