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Artigo “Termine-se a festa antes que a bolha do Brasil estoure” publicado no jornal Financial Times discute a os rumos da economia brasileira e faz alusão a uma bolha, caso o País não providencie reformas estruturais, como frear o consumo.

“Inevitavelmente, essa combinação de moeda forte, euforia dos investidores estrangeiros, aumento do consumo e gargalos que sufocam a capacidade de responder à crescente demanda torna tudo mais caro. Enquanto o Brasil permanece uma nação muito pobre, é atualmente uma das mais caras do mundo”, afirma o autor, Moisés Naim, ex-editor-chefe da revista “Foreign Policy” e hoje é associado da Carnegie Endowment for International Peace.

Naim afirma, por exemplo, que alugar um escritório no Rio de Janeiro está ficando mais caro do que em Nova York. Ele ainda diz que a presidente Dilma Rousseff devia “tomar medidas hoje para desaquecer a economia, mesmo que isso envolva decisões impopulares”. Caso ela não faça nada agora, diz ele, “os mercados financeiros irão, no momento apropriado, impor as correções necessárias de um modo mais brutal”.

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 O artigo de João Francisco Salomão, presidente da Fieac – Federação das Indústrias do Estado do Acre,  afirma que a grande contribuição do universo corporativo ao atual momento da economia brasileira é a consciência de que não se deve aproveitar a economia aquecida, a confiança dos consumidores e a demanda em alta para ganhar no preço. Mais do que nunca, é hora de apostar na produção.

João Francisco Salomão*

O ferrenho combate à inflação, com o qual se comprometeu a presidente Dilma Rousseff, não cabe somente ao governo. Trata-se de causa nacional, cujo sucesso depende muito do engajamento da iniciativa privada. Empresas e entidades de classe de todos os setores devem posicionar-se no sentido de exigir a contenção dos gastos públicos, que alimenta uma ciranda financeira invisível aos olhos da sociedade, e o melhor gerenciamento e controle dos preços administrados, como os dos transportes, que puxam majorações em escala nas distintas cadeias produtivas.

Em paralelo a essa ação político-participativa, contudo, a grande contribuição do universo corporativo é a consciência de que não se deve aproveitar a economia aquecida, a confiança dos consumidores e a demanda em alta para ganhar no preço. Mais do que nunca, é hora de apostar na produção. Somente assim, será possível consolidar um dos mais profundos processos de transformação socioeconômica de toda a História do Brasil, que foi, sem dúvida alguma, a inclusão de cerca de 30 milhões de habitantes nos benefícios da economia, em menos de uma década.

Somos, hoje, um país predominantemente de classe média, a qual representa 52% de toda a população.

         Investir na inflação, desencadeando uma descabida, inconsequente e patológica tendência de majoração dos preços, seria um imenso retrocesso. Significaria uma atitude oportunista, destruidora de tudo o que se construiu desde o Plano Real, a partir de 1994, quando o Brasil venceu a inflação, criando condições para que desenvolvêssemos uma verdadeira economia de mercado, atraíssemos mais investimentos, conquistássemos o investment grade, promovêssemos a inclusão social de milhões de pessoas e vencêssemos antes de todas as nações a grave crise de 2008 e 2009.

         Foram conquistas concretas empreendidas nos governos de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, ambos emergentes da grande mobilização nacional em prol das “Diretas Já”, em 1984. Independentemente da grande rivalidade e das disputas atuais entre PT e PSDB, os dois partidos, no exercício do poder, concretizaram mudanças importantes, consentâneas com os valores agregados à democracia almejada pelo povo brasileiro. Ou seja, a presente conjuntura econômica brasileira, bastante positiva no contexto da globalização, é fruto de um processo político profundo.

         Assim, é necessário elevado espírito político de toda a sociedade, na mais ampla acepção dessa atitude cívica, no sentido de preservar a essência de um singular avanço histórico. A melhor alternativa é apostar na produção, na economia de mercado e no crescimento do PIB, por meio de um saudável equilíbrio entre a demanda e a oferta de produtos. Temos uma indústria avançada, agropecuária desenvolvida e estrutura cada vez mais moderna no setor de serviços. Portanto, vamos dizer não à inflação, abastecendo nosso grande mercado interno com a prática de preços justos e ajuizados!

 *João Francisco Salomão é o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre — FIEAC (salomao@fieac.org.br).

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Ivan Postigo, diretor de gestão empresarial, em seu artigo abaixo,chama à reflexão sobre a importância de uma marca inserida em um mercado tão competitivo quanto o atual. O especialista ratifica que uma marca pode ser responsável por mudanças de comportamento e na inserção na cultura de uma nação.

Supremacia das marcas: Marcas líderes cada vez mais líderes

Em alguns segmentos de negócios a força da marca é fundamentalmente a chave para o sucesso.

