Visite o site da P&S Visite o site do Radar Industrial Visite o site da Banas Ir para página inicial RSS

0

pexels-pixabay-35550Há pouco mais de um ano, de grandes corporações a startups e microempreendedores, todos tiveram que adequar suas estratégias de negócio ao contexto da circulação da Covid-19 no Brasil. Silvio Meira, cientista-chefe da consultoria TDS Company e membro dos conselhos de administração de grupos como Magalu e MRV, analisa que o Brasil avançou cinco anos na escalada da transformação digital somente nesse período.

“Não foram lançadas novas tecnologias na pandemia, mas os negócios tiveram a necessidade de recorrer a recursos digitais já disponíveis, como o e-commerce, por exemplo, tecnologia utilizada pela Amazon há duas décadas”, avalia o cientista-chefe. De acordo com pesquisa da Ebit/Nielsen, o faturamento de lojas online no Brasil cresceu 47% no apenas no 1º semestre de 2020 e teve seu maior crescimento em 20 anos. Outra pesquisa, realizada pela Mastercard e Americas Market Intelligence (AMI), apontou que 46% dos brasileiros fizeram mais compras online na pandemia.

Um dos principais projetos da TDS Company em 2020 foi desenvolvido em parceria com o Grupo FSB, o maior do Brasil na área de comunicação corporativa. Chamado FSB Futuro, o projeto tem como objetivo fomentar a cultura de inovação nos processos internos das diversas empresas do grupo e identificar e incubar iniciativas inovadoras com uso intensivo de tecnologia.

“O FSB Futuro é o novo modelo de cultura de trabalho que estamos desenvolvendo no nosso grupo, do qual fazem parte a FSB Comunicação, com mais de 40 anos de mercado em Relações Públicas, e a Loures Consultoria. Com o apoio do Silvio Meira e seu time especializado em inovação digital e transformação estratégica, estamos desenvolvendo oportunidades de negócio e reforçando a capacidade de inovação de nossos times de atendimento ao cliente. Somos parceiros estratégicos de negócios que buscam não só pensar as necessidades do presente, mas que apostam no futuro e no desenvolvimento contínuo de soluções inovadoras”, ressalta Diego Ruiz, sócio-diretor das agências.

“Ficou muito mais difícil competir hoje em dia, porque já não basta mais oferecer ponto de venda, ações de marketing e uma promessa de produtos e serviços. É necessário ter soluções digitais articuladas, estratégias de adaptação a mudanças e um atendimento cada vez mais eficiente para os clientes, que também tiveram que aprender novas habilidades nesse período, como trabalhar em home office e pagar contas por Pix, por exemplo. Certos níveis de ingenuidade digital que a gente tinha antes da Covid não são mais aceitáveis”, analisa Meira. “E, com essas novas habilidades, os clientes esperam que as empresas melhorem sua experiência de uso e consumo, de acordo com o que estão pagando.”

Da Comunicação Corporativa passando pelo Marketing Digital e pela Publicidade, o Grupo FSB conta agora com novas tecnologias e capacidades para capturar oportunidades de visibilidade e engajamento para marcas, analisar diferentes comportamentos de usuários por nicho, identificar o surgimento de novas redes sociais e ferramentas e formatar parcerias com influenciadores em perspectivas ainda não exploradas. Tudo isso com o uso intensivo de análise e gestão de dados.

“Em um contexto em que o Discord, rede social avaliada em US﹩ 7 bilhões, conta com milhões de usuários e ainda é um espaço pouco utilizado pelas marcas, pensar a comunicação para além das ações tradicionais de PR e Digital, em canais utilizados por um grande volume de mídia e concorrentes, é abrir espaço para o novo e, ao mesmo, trabalhar com uma tela em branco para a criação de estratégias em parceria com nossos clientes”, explica Ruiz.

Diversos ambientes digitais têm surgido e ganhado cada vez mais adesão dos usuários, como Clubhouse e a plataforma de streaming Twitch, com novas possibilidades de engajamento, análise de tendências de comportamentos e alto volume de captura de dados. As marcas, além de viabilizarem seu próprio processo de inovação, também podem reconhecer novas oportunidades no mundo em transformação em que estão inseridas.

“Eu quero estar com uma agência que domina e usa, na prática, um processo continuado de transformação digital e que pode me oferecer coisas, físicas e digitais, e a combinação das duas, que eu não pensei, porque ela está prospectando o mundo como pesquisadora e realizadora”, sintetiza Meira.

