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artigoEm razão das crises políticas e econômicas, empresas em todo o mundo estão enfrentando uma revolução em relação as suas práticas de governança. Mas o empresariado ainda precisa ser educado sobre os diversos mecanismos e diretrizes de controle existentes

 

por Cynthia Catlett (*)

 

Desde a década passada, Compliance passou a ser prerrogativa para a maioria das empresas nacionais e internacionais. Sinônimo de legitimidade e confiança, a implantação de processos de conformidade com padrões regulatórios agora é prioridade entre as empresas do mundo inteiro. Refutando o método paliativo, organizações brasileiras começam a observar a importância da proatividade neste quesito, principalmente, em razão das crises e escândalos reverberados pela mídia, envolvendo casos de fraude e corrupção nas maiores companhias do País.

A mudança na mentalidade corporativa faz parte de um movimento mundial, impulsionado pela exposição da fragilidade das empresas e pela sua punição em razão da falta de supervisões adequadas. Isso também se deve à considerável expansão do escopo e da complexidade das atividades empresariais, aliadas a um ambiente regulatório complicado e em constante mudança – estamos perto de completar três anos da promulgação da Lei Anticorrupção, o que elevou a importância e acelerou ainda mais a busca por programas e políticas de governança transparentes.

E não se trata mais de questionar a necessidade ou não de colocar as atividades da empresa sob a orientação de um sistema de controles internos. A decisão de montar uma estrutura de Compliance não é vista somente como um diferencial, mas como obrigação para a administração que deseja garantir a longevidade do seu serviço ou produto, obter vantagem competitiva e oferecer credibilidade aos clientes e parceiros.

Apesar da urgência em se adotar mecanismos eficientes e procedimentos de integridade, muitas empresas ainda têm dúvidas sobre quais definições e elementos devem constar nos seus programas de Compliance. Em razão da recente disseminação do conceito no Brasil, as diretrizes são inspiradas, em sua maioria, nas estratégias já consolidadas em outros países.

Entretanto, o mercado interno também se baseia nos exemplos de subsidiárias de corporações estrangeiras estabelecidas no Brasil, além das instituições financeiras nacionais, que são submetidas à fiscalização de diversos órgãos reguladores e precisam de controles eficientes para continuar operando.

Contudo, para haver a implantação de uma governança transparente é preciso que a alta administração reconheça que a empresa precisa de um mecanismo de Compliance sólido. E é nessa hora que as dúvidas surgem. Existem diferenças e elementos que devem ser considerados na aplicação e na formulação de uma área de Compliance e suas diretrizes. E é papel dos consultores educar o empresariado brasileiro, que muitas vezes se sente confuso em relação ao assunto. É preciso explicar as ferramentas de controle e as inovações do setor, ao mesmo tempo em que se esclarece a importância destes sistemas numa linguagem de fácil compreensão, para que sejam aceitas e colocadas em prática.


Fronteiras entre Compliance e a auditoria interna

 

Existem diferenças fundamentais na aplicação de controles em instituições financeiras e na indústria, mas, para compreender isso, também é preciso desmistificar as divergências que existem entre departamentos e funções de Compliance e auditoria interna. Podemos afirmar de antemão que um não anula o outro, são complementares. Vamos iniciar a explicação primeiramente pelo o que é o Compliance e seu conceito.

À medida que uma corporação começa a se expandir, naturalmente, suas operações se tornam mais complexas, fazendo com que a alta administração tenha uma rotina conduzida por colaboradores em regiões diversas. Sem o devido controle, empresas cujos processos atravessam uma cadeia ampla, inevitavelmente, têm seu espaço à disposição para a ação de pessoas má intencionadas.

Em atividades regulamentadas como, por exemplo, no caso dos bancos, o descumprimento das normas impostas pelos reguladores representa um grande risco e ameaça a continuidade de suas atividades. Neste sentido, a experiência nos mostra que a falta de supervisão fatalmente leva empregados e colaboradores a não reportar ou não seguir procedimentos, seja pela falta de conhecimento ou entendimento das instruções ou até por motivos de transgressão clara – como situações em que gestores são pressionados a atingir metas e resultados, mesmo que de maneira ilícita.

Com os controles enfraquecidos, a ocorrência de falhas operacionais fica evidente e a fragilidade dos processos facilita a ação de fraudadores. Para se proteger, a companhia precisa adotar mecanismos para estar em Compliance cotidianamente, tais como possuir regras internas pré-estabelecidas formalmente em um manual ou guia de instruções, onde se deve incluir e destacar o Código de Ética e Conduta da corporação.

Utilizar processos automatizados é uma maneira de oficializar a prestação de serviços, por meio de contratos padronizados que permitam o preenchimento adequado das variáveis. Desta forma, quando as condições da prestação do serviço divergem, é gerada automaticamente uma notificação sobre a pendência que deverá ser esclarecida antes da formalização. Outra recomendação é implantar métodos de auto avaliação, permitindo a análise individual e da equipe com relação aos parâmetros estabelecidos, níveis de risco e eficiência, além do comprometimento com os controles.

Dependendo da necessidade, designa-se um responsável pela supervisão geral do Compliance na companhia, a quem caberá a missão de espalhar as informações e diretrizes definidas pelos gestores da alta administração, além de comunicar mudanças nas leis e normas que possam colocar a organização em algum tipo de risco. Também será responsabilidade deste funcionário, ou da área, manter colaboradores e parceiros atualizados sobre o tema, para que este não caia no esquecimento e nem seja negligenciado com o passar do tempo.

Resumidamente, essas são algumas das ferramentas que auxiliam o controle de processos, assegurando a conformidade dos procedimentos internos com os regulamentos externos e internos da empresa. No entanto, somente a implantação de tantas ferramentas de nada adianta se não forem fiscalizadas de forma independente. É neste momento que a auditoria entra em cena com o objetivo de avaliar se todos os mecanismos do Compliance estão sendo aplicados ou utilizados corretamente.

Por meio de uma abordagem sistemática e disciplinada, a auditoria interna avalia a eficácia da gestão de risco, do controle e dos processos de governança. Os auditores possuem funções vitais e complementares que auxiliam as organizações a se adequarem às normas e regulamentos do seu setor.

Quando no passado o Compliance era inexistente, os auditores internos cumpriam esse papel de certa forma, contribuindo para a instalação de controles. Porém, a verdadeira essência do auditor está na atividade de averiguação e consultoria independente e objetiva, com a finalidade de trazer valor e melhorar as operações de uma empresa.

Podemos concluir que, enquanto o Compliance procura atuar na fase de definições ou estabelecimento de regras, procedimentos diários, treinamento individual e de áreas, além da conscientização de todas as partes interessadas, acionistas, colaboradores, fornecedores, funcionários, entre outros; a auditoria busca identificar oportunidades de aperfeiçoamento, tornar os controles mais eficientes, detectar indícios ou existência de irregularidades na organização,


Compliance
em instituições financeiras X indústria

 

Agora podemos falar sobre algumas diferenças entre a aplicação de controles na indústria e em instituições financeiras. Para isso, precisamos olhar para o passado. Na década de 1990, com a abertura comercial, o Brasil buscava se alinhar ao mercado internacional em termos de competitividade, o que despertou a atenção de órgãos reguladores sobre a necessidade de se equilibrar as regras internas em relação às normas internacionais.