No mercado já não há espaço para todo mundo, pois o avanço tecnológico cada dia mais elimina as possíveis diferenças técnicas. Isso é um fato incontestável, mas ainda há muitos gestores que negligenciam o fato.

Marcas se sobressaem por atenderem a princípio os interesses globais e posteriormente as diferenças. Isso é que as torna únicas, não ficando presas ao lugar comum.

O que diferencia as marcas líderes das semelhantes, das cópias, das covers é justamente sua identidade.

Marcas carregam a história de seu nascedouro e da sua trajetória que também fez história. Marcas mudam comportamentos e se inserem na cultura de uma nação.

No valor de mercado de muitas organizações está o ativo intangível, representado também pelo valor econômico de sua marca, que muitas vezes significa mais cinquenta por cento.

É fácil notar que única diferença entre as empresas concorrentes tem se estabelecido na gestão das marcas. A liderança das marcas faz de suas detentoras líderes de mercado, tornado-as fortes concorrentes onde quer que atuem.

Esse patrimônio é obtido com o desenvolvimento da cultura do sucesso.

A cultura do sucesso é mantida com resultados econômicos e financeiros favoráveis que permitem atrair e reter o capital intelectual.

O capital intelectual carrega valores excepcionais, pois está sob o domínio de pessoas competentes, confiáveis, saudáveis, e eficientes que tornam a empresa criativa e produtiva.

Os concorrentes não se deparam apenas com uma empresa, uma marca, mas com um conceito reverenciado, uma cultura aceita, admirada e, muitas vezes, amada.

Uma marca não se faz com um risco, um traço, um logo, uma cor, mas com criatividade, conhecimento de mercado, atendimento a desejos e ansiedades, relacionamentos, interação, aprendizado contínuo, visão de futuro, respeito a crenças e valores e adição de competência.

Uma empresa que cultiva e se dedica ao sucesso da marca desenvolve forte trabalho na área de recursos humanos para ter uma organização com um ambiente estável e seguro, onde a eficiência e a eficácia reinem.

A diversidade que internamente cria se torna a unidade que externamente concorre.

Ainda que sem perceber, pela própria cultura, seus gestores procuram meios para atrair, motivar talentos, encorajar a participação, e manter a paixão e aderência aos valores e crenças da organização.

Por essas razões, que não são poucas e muitas vezes difíceis de entender, afinal há muita subjetividade no processo, marcas líderes se apresentam cada vez mais líderes.

É verdade que alguns estudiosos podem não concordar com este ponto de vista, afinal há defensores que um dia o mundo não terá marcas, nem logos, mas é fácil obter uma boa dose de realidade: basta ir ao mercado competir.

Veja que disse competir, pois poucos terão a oportunidade de concorrer!

Ivan Postigo,Diretor de Gestão Empresarial.Postigo Consultoria Comunicação e Gestão.

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A reforma essencial

João Francisco Salomão*

Em 2011, a Constituição de 1988 completará 23 anos. Desde sua promulgação, preconiza-se a realização de reformas estruturais para corrigir algumas de suas distorções. Os próprios constituintes reconheciam a necessidade desse aperfeiçoamento. Tanto assim, que o capítulo das disposições transitórias da Carta previa facilidades para o trâmite de emendas no período subseqüente de cinco anos, com aprovação por maioria simples, em sessão conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados.  Perdeu-se a oportunidade, pois, extinguido o prazo, passaram a vigorar dois turnos de votações em cada uma das casas legislativas e necessidade de voto favorável de dois terços dos parlamentares.

Durante mais de duas décadas, ante a impossibilidade de um acordo político com olhar nacional e acima dos interesses partidários e de grupos, adotaram-se medidas paliativas para atenuar graves problemas, como o sistema tributário oneroso e burocrático, os altos custos dos encargos trabalhistas, o crescente déficit previdenciário e os exagerados gastos do setor público. Essas questões não resolvidas são os grandes obstáculos ao pleno desenvolvimento brasileiro. Assim, mesmo considerando os avanços da economia e o ritmo de crescimento de nosso PIB, não há exagero em afirmar que o País estaria muito melhor se tivesse empreendido todas essas reformas estruturais.

A grande pergunta refere-se ao porquê de não ter realizado. A resposta é inequívoca: porque faltou fazer a principal reforma: a política, essencial para mitigar o vício do fisiologismo, das negociações espúrias, do tráfico de influência e dos acordos partidários selados ao léu de ideologias e do bem maior do Brasil, apenas para atender e acomodar interesses de pessoas, grupos, partidos e acordos de bastidores referentes ao poder. Essas distorções refletem-se no Executivo e no Legislativo, com exagerada interferência, nem sempre transparente, na agenda de prioridades nacionais, prejudicando muito os setores produtivos, reduzindo o potencial de crescimento e limitando os investimentos e a criação de empregos.