TAGS: , ,

Deixe seu comentário

0

siderurgia*Por Vinicius Callegari
Não é novidade que o Brasil possui um terreno sólido de riquezas no campo siderúrgico e com forte inserção no mercado internacional, o que fomenta o desenvolvimento econômico brasileiro. Atualmente, as principais atividades que contribuem para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) são a agropecuária, responsável por cerca de 10%; o setor industrial, que representa 25%; e o setor terciário, que engloba comércio e serviços.
Apesar do momento conturbado do país, a indústria siderúrgica tem sido responsável por manter a economia em andamento, contribuir com a geração de empregos, câmbio, investimentos, importação e exportação. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil, a estimativa da produção em 2020 reduziu de 18,8% previsto em abril, para 6,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Porém, com a retomada da economia, houve uma grande melhora e a demanda do aço já é a mesma de janeiro de 2020 (63%), ou seja, uma capacidade instalada total de 51,5 milhões de toneladas.
O fato é que o mercado siderúrgico é um importante fornecedor de insumos para diversos outros setores da indústria de transformação, bem como para a construção civil, representada por grandes empresas verticalizadas em diversas fases do processo produtivo. Mas, por se tratar de uma indústria intensiva em capital, necessita ainda de investimentos em ativos que destinados a projetos de maturação, implicam elevado aporte de recursos.
Em contrapartida, essas companhias possuem uma forte inserção internacional, o que nos deixa sempre um passo à frente de outros países. Aqui no Brasil, as siderúrgicas possuem uma logística favorável, sendo que a maior parte das nossas indústrias estão concentradas próximas dos portos de embarque e das minas de minério de ferro, o que oferece acessibilidade na exportação. Além disso, o custo da nossa mão de obra é relativamente baixo, o nosso minério é com alto teor de ferro e possui um menor custo, o que beneficia a cadeia como um todo.
Em paralelo, percebemos que, aos poucos, as indústrias têm cedido às tecnologias e isso tem favorecido, e muito, o setor. É possível encontrar uma gama de soluções inovadoras que auxiliam a ter processos automatizados, ágeis e eficientes, e que ao mesmo tempo beneficiam no gerenciamento e na produtividade interna, aumentando assim a competitividade. Esse investimento, mesmo que de forma tímida, tem sido primordial, porém esse caminho deve ser o meio e não fim, isso porque qualquer tecnologia que provê o seu ROI é vista como potencial de aquisição pela indústria.
A área de logística interna, por exemplo, tem ganhado bastante com esse movimento por meio das soluções IOT+ SaaS (Internet of Things + Software as a Service), conseguindo grandes resultados na coleta e no processamento de informações importantes para a produtividade. E isso tem sido determinante na tomada de decisões, principalmente em tempos de distanciamento social em que a equipe no campo é menor, mas as máquinas não param e continuam trabalhando intensamente.
Mesmo com o câmbio favorável, a burocracia e a complexidade fiscal/tributária fazem com que os produtos brasileiros tenham dificuldades em competir internacionalmente. Mas o que tranquiliza a nossa economia é que um dos principais setores do país já está produzindo como antes, a projeção de crescimento para diminuir a capacidade ociosa continua e já é possível ver novos tempos para a indústria, sobretudo para a exportação e em investimentos em tecnologias 4.0 para que o aumento da produtividade acompanhe a provável retomada econômica.
*CCO e Head de Desenvolvimento Comercial da GaussFleet

TAGS: , ,

Deixe seu comentário

0

esgPor Fábio Lupo, Lilian A. P. Miguel, Lucas Rodrigues Lomelino e Samira Vasconcellos Miguel*
Vivemos tempos em que a sociedade como um todo é considerada um parceiro importante e indispensável para o desenvolvimento econômico, além de ser parte integrante e indissociável do desenvolvimento social. Neste contexto, buscar entender e definir metas e indicadores que auxiliem a sociedade a ter clareza sobre ações e domínio sobre os caminhos a seguir nesta direção de desenvolvimento sustentável passou a ter relevância nos mercados, o que inclui também a área de investimentos financeiros.

No início deste milênio surgiu a sigla ESG – Environmental, Social and Governance (em português, Ambiental, Social e de Governança) para estruturar a coleta dos dados relacionados a esses fatores, bem como para instrumentalizar o acompanhamento destes dados, de forma a que se pudesse ter escolhas mais qualificadas dos investimentos feitos no nível das companhias, em especial, aquelas que têm suas ações distribuídas nos mercados de capitais. Desde o surgimento da sigla passaram-se mais de quinze anos, mas ainda existem questões em aberto em torno do conceito.

O impacto das empresas no meio ambiente, a exploração de formas de trabalho injustas e a corrupção que compromete as atividades corporativas e públicas, são temas que foram ganhando cada vez mais relevância com o passar das décadas. Com estas pautas em destaque e ganhando espaço nas mídias, o mundo corporativo passou a considerar os impactos destes aspectos perante o mercado consumidor o que, junto a decisões éticas, criou os conceitos de responsabilidade corporativa e responsabilidade socioambiental.

Estes conceitos já estavam plenamente estabelecidos quando surge o termo ESG, trazendo as mesmas questões para o mercado financeiro. No entanto, seria equivocado entendermos a sigla apenas como uma transposição da responsabilidade corporativa para o ambiente do mercado financeiro. Apesar de lidar com as mesmas temáticas, o ESG traz consigo uma lógica própria do mercado financeiro, que está presente na própria gênese da sigla.

No ano 2000, diante da complexidade dos dilemas gerados pela intensa globalização e pela intensificação dos impactos ambientais e sociais, a ONU estabeleceu os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), envolvendo 191 Estados membros e 22 organizações globais. No mesmo ano, a Organiação convocou as grandes corporações globais para criar o Pacto Global, desta vez envolvendo empresas da iniciativa privada para também se comprometerem com objetivos ligados ao desenvolvimento sustentável global. Atualmente, o Pacto Global conta com dezesseis mil membros, entre empresas e organizações, e está presente em cento e sessenta países.

Em 2004, o Pacto Global elaborou um documento voltado especificamente para o mercado financeiro, reconhecendo o impacto deste setor da sociedade, nas empresas, e o potencial que este mercado possui de motivar mudanças necessárias para que se atinjam as metas do Pacto. O documento foi publicado em 2005, sob o título Who Cares Wins.