Desde a Grande Depressão norte-americana, o sistema financeiro já procurava reforçar a normatização do mercado por meio de uma supervisão constante de suas práticas. Em 1975, por exemplo, foi estabelecido o Comitê de Supervisão Bancária da Basiléia, que até hoje funciona como um fórum mundial para discussão e cooperação no assunto, impondo regras rígidas e fiscalizações rigorosas para o setor.

No entanto, fatos históricos e relevantes mundialmente, como o ataque de 11 de setembro e a sucessão de escândalos financeiros em Wall Street, despertaram a necessidade de regulamentações ainda mais assertivas e aplicáveis internacionalmente. Desta forma foi criada em 2002 a Lei Sarbanes-Oxley, também conhecida como SOX, que visa à obrigatoriedade de mecanismos confiáveis nas empresas e regras a fim de mitigar riscos, ocorrências de fraudes ou corrupção nas organizações.

Pressionadas pela legislação, além de acionistas, clientes e fornecedores, as instituições financeiras passaram rapidamente a fazer estruturações estratégicas, organizacionais e tecnológicas, para assegurar o aprimoramento do valor e da reputação corporativa. O Complianceentão chegava num momento conturbado, onde as transformações estavam ocorrendo simultaneamente. Atualmente, além de ter de se adequar às agências reguladoras e leis internacionais, as instituições financeiras atuantes no Brasil também precisam se atentar às regras estabelecidas pelo Banco Central (Bacen) e outras normas, como o Código de Defesa do Consumidor (CDC), por exemplo.

Mesmo diante de um cenário regulatório complexo, diversos estudos comprovam que companhias no mundo todo enxergam valor noCompliance. O verdadeiro desafio está na dificuldade em se justificar os custos destes controles. Apesar de, obviamente, os custos da não implantação destes mecanismos serem maiores.

De forma resumida, os gastos com uma política de Compliance podem ser divididos em três aspectos: custos de manutenção, de não conformidade e de governança. O primeiro se refere aos custos para executar e promover essa política, como gasto de pessoal, treinamento, comunicação interna e consultoria. Já no segundo, custos de não conformidade, podemos citar penalidades, multas e tributos, custos de remediação, perda da receita, interrupção dos negócios e perda da produtividade, impacto no capital, danos à reputação da empresa, de seus empregados e da marca, despesas com advogados, custos judiciais e valor/hora da alta administração. Por último, mas não menos importante, os gastos com governança se resumem à manutenção e às despesas da diretoria e dos comitês, custos legais e jurídicos, contratação de auditoria externa e relacionamento com investidores e comunicações.

As empresas brasileiras em geral (indústria) que pretendem adotar programas de Compliance hoje contam com uma estrutura de incentivo estabelecida, que incluem a governança corporativa, o Índice Dow Jones, a Lei Sarbanes-Oxley, o Índice de Sustentabilidade Empresarial, o UK Bribery Act, o Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), entre outras. Neste sentido, a Lei Anticorrupção Empresarial do Brasil surge como mais uma bússola -somada aos demais modelos de estrutura já existentes- que deve servir como instrumento de direcionamento e estímulo a uma conduta empresarial ética e de combate à corrupção, com o intuito de reforçar a confiança dos investidores no âmbito nacional e internacional e trazer benefícios à sociedade brasileira.

Com as recentes crises políticas e financeiras que afetam o Brasil e o mundo, novas exigências regulatórias globais e locais deverão ser introduzidas com a finalidade de contribuir com a sustentabilidade empresarial e a criação de valor no longo prazo. Neste sentido, programas deCompliance ganham ainda mais importância, pois continuarão a ser um mecanismo para avaliação e neutralização dos riscos já existentes, além de uma ferramenta para análise e entendimento das novas regulamentações que surgirão e precisarão ser acompanhadas para garantir às empresas a mitigação de novos riscos.

 

*Cynthia Catlett é diretora executiva da FTI Consulting

 

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artigo-progress-inovacao-digital-matthew-gharegozlou-vp-da-progress-para-a-america-latina-e-caribeA transformação digital dos negócios atinge as operações
de chão de fábrica. É do que trata o artigo de Matthew Gharegozlou, Vice-Presidente da Progress para a América Latina

Décadas após a revolução proporcionada pela robótica, pelas máquinas de controle numérico e pela gestão inteligente de processos de produção, eis que surge no cenário a “Indústria 4.0”, que é como os especialistas estão chamando de a última revolução industrial. Uma revolução que vem inserida na chamada onda de Transformação Digital dos Negócios.

Nessa nova feição da indústria, que abrange áreas como a manufatura, automotivo e transporte, produção de energia, as utilities em geral e setores como o de saúde, o chão de fábrica (ou a estrutura de produção) não é mais o espaço onde exclusivamente ocorre o trabalho pesado. E o mesmo raciocínio se aplica aos pátios, armazéns e guindastes de uma zona portuária ou para aos equipamentos médico-hospitalares que guarnecem um grande hospital.

As empresas inovadoras nas mais diversas áreas de produção de bens e serviços estão buscando na IIoT a transformação do seu negócio e agregando valores digitais de alto impacto na diversificação, qualidade e custo dos produtos. Todo o conjunto de máquinas e bens de produção adquire, em geral, com a IIoT, um novo aspecto de sutileza e inteligência.

Mas, embora as vantagens (e a necessidade estratégica) dos investimentos em inovação digital industrial já não levantem tantas dúvidas, estes setores ainda precisam enfrentar a questão da interoperabilidade, já que a incompatibilidade do legado com os novos padrões de tecnologia acaba representando um obstáculo à transformação digital.

É este fato que condiciona a adoção de tecnologias agnósticas, em uma arquitetura aberta, como pré-condição para se evoluir na direção da IIoT. E o ponto de partida para tanto, está não na retaguarda dos sistemas (estruturas e máquinas físicas que logicamente também precisam ser ajustadas), mas na fase de desenvolvimento das aplicações que irão conduzir a passagem da indústria atual para a indústria 4.0.

 

A Oportunidade da Internet Industrial das Coisas

A nova revolução industrial envolve o aprofundamento da informatização das e da utilização da robótica, agora associando-as aos recursos de métrica inteligente e capacidade analítica de dados para maximizar a eficiência, a rentabilidade e a segurança. Lugares comuns à parte, o novo modelo IIoT carrega enorme potencial para gerar dados de negócio articulados que são articulados junto com o chão de fábrica ou a estrutura de produção. Cria-se assim um novo tipo de massa crítica que maximiza a capacidade das empresas de otimizar custos, azeitar a prestação de serviços e aumentar as receitas a partir de fontes antes não exploradas.

Estes três pilares de competitividade são o que poderíamos chamar “a santíssima trindade” na arena dos negócios.

