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Carlos Paiolapor Carlos Paiola*

A Indústria 4.0, também conhecida como Quarta Revolução Industrial, marca uma das principais transformações tecnológicas da história da humanidade.

Mas como chegamos até aqui?

O marco inicial foi a 1ª Revolução Industrial, marcada pela invenção das máquinas a vapor e produção têxtil, passando pela 2ª Revolução Industrial com a eletrificação das indústrias, traduzida pela produção das linhas de montagem de automóveis de Henry Ford, em 1913, chegando até a 3ª Revolução Industrial, na década 70, com a informatização e automatização de processos mecânicos, pelo emprego da eletrônica industrial.

O último marco – e tema deste artigo – nos remete à primeira vez em que o termo Indústria 4.0 foi citado, na Feira de Hannover (Alemanha), em 2011. Ele veio a se tornar um estudo consolidado em 2013, com recomendações ao governo alemão e seu respectivo apoio, com a finalidade de tornar o processo produtivo cada vez mais inteligente e independente tecnologicamente.

Veja agora as principais transformações decorrentes da 4ª Revolução Industrial, como elas têm modificado os padrões de investimento e, principalmente, os seus impactos nos sistemas de produção com o emprego de tecnologias como a Inteligência Artificial, IIoT, Manufatura Aditiva etc.

O que é Indústria 4.0?

A Indústria 4.0 é caracterizada pela união dos aspectos que envolvem o mundo físico de produção, a tecnologia da informação e a automação dos processos industriais. Este conceito tende a estar cada vez mais presente não apenas na manufatura de produtos, mas na comunicação integrada entre pessoas, máquinas, sistemas e produtos.

Entre os pilares da Indústria 4.0, estão a Internet das Coisas Industrial, o Big Data Analytics, a Inteligência Artificial e a Segurança Cibernética Industrial.

A Internet das Coisas Industrial ou IIoT (ou Industrial Internet of Things) é responsável por essa mudança de paradigma, pela qual a integração entre dispositivos e a rede digital no ambiente industrial possibilitam a troca de dados entre máquinas, linhas de produção e pessoas, através de sistemas ciberfísicos.

O Big Data Analytics, por usa vez, é o pilar caracterizado pela complexidade de armazenamento, processamento e análise de grandes volumes de dados (estruturados ou não) sobre o funcionamento integrado e simultâneo de máquinas e linhas de produção, permitindo a geração de relatórios, a customização de visualizações e o compartilhamento dessas informações.

A Inteligência Artificial (IA) não é algo recente, mas tornou-se bastante viável graças à integração do Big Data e da IIoT. Ela permite a simulação da capacidade humana e o aprendizado das máquinas baseado em dados históricos, possibilitando a automatização de processos, a resolução de problemas complexos e até mesmo a antecipação de falhas. Isso facilita a manutenção preditiva do processo e suas máquinas, evitando assim paradas desnecessárias na produção.

A Segurança Cibernética Industrial dos sistemas de informação e seu dimensionamento também estão entre os pilares da Indústria 4.0. Com o advento da tecnologia de armazenamento e compartilhamento de dados na nuvem e o uso cada vez maior do acesso remoto aos sistemas de controle da produção, tem sido cada vez mais desafiador garantir a segurança cibernética da empresa. Essa segurança é imprescindível para mitigar os riscos que resultam no funcionamento inadequado dos sistemas industriais e que podem interferir na integridade de pessoas e equipamentos no chão de fábrica.

Podemos citar ainda a Manufatura Aditiva na utilização de impressoras 3D para a fabricação de peças customizadas, com maior resistência e com a eliminação de restrições quanto ao formato e grau de complexidade, e a Biologia Sintética ou SynBio no desenvolvimento tecnológico para construção de novas estruturas biológicas, tendo como base as áreas biológica, química, computacional e de engenharia.

*Diretor Comercial da Aquarius Software

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Richard Landimpor Richard Landim*

 Com o aumento da demanda global por tecnologia e conectividade de alta velocidade, o mercado de infraestrutura de redes cresceu exponencialmente. De acordo com o mais recente relatório da Markets and Markets, o mercado de cabeamento estruturado foi avaliado em US$ 7,72 bilhões em 2014 e deve atingir US$ 13,13 bilhões até 2020.