É neste documento que a sigla ESG surge pela primeira vez, no intuito de sintetizar os principais pilares do Investimento Responsável, a partir dos quais são designados indicadores específicos que devem ser observados pelos investidores para avaliar o impacto de seus investimentos.

Uma vez que a possibilidade de se integrar formalmente questões ESG na análise financeira do mercado de investimentos foi apontada, fez-se necessária a regulação desta possibilidade, motivando a UNEP-FI (United Nations Environment Programme Finance Initiative) a encomendar, em 2005, um estudo sobre o tema ao escritório de advocacia Freshfields Bruckhaus Deringer.

O resultado deste estudo foi o documento A Legal Framework for the Integration of Environmental, Social and Governance Issues into Institutional Investment cuja tradução livre é Uma estratégia legal para a integração das questões ambientais, social e de governança nos investimentos institucionais, que tinha por propósito verificar se a integração de critérios ESG em políticas de investimento estava de acordo com a legislação de diversos países. Na conclusão deste estudo encontramos o posicionamento de que os critérios da sigla podem ser incluídos na regulação deste mercado contanto que sejam motivados por propostas apropriadas e não afetem a performance financeira dos portfólios.

É possível depreender que a motivação de investidores em fundos de investimento que adotam critérios ESG, tem duas vertentes: a primeira, diretamente ligada aos resultados financeiros das empresas, partindo do pressuposto de que empresas com melhores práticas de sustentabilidade apresentam, a longo prazo, resultados financeiros melhores, e, a segunda, que transcende a pura lógica do retorno financeiro, ressaltando os ganhos da sociedade e do meio ambiente como razões para o investimento ESG .

Essa aparente dicotomia afeta o argumento daqueles que procuram promover a lógica ESG no mercado financeiro. Ao passo que uma argumentação procura influenciar o investidor a partir de sua intrínseca lógica financeira, a outra procura conferir ao investidor uma responsabilidade que pode se contrapor com o aspecto financeiro e tornar inócua a referida análise para o investimento.

Entretanto, um possível colapso ambiental, crises sociais e o aumento dos casos de corrupção dentro de empresas e instituições são questões urgentes e de alguma forma devem ser abordadas de forma responsável pelo mercado financeiro. A necessidade de maior estímulo às práticas ESG no mundo corporativo é evidente, e a presença de empresas de capital aberto e fundos de investimento que adotam estes critérios colaboram diretamente para a adoção de tais práticas.

Ainda faltam estudos que demonstrem os riscos que o mercado financeiro como um todo pode sofrer com a ausência de tais práticas, e também que demonstrem a responsabilidade do mercado financeiro no cumprimento da Agenda 2030 (ODSs) da ONU.

Em especial no Brasil, já existem movimentos regulatórios em curso, para que haja maior adoção de práticas de sustentabilidade nas empresas e para que os critérios ESG sejam adotados não apenas como uma fonte de pesquisa para os investidores, mas igualmente como um marco para a mudança do paradigma de sustentabilidade, como é o caso das Duas Audiências Públicas recém editadas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM, quais sejam SDM 08/2020 e SDM 09/2020.

Na primeira delas, há um convite para os agentes operadores do mercado de valores mobiliários apresentarem sugestões para que esses critérios sejam inseridos nas normas reguladoras de todos os fundos de investimento que vierem a ser lançados e operados no Brasil, enquanto a normativa que será editada a partir da audiência pública SDM 09/2020, pretende melhorar a transparência e a qualidade das informações hoje prestadas pelas companhias de capital aberto listadas no mercado de capitais.

Conclui-se que é urgente a fixação de critérios ESG e sua avaliação objetiva para determinar a aplicação dos recursos pelos investidores como forma de induzir as empresas para que atuem, na prática, com uma consciência e intencionalidade de produzir e comercializar produtos e serviços que gerem desenvolvimento econômico sustentável, criando um círculo virtuoso e valor de longo prazo para toda a cadeia de stakeholders.
Pesquisadores convidados da Universidade Presbiteriana Mackenzie*

TAGS: , ,

Deixe seu comentário

0

Marcelo Reis - Founder MR16 Consultoria

Marcelo Reis – Founder MR16 Consultoria

Por Marcelo Reis*

Em 2020 quando a OMS reconheceu a situação da COVID-19 como sendo uma pandemia, logo começou um movimento em que algumas pessoas negavam a seriedade da situação. Em alguns países, o estado de emergência demorou muito a ser reconhecido. Por este comportamento, os cenários mais realistas que apontavam para uma plena recuperação econômica mundial, em não menos de 2 anos, eram mal vistos e desacreditados. No entanto, agora, com 1 ano de pandemia é exatamente o que vem se mostrando real.

Esperar que o mundo volte a ser como antes é utópico. A nova normalidade já vem sendo implantada na prática, a forma de trabalhar, fazer negócios, consumir e gerir a vida mudou de forma definitiva. Neste artigo, separei alguns aprendizados, melhorias e também pontos de atenção que a COVID trouxe.

Varejo: sobrevivência depende de transformação

Logo no início de 2020 o comércio sofreu o impacto inicial e começou a pedir ajuda ao governo, que também não estava preparado para fornecer este tipo de socorro ao empresário. As empresas, principalmente as pequenas e médias, que ficaram “sentadas esperando que tudo fosse passar em 3 ou 6 meses”, e não se transformaram, quebraram. Sem fôlego financeiro muita gente fechou e, quem sobreviveu, tocou os negócios baseado no delivery.