Assim, é fundamental que se realize, com urgência, a reforma política. Para melhorar muito todos aqueles problemas, há alguns pontos prioritários, que reduziriam as possibilidades de acordos sub-reptícios, atenuariam o fisiologismo e impediriam que a agenda produtiva e econômica fosse demasiadamente prejudicada. Dentre os itens prioritários está a valorização dos partidos políticos, com maior respeito aos seus programas, mais transparência e rigor no processo de financiamento de campanhas e voto distrital misto para as eleições proporcionais, ampliando o compromisso direto do deputado com sua base eleitoral e a fiscalização de seus atos por quem lhe concedeu o voto.

Considerando a importância da reforma política e a expectativa de que ela viabilize as demais (tributária/fiscal, trabalhista e previdenciária), é animador o resultado da recente pesquisa que indica ser a medida uma aspiração de 66% dos parlamentares empossados em fevereiro. Que a positiva disposição não se perca na mesmice de tantas outras legislaturas e seja reforçada por firme atitude da presidente Dilma Rousseff no sentido de que a Nação conte com esse imprescindível avanço institucional e democrático!

*João Francisco Salomão é o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre — FIEAC (salomao@fieac.org.br).

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*Por José Carlos Teixeira Moreira

O nome não ajuda muito mas a área é responsável por quase 8 vezes o PIB do Brasil.

Os negócios entre empresas representam a base da riqueza de um país e dão vida a tudo o que acontece no consumo lá na frente.

No início dos anos 70, o que se ouvia de marketing tinha a ver apenas com bens de consumo. Acadêmicos e especialistas alertavam executivos das multinacionais para a não existência do marketing industrial, e diziam: se existir é o patinho feio do marketing.

Nos dias de hoje os novos conceitos e saberes práticos oriundos das relações entre empresas são considerados, nos meios empresariais mais atentos, como o que há de mais provocador e inspirador no continente do marketing moderno.

O marketing aplicado aos negócios entre empresas cuida do que chamamos da geração e produção de riquezas – aliás o que sugere a etmologia da palavra indústria – enquanto o marketing aplicado ao consumo é voltado para o usufruir da riqueza.

Ambas dimensões são indissociáveis. Uma não existe sem a outra, até porque o que interessa realmente é que as pessoas, como autoras da Sociedade, possam se sentir melhores e mais capacitadas para a realização de seus desejos e sonhos.

Essas duas buscas – sentir-se melhor e mais realizado – está no íntimo de todo ser humano em qualquer cultura.

Empresas, sejam do porte que forem, produzindo o que acharem que deve, só fazem sentido se estiverem compromissadas com aquelas duas aspirações humanas.

O mundo do marketing entre empresas cuida de toda a cadeia de produção de modo a torná-la  uma cadeia de valor no foco dos três principais stakeholders, pilares de um empreendimento que pretende crescer, ser admirado e prosperar: clientes, colaboradores (funcionários, fornecedores, distribuidores, revendedores e provedores) e acionistas.

As empresas quando buscam quem os atenda, identifica projetos nos quais o bem ou serviço a ser comprado se transforme em um ingrediente fundamental para o produto que será fornecido para os seus clientes. Por conta disso, o mundo do marketing industrial reune e orquestra todas as funções da Administração: Finanças, Produção, Sistemas, Logística, Recursos Humanos e o próprio Marketing/Vendas do cliente.

Isto requer do profissional de Marketing Industrial alguém muito bem formado e sagaz para antever e propor estratégias empresariais que façam o cliente mais equipado para o seu mercado e blindado contra a concorrência predadora.

Observando com muito interesse os mais emblemáticos profissionais da área saltam aos olhos alguns atributos pessoais realmente primorosos:

•são impecáveis no cuidar de sua credibilidade e da empresa que representam;

•são extremamente disponíveis para o cliente, mantendo uma distância amorosa no lidar com a intimidade nos negócios;

•mostram uma forma genuína de estar junto com as pessoas, em todos os níveis da sua organização e daquela do seu cliente;

•movidos pelo prazer de vender, fazem o que fazem cuidando de todos os detalhes, equilibrando o que deve ser gratuito e o que deve ser remunerado;

•todos são, nas suas empresas, muito considerados e candidatos preferenciais para a alta administração.

Os brasileiros têm se destacado como figuras ideais para esse papel.

Uma das razões é o trânsito cultural, isto é, a facilidade de se sentirem em casa nas diferentes culturas, respeitando suas singularidades.

Esse predicado, emoldurado pela hospitalidade, reconhecida por todos os estrangeiros que por aqui passam, dão o molho essencial quando se trata de conjugar interesses de pessoas de múltiplas origens e motivações.

É por isso, por esse diapasão que dá tom entre pessoas, que o marketing industrial não separa gente da técnica comercial. Tudo se dá entre pessoas, até porque empresa não existe.

Por isso, uma maneira muito adequada de nomearmos o Marketing Industrial é escrevermos assim: maRHketing.