 Também a grande expansão do segmento de datacenter e a necessidade da comunicação empresarial integrada têm impulsionado ainda mais o crescimento deste mercado. No entanto, apesar do cabeamento estruturado ser a espinha dorsal da área de tecnologia corporativa, o aprimoramento da infraestrutura de redes ainda não está entre as prioridades das empresas.

 Está claro que uma infraestrutura de rede saudável está diretamente ligada à produtividade, eficiência e expansão de serviços. Não custa lembrar que o cabeamento é responsável por metade de todas as falhas na rede, o que compromete o desenvolvimento das atividades. E a incorporação de novas tecnologias dentro das empresas aumenta ainda mais a necessidade de segurança e de um melhor gerenciamento da rede.

 Na prática, o ecossistema de redes é responsável pela conectividade e suporte de todos os equipamentos tecnológicos da empresa, contemplando desde os postos de trabalho dos funcionários até os mais avançados servidores, possibilitando que todos tenham acesso aos sistemas e recursos de TI. Por isso, o impacto nos negócios de uma infraestrutura de rede saudável de alta performance pode ser relacionado diretamente a receitas e retenção de clientes. A abordagem tradicional de gestão de rede dificulta que as empresas identifiquem e resolvam rapidamente a causa raiz do desempenho degradado da rede.

 Em tempos financeiramente desafiadores, a certificação torna-se um benefício crucial para reduzir as falhas na rede já que é o teste mais completo para mapear, diagnosticar e saber se o sistema de cabos da empresa adere aos padrões de desempenho e de execução da instalação. Reduzir custos é necessidade básica das empresas, que precisam tomar decisões difíceis para reduzir despesas operacionais e de capital. Contudo, minimizar a importância da saúde da rede não é uma decisão inteligente.

 A pressão dentro das organizações em relação à apresentação do valor do negócio exige uma infraestrutura ágil e robusta para suportar a evolução desenfreada dos novos conceitos de tecnologia. Mais do que aumentar o valor de negócio da área de TI, chegou a hora de quantificar o impacto positivo que essa área tem sobre a companhia como um todo.

 Key Account Manager de Data Centers & Intallers da Fluke

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A Indústria 4.0

Icone Análise,Artigo,Opinião,Perspectivas,Pesquisa | Por em 18 de fevereiro de 2019

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 por Ubiratan Resende (*)

 Desde o processamento e análise em tempo real, que impulsionam maior eficiência e aprendizado, até a manutenção preditiva, a Inteligência Artificial em computação de borda (Edge AI, em inglês) está impulsionando uma revolução na indústria. Fabricantes de todo o mundo sofrem grande pressão para manter uma vantagem competitiva o que impulsiona programas de transformação digital baseados em Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial. Na verdade, a alavancagem da IoT industrial tornou-se tão evidente que recebeu a alcunha de “Indústria 4.0”.

Estas tecnologias estão estabelecendo uma sintonia entre o “último andar” e o “chão de fábrica”, resultando em ganhos de eficiência gritantes em quase todas as áreas do processo de fabricação. Desde o gerenciamento da cadeia de suprimento, montagem automatizada, manutenção preditiva até o atendimento automatizado, os benefícios de um processo de fabricação completamente integrado, alimentado por AI, são consideráveis.

O McKinsey Global Institute estimou que o uso de inteligência artificial tem o potencial para gerar um ganho de valor de US $ 3,5 trilhões a US $ 5,8 trilhões ao ano em nove linhas de negócios de 19 segmentos da indústria. O poder da Edge AI de mesclar dados industriais e transformá-los em produtos utilizáveis e serviços inovadores é o elemento central da Indústria 4.0.