É nesta tríade que se sustenta o rápido avanço que a IIoT vem experimentando. De acordo com fontes do mercado, o investimento global em Internet Industrial das coisas chegará a US $ 500 bilhões até 2020. Estima-se que as empresas que introduzem automação articulada com tecnologias flexíveis de produção podem aumentar a produtividade em até 30%. Além disso, a manutenção preditiva dos ativos, proporcionada pela introdução do analytics, pode garantir economias de 12% em comparação com reparos programados, além reduzir os custos gerais de manutenção em até 30% e eliminar as avarias em 70%.

Um bom exemplo de empresa que está no caminho correto de exploração dos potenciais a IIoT é dado pela GMT Europe, desenvolvedora de soluções para o setor de coleta de lixo urbano. Sem exigir uma revolução completa do negócio ou a substituição da estrutura produtiva de seu cliente (uma empresa de coleta de lixo que atua em 20 cidades holandesas), a GMT conseguiu catapultar a eficiência de seu cliente a partir do simples desenvolvimento de uma aplicação móvel de gerenciamento de demandas adaptada ao novo contexto.

Em vez de seguir rotas fixas e recolher caçambas com lixo apenas pela metade, as rotas são agora concebidas de forma dinâmica pelo software, com base em dados históricos e fluxos de dados reais, tais como condições climáticas, congestionamento do tráfego e posição dos caminhões. Ao prever o grau de enchimento das caçambas (que agora podem ser programadas para a coleta quando atingirem pelo menos 80% da capacidade), o aplicativo mostra o fluxo do processo em tempo real, usando dados do GPS, dispositivos inteligentes e etiquetas RFID. Com isto é possível eliminar ineficiências do processo de gestão de resíduos e economizar 23% em custos para os clientes da GMT Europe.

 

A Interoperabilidade Utópica

Uma barreira fundamental que retém a implementação da IIoT é a falta de interoperabilidade entre os dispositivos e máquinas que usam protocolos diferentes e têm diferentes arquiteturas. Embora a teoria da IIoT faça sentido para um ambiente perfeito de negócio, a realidade de conexão entre os sistemas de TI existentes muitas vezes é complexa e cara, uma vez que as tecnologias operacionais hoje trabalhem, em grande parte, com base em silos de dados de longa data. E isto sem falar no enorme ciclo de vida dos equipamentos industriais que é um agravante da incompatibilidade.

Assim, a IIoT utópica seria um ecossistema digital totalmente harmônico, com o compartilhamento de dados sem costura entre as máquinas e outros sistemas físicos de diferentes fabricantes. Enquanto isto não é possível, o desenvolvimento da interoperabilidade aberta e de arquiteturas padrão está sendo trabalhado dia a dia, principalmente por meio de entidades sem fins lucrativos o Industrial Internet Consortium. Mas as empresas industriais estarão renunciando da vantagem competitiva se elas ficarem simplesmente à espera do cenário perfeito para tomar as medidas necessárias.

 

O Papel da Arquitetura Aberta e a Resposta das Novas Web Apps

Para contornar o impasse pelo menos em parte e maximizar as oportunidades de exploração da IIoT, empresas como Apple e Google têm proporcionado ecossistemas de dispositivos à disposição da Internet. O problema, porém, é que eles também são ecossistemas fechados que limitam quais os dispositivos e quais tipos de dados podem falar entre si.

Se a Internet Industrial das Coisas surge realmente para trabalhar e impulsionar a inovação no mundo real, ela não pode ser limitada a alguns ecossistemas fechados que estabelecem um controle indesejado sobre a velocidade de evolução técnica e prática da IIoT e seus benefícios. Além disso, a maioria das empresas possui dispositivos e sistemas que cobrem mais de um destes ecossistemas fechados.

Consequentemente, o desenvolvimento de arquiteturas abertas para a interoperabilidade máxima no ambiente industrial deve começar não pela retaguarda (estruturas físicas e maquinário), mas pela fase de desenvolvimento de aplicativos da Internet Industrial das Coisas.

A justificativa para a escolha por ecossistemas fechados sempre foi liderada pela maior funcionalidade e desempenho dos aplicativos nativos contra aplicações web. Mas agora é possível construir aplicações web que podem ser usadas no ambiente de trabalho legado e, ao mesmo tempo, nos ambientes iOS e Android. Com as novas estruturas de tecnologia aberta, como NativeScript e React Native, os desenvolvedores não têm mais que encapsular sua lógica de negócios por trás das plataformas proprietárias dos tais ecossistemas, e estão livres para desenvolver aplicações da Internet Industrial das coisas que irão trabalhar em todos os sistemas e ainda podem compartilhar dados entre todos eles.

 

Sistemas Abertos devem ser Sistemas Seguros

Uma pesquisa sobre o estado da Internet das coisas, encomendada pela empresa Progress, revelou que a segurança e a privacidade dos dados permanecem entre os principais desafios para o desenvolvimento de aplicações da Internet das coisas, especialmente porque há um número crescente de normas regulamentares que eles precisam cumprir. Os desafios de segurança só se tornam maiores devido às arquiteturas abertas serem mais vulneráveis a riscos de segurança. Mas um sistema aberto não precisa ser um sistema de ‘abertura para ameaças’. O que é necessário é um plano de ação para proteger sistemas abertos sem derrotar o propósito de permitir a colaboração e compartilhamento.

Para evitar o comprometimento dos dados (e os custos financeiros e de reputação que vêm com este comprometimento), os desenvolvedores precisam garantir que seus dados – desde banco de dados inteiros às tabelas individuais e tudo o que houver entre eles – sejam eficientemente criptografados.

Isto irá permitir a colaboração, eliminando ao mesmo tempo o risco de deixar dados sensíveis vulneráveis ao acesso não autorizado, e sem impactar o desempenho global do sistema. Outro fator importante é que os desenvolvedores podem obter a flexibilidade de que necessitam e atender aos requisitos de segurança individuais, criptografando aqueles entes do sistema que fato necessitam.

 

Abertura total

Os cercadinhos de jardim que alguns players estão tentando pôr em prática são, provavelmente, a maior ameaça para a IIoT bem-sucedida. Aqueles competidores industriais querem tirar proveito já do novo modelo e acelerar a sua própria transformação digital para atingir os padrões de negócio de nova geração e suas oportunidades inéditas de mercado e de receita, estes precisarão dar uma olhada mais de perto em tecnologias abertas e seguras que já existem no mercado. A partir daí, é começar a inovar com a assimilação da IIoT a partir de hoje mesmo.

 

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 Por Rodrigo Fragola

A indústria mundial de varejo vem avançando de forma admirável numa disciplina multifacetada que se convencionou chamar de “prevenção de perdas” e que envolve desde a perda por falha nos controles de estoque, até os prejuízos ocasionados por furtos ou fraudes no sistema digital de pagamento.

Para não abrir demasiado o leque neste artigo, proponho uma passada de olhos nas vulnerabilidades de segurança que o setor precisa enfrentar para sanar uma sangria conhecidamente gigantesca, que são as perdas por falha na segurança do negócio, mais especificamente, no aparato digital e eletrônico disponível para a prevenção contra ataques às gôndolas, ao caixa e às bases de dados de clientes.