Nos últimos anos muitas empresas brasileiras e outras estrangeiras atuando aqui, vem apresentando um desempenho exemplar no ambiente CNPJ to CNPJ.

Um punhado delas, movidas pelos conceitos que foram por essas bandas desenhados, vão mostrando resultados tão expressivos que seus modelos correm o mundo e são tomados como referência.

Um dos aspectos que merecem ser pontuados é o fato de que, para elas, o marketing que professam tem como pressuposto que o ser humano é analógico e não digital. Gente é processo e não um On-Off.

Cliente é sempre um co-autor, nunca um usuário. Usuário é para droga.

Sendo um co-autor, uma vez que qualquer coisa só dá certo se alguém souber corretamente “pilotá-la” como o esperado, o contexto de cooperação se sobrepõe ao de competição.

Só isso já bastaria para nocautear o disseminado e superado conceito de competividade.

Quando o contexto induz à cooperação a competição é superada. Resgata-se o que é básico para a Economia funcionar: a Confiança. Confiança é o mesmo que riqueza.

Esse é o mantra do Marketing Industrial: se eu deixo esgarçar a confiança tudo o mais vira apenas conveniência, e conveniência quer dizer preço.

Preço é apenas uma informação psicológica entre fornecedor e comprador. Quando o  preço se torna o grande quesito é porque o valor percebido não existe mais.

Marketing Industrial é sinônimo de Valor Percebido; aliás foi o Instituto de Marketing Industrial que no início dos anos 90, nos seus elogiados Fóruns de Setembro em SP, levantou essa bandeira que hoje flamula por aí.

Marketing Industrial é um sistema que parte de ideias, de propostas, de processos, de ações, de desempenhos notáveis que levam clientes a preferir, escolher, promover e remunerar de maneira justa uma empresa diante das demais.

O profissional de marketing industrial é acima de tudo, um admirável gestor; alguém que cria, desenvolve e mantém empreendimentos de sucesso.

*José Carlos Teixeira Moreira, presidente da JCTM Marketing Industrial e da Escola de Marketing Industrial  –

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Entenda um pouco mais sobre o MDIC para este ano,no artigo a seguir, cujas ações  mexem diretamente com a economia brasileira.Por Juan Quirós*

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) é estratégico para a remoção dos empecilhos às atividades produtivas, fomento da iniciativa privada, modernização crescente da economia e competitividade do Brasil e suas empresas no comércio exterior. Trata-se, portanto, de um organismo articulador da interação entre os setores público e privado e de ações e políticas voltadas àqueles objetivos, perante pastas como a da Fazenda, Planejamento e Ciência e Tecnologia, bem como autarquias, empresas de economia mista e bancos oficiais.

Definem-se, assim, as vocações do MDIC. Mais do que nunca, dada a afinidade política e pessoal do ministro Fernando Pimentel com a presidente Dilma Rousseff, o órgão tem condições de cumprir seu importante papel, como ocorreu no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando foi um dos principais responsáveis por uma série de medidas de estímulo ao crescimento e pelo grande salto das exportações no período.

Na presente conjuntura econômica nacional e mundial, são duas as prioridades: defesa comercial e apoio à indústria. Atendê-las é um intrincado desafio para o Ministério, a começar pelo fortalecimento de seu Departamento de Defesa Comercial. O Brasil não pode continuar exposto à verdadeira guerra cambial “declarada” pela China e, de modo mais discreto, encampada pelos Estados Unidos e outros países. Ademais, a subvalorização de algumas moedas soma-se, em algumas nações, a práticas pouco civilizadas e estranhas às leis de mercado, como salários abaixo da linha da dignidade, despreocupação ambiental, subsídios estatais exacerbados e descuido com o controle de qualidade. Tudo isso estabelece concorrência desigual com os produtos brasileiros.

Como se não bastasse, nossas empresas ainda enfrentam as agruras do “Custo Brasil”, composto principalmente pelos juros e tributos muito altos, os encargos incidentes sobre os salários e a deficiência da infraestrutura de transportes. Há, ainda, a crescente e insensata guerra fiscal entre os Estados, travada à revelia do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária). Acrescentam-se ao “pacote” de nossas desvantagens competitivas as amarras da burocracia.

Cabe ao MDIC atuar com firmeza no sentido de mitigar esses obstáculos. Para isso, são imprescindíveis articulações no sentido de que se realizem as reformas tributária/fiscal e trabalhista, desonerando-se a produção, bem como o fomento de uma eficiente política de exportações, para uma nova arrancada das empresas no mercado internacional. Neste particular, é premente o fortalecimento da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Outra ação urgente é tirar do papel e colocar em prática a política industrial que contabiliza poucos resultados práticos até hoje, pois ela é importante para a estratégia de atração de novos investimentos produtivos.