UBIRATAN-RESENDE-VIA-TECHNOLOGIESEssa abordagem focada em dados aumenta os desafios de processamento, pois a inteligência dos dispositivos IoT (câmeras e sensores, por exemplo) precisa ser reunida, analisada e acionada em tempo real. É nesse ponto que o Edge AI se torna particularmente importante para a Indústria 4.0. Como processa os dados para a tomada de decisões em tempo real no local onde são coletados, elimina grande parte da latência existente em um sistema de nuvem tradicional, que realiza a operação distante dali, ficando, assim, sujeito a interrupções de transmissão, entre outros problemas. A Edge AI possibilita reações instantâneas, o que pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso no que diz respeito ao maquinário industrial.

Um dos maiores terrores de qualquer industrial é a quebra de maquinário que, além de gerar custos elevados, causa interrupções não programadas na produção. A AI de borda elimina este risco. Com sensores de IoT e Edge AI, os sistemas podem aprender (machine deep learning) quais são os padrões operacionais das linhas de montagem e, a partir daí, definir um modelo de atividade “normal”. Desta forma, alterações passam a ser detectadas em tempo real, o que permite que o maquinário seja desligado automaticamente, garantindo a segurança, a integridade dos equipamentos e, consequentemente, evitando paradas mais longas e dispendiosas.

A produção também é otimizada com a integração de todas as etapas, desde a cadeia de suprimentos e produção até a chegada do produto ao cliente final. Isso se dá por meio da captação de dados realizadas pelos dispositivos IoT e interligados, em tempo real, pela Edge AI, no que se denominou “máquina para máquina” (m2m).

Este uso crescente da robótica Edge AI mudou as expectativas dos consumidores, o que força as empresas a adequaram tanto a produção quanto sua logística. O uso de robôs autônomos em aplicações de armazenamento é uma das principais tendências para 2019, o que se estenderá para os próximos anos. A IDC prevê que os gastos mundiais com sistemas robóticos e drones totalizarão US $ 115,7 bilhões em 2019, um aumento de 17,6% em relação a 2018. Em 2022, esses aportes devem atingir US $ 210,3 bilhões.

Pioneira, a Amazon possui mais de 100 mil robôs em operação em mais de 26 centros de atendimento de pedidos em todo o mundo.

O envio antecipado não é uma novidade, mas mudou. Ao invés de centros de distribuição regionais, empresas adotam o envio de estoques para depósitos quase que imediatamente. Isso é possibilitado pela AI, que prevê, e aprende, quais itens, marcas e volumes serão exigidos a cada momento e em quais localidades.

Como as necessidades de automação de processos e fornecedores diferem de uma indústria para outra, a eficiência de sistemas e plataformas Edge AI dependem da capacidade de integração com as plataformas de nuvem do cliente. Devem ser customizáveis, para que possam atender a requisitos específicos de implantação. A VIA Technologies, por exemplo, tem como diretriz garantir compatibilidade com os líderes do segmento, caso de Alibaba, Microsoft e Foghorn. Fidelização de clientes, previsibilidade da operação e de custos, eficiência na entrega e assertividade na oferta se tornam fundamentais para a atividade industrial.

*É diretor-geral da VIA Technologies no Brasil

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Paulo-de-Godoy_Pure-Storage-Brasil-sitepor Paulo de Godoy*

Os dados são um catalisador para o crescimento e inovação, com o poder de transformar a maneira como uma empresa opera e atende seus clientes. No entanto, o grande volume de dados gerados atualmente cria uma sobrecarga nas organizações e a velocidade com que são gerados não está sendo acompanhada por um processo e por uma análise profunda.

Para colocar isso em contexto, de acordo com a IDC, o volume de dados gerados pela Internet das Coisas (IoT) será tão grande em 2025 quanto a quantidade total dados criados em 2020. Diante desse cenário, qual é a solução ideal para processar e analisar essa quantidade de dados? É aqui que a Inteligência Artificial (IA) pode ajudar.

Os dados são tão essenciais para as operações que um estudo recente que fizemos em parceria com o MIT Tech Review Insights constatou que 82% dos líderes empresariais acreditam que a Inteligência Artificial será um fator de mudança na forma como pensam e processam os dados.

