Artigo: Grandes desafios!
Artigo,Economia,máquina | Por em 29 de julho de 2016
A partir dessa premissa, João Carlos Marchesan assume a presidência do Conselho da Administração da ABIMAQ / SINDIMAQ, com o compromisso de dar continuidade a todas as ações que defendem o setor de máquinas e equipamentos do país
Em meio a um cenário caótico vivenciado pela economia do país e, especificamente, pela indústria de máquinas e equipamentos, João Carlos Marchesan assume a presidência do Conselho de Administração da ABIMAQ / SINDIMAQ com o desafio de atuar junto às esferas política do país no sentido de recuperar os investimentos para manter a representatividade e força política que a entidade conquistou ao longo de sua existência.
Nas vésperas de completar 80 anos, a ABIMAQ continua trabalhando incansavelmente na luta pela retomada da competitividade do setor de bens de capital mecânicos, diminuição da ociosidade das fábricas e aumento da participação da indústria nacional no mercado externo.
Devido às ações, conquistas e aos eficientes serviços que a entidade presta, a ABIMAQ tem mantido o número de associadas e empresas representadas, mesmo com o cenário adverso da economia. Este é um dos objetivos de Marchesan, que concedeu entrevista ao jornal Informaq apresentando sua visão sobre a atual conjuntura, os propósitos de sua gestão e as ações em curso que dará prosseguimento, em defesa da indústria de máquinas e equipamentos:
Informaq: Quais os problemas decorrentes do atual cenário econômico?
Marchesan: Estamos em um país onde o setor público paga quase 10% do PIB ao ano em juros e o setor privado, outros 10%, enquanto o “grosso” da indústria está endividada, com problemas fiscais e legais, com passivos trabalhistas em montantes difíceis de avaliar, inserida em uma enorme cadeia de inadimplência e convivendo com um governo que está pensando em aumentar impostos e com um setor bancário que não percebeu ainda que está matando sua galinha de ovos de ouro.
Informaq: Qual deverá ser o caminho adotado pelo poder público para a retomada do crescimento do país?
Marchesan: A saída para o Brasil voltar a crescer é o investimento na indústria de transformação por conta de seu maior valor agregado e pelos maiores ganhos de produtividade. O país não vai crescer com serviços ou comércio. Temos em nossa agenda de Política Industrial o plano de renovação do parque industrial brasileiro. Somente será possível com financiamentos competitivos em um ambiente de retomada do crescimento. Mas, para isso, precisamos resolver dois temas incluídos na agenda da ABIMAQ: (1) a ampliação dos prazos de recolhimento de impostos e contribuições, e (2) a escassez e o custo do capital de giro vigente no mercado (dois grandes fatores que levam as empresas à inadimplência fiscal). O refinanciamento dos débitos tributários é igualmente importante porque somente com a regularidade fiscal as empresas (do setor e suas clientes) têm acesso aos financiamentos oficiais como os do BNDES, condição indispensável para quando houver demanda.
Informaq: No âmbito macroeconômico, quais são as políticas de desenvolvimento que a ABIMAQ entende serem recomendadas para o Brasil?
Marchesan: Políticas que tenham foco no desenvolvimento tecnológico, na inovação, na produtividade e em uma maior competitividade da indústria brasileira precisam de um ambiente macroeconômico favorável ao investimento produtivo ou, ao menos, de um ambiente que não lhe seja hostil.
Informaq: Quais são as condições para tornar viável esse tipo de política?
Marchesan: É necessário que o governo atue sobre quatro pilares: Câmbio com baixa volatilidade e mantido competitivo. Nós defendemos que o governo defina a política cambial por meio de um órgão específico (COPOC – Comitê de Política Cambial), explicitando as metas e os objetivos capazes de assegurar a competitividade da produção e o consequente equilíbrio das contas externas, delegando ao Banco Central apenas a execução desta política.
Outro pilar é a manutenção da inflação baixa e estável, fator indispensável para o ambiente de negócios. A ABIMAQ acredita que o governo deve adotar uma política fiscal responsável, com limitação de gastos públicos em relação ao PIB, e eliminar todos os resquícios de indexação ainda existentes em tarifas ou preços administrados, em salários e em todos os contratos públicos e privados.
O terceiro é a implementação de juros adequados. Enquanto se ganha 15 a 16% ao ano sem qualquer risco, não teremos investimento no setor produtivo. A ABIMAQ defende a necessidade de mudanças na atual política monetária para torná-la eficaz, sendo que o Banco Central precisa eliminar a SELIC adotando uma taxa de juros de curto prazo, neutra ou negativa em relação à inflação e deixando ao mercado a definição da taxa de juros de longo prazo.