O calendário comercial ficou mais “lento”, não teve a aceleração típica das datas sazonais ao longo do ano e nem o esperado pico de consumo em dezembro. O sentimento que se estabeleceu é de 2021 quase como uma continuação de 2020.

Online não é diferencial, é parte essencial da operação de qualquer empresa

O online entrou de vez na estratégia das empresas, não adianta pensar nele como uma parte isolada. O digital precisa ser parte do planejamento principal. A unificação da qualidade e tipo de atendimento ao cliente independente do canal foi um importante aprendizado.

Antes da pandemia, era comum o cliente ter um tipo de experiência na sua jornada de compra presencial muito diferente da ofertada pela mesma marca no canal online. Ou seja, dependendo da escolha do canal para compra, o cliente terminaria sem a mesma assistência, sem acesso à promoção ou sem a personalização do seu perfil de compra. Com clientes mais exigentes e conscientes de suas compras as marcas precisaram adequar e garantir a mesma qualidade em qualquer canal.

Logística como parte fundamental do sucesso nas vendas

As adaptações realizadas nos processos logísticos também acrescentaram qualidade na relação consumidor-marca. Podemos dizer que esta multicanalidade está funcionando bem no momento em que o cliente pede um produto pelo site e este pedido é encaminhado para a loja mais próxima da rede e em seguida, entregue. Não vai mais para um centro de distribuição localizado distante e que  acrescenta tempo de espera.

A relação entre grandes marcas e clientes era distante, cada um estava em uma ponta desta equação comercial, que era recheada de intermediários. Com o fechamento dos comerciantes que faziam esta ponte, as marcas entenderam que não tinham mais clientes pois na verdade eles eram dos lojistas e não das indústrias. Agora, o fornecedor vende direto para o consumidor final e se tornou também um concorrente do varejista, tornando ainda mais acirrado o mercado para o pequeno empresário.

 O consumidor mudou e mais do que nunca valoriza experiência

A queda no consumo reflete também uma mudança de hábito da população que está menos consumista. Antes, as pessoas iam aos shoppings passear e sempre saiam com uma sacola, muitas vezes sem nem saber direito o que estavam comprando. Do ponto de vista econômico, mantinha a roda girando e gerava empregos. Ao mesmo tempo, a compra sem necessidade é contraproducente do ponto de vista ambiental, também com muita geração de lixo.

Com esta mudança de comportamento, o desafio maior, fica na mão das categorias que sobreviviam massivamente das compras por impulso. Um bom exemplo são as papelarias e lojas de miudezas em que comprávamos algo no meio do caminho por lembrar que precisávamos, mas que não sairíamos de casa apenas em busca do item. Essas empresas precisarão encontrar novas formas de sobreviver.

O consumo cada vez mais vai migrar para a experiência, para o viver e aproveitar efetivamente o momento. Atualmente isto está na contramão da queda no turismo internacional. Contudo, a tendência já se apresenta na busca de turismo pelos moradores em suas próprias cidades. Os residentes locais estão explorando mais os hotéis, parques e atrações turísticas de sua região. No futuro, esta tendência se expandirá para além das fronteiras, na retomada do turismo internacional.

Relação vida X trabalho – A vida desacelerou, a qualidade de vida virou foco e agenda cheia não é mais sinônimo de produtividade

Todos nós nos transformamos muito como profissionais e como empresa no último ano. Uma coisa que veio para ficar foi o home office, híbrido ou integral. A desconfiança que se tinha sobre este modelo de trabalho desapareceu à medida que se mostrou eficaz. Grandes empresas estão adotando o home office.

Com o objetivo de ficar perto das suas famílias, muitas pessoas se mudaram para cidades do interior, muitas vezes longe das sedes das empresas. Quem fez este movimento, percebeu que poderia ter um custo mais baixo associado a uma melhor qualidade de vida, e não querem mais voltar ao modelo antigo. Vai ser um grande desafio para as empresas convencer os funcionários de voltarem ao modelo fixo no escritório. O modelo de home office ou trabalho de qualquer lugar é algo que veio para ficar.

Vemos a desaceleração da vida. Qualquer um de nós, que faça uma reflexão dos dois últimos anos, pode perceber que tínhamos uma vida extremamente agitada. Saíamos antes das 07h da manhã de casa, passávamos o dia nos movimentando entre trabalho, reuniões, almoços e outras atividades. Em algumas funções profissionais, isso incluía deslocamentos constantes entre cidades, inclusive com aeroportos em alguns casos.

O setor aéreo segue extremamente afetado, e as viagens de negócio praticamente desapareceram. A redução mais contundente foi nos vôos internacionais, mas com um grande declínio nos nacionais também. As pessoas começam a criar novos hábitos e as empresas precisam se adaptar a esta mudança toda. A maioria das viagens executivas que aconteciam foram substituídas e temos sobrevivido com ferramentas digitais, de forma 100% remota.

A necessidade de reunião presencial ficou provada em alguns casos, como conhecer clientes e fornecedores, para gerar uma conexão mais pessoal. Porém, o mesmo não aconteceu na esmagadora maioria dos encontros que demandavam esforço e dinheiro para se deslocar e reunir.

A agenda e a vida estão mais balanceadas para família e trabalho, aprendemos e agora quereremos ter tempo para fazer nossas coisas pessoais. As pessoas se desapegaram do vício de ter a agenda tão cheia que não sobrasse nem tempo para parar e fazer uma refeição ou respirar.