Como se percebe, é substantiva a agenda da Pasta, que precisa posicionar-se como ombudsman do governo para auscultar os setores produtivos e funcionar como um facilitador do mundo corporativo na emaranhada estrutura da máquina estatal. Caso o MDIC não responda a essas expectativas inerentes ao seu “DNA”, os empresários procurarão outros interlocutores na Esplanada dos Ministérios, como ocorreu em passado recente. Isto seria péssimo, pois segmentaria sobremaneira o diálogo entre os setores público e privado, dificultando a implementação de medidas primordiais para o País.

*Juan Quirós é empresário e presidente, do Grupo Advento e vice-presidente da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e da ABDIB (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base)

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) é estratégico para a remoção dos empecilhos às atividades produtivas, fomento da iniciativa privada, modernização crescente da economia e competitividade do Brasil e suas empresas no comércio exterior. Trata-se, portanto, de um organismo articulador da interação entre os setores público e privado e de ações e políticas voltadas àqueles objetivos, perante pastas como a da Fazenda, Planejamento e Ciência e Tecnologia, bem como autarquias, empresas de economia mista e bancos oficiais.

Definem-se, assim, as vocações do MDIC. Mais do que nunca, dada a afinidade política e pessoal do ministro Fernando Pimentel com a presidente Dilma Rousseff, o órgão tem condições de cumprir seu importante papel, como ocorreu no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando foi um dos principais responsáveis por uma série de medidas de estímulo ao crescimento e pelo grande salto das exportações no período.

Na presente conjuntura econômica nacional e mundial, são duas as prioridades: defesa comercial e apoio à indústria. Atendê-las é um intrincado desafio para o Ministério, a começar pelo fortalecimento de seu Departamento de Defesa Comercial. O Brasil não pode continuar exposto à verdadeira guerra cambial “declarada” pela China e, de modo mais discreto, encampada pelos Estados Unidos e outros países. Ademais, a subvalorização de algumas moedas soma-se, em algumas nações, a práticas pouco civilizadas e estranhas às leis de mercado, como salários abaixo da linha da dignidade, despreocupação ambiental, subsídios estatais exacerbados e descuido com o controle de qualidade. Tudo isso estabelece concorrência desigual com os produtos brasileiros.

Como se não bastasse, nossas empresas ainda enfrentam as agruras do “Custo Brasil”, composto principalmente pelos juros e tributos muito altos, os encargos incidentes sobre os salários e a deficiência da infraestrutura de transportes. Há, ainda, a crescente e insensata guerra fiscal entre os Estados, travada à revelia do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária). Acrescentam-se ao “pacote” de nossas desvantagens competitivas as amarras da burocracia.

Cabe ao MDIC atuar com firmeza no sentido de mitigar esses obstáculos. Para isso, são imprescindíveis articulações no sentido de que se realizem as reformas tributária/fiscal e trabalhista, desonerando-se a produção, bem como o fomento de uma eficiente política de exportações, para uma nova arrancada das empresas no mercado internacional. Neste particular, é premente o fortalecimento da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Outra ação urgente é tirar do papel e colocar em prática a política industrial que contabiliza poucos resultados práticos até hoje, pois ela é importante para a estratégia de atração de novos investimentos produtivos.

Como se percebe, é substantiva a agenda da Pasta, que precisa posicionar-se como ombudsman do governo para auscultar os setores produtivos e funcionar como um facilitador do mundo corporativo na emaranhada estrutura da máquina estatal. Caso o MDIC não responda a essas expectativas inerentes ao seu “DNA”, os empresários procurarão outros interlocutores na Esplanada dos Ministérios, como ocorreu em passado recente. Isto seria péssimo, pois segmentaria sobremaneira o diálogo entre os setores público e privado, dificultando a implementação de medidas primordiais para o País.

*Juan Quirós é empresário e presidente, do Grupo Advento e vice-presidente da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e da ABDIB (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base).

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Por Carlos Stempniewski*

As expectativas para a América Latina e o Caribe são positivas em 2011, depois de um crescimento médio, segundo o Banco Mundial (BID), de 5,7% em 2010. No entanto, causa preocupação o discurso populista e pouco responsável de alguns líderes regionais e o ambiente jurídico pouco estável de alguns países. Isto afasta investidores e dificulta a solução de problemas, como a pobreza de parcelas significativas da população. As soluções exigem bons planos de governo para a gestão dos insuficientes recursos. A experiência do Bolsa Família no Brasil, com algumas correções, pode servir de subsídio.

O Brasil, maior economia da região, tem novo governo, com maior discrição nos seus atos, menos proselitismo político e maior preocupação com a capacidade de geração de caixa do país. A inflação em 2010 foi a maior em seis anos, chegando 5,9%. Em 2011, deverá permanecer em 5%. O PIB chegou a 7,5% e a taxa de desemprego, a 6%. Em 2011, o PIB deverá ser de 4,5% e o desemprego deverá crescer. O real está muito valorizado, o que estimula a importação e compromete o equilíbrio da balança de pagamentos. O governo luta para conter os gastos públicos. Existe a necessidade de se investir na Copa do Mundo em 2014 e Olimpíada de 2016, sem descuidar das obras emergenciais de portos, aeroportos, estradas e as suscitadas pelas grandes chuvas.