O último fator é a adoção de carga tributária menor, pois nós estamos, pelo menos, dez pontos percentuais acima da média dos países em estágio de desenvolvimento semelhantes ao Brasil. A ABIMAQ acredita que uma reforma tributária que reduza a carga e simplifique o modelo tributário melhorará consideravelmente a competitividade sistêmica do país.
Informaq: Quais são as propostas da ABIMAQ para que o país adote uma efetiva Política Industrial?
Marchesan: Recentemente, entregamos às diversas instâncias do governo uma agenda com apontamentos de temas relacionados à competitividade, mercado externo e tecnologia, com a respectiva fundamentação e propostas, que devem ser trabalhadas pelo poder público para a definição de uma Política Industrial que realmente colabore com a retomada dos investimentos e o crescimento do país.
Informaq: Em relação ao mercado externo, quais são as propostas da ABIMAQ?
Marchesan: Câmbio competitivo, ou seja, acima de 3.80 R$/US$, é essencial, bem como a disponibilidade de financiamentos em volume e custos adequados, tanto para a produção como para a venda ao cliente. O REINTEGRA (Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras), em valores que compensem os impostos não recuperáveis, embutidos em nossos preços, deve ser mantido enquanto a reforma tributária não eliminar sua necessidade. Defendemos ainda a revisão dos Regimes Especiais, excluindo os que não mais se justificam e eliminando, nos restantes, seu viés importador; a necessidade do fortalecimento dos instrumentos de inteligência artificial, a revisão do modelo de concessão de Ex-tarifários e das alíquotas do imposto de importação para adequá-las à sua função de garantir uma proteção efetiva à produção nacional.
Informaq: No que tange tecnologia, quais os pontos contidos na agenda apresentada pela ABIMAQ?
Marchesan: Nós defendemos o desenvolvimento do Programa Inova Máquinas, integrando e aprimorando os instrumentos de apoio disponibilizados pela FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), para promover o aumento da competitividade de produtos, serviços e soluções em máquinas e equipamentos e a integração com as empresas brasileiras em áreas prioritárias e estratégicas da Política Industrial; fomento à inovação, de modo a rever o Estatuto dos Fundos Setoriais, transformando-os de Fundos Orçamentários (sujeitos a contingenciamentos) para Fundos Financeiros (garantindo recursos financeiros para projetos de inovação aprovados nas várias modalidades); e fortalecimento das empresas de engenharia nacional.
No documento, também apontamos a necessidade da elaboração de agendas tecnológicas setoriais para os setores estratégicos da cadeia de bens de capital. Outro item importante é a elaboração de diretrizes para políticas e estratégias sobre o desenvolvimento da Manufatura Avançada no Brasil, fator este que mudará a realidade do país e alterará o eixo do desenvolvimento das indústrias nacionais.
Em resumo, precisamos tratar como prioritário o planejamento do Brasil que queremos para as próximas gerações, sendo que a indústria de bens de capital e as sugestões elencadas na nossa agenda serão os pilares para a recuperação dos investimentos e a retomada da competitividade da indústria de máquinas e equipamentos.
O governo quer criar um seguro para obras federais que garanta a conclusão dos projetos e evite a criação de aditivos que aumentam o custo, em uma das cerca de 20 medidas que estão sendo estudadas para melhorar o ambiente de negócios e acelerar a retomada do crescimento, disse à Reuters uma alta fonte do governo.
As medidas, que serão analisadas pelo presidente interino Michel Temer e pelo núcleo econômico do governo, devem ser apresentadas em 15 dias e incluem, além do seguro, crédito para microempreendedores, liberação da venda de terras para estrangeiros e a venda de parte da dívida ativa da União.
Um esboço inicial foi preparado pelo Ministério do Planejamento. “São hoje 20 propostas. No final pode ficar acima ou abaixo disso, depende do que o presidente decidir”, disse a fonte.
A proposta de seguro para obras públicas prevê que a empreiteira candidata a uma licitação apresente seu projeto a uma seguradora, que irá servir de garantia para a conclusão da obra nos moldes e nos custos previstos no projeto, com a União como beneficiária do seguro.
No caso da construtora falir ou se tornar incapaz de cumprir o que está no contrato, a seguradora pagaria ao governo federal para que a obra seja terminada.