Entram, portanto, neste rol as categorias de risco cibernético e de vulnerabilidade física tradicional (que dá ensejo ao roubo ou desvio de produtos), de modo que se possa pensar numa visão holística (unificada) da questão das perdas varejistas e sua respectiva prevenção.

Vamos mirar especificamente o comércio em rede, uma vez que esta é forma predominante na indústria atual do varejo, embora a abordagem geral caiba também aos estabelecimentos isolados.

A primeira constatação é a de que o setor vem adotando certas medidas razoáveis, como o uso de etiquetas de rastreamento com alarme (RFID), para evitar a saída de produtos não pagos, uma iniciativa cada vez mais comum, principalmente em lojas de produtos com alto valor unitário, como perfumarias, lojas de eletrodomésticos e confecções.

Entre os sofisticados itens em fase de disseminação estão as câmeras de vigilância, muitas delas associadas a analisadores de ambiente capazes de detectar pessoas em movimentação brusca, ou até com leitores biométricos para o cadastramento facial de suspeitos.

São iniciativas ainda incipientes na grande maioria das redes no Brasil, como atestam pesquisas setoriais, mostrando que só 35% dos supermercados e atacarejos dispõem de planejamento e equipes dedicadas à prevenção.

Mas um tópico mais preocupante, a meu ver, é o cenário de alta vulnerabilidade da estrutura de informática presente nos pontos de vendas do país, o que agrava de forma dramática a própria segurança física.

Isto porque tal estrutura é vital não apenas para o gerenciamento das transações eletrônicas da loja, mas também para o monitoramento da segurança de itens como as câmeras, os alarmes, os detectores RFID, os sensores de presença nos depósitos, os leitores de códigos de barra, os registradores de cash, balanças e até catracas de entrada e saída de clientes.

No aspecto estritamente digital, é certo que todos estes estabelecimentos deveriam já se submeter a normas básicas de compliance impostas pelas bandeiras de cartão de pagamento como Visa, Diners e MasterCard através do seu rigoroso padrão PCI-DSS, que mundialmente mobiliza bilhões em tecnologia de combate à vulnerabilidade de dados e transações.

Mas embora utilizem necessariamente uma rede credenciada de transporte de transações (como Elo ou PagSeguro) tais estabelecimentos raramente dispõem de uma rede interna isolada para seus serviços gerais, em relação a pontos críticos de interface com o cliente ou com o mundo externo, como os terminais de PDV ou de captura de cartões.

Assim, toda a blindagem com base em normas (compliance) adotada pelo transportador de transações e exigida pelas bandeiras dos cartões se depara, no ambiente da loja, com uma brecha de segurança pela qual, se passa boi, certamente em algum momento deixará passar a boiada, como diz a linguagem popular e referencia a velha e infeliz “Lei de Murphy”.

Este é um cenário, aliás, não muito diferente do que se verifica em todo o espectro das empresas, principalmente na faixa das PMEs. A mesma conexão de Internet que equipa uma câmera IP é usada pra trafegar informações fiscais e contábeis ou dados críticos de cliente.

O mesmo WiFi da lanchonete, que conecta o cliente ao Facebook e permite ao garotinho jogar o seu passatempo enquanto espera um sanduíche, conecta também a garçonete, com seu terminal de pedido, ao sistema de gestão de entregas e está ligado ao software de RH da loja ou até mesmo da rede.

Um tipo de negligência nas pontas que, está provado, contamina a própria rede global de pagamentos e promove lucros bilionários ao crime cibernético, além de facilitar toda sorte de fraudes ou desvios no ambiente físico e virtual da rede varejista.

Para quem conhece um pouco sobre as especificações de compliance contidas no PCI DSS ou nas modalidades da norma ISO dirigidas à segurança, é preciso reconhecer que o investimento exigido em segurança cibernética é, quase sempre, o maior entrave à melhoria desse aspecto.

Quando a correlação de custos favorece, o nível de adesão do comerciante é altamente positivo. E aí está o exemplo das câmeras IP, hoje quase tão abundantes quanto lâmpadas no ambiente da farmácia ou supermercado.

E isto pelo simples fato de que sua instalação “agite e use” dispensa maior planejamento, não carece de fiação e atinge custos hoje em dia tremendamente acessíveis.

Agora, o que começa a mudar, é que o mesmo movimento de massificação que ocorreu com as câmeras WiFi, começará a ocorrer em relação ao lado cibernético e à centralização de controle dos itens de segurança digital.

Consoles a custos compatíveis, com baixa exigência de aprendizado e fácil integração com dispositivos de monitoramento físico e virtual já despontam como a novidade da vez.

Um exemplo disto são as centrais de proteção unificadas (tecnicamente chamadas de Firewall UTM) que reúnem todas as funções de segurança em nível cibernético de rede interna e que permitem gerenciar a segurança de dispositivos como os próprios POS, as câmeras IP do ambiente, os terminais de leitura e celulares de clientes e funcionários.

Tudo isto contando ainda com funções de fácil uso para a criação de redes virtuais isoladas, fornecendo blindagem para a comunicação de negócios e garantindo a criação de políticas de priorização de tráfego para aquilo que realmente interessa.

De um patamar até recentemente em torno de sete ou oito mil reais no mercado interno, centrais UTM de alta confiabilidade já podem ser encontradas a valores próximos a R$ 2 mil. Abre-se assim uma perspectiva nova para pequenas e grandes redes de varejo, que por um baixo investimento inicial, poderão iniciar a implantação da segurança holística em todas as suas lojas.

E quem sabe não seja o momento para que as grandes empresas da cadeia de pagamentos (operadoras de cartão, adquirentes e bancos) comecem a distribuir incentivos para que o pequeno comerciante (ou franqueado) atinja, efetivamente, níveis mais sólidos de conformidade com as normas de segurança.

*Rodrigo Fragola é Presidente da Aker Security, Vice-Presidente de Segurança e Defesa do Sindicato da Indústria da Informação (Sinfor) e Diretor de Segurança e Defesa da Associação Brasileira das Empresas de Software(Assespro-DF)

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blogindustrialEscrito por Richard Landim,

 Especialista de Produtos da Fluke Networks Brasil

 

O antigo ditado “tempo é dinheiro” se aplica em grande medida aos testes de cabos. Nos últimos 20 anos, o setor corporativo de  se beneficiou dos avanços das ferramentas e tecnologias de teste e certificação. Esses avanços reduziram o tempo de teste e certificação de cada enlaçe de cabo a apenas alguns segundos. Testadores mais rápidos certamente reduziram também os custos envolvidos. Ainda assim, há etapas adicionais em qualquer instalação que consomem um tempo valioso e que resultam em custos adicionais. Desta forma, empresários experientes e fornecedores de dispositivos compreenderam que ainda existem oportunidades reais para a redução do tempo gasto em muitas funções relacionadas com o teste, ajudando assim os integradores a obter novos lucros durante o processo.