Nesse contexto, dificilmente o novo governo vai dispor de recursos da Petrobras, BNDES, Fundos Estatais de Pensão e ELETROBRAS para atender aos reclamos de empreiteiras e países vizinhos por aportes financeiros. Os títulos da dívida do Brasil continuam pagando os maiores juros do mercado. Ao final de 2011, deverão chegar próximos a 12,50% ao ano, consumindo recursos necessários para a saúde, educação e infraestrutura. Esse é o cenário.

O PIB da Argentina, em 2010, foi de 8,4%, resultado que esconde problemas estruturais de governabilidade. Há elevado e contínuo aumento da inflação. A consultoria Ecolatina estima a inflação real anual média, entre 2005 e 2009, em 17,8%, batendo em 14% em 2010. Para 2011 estima-se 18,5%. Isto agrava seus problemas com a banca internacional. Depois de um calote histórico, somente agora conseguiu renovar seu contrato com o FMI. O governo vem se apoiando nas reservas dos fundos de pensão estatizados, enquanto enfrenta feroz oposição no campo o que tem trazido queda sistemática da participação do setor nas exportações. Para 2011, o país encontra-se sem um orçamento aprovado, o que levará a presidente a governar por decretos. Com esses problemas se acumulando, em outubro de 2011 haverá eleição presidencial. Queda nos investimentos, inflação, desequilíbrio no câmbio, desemprego, problemas crônicos nas áreas de energia e comunicações e miséria parecem compor o cenário argentino para 2011. O livre (?) comércio com o Brasil sempre estará na pauta (desde, é claro, que os hermanos possam sobretaxar nossos produtos…). Já são mais de 250.

No campeonato mundial da inflação o segundo lugar pertence à Venezuela do polêmico Hugo Chávez. O câmbio fixo de 2,15 bolivares desde 2005 foi para 4,3 bolivares por dólar em janeiro. Com isso, analistas preveem aumento da inflação para 30% em 2011. O Peru apresenta crescimento sustentável há oito anos. Em 2010, segundo o FMI, obteve a maior taxa de expansão na América Latina (8,3%). Nos últimos anos, assinou tratados de livre comércio com EUA, China, União Européia, Japão e Coréia do Sul. Isto facilita a importação de insumos sem onerar demasiadamente os produtos finais. Sua inflação em 2009 foi de 2,9% e em 2010 reduziu-se para 1,7%. As commodities também fazem o contraponto em sua economia.

O México e os EUA têm suas economias bastante interligadas por conta do NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte). A economia norte-americana na UTI tem forte impacto negativo em seu aliado comercial. A crise tem sido agravada por questões ligadas à imigração ilegal e aos cartéis da droga. A gripe H1N1 também deixou sua marca. A economia formal resiste bem e tem na indústria automobilística seu referencial maior. A taxa inflacionária em 2010 ficou em 4,2%%.

O Chile sempre foi um exemplo de crescimento e, mais recentemente, de uma sociedade democrática. Sua inflação nos dois últimos anos estabilizou no patamar de 1,7%. Sem sustos na área política, consolidou as finanças públicas, cuidou da saúde da população e equacionou a questão previdenciária, a partir da qual criou um dos maiores colchões de financiamento do seu crescimento. A brilhante trajetória foi interrompida pelo terremoto de fevereiro de 2010, que reduziu em 30% o crescimento país. Este ano será de continuidade da reconstrução.

O Paraguai, graças à agricultura e ao ativo comércio com o nosso país, cresceu 9,7%. Ganhos adicionais com a venda de energia para o Brasil tem ajudado sobremaneira. Porém, as questões sociais, o contrabando, o narcotráfico e problemas fundiários ligados aos brasiguaios permitem antever sérios enfrentamentos a qualquer momento.  O Uruguai cresceu 9% em 2010. Sua baixa densidade populacional, abertura para operação de “off-shore”, uma indústria turística bem estabelecida e uma atividade rural intensa garantem o bom momento de sua economia.

Segundo o BID, 31,9% da população na área da América Latina e Caribe viviam abaixo da linha de pobreza em 2010. Este percentual reduziu-se em 1,2% em relação a 2009, mas 180 milhões de cidadãos na região ainda vivem em situação de extrema penúria. O homem mais sábio, poderoso e rico que já existiu foi Salomão. Quando estava para assumir suas funções como governante máximo do povo judeu, entrou em concerto com Deus e lhe pediu apenas uma coisa, sabedoria. Deus tocado pelo seu gesto e humildade cobriu-lhe e ao seu povo de riquezas materiais e espirituais. Parece que na América Latina nossos governantes dispensaram essa ajuda. Devem sentir-se superiores a tudo e a todos nos quesitos da governabilidade.