Os riscos do comodismo em longo prazo

No outro prato da balança, está um efeito colateral: se acomodar. Agora, para sair de casa para cumprir alguma tarefa presencial as pessoas precisam de um empurrão a mais, mais incentivo do que era necessário antes para sair da inércia. As pessoas estão questionando de forma mais forte a necessidade de estar presencialmente nos lugares. A necessidade do movimento passou a ser muito mais questionada.

Em longo prazo, este padrão de comportamento pode levar à prostração e a ausência de movimento começar a causar problemas de saúde ligados ao sedentarismo. A preocupação com a saúde física, com a atividade consciente e com a saúde mental precisam estar constantemente sob nossos olhos.

 Dependência de suprimentos estrangeiros fez indústrias repensarem as cadeias de suprimentos

Um aprendizado importante é que por mais que o conceito de globalização funcione, na hora de uma crise como é a pandemia, vale a defesa individual. Cada nação quis se proteger, cuidando de suas fronteiras, providenciando suas vacinas e adotando políticas protetivas.

A dependência de fornecedores internacionais se mostrou um “calcanhar de Aquiles” para muitos países que dependiam exclusivamente de compras da China e ligou um alerta significativo sobre buscar sua autonomia, ou soluções alternativas, caso não tenha importação em algum momento no futuro.

Ou seja, começamos a ver um patriotismo nas indústrias, visando garantir seus processos produtivos sem dependências extremas externas. Agora, as produções são pensadas com planos B, C e D para garantir que não pare.

Atenção ao planejamento

Vejo nas indústrias, especialmente as latinas, que sempre foram muito orientadas à ação, uma tomada de atenção para o planejamento estratégico com uma ênfase que não se via antes.

A análise de cenários ganhou força e passou a ser mais valorizada. A tomada de decisões baseada em projeções embasadas em previsões realistas, torna os rumos da empresa mais assertivos. Se a emoção dominava antes da pandemia, foi o planejamento quem manteve as empresas vivas durante o período.

*Founder MR16 Consultoria

TAGS: , ,

Deixe seu comentário

0

luiz castanhoPor Luiz Alexandre Castanha*

As abordagens de ensino têm sido aprimoradas no decorrer dos anos. Essa disrupção precisa ser acelerada ainda mais no ensino corporativo, tornando-o leve e prazeroso tanto para quem repassa as informações quanto para quem recebe.

Nessa jornada, principalmente em cursos e conteúdos a distância, recursos como gamificação, quizzes, realidade aumentada e virtual são utilizados com sucesso. É necessário ir além das abordagens acadêmicas tradicionais onde se utiliza a aprendizagem mecânica e exames! Chega de lidar apenas com conteúdos teóricos, memorização das aprendizagens e realização de exames.

O caminho que pode ser tomado é o de oferecer abordagens mais pragmáticas de aprendizagem. E um desses métodos modernos é o Aprendizado Baseado em Projetos (Project-Based Learning na sigla em inglês).

Esse tipo de aprendizagem dá aos alunos a oportunidade de desenvolver conhecimentos e habilidades por meio de projetos envolventes em torno de desafios e problemas que eles podem enfrentar no mundo real.

Na prática, instituições de renome mundial como Harvard já usam o Project-Based Learning em seus cursos de graduação. A Fundação Bill e Melinda Gates costuma incentivar a utilização da metodologia em escolas dos Estados Unidos. Na Europa também é comum haver o financiamento de projetos em todos os estágios de aprendizagem.

É uma revolução em relação ao que é proposto na estrutura cognitiva de outros métodos de aprendizagem. Ela se inicia com a Criação e termina com a Lembrança de aspectos e Habilidades importantes. Como então essa metodologia é capaz de revolucionar a aprendizagem? Confira a seguir:

1. Constrói soluções
A Aprendizagem Baseada em Projetos começa com o projeto e a construção de soluções que visam resolver os problemas da vida real, com os alunos motivados a criar um modelo que seja a solução de uma dificuldade enfrentada realmente.

2. Avalia a viabilidade
A Aprendizagem Baseada em Projetos treina professores e tutores para, juntos dos alunos, testarem a viabilidade do modelo construído – esta é a técnica de avaliação da segunda fase. Ela prega que os alunos avaliem a viabilidade, a examinando de acordo com a solução do problema real.

3. Examine e repita
Quando a avaliação é feita, os alunos são motivados a avaliar com atenção os projetos até atingirem o objetivo. A Aprendizagem Baseada em Projetos propõe que os alunos dividam as etapas e funções e se concentrem no sucesso do projeto.

4. Funcionalidade em outras áreas
A quarta etapa das técnicas de Aprendizagem Baseada em Projetos é explorar a funcionalidade do projeto e colocá-lo em prática, mesmo em um objetivo diferente do original.

5. Reconhecer os elementos multidisciplinares
No quinto estágio da Aprendizagem Baseada em Projetos, os facilitadores e os alunos juntos reconhecem todos os elementos multidisciplinares que foram utilizados. É quando os tutores conscientizam os alunos sobre diferentes habilidades e disciplinas utilizadas. Por exemplo, ao construir uma ponte, os conceitos de engenharia, bem como os físicos e arquitetônicos, são levados em consideração.

O sexto e último estágio da abordagem Aprendizagem Baseada em Projetos é perceber as conclusões importantes e significativas do modelo que eles construíram. É aqui que os alunos se lembram do que aprenderam e das habilidades que desenvolveram.