Uma recente pesquisa da Fluke Networks realizada com instaladores de cabo sobre o tempo gasto para a realização das várias funções relacionadas aos testes revelou resultados surpreendentes. Um grande aprendizado: lidar efetivamente com os problemas e as ineficiências durante o processo de testes definitivamente aumenta a margem de lucro. De fato, algumas empresas relataram um aumento de até 10% no lucro final. Elas conseguiram isso utilizando sistemas que reduzem os elementos que desperdiçam tempo de teste. Esse lucro adicional significa mais receita para os instaladores de cabo ou, se eles optarem por repassar a economia aos possíveis clientes, ofertas mais competitivas.

Um estudo realizado com instaladores dos EUA relatou que 63% do tempo foi gasto efetivamente na instalação de cabos. Após o término da instalação, 14% do tempo normal de projeto envolviam tarefas relacionadas a testes, 6% se relacionava à elaboração de relatórios, 8% a retrabalho e 9% a contingências e outras atividades. As partes do trabalho não relacionadas à instalação, ou seja, testes, elaboração de relatórios, retrabalho e resolução de problemas, representam um terreno fértil para o corte de custos mediante a implantação de sistemas de testes com recursos expandidos.

As ações que as empresas citaram para reduzir os custos e aumentar os lucros foram reduzir os erros durante o planejamento e a configuração, eliminar os erros de teste causados por funcionários inexperientes, evitar os atrasos causados quando instaladores menos experientes estão ociosos e esperando mais ajuda de gerentes experientes, reduzir o tempo de resolução de problemas, reduzir a necessidade de novos testes, agilizar os processos ineficientes de elaboração de relatórios e evitar tempo de viagem desnecessário.

Testadores avançados melhoram a produtividade

Os instaladores de cabo que usaram testadores padrão relataram uma média de 20 horas gastas na resolução de problemas durante a conclusão de um trabalho habitual de 1000 links. Porém, eles conseguiram reduzir a média de horas gastas na resolução de problemas a apenas sete, com o uso de  sistemas de teste avançados, o que representa um ganho de produtividade de 65%.

A melhoria do planejamento e da configuração é um primeiro passo essencial para reduzir tempo e custos. Um sistema de testes que ofereça uma função única de gestão de tarefas para controlar todos os requisitos do trabalho desde o início pode proporcionar grandes dividendos durante o trabalho. Esse sistema pode definir eficientemente os requisitos e o andamento do trabalho, da configuração à aceitação dos sistemas, assegurando que todos os testes sejam concluídos com precisão.

Quando os parâmetros de teste podem ser configurados em um ponto central e transmitidos pela nuvem tanto por técnicos quanto pela equipe administrativa, temos como resultados economia de tempo e redução de erros. Os sistemas de teste avançados eliminam a ida e volta ao escritório para elaborar relatórios de teste, o que resulta em relatórios mais precisos e fechamento mais rápido do projeto.

Escassez de trabalhadores qualificados exige novos métodos para os testes de cabos

Os instaladores definitivamente não querem erros no campo e utilizam uma série de abordagens para minimizá-los. Um método é contratar mais funcionários habilitados. Entretanto, há escassez de trabalhadores que compreendam as nuances dos testes de cabo e fibra. 78% dos proprietários entrevistados na pesquisa da Fluke Networks relataram que é um desafio global encontrar bons trabalhadores.

Como o treinamento desses funcionários é caro e a contratação de trabalhadores mais experientes e mais gerentes de projeto para supervisioná-los consome grande parte dos lucros, uma abordagem melhor é projetar sistemas de teste, diminuindo espaço para erros.

Projetar e automatizar de modo mais inteligente algumas das funções de teste para evitar erros são ações essenciais para tornar o processo de teste mais eficiente. Mais de 800 instaladores em todo o mundo foram questionados e quase metade informou que tem de voltar a testar as ligações porque elas foram testadas com os limites errados. 37% relataram que lidam com medições de fibra de perda negativa (uma perda negativa em uma fibra é como registrar um tempo negativo em uma corrida de 100 metros rasos – evidentemente algo está errado).

Corrigindo a causa principal de muitos problemas de teste: a configuração inadequada

Definir os níveis de referência de fibra corretamente é essencial para fazer boas medições, mas é um processo relativamente complexo. Se alguma das etapas for realizada de forma inadequada, toda leitura feita a partir daquele ponto com o testador será incorreta. O próprio dispositivo de teste pode eliminar os erros, conduzindo o operador passo a passo pelo processo de configuração e verificando se ele está correto. A sequência de telas abaixo mostra algumas das etapas do processo. Assim que cada uma é concluída, o testador verifica e apresenta a próxima etapa. Observe que a utilização de um código de cores no cabeamento ajuda ainda mais a reduzir as chances de erro.

Outra etapa do processo de certificação de cabo que exige mais tempo do que o necessário é a resolução de problemas quando eles se acumulam. Segundo mais de 300 prestadores de serviço que participaram de nossa pesquisa, um dos maiores fatores de desperdício no processo de teste é o tempo que as equipes têm que esperar até que o técnico mais experiente resolva o problema: em média, 4,6 horas por mês para cobre e 3,8 horas por mês para fibra.

A pesquisa da Fluke Networks apontou que apenas 30% dos técnicos conseguiam configurar os limites personalizados para testes de fibra; e 64% das empresas relataram atrasos nos seis meses anteriores enquanto aguardavam que um técnico configurasse os limites personalizados para fibra.

Tornando mais eficiente a elaboração de relatórios

Outro grande fator de desperdício de tempo é a elaboração ineficiente de relatórios. Um grande problema para muitas empresas é o tempo que gastam todos os meses para transportar os testadores até os PCs para que os resultados possam ser baixados para criar os relatórios necessários. Elas informam que 4,4 horas por mês são gastas simplesmente fazendo com que as informações sejam colocadas no local adequado. Um sistema de testes que gerencie todos os resultados de vários testadores através da nuvem pode acessar facilmente os dados do testador para monitorar o andamento e gerar relatórios. Os custos totais dos relatórios foram reduzidos à metade pelas empresas que usaram sistemas de teste com recursos avançados de elaboração de relatórios – de 4% do custo total do projeto para 2% em relação a um trabalho habitual de 1000 links.

 

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Por Claudio Graeff(*)

O Brasil é um dos 10 países mais ricos do mundo e de acordo com Relatório de Competitividade Global 2015/2016 do Fórum Econômico Mundial, ocupa a 7º posição no ranking para o GDP (PIB em português), e o 6º lugar quando avaliado o tamanho do mercado doméstico. Por outro lado, apresenta índices extremamente ruins de infraestrutura (126º), tecnologia (95º), comportamento ético das empresas (133º), entre outros disponíveis para pesquisa e avaliação de qualquer cidadão.