Sem dúvidas, a IA pode ajudar as organizações a obter o máximo dos dados, porém, muitos mitos que a envolvem precisam ser dissipados. Esta é uma oportunidade estratégica para o canal trabalhar com seus clientes e ajuda-los a se livrar de qualquer equívoco ou relutância em relação à implementação da tecnologia.

Mito 1: Inteligência Artificial é uma tecnologia futura

Inteligência Artificial não é um conceito futurista ou material de ficção científica. Ela nos envolve aqui e agora. No entanto, os clientes podem ter dificuldades na hora de pesquisar, como encontrar uma lacuna de aplicativos de ponta e terminologia científica que não é baseada na realidade. Para combater isso, o canal deve ser capaz de demonstrar os casos de uso real que já estão entregando resultados nas empresas.

Nosso estudo com o MIT mostrou que 37% dos líderes apontaram os recursos e o talento como uma barreira à adoção de tecnologias de inteligência artificial e com a escassez de habilidades tecnológicas amplamente divulgada, essa é uma questão que parece não desaparecer em breve.

Para resolver isso, o treinamento começa em casa. Os revendedores de canal devem garantir que suas equipes sejam totalmente treinadas e conhecedoras da Inteligência Artificial, para que possam orientar os clientes na tomada de decisões. O treinamento de equipes específicas de IA deve começar agora para atender aos clientes a curto e longo prazo. Obtenha equipamentos para o seu laboratório e dê a sua equipe experiência prática. Nesses times deve haver pessoas que possam comunicar os benefícios das tecnologias em vários níveis, seja para o C-Suite, o gerente de TI ou até mesmo para um cientista de dados.

Mito 2: Percepção de Hollywood vs. Realidade

A percepção da IA é frequentemente derivada de como é apresentada na mídia. Tome como exemplo os filmes de Hollywood: a noção de uma “revolução dos robôs” contribui para que as pessoas pensem duas vezes antes de explorar as possibilidades da Inteligência Artificial. Na realidade, o termo é usado hoje para tratar de tecnologias como automação, Machine Learning Deep Learning. É o que estamos vendo hoje nas indústrias de impacto, eliminando tarefas que consomem tempo e permitindo que as empresas processem grandes quantidades de dados na velocidade da luz.

A IA está sendo usada, por exemplo, para realizar diagnósticos e análises de grandes quantidades de dados em segundos, ao invés dos dias que o ser humano levaria, ajudando a encontrar cura para doenças antes consideradas incuráveis. Existem inúmeros exemplos de uso de IA que têm um impacto positivo em quase todos os setores. A IA também está ajudando as seguradoras a analisar imagens de carros acidentados ou danos à propriedade para fornecer uma estimativa instantânea de um sinistro e os fornecedores de varejo estão aplicando a inteligência artificial ao vídeo para reconhecer e entender melhor o comportamento do cliente.

Os parceiros de canal devem ser capazes de demonstrar a realidade da IA, automação e Machine Learning e os benefícios que elas podem trazer para os negócios. Configurar um laboratório de demonstração aos clientes é uma ótima maneira de fazer isso. Somente quando as empresas puderem ver casos de uso real e as implicações dessas tecnologias no dia-dia, elas estarão inclinadas a adotá-las. Ter o senso prático de como as tecnologias de IA realmente funcionam também ajudará os líderes de negócios a vender os benefícios de volta à força de trabalho mais ampla.

Mito 3: Substituição de Emprego

Para muitos, o tópico da Inteligência Artificial desencadeia automaticamente o medo da substituição de empregos. Um exemplo é o estudo realizado pelo Centre for London, alertando que quase um terço dos empregos na cidade tem o potencial de ser realizado por máquinas nos próximos 20 anos. Enfrentar as questões e a resistência dos trabalhadores preocupados com esse tópico poderia criar outra barreira para a adoção da IA.

No entanto, onde há desafios, também há oportunidades, e a conversa precisa se afastar da “substituição” para a “evolução” do trabalho. Os líderes e os trabalhadores precisam se concentrar em como a inteligência artificial pode aumentar e melhorar suas funções – e é nesse ponto que o canal pode desempenhar um papel importante. Os revendedores podem oferecer programas de educação e treinamento sobre as novas tecnologias, não apenas para garantir que os negócios possam usá-las tecnologias em todo o seu potencial, mas também para suprimir quaisquer preocupações que envolvam a inteligência artificial. São esses tipos de serviços que posicionarão os revendedores como verdadeiros parceiros de negócios.