Alguns modelos mais antigos mostram uma hierarquia de aprendizagem. Mas, na realidade, não há um estágio de aprendizagem que esteja abaixo ou acima dos outros. Cada aluno tem uma mente dinâmica e a Aprendizagem Baseada em Projetos é projetada para manter os alunos no centro da abordagem, o que garante que eles adquiram conhecimento e habilidades pragmáticas em vez de apenas conceitos teóricos.

Você já tinha pensado em colocar esses conceitos em prática dessa maneira?

Administrador de Empresas com especialização em Gestão de Conhecimento e Storytelling aplicado à Educação*

TAGS: , ,

Deixe seu comentário

0

Ana-EmmerichPor Ana Paula Emmerich*

Falar sobre o crescimento do consumo digital ao longo dos últimos meses é, mais uma vez, constatar tudo que vimos ser diretamente impactado pela pandemia e pelo distanciamento social. A mudança de comportamento do consumidor para um mundo quase que integralmente on-line, a grande demanda gerada pelos e-commerces e os desafios logísticos desse cenário deixaram profundas marcas que, com certeza, farão parte do cotidiano da nossa cultura mercadológica daqui para frente.

Ao passar de 2020, vivenciamos diferentes fases e incertezas. Quando nos enxergamos socialmente afastados e postos diante de uma realidade antes desconhecida, tudo foi colocado à prova. Nessa fase inicial, experimentamos a especulação sobre o recuo da globalização. A pandemia possibilitou que muitos críticos da conectividade global acreditassem que sofreríamos uma crise sem precedentes, com a formação de blocos econômicos rivais, a volta da produção nacional, a criação de cadeias de suprimentos mais curtas e a expansão das indústrias nacionais essenciais.

Contudo, como grande ensinamento, tornou-se quase palpável que a globalização está mais viva do que nunca. O consumo digital global, o comércio e a logística funcional ganharam forma e foram as grandes forças locomotoras desse período que ainda vivenciamos. Com base nesse entendimento macro, esmiuçar as mudanças de hábitos do consumidor digital e a chegada permanente do alto número de compras on-line torna-se viável e necessário.

O crescimento da utilização dos e-commerces é um fato, e a curva do aprendizado logístico nesse curto período é positivamente notória, o que prova, mais uma vez, a tremenda força da globalização. Além disso, o comércio digital estimulou também o e-commerce cross-border, e o que, antes, tratava-se de uma tendência, hoje podemos chamar de realidade.

O consumo eletrônico superou as barreiras transfronteiriças no Brasil e, ao final do último ano, o País fechou sua balança comercial com um superávit de US$ 50,9 bilhões. Circunstância, essa, possibilitada devido aos estudos dos cenários econômicos globais, à preparação de plataformas para o recebimento das novas demandas e à escolha de melhores operadores logísticos pelos comerciantes.

Ou seja, a cadeia logística integrada tornou-se fundamental nesse processo, e a “entrega de última milha”, também conhecida como last mile, ganhou uma notoriedade ainda maior. Com a centralização de poder nas mãos do consumidor, outra tendência que agora se encontra como realidade de mercado, essa etapa, que consiste no trajeto entre os centros de distribuição dos vendedores até a entrega final na porta do cliente, passou a fazer parte determinante na rotina das lojas e dos consumidores on-line. Além de ser uma barreira no processo logístico brasileiro, qualquer possível problema na “entrega de última milha” pode impactar diretamente o relacionamento, a satisfação e a fidelidade do consumidor com a marca.

Assim, vale ressaltar uma vez mais que, para evitar transtornos, perda de lucros e clientes, o planejamento logístico é o diferencial. Pesquisar, analisar, comparar valores e tempo de trânsito tornaram-se parte essencial do processo de vendas, bem como estar alinhado com todas as alternativas que apareceram no mercado exclusivamente para essa etapa “de última milha”. Motocicletas, bicicletas, drive-thrus, drones, e-boxes e pick-up stores são algumas das possibilidades que ganharam destaque no ano passado.

Esse cuidado na relação com o consumidor, com suas demandas no centro das operações, fez com que, além da atenção reforçada à last mile, outra necessidade surgisse: a preocupação com a logística reversa. Segundo pesquisa do Conselho de Logística Reversa Brasileira, mais de 75% dos compradores pesquisam os detalhes de como o retorno do produto poderá ser realizado, caso haja necessidade de devolução ou troca. Todo esse processo passou a demandar proporcionalmente mais agilidade e eficiência de qualquer plano logístico já existente antes de a realidade ser impactada pela pandemia.

Com isso, datas de altos picos de vendas, como a Black Friday e o Natal também tiveram destaque em 2020. De acordo com o Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA), no feriado religioso, por exemplo, o e-commerce cresceu 15,5%, em comparação ao mesmo período de 2019. Consequentemente, com o mercado já fortemente aquecido, devido ao distanciamento social e ao crescimento do consumo digital, foi possível acompanhar o fortalecimento das novas tendências que passarão a ser vistas além de 2020.

O “esquenta” para os períodos de alta no e-commerce, a necessidade de preparação logística com mais antecedência, para suprir todas as demandas dos clientes, a automatização de processos e políticas de envio de remessas e o mercado cada vez mais competitivo são apenas alguns dos pontos que foram trazidos como aprendizado nos últimos meses e que, agora, tornaram-se parte integrante da cadeia de consumo. Assim, é possível dizer que, apesar das dificuldades, a passagem do último ano foi de extremo crescimento para o setor. Evidenciando, mais uma vez, que contar com um parceiro logístico com experiência e qualidade na entrega nacional e internacional tornou-se um pré-requisito para um ótimo desempenho ao longo deste e dos próximos anos.