Não é possível questionar esses índices, uma vez que temos demanda reprimida em tantos setores de infraestrutura como rodovias, saneamento básico, geração e transmissão de energia, hospitais, escolas, presídios e outros. Isso ficou mais claro com o advento da Copa do Mundo, que apresentou para a maioria dos brasileiros uma realidade muito conhecida para quem trabalha com projetos de infraestrutura gerenciados e contratados pelo governo. Muitos projetos prometidos acabaram ficando pelo caminho, inacabados por abandono do contrato por parte das contratadas ou embargadas pelos órgãos fiscalizadores. Os que seguiram acabaram atrasando e estourando seus orçamentos, resultado de um planejamento mal feito e estudos deficitários.

Mas não é de hoje que implantar projetos de infraestrutura no Brasil não é uma tarefa fácil, e não é raro os projetos terminarem com custo muito maior do que os valores originalmente aprovados.

Diante desse cenário pouco motivador e associado à atual crise econômica e escândalos envolvendo grandes empresas brasileiras, existe a necessidade de mudanças por parte do governo e das empresas para enfrentar esse cenário adverso e voltarmos ao ciclo de crescimento.

Retirando dessa análise as variáveis de conduta ética na gestão, se formos avaliar as causas dos elevados custos dos projetos brasileiros de infraestrutura, vamos constatar que na grande maioria dos casos, há aditivos contratuais de prazo e custo, resultado de um grande número de interrupções por problemas diversos, resultantes da falta de uma adequada metodologia de desenvolvimento de projetos que deveriam levar em conta todos os impactos, bem como, estratégias e planejamentos adequados.

A melhor forma de se prevenir e evitar problemas futuros em um projeto é a gestão de riscos, metodologia amplamente falada, mas pouco entendida e aplicada de forma incorreta na maioria dos casos. Importante chamar a atenção para os conceitos desse modelo, que é agir preventivamente, mitigando ou eliminando eventos que podem impactar em custo, prazo e qualidade do projeto.

Pode se dizer que um dos fatores pelo qual os projetos terminam mais caros é devido aos riscos envolvidos e que efetivamente acabam acontecendo e, infelizmente, o Brasil apresenta um histórico muito ruim para estes riscos, com alta probabilidade de acontecimentos. Podemos citar os licenciamentos ambientais, liberação de áreas de servidões, improdutividades com greves e paralizações de projetos dentre outros. É importante salientar que esses são riscos trazidos da fase de desenvolvimento dos projetos, que devido ao modelo atual, transfere a resolução ou tratativa desses riscos para a fase de construção, que impacta diretamente no custo final dos contratos.

Nessa ótica, precisamos que os órgãos governamentais responsáveis façam seu “dever de casa” e utilizem as melhores práticas de gestão para tratar projetos que tanto precisamos, assumindo sua responsabilidade para os riscos imputados e gerenciados por entidades governamentais, identificando, mitigando e/ou eliminando os riscos envolvidos, através de ações preventivas, levando em consideração as variáveis internas e externas e de um correto estudo de engenharia e planejamento das necessidades e prazos para cada fase do projeto.

Isso não é novidade para empresas especializadas em gestão, além disso, em março deste ano, o International Finance Corporation (IFC), uma entidade do Banco Mundial, publicou o estudo “Estruturação de Projetos de PPP e Concessão no Brasil, Diagnóstico do modelo brasileiro e propostas de aperfeiçoamento”, recomendando a adoção de modernas formas de gestão de projetos como caminho a ser seguido.

É entendido por todos que precisamos de investimentos e de investidores para atender a grande demanda de infraestrutura do País, e para isso precisamos agir rápido e abandonar antigos vícios e adotar metodologias eficientes de gestão pública, lançando projetos bem desenvolvidos, estudados e planejados, parando de transferir para o setor privado e para a população as responsabilidades e custos da ineficiência estatal. Podemos começar, por exemplo, com os futuros contratos de concessões, que deveriam ter cláusulas específicas e que acionassem gatilhos para determinados eventos que impactam diretamente o resultado das concessões.

Importante salientar que as constantes mudanças das regras dificultam muito as tomadas de decisões de um potencial investidor. Esse risco se elimina por meio de instituições fortes e tomadas de decisões técnicas, não ideológicas; pois confiança é algo que se conquista com o tempo e não se define em decretos.

*Claudio Graeff é diretor executivo da FTI Consulting

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Artigo: Grandes desafios!

Icone Artigo,Economia,máquina | Por em 29 de julho de 2016

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abiPor João Carlos Marchesan
Estamos assumindo a Presidência do Conselho de Administração da ABIMAQ / SINDIMAQ com a convicção de que temos enormes desafios pela frente.
Infelizmente, o cenário econômico não é dos melhores. Informações recentes mostram que a atividade econômica continua estagnada, o que diminui a confiança dos empresários, dos consumidores e, consequentemente, faz com que a intenção de realizar investimentos fique em segundo plano. O resultado disso é que a economia brasileira caminha para mais um ano de recessão.
O governo interino do presidente Michel Temer  tem pela frente uma economia em recessão, pressão inflacionária, investimentos em queda, juros altos, superávit primário baixo e um saldo da balança comercial melhorado em função de um quadro recessivo e não pelo aumento das exportações.
Para recolocar a economia nos trilhos, o governo precisa adotar medidas nada convencionais e até impopulares, pois já está mais do que comprovado que o atual quadro de recessão não poderá ser enfrentado com os atuais juros elevados e a apreciação cambial. Essas medidas, convencionais, além de não conter a inflação, trazem ainda mais recessão e agravam o processo de desindustrialização, em curso há anos.
Somos um país de 200 milhões de habitantes com 12 milhões de pessoas desempregadas, o que está esgarçando o tecido social. É preciso inverter urgentemente este quadro, sendo a geração de emprego e renda os principais instrumentos para a saída da crise.
Portanto, este governo tem que ter a coragem de adotar medidas que possam mexer na estrutura da economia brasileira, promovendo, efetivamente, as reformas institucionais que tanto o país necessita, aumentando a eficiência do Estado, promovendo uma verdadeira reforma orçamentária, com redução dos gastos públicos e sem aumento de impostos, sendo que o déficit fiscal não pode ser combatido via aumento da carga tributária, pois a sociedade já está estrangulada. Ao mesmo tempo, é preciso sinalizar para o aumento da taxa de investimento público e estímulo e desobstrução ao investimento privado, com diminuição da taxa de juros e desvalorização do Real frente ao dólar, a fim de dar competitividade ao setor produtivo.
Nos últimos anos, a ABIMAQ obteve conquistas importantes para o setor de máquinas e equipamentos, as quais foram capazes de dar algum fôlego à nossa indústria. Nós vamos dar continuidade a esse trabalho, apresentando propostas e cobrando do governo, seja ele qual for, a adoção de medidas que possam trazer efetiva competitividade ao país.
Por isso, estamos motivados e continuaremos engajados em implementar e propor  ações que possam contribuir para a retomada da economia brasileira, além de atuar para ampliar a força e representatividade da ABIMAQ.
Vamos juntos, diretoria, associados e colaboradores, continuar a nossa missão em defesa da indústria de máquinas e equipamentos!
João Carlos Marchesan, Presidente Conselho de Administração, ABIMAQ / SINDIMAQ

 

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Julio Molinari_ Presidente da Danfoss na América Latina* Por Julio Molinari

Não bastassem as consequências da crise econômica pela qual o Brasil atravessa, fatores como elevada carga tributária, precárias estruturas logísticas para recebimento de matéria prima e escoamento de produtos, limitações da capacitação profissional e, sobretudo, a baixa eficiência de processos comprometem significativamente a produtividade e a competitividade da indústria brasileira.