“Isso acaba com a possibilidade de se fazer um sem fim de aditivos e também impede que a empresa apresente um projeto irreal apenas para ganhar a licitação”, explicou a fonte “Se ela apresentar uma proposta fora da realidade, a seguradora não vai aceitar.”
A intenção principal do pacote de medidas é de destravar investimentos no país e acelerar a retomada da criação de empregos, a principal preocupação do governo hoje.
Pesquisas internas feitas pelo Palácio do Planalto mostram que o desemprego é hoje a principal queixa dos brasileiros, criando um mau humor na sociedade e uma má vontade com o governo, explicou à Reuters uma outra fonte palaciana.
As medidas também têm a intenção de tentar compensar a queda na arrecadação enfrentada pela União e evitar que o governo tenha que anunciar um contingenciamento do Orçamento. Na quarta-feira, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o governo vai “esgotar todas as alternativas” antes de propor um corte de gastos.
BANCOS PÚBLICOS
Uma segunda proposta que deve ser apresentada é a liberação de crédito pelos bancos públicos a micro, pequenos e médios empreendedores com juros mais baixos.
“São esses setores os que mais empregam, e o objetivo é esse, criar emprego”, disse a fonte.
Banco do Brasil, Caixa, Banco do Nordeste, BNDES e o Banco da Amazônia seriam usados para as operações de crédito. Questionada se existem recursos nos bancos, a fonte garantiu que sim. “A questão não é o valor, é o como liberar o crédito”, disse.
O governo também incluiu no pacote a liberação da venda de terras para estrangeiros –travada por um parecer da Advocacia Geral da União–, ação que vê com potencial para atrair imediatamente grandes investimentos para o país.
Uma outra ação deve ser a securitização da dívida da União, que vem sendo já discutida abertamente. De acordo com o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, cerca de 60 bilhões de reais do 1,5 trilhão de reais da dívida ativa poderiam ser vendidos no mercado, mas a estimativa de arrecadação seria bem abaixo disso.
Fonte: Reuters
Sete em cada dez brasileiros concordam que a baixa qualidade dos serviços públicos se deve mais à má gestão dos recursos do que à falta deles. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria, CNI mostra que 81% dos brasileiros acreditam que o governo já arrecada muito e não precisa aumentar os impostos para melhorar os serviços públicos. Para 84% das pessoas, os impostos no Brasil são elevados ou muito elevados e 73% são contra o retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Para 80% dos entrevistados, o governo deve reduzir as despesas atuais para diminuir os déficits orçamentários. Dos que acham que o governo deve manter os gastos, a primeira opção para estabilizar as contas públicas deve ser a privatização de bens.
“As pessoas percebem que o governo arrecada muito com tributos e que o que volta para a sociedade não é de qualidade. A população prefere que o governo melhore a eficiência do gasto público em vez de aumentar ou criar impostos. Aumentar a eficiência é possível, mas não é suficiente. Nesse momento, é importante promover um debate que informe à sociedade a situação das contas do governo e explique a necessidade de reformas urgentes, como a da Previdência”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
A pesquisa foi feita em parceria com o Ibope e entrevistou 2.002 pessoas em 143 municípios, entre os dias 17 e 20 de março. O número de brasileiros que têm a percepção de que pagam caro por serviços ruins é cada vez maior. Considerado o elevado patamar de impostos pagos no país, 90% dizem que os serviços deveriam ser melhores. Em 2013, o volume era de 83%, e em 2010, de 81%.
A saúde e a segurança têm as piores avaliações entre os 13 serviços analisados. Receberam os índices mais baixos – 20 e 22 pontos -, em uma escala em que valores superiores a 50 representam que a parcela da população que considera o serviço de alta ou muita qualidade é superior à que considera de baixa ou muito baixa qualidade. Nenhuma das opções alcançou índice acima dos 50 pontos. Os que tiveram a melhor avaliação foram o fornecimento de energia elétrica e os Correios, com 48 e 46 pontos, respectivamente. Entre os 13 serviços avaliados, seis tiveram queda em relação à pesquisa anterior, realizada em julho de 2013.
REEQUILÍBRIO DAS CONTAS PÚBLICAS – Para 59% da população, os gastos públicos subiram muito nos últimos anos e 80% acreditam que o governo deve reduzir as despesas atuais para diminuir os déficits orçamentários. Entre os que recomendam o corte de gastos, a prioridade deve ser reduzir o custeio da máquina pública e os salários dos funcionários públicos, na opinião de 32% e 22%, respectivamente. Para os que acham que o governo deve manter os gastos, foram apresentadas três opções para estabilizar as contas. Do total, 42% disseram que o governo deve vender ou conceder bens e estatais à iniciativa privada, 17% defenderam a criação de impostos e 12% acham que é melhor aumentar a dívida pública. Outros 30% não souberam responder.