*Gerente comercial & eCommerce da DHL Express.

 

TAGS: , ,

Deixe seu comentário

0

unnamedPor Dani Verdugo*

A Inclusão Trans ainda representa um tabu para inúmeras instituições – é um fato. Apesar disso, cada vez mais discute-se acerca de sua importância – o que acaba por acarretar, gradativamente, o surgimento de oportunidades formais no País neste sentido.
No período de um ano – janeiro de 2020 a janeiro de 2021 – a plataforma Transempregos, por exemplo, conquistou um crescimento de 315%. Além disso, empresas de grande porte das mais diversas nacionalidades têm investido na seleção e retenção de profissionais transgênero – independentemente do setor.

Mas a verdade é que, apesar da crescente evolução do mercado de trabalho em direção ao respeito à diversidade, muitos indivíduos ainda sentem o acanhamento no momento do processo seletivo, entre outras situações – dado o histórico de discriminação sofrido por estes profissionais.

Com vistas a reduzir esse tipo de desafio, estados como São Paulo e Rio de Janeiro têm oferecido projetos que visam o suporte para o desenvolvimento desses candidatos. O intuito é restaurar sua autoestima e retirá-los do cenário de vulnerabilidade – ainda tão pungente.

Um exemplo é o programa Transcidadania, que existe há 13 anos. A iniciativa da Secretaria Municipal de Direitos Humanos de São Paulo concentra-se na progressão escolar e na capacitação de trans e travestis. Ao todo, são 510 vagas distribuídas na capital paulista, e os participantes recebem uma bolsa mensal no valor de R﹩ 1.097,25.

A deputada estadual Renata Souza (PSOL), do estado do Rio de Janeiro, apresentou um projeto de lei que propõe obrigatoriedade, a empresas privadas que recebem incentivos fiscais, de reserva de 5% de suas vagas para travestis e transexuais.

Frente a tantos percalços, o que precisa ser ressaltado aqui é o fato de que contratar candidatos transgênero não deve ser encarado como um favor – porque, de fato, não é. Afinal, trata-se de um profissional como outro qualquer, que, no fim das contas, representa a mesma possibilidade de lucro para a organização a que presta seus serviços.

*Empresária e headhunter, atua com Executive Search na THE Consulting

TAGS: ,

Deixe seu comentário

0

Vivaldo-José-Breternitz-MackenziePor Vivaldo José Breternitz*

Os profissionais da área de Tecnologia da Informação, já há algum tempo, percebiam que os serviços de cloud computing (computação na nuvem) cresciam, mas muitos deles devem ter sido surpreendidos pelos resultados trazidos por uma pesquisa do Synergy Research Group: em 2020, os gastos com esses serviços superaram aqueles que as empresas tiveram com plataformas próprias de computação.

Os números são ainda mais surpreendentes quando se observa que os valores relativos a serviços na nuvem cresceram 35%, chegando a quase US$ 130 bilhões. Enquanto isso, os gastos com estruturas próprias caíram 6%, para menos de US$ 90 bilhões.

É a primeira vez que isso acontece; até 2019, os valores aproximadamente empatavam; uma das explicações dadas para o fenômeno é a pandemia, que estaria levando as empresas a terem estruturas próprias mais leves.

Os valores despendidos com plataformas próprias, compreendem servidores, armazenamento de dados, serviços de rede e segurança, além de software necessário ao funcionamento de toda essa infraestrutura.

É importante, porém, registrar que esses números divergem dos apresentados pelo Gartner, respeitado grupo de consultoria, cujas pesquisas gozam da confiança dos profissionais da área, e que afirma serem os gastos com processamento na nuvem, apesar de estarem crescendo, muito menores que aqueles feitos com plataformas próprias.

De qualquer forma, o tema deve ser acompanhado por todos aqueles que tem responsabilidades de gestão na área. Carreiras também podem ser afetadas, pois, em tese, serão necessários menos operadores de computador e analistas de redes e bancos de dados.
Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie*

TAGS: , ,

Deixe seu comentário

0

juliobastosPor Julio Bastos*

Neste ano, o Dia do Consumidor (15 de março) também será lembrado pela mudança verificada no comportamento da população na hora da compra diante dos desafios do “Novo Normal”. Com o isolamento social e a necessidade de fugir das aglomerações, os consumidores estão pesquisando mais na Internet antes de ir às compras, para economizar o tempo e dinheiro.
“Hoje, os consumidores brasileiros, mesmo imediatistas, pesquisam primeiro, tomam decisão e já chegam com a lista de compra pronta no ponto de venda, buscam objetividade e rapidez”, afirma Julio Bastos, head comercial da agência de marketing promocional C2C – Close to Consumer. “Por questões de saúde, ele não quer mais ficar passeando nos corredores de supermercados ou no ambiente com muitas pessoas por muito tempo experimentando e escolhendo produtos”.

Para o executivo, é preciso que o varejo evolua para atender esses consumidores mais conscientes que não têm hábito de utilizar o e-commerce por uma série de complicadores, como prazo e taxa de entrega, mas começam a jornada de compra no online e terminam na loja física, o chamado “fígital”.