*Carlos Stempniewski, mestre pela FGV, administrador, consultor e professor de economia e política das Faculdades Integradas Rio Branco.

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Por Fernando José Barbin Laurindo, professor da Fundação Vanzolini

Sempre destaco em meus artigos, a importância dos investimentos em TI serem direcionados a ganhos estratégicos e integrados com os processos organizacionais. Vimos também que a TI está por trás dos esforços em termos de inteligência para compreender o mercado e vislumbrar novas oportunidades inovadoras e que podem trazer vantagem competitiva.

O sucesso ou não destas realizações através da TI decorrem das decisões que são tomadas pelos executivos acerca de quais projetos de TI devem ser priorizados e levados adiante. Não é de se estranhar que este tema tenha sido alvo de inúmeras pesquisas tanto no âmbito acadêmico como no profissional.

A área de TI recebe sempre diversas solicitações das varias áreas usuárias, além dela própria gerar propostas de novos projetos de TI (seja de novas aplicações, de manutenção de aplicações existentes ou ainda de atualizações por razões tecnológicas). Este conjunto de demandas constitui a carteira (ou backlog) de projetos a desenvolver.  Os projetos selecionados para serem desenvolvidos (ou implementados) constituem o portfólio de projetos de TI.

Existem diversas formas de selecionar projetos de TI e construir deste portfólio. Segundo uma pesquisa desenvolvida por um autor chamado Renkema, seriam mais de 60 métodos descritos na literatura para avaliar projetos de TI. E este número continua a crescer! Este mesmo autor agrupou as diferentes propostas para avaliar projetos de TI em quatro grupos: Abordagem Financeira, Abordagem Multi-criterio, Abordagem de Indicadores e Abordagem de Portfólio.

Acerca do último grupo, há diversas formas de construir o portfólio de projetos de TI e os possíveis critérios de avaliação de projetos de TI que costumam incluir aspectos tecnológicos, econômicos e comportamentais. Montar um portfólio de projetos de TI baseia-se em alguns aspectos chave: Estratégia de negócios, a Alocação de Recursos e a Seleção de Projetos que assegurem a estratégia de negócios escolhida pela empresa. Assim, o alinhamento estratégico não é somente uma questão de escolher projetos que estejam em sintonia com a estratégia de negócios da empresa, mas também escolher os projetos que sejam compatíveis entre si. É claro que projetos que devem obrigatoriamente ser incluídos no portfolio, tais como aqueles destinados a corrigir falhas dos softwares (bugs) ou atender requisitos de legislação.

No entanto, no cotidiano das atividades dos gestores de TI, outros aspectos são levados em consideração, que estão mais relacionados com a atividade de gestão do que com o alinhamento estratégico da TI. É muito comum que se adote a prática de incluir no portfólio de implementação “um projeto de cada área usuária”. Isto garante uma relativa paz para o gestor da TI (ou eventualmente para gestores de diferentes níveis na hierarquia) diante dos demais executivos da empresa. Do ponto de vista das relações internas da empresa, esta lógica parece muito razoável, pois parece uma abordagem “justa”.  Além disto, por favorecer a manutenção de um ambiente “amistoso” entre a TI e as áreas usuárias, haveria uma tendência de facilitar o alinhamento estratégico.

No entanto, um análise mais cuidadosa e isenta, levando em conta os objetivos da empresa e não dos executivos da TI, mostra que somente por sorte a adoção deste critério  levará ao portfólio que mais favoreça ao atendimento dos objetivos estratégicos.  Mas para que se adotem outros critérios e métodos para selecionar projetos de TI não basta que somente os executivos de TI mudem de conduta. É antes necessário que se crie um comprometimento geral na empresa para se buscar resultados para o benefício da organização como um todo e não somente para os interesses das diferentes áreas usuárias. Havendo esta postura de todos executivos em relação a TI, então se pode trabalhar de forma a buscar métodos que selecionem os projetos de TI que promovam o tal almejado alinhamento estratégico entre TI e negócio.

Prof.Dr. Fernando José Barbin Laurindo é professor da Fundação Vanzolini (www.vanzolini.org.br), entidade gerida por professores do Departamento de Engenharia de Produção POLI/USP. Email: fjblau@usp.br.

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* Cláudia Capello Antonelli

Recentemente, o Governo Federal decretou que as tradicionais lâmpadas incandescentes deverão ser retiradas do mercado até 2016. Essa novidade está ligada a uma tendência global e já é uma realidade em diversos países desenvolvidos, que decidiram por banir este tipo de tecnologia com o intuito de economizar energia elétrica e preservar o meio ambiente. Contudo, a primeira vista parece que a ação atacará diretamente o bolso do consumidor, que precisará pagar mais caro pelas lâmpadas alternativas. Mas, ainda que o investimento inicial seja mais elevado, é apenas uma questão de tempo para ele perceber o quanto irá economizar com a mudança.