USO DE RECURSOS POR INSTÂNCIAS DE GOVERNO – Quanto menor a instância de governo, maior a percepção da população de que o dinheiro é bem utilizado. Dos entrevistados, 83% consideram que os recursos federais são mal utilizados ou muito mal utilizados pelo presidente da República e seus ministros. O percentual cai para 73% quando se analisa o orçamento estadual e para 70% quanto se verifica o municipal.
A atividade da indústria continua em queda, mas o recuo registrado em maio foi menos intenso que os verificados no mês passado e no mesmo período de 2015. O índice de evolução da produção foi de 45,5 pontos em maio contra 42,4 em abril. A Sondagem Industrial, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira (17), também aponta uma melhora nas expectativas do empresário, principalmente em relação à demanda, cujo índice saltou de 47,8 para 51 pontos. Os indicadores de evolução de produção e de expectativa de demanda variam de zero a cem. Valores acima de 50 pontos indicam aumento na comparação com o mês anterior e expectativa de aumento para os próximos seis meses.
As expectativas com relação às exportações se tornaram otimistas. O índice de expectativa de quantidade exportada passou de 50,7 para 52,5 pontos. O empresariado também se disse menos pessimista quanto ao número de empregados e à compra de matérias-primas. Houve aumento no índice de expectativas desses dois indicadores, mas a pontuação permanece abaixo dos 50 pontos.
Os números mostram também que os estoques de produtos finais da indústria recuaram e permanecem no nível planejado pelas empresas. O índice de evolução dos estoques foi a 48,9 pontos, indicando queda dos estoques pelo sétimo mês consecutivo. Já a ociosidade no parque industrial se manteve elevada: o percentual médio de utilização da capacidade instalada (UCI) permaneceu em 64% pelo terceiro mês consecutivo. O valor é dois pontos percentuais inferior ao registrado em maio de 2015.
MUDANÇA DE TRAJETÓRIA – Na avaliação da CNI, a expectativa mais favorável com relação à demanda pode alterar as decisões dos empresários, limitando ou até mesmo impedindo futuras quedas na produção e na quantidade de empregados. Caso as expectativas otimistas se confirmem nos próximos meses, a tendência é que se traduzam em aumento de produção, uma vez que, com o quadro de estoques ajustados, é possível iniciar uma trajetória de redução da elevada ociosidade do parque industrial.
Fonte: Agência CNI
Elipse Power, solução voltada para o setor de energia, foi apresentada na
Focada em fortalecer seus negócios no mercado exterior, a Elipse Software, a convite de sua parceira coreana Arcteq Korea, participou da Global Electric Power Tech 2016, nos dias 11 a 13 deste mês, em Seul, na Coréia do Sul. Considerada uma das principais exposições do mercado de energia elétrica coreano, a feira reuniu um total de 30 mil participantes divididos entre profissionais ligados a serviços de construção, supervisão e manutenção.
Ao longo dos três dias de evento, Evan Liu, gerente da Elipse em Taiwan, apresentou uma aplicação do Elipse Power para controle e automação de uma subestação. Nela, o software proveu a integração de IEDs provenientes de diferentes empresas como a própria Arcteq, a ABB e a Schneider. A ideia, segundo Liu, foi demonstrar como a solução da Elipse pode ser utilizada de forma flexível, junto aos mais variados projetos, independente do fabricante.
“Felizmente, tivemos uma ótima resposta em relação ao parecer geral dos visitantes sobre o nosso software. Agradeço muito à Arcteq pelo convite e parceria, através da qual temos reforçado, cada vez mais, a presença da Elipse como a empresa líder em crescimento na Coréia”, afirmou o gerente da Elipse em Taiwan.
Com o objetivo de demonstrar na prática como a automação pneumática pode contribuir para aplicação do conceito da Indústria 4.0 ou Indústria Inteligente, usando como base os conceitos de IoT (Internet of Things, Internet das Coisas) e M2M (Machine 2 Machine, Máquina a Máquina), a Metal Work participou de uma simulação de Manufatura Avançada, com participação de mais de 20 empresas e apoio de diversas instituições, na FEIMEC 2016, que aconteceu no período de 3 a 7 de maio, no São Paulo Expo, em São Paulo.