Enfim, a Inteligência Artificial chegou e está gerando um impacto positivo. Com tantas oportunidades quanto desafios (como acontece com qualquer nova tecnologia), muitos líderes estarão olhando para seus parceiros de canal para orientá-los. Se os revendedores puderem conscientizar seus clientes sobre os benefícios da IA, demonstrar seus impactos reais e se comunicar com qualquer nível de uma organização, eles se tornarão um parceiro confiável e altamente estratégico para ajudar as empresas em sua jornada de transformação digital.

*country manager da Pure Storage no Brasil

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automação-industrialUma ideia frequentemente associada aos avanços da automação industrial é o impacto da tecnologia na redução de postos de trabalho. Não é difícil encontrar listas de ocupações a serem extintas, em que profissionais de diferentes áreas são retratados como agentes possivelmente substituídos pelos robôs em curto prazo.

Para a Mitsubishi Electric, uma das principais companhias de automação industrial do mundo, o cenário projetado para o futuro é bem diferente. A companhia defende que o avanço da tecnologia vai criar cada vez mais oportunidades para pessoas e que, para aproveitá-las, é necessário investir em capacitação.

“Há cada vez mais espaço, especialmente em países em desenvolvimento como o Brasil, para as profissões relacionadas à automação industrial, como técnicos, engenheiros, projetistas, desenvolvedores, programadores, entre outras. Ainda somos um país que está começando a visualizar o potencial da tecnologia dentro da operação, mas temos enorme potencial a ser explorado. Para isso, é vital a contribuição de profissionais cada vez mais qualificados dentro do nosso mercado de trabalho”, afirma Thiago Turcato, supervisor de suporte técnico da Mitsubishi Electric.

Dados do FMI ajudam a construir esse cenário: países desenvolvidos já têm taxas de desemprego em mínimas históricas (5,3%). Como complemento, informações da International Federation of Robotics mostram que países com as maiores taxas de automação e robotização das funções do trabalho como Coreia do Sul, Cingapura, Alemanha e Japão têm índice de desemprego inferior a 3,9%.

Além disso, uma pesquisa recente da McKinsey que projeta como será o mercado de trabalho em 2030 informa que o medo da ausência de emprego em razão da automação é infundado. Ao tomar como base o avanço da tecnologia ao longo do tempo, a consultoria afirma que há mudanças previstas em âmbito setorial e no nível de emprego, porém, a criação de novos postos de trabalho e funções pode ajudar a compensar esse efeito.

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A dimensão estratégica da logística

Icone Análise,Opinião | Por em 6 de fevereiro de 2019

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Jamil Moyses Filho

Jamil Moysés Filho

por Renaud Barbosa da Silva e Jamil Moysés Filho

Competitividade é o desafio imposto pela globalização às empresas do mundo inteiro. Com isso, o cliente na ponta da cadeia produtiva é o propulsor que exige prazos de entrega cada vez menores e, ao mesmo tempo disponibilidade de serviços e produtos. Todos têm, como objetivo, reduzir níveis de estoques (em função das elevadas taxas de juros associadas a custos de oportunidade ou de capitais circulantes). O desejo por produtos ou serviços desenhados exclusivamente para atender as suas necessidades (customização) é outro dos desafios impostos pelos consumidores atuais.

 Dentro desse enfoque, as empresas que têm êxito são as que preveem as mudanças e desenvolvem, antecipadamente, as suas estratégias. A logística, sob a ótica da gestão da cadeia de suprimento (Supply Chain Management), representa uma das mais importantes dimensões estratégicas, pois recompensa certas qualidades de organização, em particular a adaptabilidade, a flexibilidade, a decisão e a rapidez.