Nas indústrias de processos, a eficiência não só é um diferencial, mas uma questão de sobrevivência, pois se as empresas não investirem em eficiência, podem ter perdas em torno de 30%. A ineficiência no sistema acarreta indisponibilidade, falhas de equipamentos, paradas não programadas, setups extras de máquinas, tempos inativos, redução da velocidade, além de perdas e rejeitos.

A tendência para otimizar os processos é aumentar a inteligência de automação embarcada nas máquinas, tornando-as mais autônomas em manutenção e inspeção. Isso inclui a adoção de novas tecnologias, como equipamentos eletroeletrônicos e softwares para controle de processos, que geram aumento da produtividade, bem como ganhos com eficiência energética.

A digitalização é o próximo passo para a indústria entrar em um novo patamar tecnológico. Em maio, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou a primeira pesquisa nacional sobre o uso de tecnologias digitais relacionadas à era da Manufatura Avançada, conhecida como Indústria 4.0, cujo termo refere-se à integração digital das diferentes etapas da cadeia de valor nos produtos industriais, desde o desenvolvimento até o uso.

De acordo com o levantamento, feito com mais de duas mil empresas de todos os portes, a maior parte dos esforços realizados pelas indústrias no Brasil, no que se refere à adoção de tecnologias digitais, concentra-se nos processos industriais: 73% dos consultados afirmaram usar ao menos uma tecnologia digital na etapa de processos, 47% utilizam na etapa de desenvolvimento da cadeia produtiva e somente 33% o fazem em novos produtos ou negócios.

A pesquisa da CNI mostra que a indústria brasileira ainda está se familiarizando com a digitalização e com os impactos que ela pode ter na competitividade. Em outros países onde a indústria 4.0 está mais avançada, já se registra aumento da produtividade, redução de custos de manutenção de equipamentos e do consumo de energia e aumento da eficiência de modo geral.

Por outro lado, o alto custo de implantação é a principal barreira interna para 66% das empresas. Neste sentido, há uma necessidade para que o governo exerça o seu papel de promover a infraestrutura digital, investindo e estimulando a capacitação profissional, além de criar linhas de financiamentos específicas.

* Julio Molinari é presidente da Danfoss na América Latina

 

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abimaqO Blog Industrial transcreve abaixo e na íntegra o posicionamento da ABIMAQ frente ao momento econômico atual.

Avança Brasil!

A ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, entidade que representa mais de 7,5 mil fabricantes de máquinas e equipamentos em todo o território nacional, acredita que as instituições brasileiras estão em pleno funcionamento, fruto do amadurecimento da nossa democracia.

 

Neste contexto, reiteramos as expressões do nosso total e irrestrito apoio ao princípio da legalidade, respeito aos preceitos estabelecidos na Constituição Federal e obediência ao devido processo legal.

 

Reafirmamos o nosso apoio ao Poder Judiciário, à Polícia Federal e ao Ministério Público na apuração e responsabilização daqueles que praticaram atos ilícitos ou que se beneficiaram deles, em detrimento de toda a sociedade brasileira e que resultaram em uma das maiores crises políticas e econômicas da história do Brasil.

 

A sociedade brasileira tem pressa, espera e cobra das instituições uma solução rápida para o impasse que se estabeleceu na política brasileira e que tanto tem prejudicado a nossa economia. O Brasil parou e precisa voltar a caminhar rumo ao restabelecimento da economia, o que só será possível com a rápida solução da crise política.

 

A atual crise ética e política têm sido catastrófica para a indústria e trabalhadores. Nós da ABIMAQ repudiamos que as desavenças e embates políticos se sobreponham aos interesses maiores da nação. A indústria, que já vem agonizando há anos em um claro processo de desindustrialização por conta de equívocos cometidos na política econômica, não suportará esse quadro de profundas incertezas que só pioram as perspectivas econômicas.

 

O Brasil tem pressa. É imprescindível restabelecer a governabilidade sejam quais forem os desdobramentos do processo de impeachment que tramita no Congresso Nacional.

 

O setor produtivo cobra celeridade, serenidade e espírito público daqueles que compõem os três poderes da República, para que o país possa retomar o caminho da confiança e crença no futuro, que passa, necessariamente, por reascender o espírito empreendedor dos brasileiros, com a retomada da indústria e geração de empregos.

 

Carlos Pastoriza

 

Presidente – Conselho de Administração da ABIMAQ / SINDIMAQ

 

 

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mas e ferra* Alfredo Ferrari
Há quase um século, o Brasil se projeta no mercado internacional como um tradicional produtor de bens de capital incluindo máquinas-ferramenta. Portanto, o país é detentor de uma vasta experiência na criação e produção de máquinas e equipamentos de alta qualidade e desempenho, competindo com os mais exigentes mercados internacionais.
Isso é um fato. De outro lado, sabemos que a  economia de um país não pode depender, somente, da produção e exportação de seus produtos primários. A sua riqueza está, além da exploração e comercialização de suas abundantes commodities, na produção de bens duráveis que agregam valor, por meio da aplicação de tecnologia e inovações.
Assim, chamamos a atenção para o fato de a indústria de máquinas-ferramenta brasileira estar capacitada para atender a quase totalidade das necessidades de produção no país, com elevado conteúdo tecnológico.
Por outro lado, essa indústria, também, conta com o fornecimento de máquinas-ferramenta importadas, quer seja para atender picos de demanda ou para suprir equipamentos com características não produzidas no país. Neste último caso, existem os “ex-tarifários”, que desoneram as suas importações. A importação de máquinas-ferramenta deve ser entendida como um canal aberto, porém dentro de um ambiente econômico sadio, tendo como base um câmbio justo e em condições comerciais isonômicas como aquelas aplicadas nos países dos seus concorrentes internacionais.
A demanda futura por máquinas-ferramenta da média e alta tecnologia no país será enorme, uma vez que o seu parque de máquinas instalado conta com uma idade média de aproximadamente 17 anos contra 5 a 8 anos nos países altamente industrializados. Isto significa que os investimentos das indústrias de manufatura no país serão muito intensos no decorrer dos próximos anos.
Para tal, o governo federal deve persistir no estímulo à modernização do parque de máquinas no país, incentivando a sua indústria de bens de capital, por meio de financiamentos, como a linha FINAME PSI do BNDES, e da implantação de novos projetos, como o Modermaq, idealizado pela ABIMAQ, para a substituição de máquinas-ferramenta sucateadas por novas de moderna tecnologia e de alto rendimento. Com isso, obter-se-ão maiores ganhos de produtividade, de qualidade e de rentabilidade, com crescimento das exportações.
É inadmissível imaginar-se um país de dimensões continentais gigantescas e uma população com mais de 200 milhões de habitantes, como o Brasil, sem uma indústria pujante de bens de capital e, em particular, de máquinas-ferramenta. É uma questão de segurança nacional para um país ter a sua própria indústria de máquinas-ferramenta, a fim de garantir a manufatura de bens duráveis para o seu consumo e para as suas exportações.
* Alfredo Ferrari é engenheiro mecânico e vice-presidente da Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura (CSMF)

 

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O mercado brasileiro do setor eólico

Icone Análise,Artigo | Por em 10 de dezembro de 2015

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eolicaRoberto Veiga*

O mercado recessivo brasileiro diverge do cenário eólico, que está em plena atividade e desenvolvendo novos fornecedores que vêm adensando a cadeia produtiva dos fabricantes de aerogerador. Segundo a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), o Brasil hoje conta com 712 projetos de eólica divididos em três diferentes estágios. São 275 projetos em operação gerando 6,7 GW; 158 projetos em construção agregando mais 3,8 GW de geração; e 303 projetos que ainda não iniciaram sua construção que irão agregar 7,2 GW.