De acordo com Hernane Cauduro, diretor da empresa, a Metal Work disponibilizou uma solução para manipulação com a presença dos itens: guia linear robusta para altas velocidades série LEPK, cilindro sem haste, pinça com curso longo e regulável série GPLK, unidade de tratamento de ar completa e compacta série ONE, ilha de válvulas com protocolo de comunicação Profinet I/O e módulo de entradas e saídas série Clever Multimach.”Todos estes itens – explica Cauduro – foram integrados a uma estrutura em perfis de alumínio, mostrando que podemos fornecer a solução completa”.
O CONCEITO
Manufatura Avançada, Indústria 4.0, Smart Manufacturing são termos que, de acordo com Cauduro, têm o mesmo significado, com origem em países diferentes, e se referem à Quarta Revolução Industrial, onde os processos de manufatura passam a contar com maior autonomia, inteligência e flexibilidade, usando recursos e tecnologias como: Internet das Coisas, realidade virtual, comissionamento virtual, M2M – Comunicação Máquina-Máquina, elementos de automação de última geração que permitem alta flexibilidade e inúmeras possibilidades de configurações, aliados a protocolos de comunicação flexíveis, revolucionando os processos de manufatura e proporcionando saltos nos índices de produtividade a tal ponto a impactar a tendência de deslocamento do eixo da indústria de transformação, que vem se transferindo na direção de países como China, Índia e outros com mão de obra abundante e muito barata.
“Este modelo – explica – estará próximo aos centros consumidores, com infraestrutura de Internet em alta velocidade, logística compatível com a velocidade da nova ordem, mão de obra com alta qualificação, com padrões de vida e sustentabilidade compatíveis a uma sociedade moderna cada vez mais exigente pelo acesso às tecnologias”.
O Demonstrador de Manufatura Avançada foi uma iniciativa da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, por meio do esforço de 23 empresas do segmento da automação industrial instaladas no Brasil, junto com instituições voltadas ao desenvolvimento de tecnologia, no sentido de demonstrar que seria possível construir uma linha de produção para demonstrar sua aplicabilidade, gerando um salto nos padrões de produtividade tão necessários para alterar a capacidade de competição da indústria brasileira.
À Metal Work, de acordo com Cauduro, coube uma parte no sistema voltada a manipular produtos que, por ventura, apresentassem algum tipo de defeito durante a sua confecção, seja por leitura de código ou falha na usinagem ou dimensional, e devessem ser descartados da linha.
Graças ao sistema construtivo da família VLock da Metal Work altamente flexível, que permite se acoplar e fixar de forma rápida os mais diversos elementos sem a necessidade de nenhuma construção dedicada, admitem-se muitas formas e posições para acoplamento rápido, para diversos tipos de atuadores pneumáticos, eixos elétricos, pinças, guias lineares, mesas rotativas entre outros.
“Contando com essa flexibilidade – conclui Cauduro – após dimensionamento e especificação via software Easy Robotic da Metal Work, pudemos montá-lo em poucas horas, usando estruturas de máquina perfis de alumínio, o que permitiu várias simulações de configurações junto à linha de forma pratica, montando e reconfigurando, para buscar a melhor posição sem a necessidade de simulação virtual”.
A TÀ PAGO, que disponibiliza uma sistema de gerenciamento de benefícios via celular, estará presente na feira Cards, Payment & Identification 2016, que será realizada de 15 a 17 de junho no Expo Center Norte, em São Paulo. A empresa aproveitará a oportunidade para lançar um novo serviço: o Private Label Mobile para grandes redes de varejo. O modelo, que está sendo testado junto a uma instituição da cidade de Pompéia, no interior de São Paulo, concentra toda a operação no celular, eliminando a necessidade de um cartão, além de reduzir custos.
“Estamos animados em participar da Cards, onde teremos um espaço de demonstração da nossa tecnologia. Um dos destaques será a nossa solução de pagamento mobile em um terminal de autoatendimento (“self-checkout”). Queremos reforçar o nosso posicionamento como uma empresa de mobile wallet”, afirma Vinicius Amorim, CEO da TÁ PAGO.
Atualmente, a empresa adota o modelo de pré-pago, em que o usuário compra créditos que são utilizados em uma rede conveniada – cerca de 250 estabelecimentos em Marília (SP). Outra oferta da TÁ PAGO é a gestão de benefícios trabalhistas, por meio de TÁ PAGO Alimentação, TÁ PAGO Refeição, TÁ PAGO Combustível e Convênio TÁ PAGO. “O grande diferencial em relação à nossa concorrência são as taxas mais baixas de administração – 3% contra 5% à 9% de outras companhias que atuam nesse setor de benefícios. Pela TÁ PAGO, é possível que o trabalhador tenha todos os benefícios em contas separadas e independentes, porém em um único aparelho celular”, ressalta Amorim.