Por isso, os lojistas devem focar em quatro pontos estratégicos para proporcionar mais facilidade e recepção diferenciada aos consumidores:

– Melhorar a exposição no ponto de venda para que o consumidor possa encontrar fácil e rapidamente os produtos nas gôndolas, principalmente os mais essenciais, sem ter que percorrer toda loja.

– Criar ações para encantar o consumidor oferecendo produtos que deseja e serviço que faça ele se sentir bem atendido e de forma ágil e segura.

– Contar com colaborador treinado no ponto de venda para esclarecer dúvidas e eliminar objeções do consumidor sobre produtos que pesquisou na Internet.

– Oferecer oportunidades para que o shopper possa ter boa experiência de compra, com promoções de produtos de sua preferência e facilidades.

Muitos estabelecimentos já começam a enxergar saídas para que o seu cliente seja atendido como ele quer, da forma que quer e com a linguagem que quer ouvir, observa Bastos. “Vemos serviços de delivery que levam ao consumidor que evita sair de casa aquele vinho que ele gosta de beber, itens sazonais que não podem faltar nas datas especiais como ovo de Páscoa e até refeição de restaurante. Pois as restrições de circulação estão aumentando, mas o consumidor não vai deixar de comprar”, conclui.

 

Head comercial da agência de marketing promocional C2C – Close to Consumer*

TAGS: , ,

Deixe seu comentário

0

pexels-chokniti-khongchum-2280571

Crédito: Chokniti Khongchum

Manter a equipe motivada foi o grande desafio dos líderes e gestores no ano passado. A pesquisa Tendências Globais de Capital Humano da Deloitte 2020 observou que, embora as organizações sejam responsáveis apenas pela segurança física dos trabalhadores, 96% dos entrevistados dizem que o bem-estar é uma responsabilidade organizacional.

Em um cenário como o da pandemia de covid-19, as lideranças precisaram lidar com mudanças imprevisíveis. Quem se destacou teve que demonstrar sabedoria, resiliência e empatia, características fundamentais para engajar equipes diante de tantas instabilidades no âmbito profissional e pessoal.

Em 2021, os desafios continuam. Para Renata Motone, Consultora de Seleção da Luandre Middle, divisão que trabalha vagas de média e alta gestão, as habilidades dos gestores ganham uma nova característica: a de promoção de um ambiente estável e harmonioso para a equipe.

“Dar condições técnicas e construir um ambiente saudável para promover um bom desempenho profissional dos colaboradores é papel do gestor. Terá destaque aquele que conseguir alavancar resultados positivos por meio de uma gestão mais humanizada e compatível com o cenário atual”, afirma Renata. A especialista também aponta cinco ações necessárias na estratégia de liderança em 2021, confira:

1 – Se colocar à disposição

Foi-se o tempo em que os colaboradores não tinham acesso direto aos seus gerentes. Para construir uma base de confiança e troca colaborativa dentro do ambiente profissional, o gestor precisa se colocar à disposição de todos para construir uma relação mais próxima com sua equipe.

“Geralmente o andamento do trabalho era prejudicado pelo distanciamento da liderança com a equipe, ocasionando um medo no colaborador de se direcionar ao seu superior direto. Um líder próximo e acessível pode acelerar o andamento dos projetos com efetividade, além de contribuir para um clima que favoreça o diálogo”, diz Renata.

2 – Criar um plano de ação baseado em metas semanais

Para que todo o time esteja a par das necessidades da empresa, é papel do gestor traçar metas semanais. Renata, salienta a importância de metas semanais tangíveis: “fazer um planejamento estratégico mensal é fundamental, mas alterá-lo semanalmente com metas definidas, de acordo com as necessidades da semana, gera rendimento e engajamentos melhores”.

3 – Se especializar e atualizar constantemente

Estudos e preparação são importantes em qualquer área de atuação. Em 2020 o profissional que se especializou teve grande destaque. “Um gestor sempre precisa se atualizar de acordo com as principais mudanças do mercado. Quem acredita saber demais não está apto para gerir uma equipe de sucesso”, comenta a especialista.

4 – Estar atento às necessidades individuais

Um time só conclui projetos se estiver bem individualmente. Um gestor precisa ter escuta ativa com todos a sua volta. “Não se trata de colocar o individual acima do coletivo, mas ouvir as necessidades de seus colaboradores pode ser o caminho para gerar confiança, já que o rendimento da equipe depende do potencial do profissional”, comenta Renata.

5 – Transmitir segurança

Diante de um ano repleto de instabilidades no âmbito emocional, pessoal e financeiro, o colaborador em 2021 busca mais segurança para desenvolver um trabalho eficaz.

O líder de destaque neste ano, segundo Renata, será aquele que transmitirá a sensação de estabilidade para a equipe. “O papel da liderança é criar um ambiente o menos estressante possível, para demonstrar que, mesmo que o contexto mundial ainda não seja o melhor, o colaborador tem a tranquilidade para desenvolver um bom trabalho”, conclui.

TAGS: , ,

Deixe seu comentário

BUSCA

CATEGORIAS

SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

ARQUIVO

IBGE importação Perspectivas Oportunidade CNI PIB máquina Revista P&S Evento #blogindustrial Pesquisa inovação Feira Internacional da Mecânica Meio Ambiente Industrial #revistaps Artigo FIESP Investimento meio ambiente sustentabilidade Lançamento máquinas e equipamentos mercado Economia Feimafe tecnologia Feira indústria Site P&S Radar Industrial