A oportunidade às empresas da cadeia produtiva está nos restantes 303 projetos que ainda não iniciaram sua construção e que irão agregar mais 7,2 GW de geração. Esses 303 projetos serão compostos por pelo menos mais 3.500 aerogeradores, em um total de investimentos da ordem de R$ 35 bilhões nos próximos 3,5 anos. Para se ter uma ideia do que representa os 7,2 GW, isso seria o equivalente a meia usina hidrelétrica de Itaipu que, hoje, tem capacidade de geração de 14 GW (20 turbinas de 700 MW cada), sendo a maior usina de geração de energia na América Latina e que levou 10 anos para ser construída (1974 a 1984).

Se levarmos em conta que pelo menos 60% em valor dos aerogeradores serão disponibilizados à cadeia produtiva brasileira e considerando que normalmente 70% do investimento total de um aerogerador instalado gerando energia é representado pela fabricação em si do aerogerador, teríamos para os próximos 3,5 anos pelo menos R$ 15 bilhões a serem transformados pela nossa cadeia produtiva instalada no Brasil.

Participar desse “filão” é uma oportunidade única no cenário industrial brasileiro, mas essa oportunidade tem de ser levada adiante com muito cuidado. Os aerogeradores são máquinas que empregam alta tecnologia e complexidade tecnológica. Temos o privilégio de possuirmos, para o setor eólico, um planejamento energético, no que diz respeito a novas estimativas de contratação, muito bem elaborado, e que hoje sinaliza que até 2023 estaremos com um total em torno de 23 GW de eólica introduzidos à matriz energética brasileira, ou seja, um incremento de pelo menos mais 8 GW aos atuais 16 GW já contratados entrarão em operação até 2023. Ou seja, como os leilões no mercado regulado são geralmente A-3 e A-5, esses 8 GW seriam contratados nos próximos leilões com uma média de contratação anual em torno de 2 GW ano. O histórico de contratações desde o primeiro leilão de energia com a participação da eólica que ocorreu em 2009 tem sido de 2,3 GW ano.

Isso demonstra um mercado que tem uma visibilidade que dificilmente é obtida em outros setores em tempos normais e impossível de comparação no momento de recessão que vivemos atualmente.

São várias as oportunidades de fornecimento, basicamente o aerogerador é dividido em quatro importantes partes, a torre, as pás, os hubs (onde são fixadas as pás) e a nacelle (casa de maquinas onde normalmente estão o gerador e demais componentes), nesses principais itens temos algumas oportunidades de fornecimento, que podemos citar algumas abaixo:

– Na fabricação de torres de concreto ou de aço ter-se-ia a oportunidade para o fornecimento de:

 

  • Chapas de aço, flanges forjadas, escadas, elevadores, plataformas intermediárias, portas de aço, parafusos e elementos de fixação especiais, tintas e vernizes para proteção superficial, insertos de aço para torre de concreto, passa-cabos e sistema de iluminação…

– Na fabricação de pás ter-se-ia a oportunidade para o fornecimento de:

  • Resinas epóxi e poliéster, tecidos/mantas de fibra de vidro e carbono, kits espuma de PVC, kits de madeira balsa, tintas e resinas para acabamento superficial, parafusos e porcas especiais para fixação das pás, sistema de para-raios…

– Na fabricação de Hubs ter-se-ia a oportunidade para o fornecimento de:

Cubo fundido, rolamentos de passo, anéis e bases forjadas, carenagem (fibra de vidro), sistemas de lubrificação, discos caldeirados (passo da pá), sistema de acionamento e controle do passo da pá, sistema acionador e controle de passo, freio…

– Na fabricação de Nacelles ter-se-ia a oportunidade para o fornecimento de:

Elementos estruturais, estrutura principal (que pode ser fundida ou caldeirada e depois usinada e pintada), estrutura traseira (que também pode ser fundida ou caldeirada e depois usinada e pintada), eixo principal (que pode ser forjado ou fundido e depois usinado), rolamentos do eixo principal, sistema de controle do giro da nacelle na torre, rolamento do giro da nacelle, anéis e bases forjadas para esse rolamento, painéis de controle, transformador, sistema de freios, conversor / inversor, sistema de travamento do rotor, painel de proteção elétrica, cabos de barramento, cabos de cobre para enrolamento estator (bobinas), unidade hidráulica, sistema de refrigeração, gerador, multiplicador (gear box), estator, rotor, núcleo das bobinas do rotor, imãs permanentes…

O custo de se fabricar no Brasil é o mesmo para todos os setores e nós todos sabemos isso. Quando se trata de exportação conforme comentado acima os incentivos e benefícios fiscais ajudam a diminuir essa diferença.

Roberto Veiga* é engenheiro mecânico com especialização em gestão de projetos e negócios internacionais, presidente do Conselho de Energia Eólica da ABIMAQ, onde também é diretor conselheiro da ABIMAQ/CONIMAQ e representa a empresa Bardella S.A. Indústrias Mecânicas e é vice-presidente da Câmara de Projetos e Equipamentos Pesados (CSPEP)

 

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SOBRE O BLOG INDUSTRIAL

O Blog Industrial acompanha a movimentação do setor de bens de capital no Brasil e no exterior, trazendo tendências, novidades, opiniões e análises sobre a influência econômica e política no segmento. Este espaço é um subproduto da revista e do site P&S, e do portal Radar Industrial, todos editados pela redação da Editora Banas.

TATIANA GOMES

Tatiana Gomes, jornalista formada, atualmente presta assessoria de imprensa para a Editora Banas. Foi repórter e redatora do Jornal A Tribuna Paulista e editora web dos portais das Universidades Anhembi Morumbi e Instituto Santanense.

NARA FARIA

Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), cursando MBA em Informações Econômico-financeiras de Capitais para Jornalistas (BM&F Bovespa – FIA). Com sete anos de experiência, atualmente é editora-chefe da Revista P&S. Já atuou como repórter nos jornais Todo Dia, Tribuna Liberal e Página Popular e como editora em veículo especializado nas áreas de energia, eletricidade e iluminação.

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