Para 2016, a empresa espera expandir sua operação na região de Marília e Bauru, com possibilidades de ampliar a atuação em Jundiaí e incorporar o mercado de Campinas. “Nosso sistema é simples, seguro e contempla todos os modelos de celulares, com a facilidade de receber uma senha via SMS para informar o lojista e finalizar a operação”, explica o CEO da TÁ PAGO.
De acordo com o executivo, o consumidor é cada vez mais mobile. “Hoje em dia, ninguém mais sai de casa sem o celular; caso o esqueça, volta para buscá-lo. Já quando esquecemos a carteira, acabamos pegando dinheiro emprestado com alguém. Portanto, nada mais prático do que nosso aparelho celular ser nossa própria carteira”, ressalta Amorim.
Serviço
Feira Cards
Dias: 15 a 17 de junho de 2016
Local: Expo Center Norte – Pavilhão Azul
Endereço: Rua José Bernardo Pinto, 333, Vila Guilherme
Em um ambiente cada vez mais competitivo, estar à frente das tendências é essencial para o sucesso de uma empresa. Desafios como globalização, velocidade das mudanças, concorrência, novidades tecnológicas, acessibilidade às informações, novos canais de comunicação e múltiplos clientes, demandam que as empresas estejam preparadas não só para atenderem seus atuais clientes como também para ingressar em novos mercados com produtos e serviços diferenciados. O sucesso das organizações é em grande parte impactado pela excelência na qualidade dos serviços e no planejamento de ações com os olhos voltados a um todo. Essa filosofia empresarial vem se consolidando como uma iniciativa que otimiza o relacionamento das organizações com seus públicos, gerando uma sustentável vantagem competitiva nos negócios.
Uma empresa orientada ao mercado preocupa-se com todo o ecossistema de negócio, contemplando consumidores, distribuidores, concorrentes, influenciadores e macroambiente. As organizações que utilizam esse conceito concentram-se na geração de valor para seus clientes, buscando, primeiramente, um entendimento do mercado e suas necessidades, para então elaborar um plano de ação mais assertivo. Com o envolvimento e apoio de toda força de trabalho, essas empresas que optam por esta orientação precisam entender as mudanças das necessidades e desejos dos clientes; serem capazes de decodificar essas mutações e responder rapidamente para garantir a satisfação do seu público. Além disso, para que elas sejam mais lucrativas e eficientes do que seus concorrentes, precisam implementar inovações de maneira mais rápida e ser mais assertiva ao tomar decisões estratégicas.
Dentro do universo de oferta de produtos e serviços digitais, uma forma de garantir esta orientação é empregando ferramentas de service assurance. Atualmente, poucas soluções no mercado são capazes de proporcionar uma coordenação interfuncional com visão holística do processo de entrega de valor superior. Por isso, o ideal é apoiar-se em tecnologias que além de darem um diagnóstico correto da qualidade da oferta dos serviços, possam agilizar a resolução de problemas por meio de um service desk inteligente, acompanhar de maneira mais precisa os níveis de serviços (SLAs) e níveis operacionais (OLAs) para tomada de decisão estratégica, além das informações estatísticas, analytics e big data.
Tecnicamente falando, a garantia da entrega da qualidade dos serviços pressupõe a adoção de uma plataforma completa de serviços de distribuição de conteúdo Over The Top (OTT) e de uma aplicação multi-tenant, capaz de administrar essa infraestrutura com o menor custo possível, sem afetar o desempenho, a escalabilidade ou a segurança, integrando os sistemas de suporte a operações e negócios (OSS/BSS). Estes elementos se aplicados conjuntamente otimizam o gerenciamento das redes, o desenvolvimento de serviços inovadores e o relacionamento com o cliente.
Desta forma, conduzir a empresa a um modelo de orientação ao mercado, na verdade, acaba por gerar uma vantagem competitiva sustentável, auxiliar no planejamento e a obter uma visão a longo prazo capaz de orquestrar e unificar as principais diretrizes estratégicas da companhia.
Márcio de la Cruz Lui é Gerente Comercial Sênior da ISPM, fornecedor líder na América Latina em software de gerenciamento e monitoração de serviços de Telecomunicações e Tecnologia.
O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.
Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.
Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.