Vamos a um exemplo prático. Hoje, uma lâmpada incandescente comum de 60W custa, em média, R$ 1,50 e dura, aproximadamente, 1.000 horas. Já uma fluorescente de 15W, que pode substituir a incandescente de maneira equivalente, mesmo custando, mais ou menos, R$ 7,50, é capaz de atingir uma vida útil de 8.000 horas. Isto significa que, apesar de ter um custo inicial maior, ela dura oito vezes mais que a tradicional incandescente. Isto sem contar o gasto com a conta de luz, já que o consumo será quatro vezes menor.

Outra opção viável atualmente é uso da tecnologia LED, cujos produtos já estão disponíveis no mercado com o mesmo soquete das lâmpadas incandescentes (base E27) e operam nas tensões de 100V à 240V. Estes também conseguem superar o investimento feito no ato da compra em médio e longo prazo. Entre os modelos desta família, já existe o que substitui uma incandescente de até 40W consumindo apenas 8W, ou seja: cinco vezes menos. O preço de uma LampLED pode parecer muito maior em um primeiro momento, já que custam, em média, R$ 85,00. Entretanto, sua vida útil de 25.000 horas e a economia de energia de até 80% fazem com que traga benefícios constantes ao consumidor.

Passado e futuro

Desde a crise energética ocorrida há 10 anos no Brasil, as fluorescentes compactas, evoluíram tremendamente. Hoje, já existem modelos que imitam as incandescentes em tamanho, formato e tonalidade de cor, mas com duas grandes diferenças: são mais sustentáveis e têm durabilidade muito maior. Ou seja, esta troca não necessariamente deixará todos ambientes com a conhecida “cor de cozinha”, referência popular à iluminação esbranquiçada comum em escritórios e ambientes corporativos.

Até 2016, a viabilidade da troca das lâmpadas será um tema recorrente, já que, no Brasil, nunca foi proposto uma alteração tão profunda em relação aos produtos destinados a iluminação artificial. Porém, é muito provável que seja uma questão de tempo até o consumidor começar a calcular e perceber a economia que fará, deixando de lado definitivamente as tradicionais incandescentes.

Por último, vale dizer que as pessoas estão mais conscientes da importância e do impacto da iluminação no futuro do mundo. Sendo assim, as tecnologias que geram luz não são mais vistas apenas como simples acessórios, mas, sim, como parte da vida de cada um.

* Cláudia Capello Antonelli é formada em Arquitetura e Urbanismo com especialização em Marketing e é gerente de Produto da OSRAM

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Segundo Ruy Cortez de Oliveira, diretor do Kaizen Institute Brasil, a maioria das empresas investe de maneira errada em processos de melhoria contínua. Para o especialista, deve-se focar em projetos que tenham visão a longo prazo, mas que ao mesmo tempo já tragam resultados rápidos.

Com o inicio do ano, muitas empresas aproveitam o momento para adotar um novo ciclo produtivo ou de gestão. É uma boa hora para renovar processos e preparar-se para novos desafios. Para muitos empresários, o processo de reorganização é vital, pois injeta um novo fôlego que pode, combinado aos esforços corretos, alavancar a expansão dos negócios. Na opinião de especialistas, as empresas brasileiras realmente estão investindo em diversos processos de melhorias, mas grande parte delas apenas consegue as chamadas melhorias popcorn, que surgem de todos os lados, porém sem que haja relação entre si, resultando em perdas financeiras ao invés de aumentar a produtividade e a eficiência do negócio. O que falta é foco na condução dos projetos e metas definidas previamente.

Outro fator fundamental para que uma ação como esta gere os resultados desejados é que a alta diretoria esteja diretamente ligada às mudanças pretendidas pela empresa. É necessário adotar um modelo de direcionamento de cima para baixo, mas que a construção e as ideias dessas melhorias venham de todos os departamentos, especialmente do chão de fábrica ou do nível operacional. Caso não exista um modelo certo, com metodologia e objetivo claros para todos, a empresa terá apenas ações isoladas, obtendo resultados pontuais, sem retorno no caixa.  Os grandes empresários precisam conhecer os processos de melhoria que estão sendo trabalhados atualmente e utilizá-los de forma estratégica para que os resultados de fato apareçam.

Outro equivoco cometido pelas empresas é pensar que um processo de melhoria ocorre do dia para noite. Em produtividade, não há milagre. Há empenho, atitude e comprometimento.

Ruy Cortez de Oliveira, diretor do Kaizen Institute Brasil, pode ser fonte para esse tema. A metodologia Kaizen é focada na melhoria de produtividade e na integração de sistemas e processos que reduzam em até 50% das perdas, conforme o setor e a configuração da empresa.

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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