A gestão das cadeias de suprimento, ou seja, a prática da logística empresarial, exige pessoas especialmente preparadas, para atuarem tanto no nível estratégico como no nível operacional das empresas. A visão global e suas principais implicações nas operações logísticas de uma organização são elementos fundamentais para a tomada de decisões que afetam os resultados desejados. Em síntese, pilotar uma cadeia logística é procurar atingir às necessidades dos clientes com qualidade máxima e custos mínimos. Essa é a receita para manter e aumentar o nível de competitividade.

O sucesso da dimensão estratégica logística depende do nível de integração das suas ações específicas e de seus ajustes no decorrer do tempo. Por exemplo, a orientação do fluxo de produção (“puxado” ou “empurrado”) vai influenciar a política de produção (“estoque” ou “contra pedido”), que, por sua vez, vai subsidiar a centralização ou descentralização de estoques. Outro fator é a escolha do(s) modal(is) mais adequados, haja vista que o custo dos transportes é o outro “vilão” (na maior parte dos casos, o maior) a ser atacado para a redução dos custos. Essas e outras “decisões logísticas” determinarão o sistema de informações que vai suportar o funcionamento pleno de toda a cadeia.

O posicionamento logístico bem-sucedido, como estratégia competitiva, reflete em ganhos para toda a cadeia de suprimentos, ou seja, clientes e fornecedores vão melhorar sua competitividade, contribuindo, em última análise, para o desenvolvimento nacional.

*Renaud Barbosa da Silva e Jamil Moysés Filho são professores e coordenadores acadêmicos do MBA em Logística e Supply Chain Magement do ISAE/FGV

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Frederico GonçalvesPor Frederico Gonçalves*

Segundo o relatório anual da Agência Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês), a previsão para o crescimento da demanda de energia elétrica mundial deve ser superior a 25% até 2040 e o investimento necessário para garantir o suprimento de energia deve ultrapassar 2 trilhões de dólares por ano. A elevação de consumo e de recursos, aliada ao risco do aquecimento global, tem motivado diversas nações a buscarem fontes renováveis, em especial a energia eólica e a solar, como alternativas para compor sua matriz energética. A própria IEA estima que em vinte anos, a participação das fontes de energia renováveis no mundo será de mais de 40%, antes os 25% da atualidade.

Na Europa, países como Suécia, Áustria e Portugal formam o pódio dos territórios do continente que mais utilizaram fontes renováveis em 2017, contribuindo com 30% do total do consumo na União Europeia, segundo dados da Eurofast. Mas qual é o cenário no Brasil?

As usinas hidrelétricas são responsáveis por 61% da energia do país e a carência por eletricidade deve triplicar até 2050, conforme levantamento da Empresa de Pesquisa e Energética (EPE), gerando uma dependência enorme de um sistema que já sofre com os efeitos das secas que têm atingido várias regiões nos últimos anos. Assim, a adoção de energia eólica e solar também vem ganhando espaço por aqui, representando 8% e 1%, respectivamente, da capacidade elétrica instalada no país.

Para intensificar a criação de projetos focados em aumentar a participação das fontes de energia renováveis, a utilização de tecnologias que permita a operação e manutenção adequada desses equipamentos torna-se um fator essencial para o sucesso desses empreendimentos.

Drones

A aplicação de drones ajuda na inspeção visual dos equipamentos, registrando imagens que podem ser posteriormente analisadas para a identificação de eventuais problemas. Sobrevoando fazendas eólicas ou solares, os drones podem agilizar o processo de inspeção visual.

Apesar de simplificar a coleta de dados, a simples utilização de drones para a realização da inspeção pode causar um gargalo no pós-processamento dos dados coletados, caso esses dados tenham que ser analisados por humanos. Aí entra o uso de técnicas de Inteligência Artificial, como Aprendizado de Máquina (do inglês, Machine Learning) ou Redes Neurais (do inglês, Neural Networks) que utilizam algoritmos para a análise automática dos dados coletados.

Drones também são utilizados em conjunto com técnicas de inteligência artificial, mas com foco em inspeção de turbinas eólicas onshore e offshore. A verificação de uma turbina eólica pode ser realizada em apenas 15 minutos, de modo que um único drone pode realizar em torno de 20 inspeções por dia e os dados coletados são disponibilizados num sistema web, com informações analíticas que auxiliam a geradora de energia na identificação de problemas e na definição de programas de manutenção adequada para seus equipamentos.

Inteligência Artificial

Associada a técnicas de Big Data, a utilização de inteligência artificial possibilita a análise rápida dos dados coletados pelos drones, assim como a correlação desses dados com outras informações obtidas através de sensores instalados ou embarcados nos equipamentos para o monitoramento de seu funcionamento. Os dados históricos dos equipamentos também são utilizados pelos algoritmos que podem, literalmente, aprender a identificar, ou até mesmo prever possíveis problemas em cada um dos equipamentos.

O grande diferencial é que a solução pode agilizar a detecção de eventuais problemas e reduzir o processo de reparo de dias para horas, aumentando assim a eficiência de suas inspeções, além de produzir resultados mais precisos.

Veremos uma expansão no uso da energia eólica e solar na matriz energética do Brasil nos próximos anos. A adoção de novas tecnologias deve impulsionar e viabilizar a operação de enormes parques eólicos e solares que, em breve, deverão fazer parte da paisagem de algumas regiões do país. Essas tecnologias devem tornar a operação desses empreendimentos mais ágil, barata e eficiente.

*Head da unidade de Utilities do Venturus

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absolarAs diretrizes anunciadas recentemente pelo estado da Califórnia (EUA) para incentivar a fonte solar fotovoltaica, com a incorporação da tecnologia em todas as novas residências da região a partir de 2020 e em todas as novas edificações comerciais a partir de 2030, representa um marco para o setor e deve servir de inspiração para os governos federal e estaduais brasileiros.

Para o presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Ronaldo Koloszuk, o Brasil está 15 anos atrasado quanto ao desenvolvimento da fonte solar fotovoltaica. “Por isso, o País precisa estabelecer uma política de Estado para o setor, alinhada às melhores práticas internacionais, capaz de promover o uso sustentável das energia solar fotovoltaica em todas as regiões do Brasil”, recomenda

“Para isso, a entidade propõe uma meta de atingir pelo menos 30 Gigawatts (GW) da fonte solar fotovoltaica na matriz elétrica brasileira até 2030”, acrescenta. Segundo Koloszuk, trata-se, na verdade, de incluir a fonte como uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento do País. “O Brasil, possui um dos melhores recursos solares do planeta e deve acelerar suas iniciativas para se posicionar como protagonista mundial no desenvolvimento da fonte solar fotovoltaica”, ressalta.

Adicionalmente, há menos de 30 dias o Governador da Califórnia ratificou uma nova lei estadual que estabeleceu que, a partir de 2045, 100% da energia elétrica consumida na região deverá ser proveniente de fontes limpas e não-emissoras de gases de efeito estufa, principalmente renováveis, como a solar fotovoltaica.
O CEO da ABSOLAR, Dr. Rodrigo Sauaia, destaca ainda que o Brasil desponta entre os dez principais países do mundo na produção de energia elétrica a partir das fontes hídrica (2º lugar), biomassa (4º lugar) e eólica (8º lugar), com exceção da solar fotovoltaica, para a qual o País ainda está na trigésima posição. “Com um programa estruturado para potencializar o desenvolvimento da energia solar fotovoltaica no Brasil, teremos condições de subir posições neste ranking, ao mesmo tempo em que agregaremos ao País diversos benefícios sociais, econômicos, ambientais, energéticos e estratégicos, contribuindo para a construção de um futuro alinhado ao desenvolvimento sustentável e com mais empregos renováveis”, conclui Sauaia.

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O que vamos beber?

Icone Opinião,Perspectivas | Por em 25 de setembro de 2018

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lucas moreiraPor Lucas Moreira*

Você já parou para pensar quantas vezes ao dia se alimenta? Muitas pessoas podem responder: “três vezes, Lucas.” Normalmente, as refeições diárias se dividem em almoço, jantar e o desjejum. O café da manhã, porém, é considerado a refeição mais importante por muitos especialistas. Tamanha responsabilidade é carregada também em seu nome. Não à toa é homônimo a segunda bebida mais consumida no mundo: o café. Não apenas ao acordar, mas é comum ver pessoas reenchendo canecas e canecas com café ao longo das 24 horas.

No ranking mundial de consumo, o Brasil fica em segundo lugar. Apenas em 2017, os brasileiros ingeriram 1,7 milhão de toneladas de café. E esse mercado só cresce. No primeiro semestre do ano, tivemos duas enormes movimentações no ramo lideradas por grandes marcas: Starbucks e Coca-Cola.

O Starbucks, com cerca de 29 mil lojas no mundo inteiro e faturamento de 22,4 bilhões de dólares (quase 80 bilhões de reais), vendeu para a Nestlé os direitos perpétuos de fabricar e vender café solúvel, em grão e moído, como também cápsulas da marca, por 7,15 bilhões de dólares. Lembrando que esse acordo não inclui as lojas nem bebidas prontas para consumo.

A Coca-Cola continua vislumbrando um futuro promissor para além dos refrigerantes, diversificando sua atuação e acreditando em uma das categorias com maior ascensão no mundo. A multinacional comprou a rede de cafeterias Costa Coffee, líder de mercado no Reino Unido e com cerca de 4 mil lojas espalhadas pelo mundo, por 5,1 bilhões de dólares (quase 20 bilhões de reais).

Mas não são só as grandes empresas que estão de olhos abertos. Em um País empreendedor como o Brasil, alguns empresários já estão antenados com a tendência e investindo no segmento. Como é o meu caso com a Splash, cafés e bebidas urbanas. Resolvemos investir no negócio de cafeterias com uma proposta similar a do Starbucks, porém com sabores de diversas regiões do Brasil. A empresa nasceu com o objetivo de ser o ponto de encontro e conexão entre pessoas, por meio, principalmente, de nossas bebidas exclusivas com o toque do café.

Sempre há uma oportunidade, basta conseguirmos enxergar o que nós mesmos estamos acostumados a fazer ou consumir e como oferecer produtos ainda inexistentes no mercado. Já sabemos que comemos, em média, três vezes ao dia, mas você tem ideia de quantos momentos são dedicados ao consumo de alguma bebida? Eu te convido, então, a pensarmos juntos. Mas, para isso, vamos tomar alguma coisa?

 

 

 

 

 

 

*Sócio-fundador da Splash

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pensecomcalmaEra o ano de 1998. O Mossad Israelense precisava de ajuda em um projeto ultrassecreto o qual não tinha conhecimento técnico para realizar. Foi solicitada a ajuda do General de Brigada da unidade especial 8200 – a máquina de inovação de Israel. O desafio: não havia tempo hábil para desenvolver uma solução, ainda mais para algo tão complexo e com impacto direto na segurança nacional.

O General de Brigada se manifestou: “Nós temos uma solução para este problema e ela tem nome: Daniel Schnaider.”

Os membros das forças especiais do exército israelense foram treinados para resolver os desafios mais complexos e mais urgentes de uma nação em constante perigo existencial. Pense com calma, aja rápido é a essência da nossa metodologia, nossa forma de pensar e agir. Não se trata de algo de outro planeta, mas de uma forma diferente de raciocinar e executar, o que fará maravilhas por você e pela organização.

O Exército de Israel, mais especificamente sua unidade de inteligência, desenvolveu ao longo dos últimos 70 anos métodos de gestão avançados para lidar com inimigos que nunca param de evoluir em termos de tecnologia, recursos e estratégias políticas.

Entre 1996 e 1999, Daniel Schnaider teve a oportunidade de se aprofundar nessas técnicas. Tempos depois, adaptou e refinou muitas dessas metodologias para o mundo corporativo ao participar do processo de transformação de dezenas de empresas, ONGs e órgãos governamentais, e os resultados têm sido surpreendentes.

O livro “Pense com calma, aja rápido” é o resultado de mais de 20 anos de trabalho, pesquisa e desenvolvimento sobre as ferramentas mais eficientes para a gestão de organizações nesta nova era da revolução industrial.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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